O LÉXICO RELIGIOSO NO NORDESTE DO BRASIL

Documentos relacionados
O /S/ EM CODA SILÁBICA NO NORDESTE, A PARTIR DOS INQUÉRITOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL (ALIB).

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LÍNGUA E CULTURA

A REALIZAÇÃO DAS FRICATIVAS ALVEOLARES NAS CAPITAIS DA REGIÃO SUDESTE: UM ESTUDO A PARTIR DOS DADOS DO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL (ALiB)

COMO FALA O NORDESTINO: A VARIAÇÃO FÔNICA NOS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL

OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL

II SiS-Vogais. Priscilla Garcia Universidade Federal da Bahia. Belo Horizonte MG Maio de 2009

Os tabus lingüísticos e a abordagem da diversidade cultural no ensino da língua portuguesa

A VARIAÇÃO LEXICAL NA MICRORREGIÃO DE PORTO NACIONAL: UM ENFOQUE NAS BRINCADEIRAS INFANTIS

TERMOS POLILEXICAIS CULTURAIS 1

Realiter, Rio de Janeiro 2006

ESTUDO E COMPARAÇÃO DA VARIAÇÃO SEMÂNTICO- LEXICAL DA FALA BALSENSE

Aspectos fônicos do Nordeste a partir de dados do ALiB

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

VARIAÇÃO DO ITEM LEXICAL PROSTITUTA NO PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO AMAPÁ

Contabilizando para o Cidadão Entendendo as Finanças Públicas

VARIAÇÕES LEXICAIS NO ALiMA

Capítulo 1. Que traçados faz o léxico do Nordeste? (Considerações a partir do Atlas linguístico do Brasil) Introdução

VARIAÇÃO LEXICAL NO ATLAS LINGUÍSTICO DO PARANÁ: MOTIVAÇÕES SEMÂNTICAS

The lexical variation for underclothing in an extract from the ALiB Project

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

AS VARIAÇÕES LEXICAIS DA PALAVRA CHARQUE

DA ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO À FORMULAÇÃO DA PERGUNTA: O EFEITO GATILHO NAS PESQUISAS GEOLINGUÍSTICAS

cigarro de palha e toco de cigarro no Atlas Linguístico do Amapá

As denominações para menstruação no Atlas Lingüístico de Sergipe - ALS

A ALIMENTAÇÃO E COZINHA NO BRASIL: É POSSÍVEL TRAÇAR LINHAS DE ISOGLOSSAS COM DADOS LEXICAIS?

O VOCABULÁRIO DE MANOEL DE BARROS: CONSTRUINDO SENTIDOS POR MEIO DA EXPRESSIVIDADE DAS PALAVRAS 1

O ALÇAMENTO DAS VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS EM SALVADOR (BA)

COMPRAS DE PRODUTOS DE LUXO NO EXTERIOR

A ÁREA SEMÂNTICA CORPO HUMANO: ASPECTOS DO LÉXICO EM CAPITAIS DO NORTE E DO SUL DO BRASIL 1

PALATALIZAÇÃO DO /S/ EM CAPITAIS BRASILEIRAS, COM BASE EM DADOS DO ALiB: O CASO DE ESTILINGUE E DE PROSTITUTA

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

metáforas da maré, que tem por objetivo demonstrar as metáforas conceituais e lexicalizadas provindas das experiências cotidianas do universo da

VARIAÇÕES LEXICAIS: UMA ANÁLISE DO ATLAS LINGUÍSTICO DO CEARÁ

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Aspectos semântico-lexicais dos tabus linguísticos em atlas linguísticos estaduais

Estudo da Variação Lexical na Amazônia Paraense: um olhar sobre o Atlas Linguístico do Brasil

METODOLOGIA. Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada considerando sexo, idade, escolaridade, classe e região do país.

CARDOSO, Suzana Alice. Geolinguística: tradição e modernidade. São Paulo: Parábola, p. Valter Pereira ROMANO *

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INTENÇÃO DE COMPRAS PARA AS COMEMORAÇÕES DO ANO NOVO. Novembro de 2017

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos

MURIÇOCA OU MARUIM? DESIGNAÇÕES PARA PERNILONGO NO NORTE E NORDESTE DO BRASIL

VARIAÇÃO LEXICAL PARA O ITEM PROSTITUTA NO AMAPÁ LEXICAL VARIATION FOR THE ITEM PROSTITUTE IN AMAPA

O APAGAMENTO DO RÓTICO EM POSIÇÃO DE CODA SILÁBICA: INDICADORES LINGUÍSTICOS E SOCIAIS

ATLAS LINGÜÍSTICO DO PARANÁ: UMA POSSIBILIDADE DE ESTUDO (LINGUISTIC ATLAS OF PARANÁ: A POSSIBILITY OF STUDY)

POR ONDE CAMINHA O PROJETO ALiB. WHERE ALiB PROJECT HAS BEEN LATELY

O ATLAS LINGUÍSTICO DO AMAZONAS ALAM

Conscientização sociolinguística

LHEÍSMO NO PORTUGÛES BRASILEIRO: EXAMINANDO O PORTUGÛES FALADO EM FEIRA DE SANTANA Deyse Edberg 1 ; Norma Lucia Almeida 2

CONSUMO COMO ALCANCE DA FELICIDADE

PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL (ALiB): A REALIZAÇÃO DE /T, D/ DIANTE DE [I] EM CARUARU E GARANHUNS PE

A VARIAÇÃO DIAGERACIONAL EM PERNAMBUCO. Marcela Moura Torres Paim (Universidade Federal da Bahia

Cadernos do CNLF, Vol. XIII, Nº 04

Laboratório em Planos Complexos de Amostragem

CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS OSMAR DE AQUINO DEPARTAMENTO DE LETRAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE LETRAS LIDIANE NOGUEIRA DE OLIVEIRA NASCIMENTO

CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS PARA LIMPAR NOME

As Vogais Médias Pretônicas no Falar Paraense

UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA

CAMINHOS DOS PRONOMES PESOAIS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DE DADOS DO PROJETO ALIB

A REDUÇÃO DAS PROPAROXÍTONAS A PARTIR DOS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL

Dente queiro, dente do siso ou dente do juízo? O que revelam os dados dos Atlas Linguísticos de Sergipe e do Paraná

IMPRECISÕES NO REGISTRO DE DOSES APLICADAS IMPRECISÃO NA ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO MENOR DE UM ANO

A variação sociolinguística de /t, d/ diante de /i/ em Seabra (BA)

O Atlas Lingüístico do Brasil (ALiB) e os estudos geolingüísticos no Brasil *

VARIAÇÕES REGIONAIS E SOCIAIS DE BÊBADO E AGUARDENTE NAS CAPITAIS DO NORDESTE: DADOS DO ALIB

A unidade lexical bolita no Mato Grosso do Sul: perspectiva geolinguística

O presente capítulo visa à exposição da metodologia empregada na pesquisa: os objetivos, as hipóteses, a organização dos dados e o método de análise.

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA REALIZAÇÃO DA PESQUISA: Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira Diretor

Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas

Carolina Batista e SILVA*

ANÁLISE LINGUÍSTICA DO ITEM LEXICAL SANGUESSUGA EM TRÊS ATLAS BRASILEIROS. Resumo. Palavras-Chave. Abstract

ENDIVIDAMENTO COM AS COMPRAS DE NATAL 2016

SORTEADOS 2016 MÊS SORTEIO DATA Nº PRODUTO FILIAL VALOR SORTEIO SORTEIO 10/ SETEMBRO 03/ /08

Estudos Linguísticos e Literários: Saberes e Expressões Globais ISSN X Foz do Iguaçu, 2011

Realiter, Rio de Janeiro 2006

ESTUDO DA VARIAÇÃO LEXICAL NAS PRÁTICAS CULTURAIS E RELIGIOSAS DA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOLA1

Metáforas conceituais nas denominações de jogos e brincadeiras do universo infantil do Nordeste do Brasil

Designações de acidentes geográficos e de elementos hídricos no Atlas Linguístico de Corumbá e Ladário-MS: algumas reflexões

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos


A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES

ESTUDO DO LÉXICO EM SALA DE AULA: O TRABALHO COM ESTRANGEIRISMOS A PARTIR DE TEXTOS PUBLICITÁRIOS

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Variação sociolinguistica e aquisição semântica: um estudo sobre o perfil lexical pelo teste ABFW numa amostra de crianças em Salvador-BA

TABUS LINGUÍSTICOS NAS CAPITAIS DO BRASIL: UM ESTUDO BASEADO EM DADOS GEOSSOCIOLINGUÍSTICOS.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA

Aproximadamente três quartos da população Norte-americana é Cristã.

AS DESIGNAÇÕES PARA CONJUNTIVITE NOS DADOS DO PROJETO ALIB: REVELAÇÕES DIAGERACIONAIS

A DISTRIBUIÇÃO DO PROCESSO DE APAGAMENTO DO RÓTICO NAS QUATRO ÚLTIMAS DÉCADAS: TRÊS CAPITAIS EM CONFRONTO

Vilões da Inadimplência Agosto de 2017

MARCAS DIATÓPICAS DAS VARIANTES DE CABRA-CEGA E AMARELINHA: O QUE DIZEM OS DICIONÁRIOS ELETRÔNICOS HOUAISS E AURÉLIO E O ALiB?

Candidatos por Vaga Processo Seletivo Simplificado / 2008: IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - ANALISTA CENSITÁRIO

Tabela 11 - Capacidade total de hóspedes, por tipos de estabelecimentos, segundo os Municípios das Capitais

A presidenta e a presidente uma análise dos dados do Atlas Linguístico do Brasil nas capitais da Região Sul brasileira

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2725

Tipo de Frete Estado Capital Peso do pedido (até) Frete capital Frete interior 1 AC RIO BRANCO 5,00 57,23 65,81 1 AC RIO BRANCO 10,00 73,49 84,51 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Atlas Lingüístico do Brasil (Alib): perspectivas teórico- metodológicas

Transcrição:

441 de 664 O LÉXICO RELIGIOSO NO NORDESTE DO BRASIL Geisa Borges da Costa 133 (UFBA/UFRB) RESUMO O estudo descreve o léxico religioso dos falantes das capitais do Nordeste brasileiro. Utilizaram-se inquéritos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil, realizados com 72 informantes, distribuídos equitativamente por ambos os sexos, em duas faixas etárias e dois níveis de escolaridade. Baseado nos pressupostos teórico-metodológicos da Geolinguística Pluridimensional, analisou-se a questão 147 do Questionário Semântico-Lexical: Deus está no céu e no inferno está...?. Foram registradas vinte e seis variantes: anjo mau, anticristo, besta-fera, belzebu, bicho ruim, cão, capeta, capiroto, chifrudo, coisa ruim, cramulhano, criatura, demo, demônio, desgraça, diabo, encardido, enxofre, inimigo, lúcifer, príncipe dos céus, sapirico, satã, satanás, sujo, troço. PALAVRAS-CHAVE: Dialetologia. Léxico. Religião. INTRODUÇÃO As realizações lexicais dos indivíduos expressam sua visão de mundo, suas crenças, suas ideologias, seus valores e a norma linguística aprendida através das práticas socioculturais presentes em seu grupo 133 UFBA/UFRB/FAPESB. geicosta@ig.com.br

442 de 664 social, que, geralmente, mantêm entre si uma identidade linguística. Tendo em vista que a língua é também um produto cultural da comunidade, e, dentre os níveis da língua, o léxico é um dos mais afetados pelas influências socioculturais, o estudo sobre o léxico poderá apresentar uma diversidade regional e social bastante significativa. Esta pesquisa tem como objeto principal de estudo o léxico referente à área semântica da religião e das crenças, buscando-se apresentar os condicionamentos linguísticos e socioculturais que atuam na variação lexical utilizada pelos informantes. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho constitui-se a partir de um segmento do Questionário Semântico-Lexical (QSL) do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), considerando-se as respostas e as não respostas dos informantes. Para este estudo, utilizaram-se inquéritos realizados com 72 informantes 36 homens e 36 mulheres, das capitais das regiões Nordeste; quatro homens e quatro mulheres por capital; dois homens e duas mulheres pertencentes à Faixa I dos 18 aos 30 anos; dois homens e duas mulheres correspondentes à Faixa Etária II dos 50

443 de 664 aos 65 anos e dois níveis de escolaridade: nível fundamental incompleto e nível superior. Para cada variante levantada nos inquéritos, foram feitas consultas nos dicionários de língua portuguesa Aulete digital (2013), de Caldas Aulete, Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2009), de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009), de Antonio Houaiss e Mauro Villar. Paralelamente à consulta aos dicionários gerais de língua portuguesa, a pesquisa lexicográfica também foi realizada no Dicionário do folclore brasileiro (2012 [1979]) de Luís da Câmara Cascudo e no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de Antonio Geraldo da Cunha (2010), a fim de averiguar a descrição dada pelo dicionarista a algumas formas linguísticas identificadas nos inquéritos. Os dados foram submetidos a um tratamento quantitativo, utilizando-se valores absolutos e relativos, obtidos através da observação da frequência das variantes em cada localidade pesquisada. Para isso, elaboraram-se quadros, gráficos e tabelas, registrandose: i) o número de variantes encontradas; ii) a distribuição das variantes de acordo com cada ponto linguístico; iii) a observância das variantes de acordo

444 de 664 com a faixa etária, a escolaridade e o sexo do informante. RESULTADOS E DISCUSSÃO No âmbito do Questionário Semântico-Lexical do Atlas Linguístico do Brasil, os informantes foram inquiridos com a pergunta: Se Deus está no céu, no inferno está... (COMITÊ, 2001). As respostas apresentadas demonstraram uma gama de lexias para nomear a variante diabo: anjo mau, anticristo, bestafera, belzebu, bicho ruim, cão, capeta, capiroto, chifrudo, coisa ruim, cramulhano, criatura, demo, demônio, desgraça, diabo, encardido, enxofre, inimigo, lúcifer, príncipe dos céus, sapirico, satã, satanás, sujo, troço. Os dados encontrados no corpus foram organizados de acordo com critérios semânticos, o que permitiu dois agrupamentos: nomes de origem religiosa ou mitológica, metáforas, eufemismos e disfemismos. O primeiro grupo diz respeito aos itens lexicais que tem sua origem ou seu uso relacionado às concepções cristãs sobre o ser que está no inferno, ou foram derivados da mitologia grega. O segundo grupo referese aos vocábulos que foram empregados para denominar o diabo, através de processos metafóricos e eufemísticos.

445 de 664 A análise geolinguística revelou que a variante diabo foi registrada em todas as capitais com um índice alto de ocorrências. A variante satanás também foi bastante produtiva no Nordeste, ocorrendo em todas as capitais. A lexia demônio só não foi registrada em Aracaju e a variante capeta não foi registrada apenas em Natal. A variante cão não foi documentada em duas capitais: Salvador e Recife. A variante coisa ruim foi registrada em seis capitais: Aracaju, João Pessoa, Salvador, São Luís, Maceió e Fortaleza. A lexia Lúcifer foi documentada em seis capitais: Aracaju, Natal, Recife, Maceió, João Pessoa e Fortaleza. As variantes sujo, chifrudo, encardido e inimigo foram documentadas em duas capitais. Treze variantes tiveram ocorrências únicas: criatura (Salvador), cramulhano (Aracaju), satã (Natal), belzebu (Natal), sapirico (Natal), príncipe dos céus (São Luís), anjo mau (São Luís), desgraça, besta fera, capiroto e anticristo em Teresina, enxofre em Maceió e bicho ruim em Fortaleza. CONCLUSÕES As variantes documentadas demonstraram ser este termo uma lexia tabu, pois os informantes, ao responderem à questão, utilizaram muitas formas metafóricas para substituir o termo diabo.

446 de 664 As pesquisas de cunho dialetal têm servido para demonstrar a riqueza e a pluralidade de normas linguísticas existentes no interior do português falado no Brasil, sendo de extrema importância para o conhecimento da multidimensionalidade que a língua portuguesa assume nos diversos espaços físicos e socioculturais. REFERÊNCIAS AULETE, Caldas. Aulete digital: dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa. Lexicon: Rio de Janeiro, 2013. CASCUDO, Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 12. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2012. CUNHA, Antônio Geraldo. 4. ed. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2010. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. 4. ed. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio da Língua Portuguesa. 3. ed. Curitiba: Positivo, 2009. HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro. 1. ed. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.