Indicadores de desenvolvimento econômico e financeiro no setor público: um estudo nos município da região oeste do Paraná

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Transcrição:

Indicadores de desenvolvimento econômico e financeiro no setor público: um estudo nos município da região oeste do Paraná Eduardo da Silva Medeiros (UNIPAR) duh_medeiros@hotmail.com Salete Polonia Borilli (UNIPAR) borilli@unipar.br Tiago Rodrigo Fischer (UNIPAR) ti_fischer@hotmail.com Resumo Este estudo tem por objetivo analisar os demonstrativos contábeis de prefeituras localizadas na região oeste do Paraná, com intuito de verificar a situação econômica e financeira desses municípios. Foram analisados os indicadores orçamentários, financeiros, patrimoniais e as variações das demonstrações nos Municípios de Vera Cruz do Oeste, Ramilândia, Matelândia, Céu Azul, Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques, Boa Vista da Aparecida, Cascavel, Campo Bonito, Ibema, Catanduvas, Três Barras do Paraná, Guaraniaçu e Diamante do Sul dos exercícios financeiros de 2010, 2011 e 2012. Diante da importância dos indicadores financeiros teve como contribuição para a avaliação de desempenho, atendendo a necessidade de informação dos gestores, órgãos de controle externo e a sociedade de modo geral e, através das informações contábeis é possível gerenciar de maneira eficiente a obtenção dos recursos, assim como os gastos a fim de atender ao objetivo da administração pública e a legislação vigente. Palavras-chave: Indicadores Contábeis. Contabilidade Pública. Analise Econômica. Área Temática: Contabilidade Gerencial e Controle em organizações 1 Introdução A capacidade de registro, mensuração, análise e informação, fizeram da contabilidade, ferramenta de grande importância para a sobrevivência das entidades, sejam elas públicas ou privadas. A contabilidade pública apresenta-se como ferramenta indispensável de gestão, pois através das informações contábeis é possível gerenciar de maneira eficiente a obtenção dos recursos, assim como os gastos a fim de atender ao objetivo da administração pública e a legislação vigente. A importância da contabilidade está na capacidade de verificação dos detalhes econômicos da entidade, na informação dos usuários permitindo a tomada de decisões, na possibilidade de mensurar e analisar cada fato, e principalmente na possibilidade de acompanhamento dos recursos da entidade, de sua origem até o seu destino final. 1

Neste aspecto a Constituição Federal de 1988, atribuiu ao controle externo à tarefa de avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos, passando a controlar as pessoas físicas e jurídicas que utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam ou administram bens, dinheiros e valores públicos, ou pelos quais a administração pública responda, ou que, em nome desta atuem. A escassez de recursos financeiros e o elevado custo para a sua captação, juntamente com a falta de planejamento e controle administrativo, têm contribuído para a escassa disponibilidade e a pouca qualidade dos serviços públicos disponibilizados para a população. Neste contexto, as instituições necessitam de uma gestão eficiente e eficaz com o objetivo de garantir sua continuidade ao longo do prazo, bem como o cumprimento de sua missão. A análise das demonstrações financeiras é um instrumento que permite compreender e analisar sob o aspecto econômico-financeiro a empresa, para posteriormente comparar o seu desempenho com o de outras empresas do setor, ou consigo mesma, ao longo do tempo. Contudo, deve-se salientar que a simples extração de índices econômicos e financeiros não permite chegar a conclusões sobre a conduta de um determinado gestor publico. Há necessidade de se conhecer o desempenho das empresas que fazem parte desse setor, para depois compará-las entre si. Essa é umas das técnicas utilizadas pela análise financeira. Através deste estudo serão analisados os demonstrativos contábeis de prefeituras dos 16 localizadas na região oeste do Paraná. Serão apurados os indicadores financeiros de desempenho conforme descrição na metodologia, com intuito de analisar e avaliam o comportamento econômico e financeiro do setor público, objetivando fornecer aos gestores e demais órgãos as informações necessárias para seu controle externo. Cabe ressaltar que os indicadores estabelecem uma relação entre contas e grupos das demonstrações financeiras, servem para analisar e interpretar os balanços das entidades. 2 Revisão bibliográfica Segundo a Lei 4.320/1061 a contabilidade pública [...] é o ramo da ciência contábil, que dentro da Administração pública aplica as técnicas de registros e avaliações contábeis de acordo com as normas gerais do Direito Financeiro desta consubstanciado nesta lei. (JUND, 2006, p. 440) O objeto de estudo da contabilidade pública são seus bens, direitos e obrigações que pertencem à administração pública, isto é o que compõe o patrimônio público, mas com as exceções dos bens de uso comum, onde os contadores públicos não fazem o registro contábil. (JUND, 2006, p. 440) São quatro os sistemas utilizados: sistema orçamentário, sistema financeiro, sistema patrimonial e sistema de compensação. De acordo com Kohama (2009), a contabilidade pública brasileira está estruturada por sistemas que permitem identificar a natureza das contas envolvidas no registro dos atos e fatos praticados pelo administrador público. Assim sendo, os Balanços Públicos, são apresentados por quatro peças, denominados: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e a Demonstração das variações patrimoniais. Cada balanço apresenta a movimentação ocorrida e o resultado correspondente, relativo ao exercício a que se refere. Os balanços públicos possuem características próprias em suas apresentações, pois são baseadas na escrituração dos atos e fatos das entidades públicas e seguem os métodos e regras observados na Contabilidade Pública. Ainda segundo o Autor, para realizar a análise dos 2

balanços públicos, deve-se observar as características relativas a aspectos legais, técnicos e regulamentares, além de considerar no que diz respeito à estrutura e composição dos mesmos, para fins de buscar maior segurança e facilitar a interpretação dos demonstrativos das receitas e despesas orçamentárias. Dentre as quatro peças do balanço público, vamos começar pelo balanço orçamentário para uma melhor compreensão do assunto. Para Lima e Castro (2003, p 186) o balanço orçamentário tem por função demonstrar as receitas previstas e as despesas autorizadas em confronto com as receitas e despesas realizadas. (ART. 102, LEI Nº. 4.320/64) Para Kohama (2009) no balanço orçamentário a apresentação dos dados, como é das entidades públicas, em um padrão de valores consolidados a serem seguidos, que envolve grandes grupos de contas, onde as receitas atendem a classificação econômica e as despesas ao montante de créditos orçamentários que foram autorizados na lei orçamentária. Pelo fato dos dados serem consolidados, deve-se consultar o detalhamento desses valores, que são apresentados em anexo, para verificar a discriminação da receita e da despesa. O Balanço orçamentário deve seguir um modelo estabelecido na Lei nº. 4.320/64, no seu anexo 12. Quanto à análise de verificação do Balanço Orçamentário segundo Lima e Castro (2003, p. 191) podem ser realizadas por órgão/gestão, por gestão e por tipo de identificação, por meio de transações disponibilizadas pela SIAFI, e têm por objetivo preparar os indicadores que sustentarão a avaliação da gestão orçamentária. Depois de feita a análise do Balanço Orçamentário a gestão irá realizar a avaliação desse balanço, que consiste basicamente em verificar a eficiências com que as ações foram realizadas, orientando a execução e fixando bases consistentes para as futuras programações orçamentárias. (LIMA e CASTRO, 2003, p. 192) Ainda nesta fase de análises deve-se verificar se os valores que foram autorizados estão de acordo com a Lei Orçamentária Anual e também com os créditos adicionais que foram autorizados. (LIMA e CASTRO, 2003) Portanto os resultados apurados no balanço orçamentário podem se apresentar sob as seguintes nomeações: Superávit Financeiro, onde é representado pela diferença positiva entre a receita executada e a despesa, e o Equilíbrio Orçamentário acontece quando há igualdade entre a receita executada e a despesa. (JUNDO, 2006, p. 564) Segundo Jund (2006, p. 567) o balanço financeiro demonstrará as receitas efetivamente arrecadadas em confronto com as despesas efetivamente realizadas, pelos restos a pagar do exercício que será compensado pela inscrição como receita extra-orçamentária. Se o saldo inicial for menor que o saldo final terá um Superávit Financeiro, se o saldo inicial for menor que o saldo final haverá um Déficit Financeiro, e ainda se o saldo inicial for igual ao saldo final o resultado será nulo. Segundo Lima e Castro (2003, p. 196) a análise de verificação do balanço financeiro [...] tem como objetivo principal preparar os indicadores que sustentarão a avaliação da gestão financeira. Ainda segundo o autor essa análise pode ser realizada por órgão/gestão, por gestão, por tipo de administração e pela unidade gestora/gestão, por meio das transações disponibilizadas pelo SIAFI. O Balanço Patrimonial se faz consoante pelo conceito de patrimônio Líquido, pois no Ativo, tem-se três grandes grupos: Ativo Financeiro, Ativo Permanente e Ativo Compensado, já a outra parte é a demonstração do Passivo, que é representado pelas obrigações, onde 3

também trem três grandes grupos de contas que são: Passivo Financeiro, Passivo Permanente e Passivo Compensado, então por isso quando verificamos a demonstração daquela situação patrimonial apresentada pelos saldos de grupos de contas e também pelos valores globais. (KOHAMA, 2009). De acordo com Lima e Castro (2003, p. 198) conceitua como sendo [...] o demonstrativo que evidencia a posição das contas que constituem o Ativo e Passivo, apresentando a situação estática dos bens, direitos e obrigações e indicando o valor do saldo patrimonial (positivo ou negativo) da Entidade. Segundo Lima e Castro (2003, p. 200), o artigo 106 da Lei nº. 4.320/64, trás que a avaliação dos elementos patrimoniais observará as seguintes normas. - Os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, por ser valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira à taxa de câmbio vigente na data do balanço; - Os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção; - Os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras; - Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional; - As variações resultantes da conversão de débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial; e - Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. O principal objetivo para realizar a análise e verificação do Balanço Patrimonial é o de preparar que irão sustentar a avaliação da gestão patrimonial. (LIMA e CASTRO, 2003). Segundo Lima e Castro (2003, p. 206) a avaliação da gestão do Balanço Patrimonial permite demonstrara situação de liquidez, a estrutura de capitalização, a rentabilidade e outros indicadores econômico-financeiros utilizados para a tomada de decisões. Por fim o balanço público é o demonstrativo das variações patrimoniais que segundo Kohama (2009, p. 24) a demonstração das variações patrimoniais evidencia as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indica o resultado patrimonial do exercício. As demonstrações das Variações Patrimoniais têm a sua estrutura que está prevista no Anexo 15 da Lei nº. 4.320/64. Essas demonstrações [...] apresentam as modificações registradas do ponto de vista contábil, em duas seções: Variações Ativas e Variações Passivas. (KOHAMA, 2009, p. 26). As ativas ocorrem nos itens que compõem o patrimônio, proporcionando um aumento do patrimônio público, que podem ocorrer da execução orçamentária ou mesmo independente, e ainda são classificadas em três grupos: Resultantes da Execução Orçamentária, Mutações Patrimoniais e Independentes da Execução Orçamentária. (KOHAMA, 2009) Já as Variações Passivas ocorrem nos itens que compõem o patrimônio, proporcionando uma diminuição do patrimônio público. Segundo o autor Lima e Castro (2003, p. 211) a análise da verificação da Demonstração das Variações Patrimoniais [...] tem como objetivo principal preparar os indicadores que sustentarão a avaliação da gestão do resultado nessa demonstração o saldo que for apurado será transferido para o Balanço Patrimonial, que vai constituir o saldo patrimonial que existe no período. (LIMA e CASTRO, 2003) 4

2.1 Indicadores contábeis aplicados aos balanços públicos Se a contabilidade tem a função de realizar o registro de todos os atos e fatos que decorrem das atividades operacionais da empresa e o processo de contabilização ocorre mediante o registro de todas as operações que envolvem todos os setores de produção, administração e serviços. Ela também tem por finalidade gerar informações úteis e precisas em tempo oportuno para auxiliar o gestor na tomada de decisão. No entanto, para que a informação seja útil, deve ser oportuna e padronizada. Ou seja, as informações devem ser disponibilizadas aos administradores em tempo hábil, permitindo aos mesmos a tomada de decisões com maior com maior certeza. Por outro lado, a padronização permite que as mesmas atendam as necessidades de analise e apresentadas de forma simples visualização e de fácil entendimento. Neste aspecto os indicadores financeiros podem contribuir para a avaliação de desempenho, atendendo a necessidade de informação dos gestores, órgãos de controle externo e a sociedade de modo geral. Pois os indicadores são instrumento que permite representar a dimensão teórica de uma variável (KOHAMA, 2009). Conforme Quintana, Roza e Dameda apud Matarazzo (2011, p 4) diz que [...] os indicadores contábeis estabelecem relação entre contas ou grupo de contas das demonstrações financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto de situação econômica ou financeira de uma empresa, permitindo com essa relação analisar e interpretar os balanços das entidades. Para Matarazzo (2007), a padronização das demonstrações contábeis deve ser efetuada pelos seguintes motivos: Simplificação, compatibilidade, adequação aos objetivos da análise, precisão nas classificações de contas, descoberta de erros intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa analisada. Mas de acordo com Lima e Castro (2003, p. 219) [...] na Contabilidade Pública brasileira não existe uma fórmula comumente aceita pra a análise dos balanços e demonstrativos gerados, prejudicando a avaliação contábil-financeira da Administração Pública. Existem alguns fatores que interferem na analise dos balanços Públicos, mas tem algumas recomendações que podem ser aplicadas para as entidades públicas que segundo Lima e Castro apud Gitman (2003, Pg.220) são: Um único índice geralmente não fornece informações suficientes para se julgar o desempenho da instituição. Somente quando um grupo de índices for usado é que se podem emitir julgamentos razoáveis; Ao se comparar demonstrações entre instituições, deve-se considerar o mesmo período de encerramento; e Os dados financeiros que estão sendo comparados devem ter sido elaborados com os mesmos critérios. O uso de tratamentos contábeis diferentes pode distorcer os resultados apurados. A contabilidade gerencial, dentro do sistema de informações da empresa, auxilia sobremaneira no planejamento, pois a analise de balanços é uma ferramenta apropriada para avaliação das empresas. Para Matarazzo (2007), a análise de balanços tem por objetivo extrair informações das demonstrações contábeis para a tomada de decisões, através da apuração de índices que possibilitam a aferição da situação financeira e econômica das organizações. Ainda segundo o autor, a contabilidade gerencial através da analise de balanços permite um olhar estratégico da empresa, permitindo avaliar o seu futuro, suas fraquezas e suas potencialidades, sendo de grande valia para todos os agentes (internos e externos). 5

2.3 Lei da responsabilidade fiscal O art. 1 Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças publicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no capitulo II do titulo VI da constituição: 1 A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultado entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despensas com pessoal, da seguridade social e outras, devidas consolidadas e mobiliaria, operações de credito inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. Segundo Scarpin, Silva e Vargas (2012, p6) a Lei de Responsabilidade Fiscal regula as finanças públicas, com a determinação dos limites a serem utilizadas pelos gestores, além da forma de apresentação da informação publica. A partir dessa apresentação, os indicadores de desempenho e controle, vão permitir um complemento sobre a informação dos gastos da administração pública. 3 Metodologia O objetivo deste estudo é apurar índices-padrões econômico-financeiros para o setor público de 17 prefeituras, situados na região Oeste do Paraná, com objetivo de analisar por meio da comparação de índices econômico-financeiros o desempenho de cada uma das prefeituras. Para atender ao objetivo, foi realizado um estudo de caso de natureza quantitativa e o método utilizado é o estatístico e o comparativo. O método estatístico possibilita sintetizar as informações em temos quantitativos e através da manipulação estatística fornecer uma análise dos fatos. Para Lakatos e Marconi (2001, p. 108), os processos estatísticos permitem obter, de conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relações entre si, enquanto que o método comparativo permite analisar o dado concreto, deduzindo do mesmo os elementos constantes apontar semelhanças e diferenças entre diversos tipos de grupos, além de contribuir para apontar aspectos casuais, entre as informações apuradas. A abordagem de qualitativa [...] caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas pó meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como: percentual, média, desvio-padrão, as mais complexas, como coeficiente de correlação, analise de regressão, etc. (RICHARDSON, 1999, p.70). Dentro da abordagem qualitativa, optou-se pelo estudo de caso, uma investigação empírico-indedutiva, recomendada quando se deseja analisar situações concretas, em sua particularidade (GODOI, 1995). Este tipo de pesquisa pode ser derivado tanto de constatações e percepções que tem como norte o desenvolvimento, esclarecimento ou modificação de conceito e idéias, como de descrição das características de determinada população ou fenômeno (GIL, 2000; YIN, 2001). A amostra desta pesquisa contemplou todas as prefeituras dos 15 municípios situados na Região Lindeira ao Lago de Itaipu. As informações serão extraídas de fontes primarias, que, segundo Mattar (1997), são aquelas que não foram antes coletadas, estando ainda em 6

posse dos pesquisadores e com o propósito de atender as necessidades especificas da pesquisa em andamento. Para a apuração dos indicadores foi observado o modelo proposto por Kohama (2009) que apresenta uma serie de indicadores para serem aplicados aos balanços públicos, baseado na Lei 4.320/64 e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os indicadores que serão apurados são: a) referente ao balanço orçamentário Quociente de execução da Receita, Quociente de Equilíbrio Orçamentário, Quociente de Cobertura de Créditos Adicionais, Quociente de Execução da Despesa e Quociente do Resultado Orçamentário; b) referente ao balanço financeiro Quociente da Execução Orçamentária, Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária, Quociente da Execução Orçamentária Corrente, Quociente da Execução Orçamentária de Capital, Quociente da Execução Extra-orçamentária, Quociente do Resultado da Execução Financeira e Quociente do resultado dos saldos Financeiros; c) referente ao balanço patrimonial - Quociente da situação Financeira, Quociente da Situação Permanente, Quociente do Limite de Endividamento I, Quociente do Limite de Endividamento II, Quociente do Dispêndio da Divida II e Quociente do Resultado Patrimonial; e d) referente ao demonstrativo das variações patrimoniais Quociente da Mutação Patrimonial Passiva, Quociente da Mutação Patrimonial Ativa, Quociente do Resultado da Mutação Patrimonial, Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais Independente da Execução Orçamentária (IEO), Quociente do Resultado das Variações na Parte Permanente, Quociente Patrimonial da Execução Orçamentária e Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais. 4 Resultados e discussões 4.1 Indicadores orçamentários Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Orçamentário dos municípios de: Vera Cruz do Oeste, Ramilândia, Matelândia, Céu Azul, Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques, Boa Vista da Aparecida, Cascavel, Campo Bonito, Ibema, Catanduvas, Três Barras do Paraná, Guaraniaçu e Diamante do Sul dos exercícios financeiros de 2010, 2011 e 2012, constatou-se que o Quociente de Execução da Receita, obtido através da divisão da Receita Executada pela Receita Prevista, teve resultado inferior a 1 (um) na maioria dos municípios, apenas o município de Vera Cruz do Oeste no ano de 2010 teve quociente de 1,010; o município de Matelândia em 2011quociente foi de 1,016 e o município de Campo Bonito em 2012 o quociente foi de 1,028. Segundo Kohama (2009, p. 145), se o quociente da execução da receita for menor que 1(um), a Receita Executada é menor que a Receita Prevista, a diferença corresponde a falta de arrecadação em relação a previsão. Por outro lado se o quociente for maior que 1 (um) Receita Executada é maior que a Receita Prevista, a diferença corresponde ao excesso de arrecadação em relação a previsão. Neste aspecto constatou-se que na maioria dos municípios a receita realizada foi menor que a prevista, não tendo possibilidade de cobertura de créditos adicionais que os municípios poderiam ter. A exceção ficou com os municípios de Vera Cruz do Oeste no ano de 2010, Matelândia 2011 e Campo Bonito no ano de 2012, onde ocorreu excesso de arrecadação, isto quer dizer que a Receita Orçamentária Executada foi maior que a Receita Orçamentária Prevista, com esse excesso de Receita arrecadada essas prefeituras teriam a possibilidade da cobertura dos créditos adicionais do exercício. 7

Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Orçamentário dos anos de 2010, 2011 e 2012, observou-se que o Quociente de Equilíbrio Orçamentário, obtido através da divisão da Despesa Orçamentária Fixada pela Receita Orçamentária Prevista, teve resultado de inferior a 1 (um) nos seguintes municípios e exercícios: Campo bonito exercício de 2010 e 2012; Diamante do Sul exercício de 2011; Guaraniaçu exercício de 2010, 2011 e 2012; Matelândia exercício de 2010; Santa Lucia exercício de 2010 e 2011 e Santa Tereza do Oeste nos exercícios de 2010, 2011 e 2012. Os demais municípios apresentaram quociente superior a 1 (um) em todos os exercícios financeiros. Segundo Kohama (2009) diz que se o quociente for menor que 1 (um), a Despesa Fixada é menor que a Receita Prevista, se o quociente for maior que 1 (um), a Despesa Fixada é maior que a Receita Prevista, portando a diferença corresponde o montante de Créditos Adicionais Abertos. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Orçamentário dos exercícios financeiros de 2010, 2011 e 2012, observou-se os resultados do Quociente de Cobertura de Créditos Adicionais que é obtido através da divisão de Excesso de Arrecadação pelos Créditos Adicionais Abertos, obteve-se resultado igual a 0. Para Kohama (2009, p.146) se o quociente for menor que 1, o Excesso de Arrecadação é menor do que os créditos Adicionais Abertos. Nessa hipótese, a diferença demonstra o quanto dos Créditos Adicionais Abertos não possui cobertura do Excesso de Arrecadação. Como a maioria dos municípios não tiveram excesso de arrecadação nesses exercícios os mesmos não possuíam cobertura do Excesso de Arrecadação. E essa diferença deverá ser coberta com outros recursos do município. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Orçamentário dos exercícios financeiros 2010, 2011 e 2012, observou-se que todos os resultados dos Quocientes da Execução da Despesa, que é obtido através da divisão da Despesa Orçamentária Executada pela Despesa Orçamentária Fixada, foram menor que 1 (um). Segundo Kohama (2009, p. 147) diz que se o quociente for menor que 1, a Despesa Executada é menor que a Despesa Fixada. Essa hipótese representará o quanto da Despesa Fixada (autorizada legalmente) foi utilizada como Despesa Executada. No contexto geral do Quociente da Execução da Despesa, dos exercícios financeiros de 2010 a 2012, todos obtiveram um resultado menor que 1 (um), isto é, representa a Economia Orçamentária que os município obtiveram em cada ano. O município que mais se destacou foi Cascavel que teve a maior Economia Orçamentária entre os municípios estudados. Segundo Kohama (2009, p.148) dificilmente ocorrerá um resultado 1 e jamais poderá ser maior que 1, porque nesse caso, executar-se a despesa sem autorização. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Orçamentário dos exercícios financeiros de 2010, 2011 e 2012, observou-se os que o Quociente do Resultado Orçamentário que é obtido através da divisão da Receita Executada pela Despesa Executada, foi maior que 1 (um) em na maioria dos municípios analisados, entretanto os municípios de capitão Leônidas Marques no ano de 2012; Catanduvas no ano de 2012, Ibema no ano de 2010; Lindoeste no ano de 2012 e Santa Lúcia no ano de 2012 tiveram como resultado do Quociente do Resultado Orçamentário menor que 1 (um). Para Kohama (2009, p. 148), se o quociente for maior que 1, a Receita Executada é maior que a Despesa Executada, neste caso o quociente encontrado, demonstra que houve superávit orçamentário de execução. Por outro lado se o Quociente for menor que 1 (um) isso significa que ocorreu um déficit na 8

execução orçamentária, ou seja, a execução da despesa foi superior a realização da receita daquele exercício. 4.2 Análise indicadores balanços financeiros Ao analisar os indicadores econômico-financeiros dos Balanços Financeiros dos anos de 2010, 2011 e 2012, verificou-se que os resultados do Quociente da Execução Orçamentária, que é obtido através da divisão da Receita Orçamentária pela Despesa Orçamentária, teve resultado maior que 1 (um) nos seguintes municípios e exercícios financeiros: Vera Cruz do Oeste em 2010 e 2012; Ramilândia em 2011; Matelândia em 2011 e 2012; Céu Azul em 2010, 2011 e 2012; Santa Tereza do Oeste em 2010 e 2011; Lindoeste em 2010 e 2011; Santa Lúcia em 2010 e 2011; Capitão Leônidas Marques em 2010, 2011 e 2012; Boa Vista da Aparecida em 2010, 2011 e 2012; Cascavel em 2010, 2011 e 2012; Campo Bonito em 2010 e 2012; Ibema em 2011 e 2012; Catanduvas em 2011; Três Barras do Paraná em 2010 e 2011; Guaraniaçu em 2010 e 2011 e Diamante do Sul em 2010 e 2011 e 2012. Tiveram resultado menor que 1 (um) nos seguintes municípios e exercícios financeiros: Vera Cruz do Oeste em 2011; Ramilândia em 2010 e 2012; Matelândia em 2010; Santa Tereza do Oeste em 2012; Lindoeste em 2012; Santa Lúcia em 2012; Campo Bonito em 2011; Ibema em 2010; Catanduvas em 2010 e 2012; Três Barras do Paraná em 2012 e Guaraniaçu em 2012. Segundo Kohama (2009, p. 158) diz que se o quociente for maior que 1, a Receita Orçamentária é maior que a Despesa Orçamentária. Essa hipótese apresentará a existência de superávit orçamentário na execução e movimentação financeira. Ao analisar o Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária, que é obtido através da divisão da Receita Orçamentária pela Despesa Orçamentária Paga. Sendo que a Despesa Orçamentária Paga se obtém através da Despesa Orçamentária menos Restos a Pagar Inscritos no exercício. O resultado obtido foi maior que 1 (um) em quase todos os municípios e anos analisados, com exceção para o exercício financeiro de 2012 para os municípios de Catanduvas, Lindoeste e Santa Lúcia que tiveram quociente menor que 1 (um). Segundo Kohama (2009, 159) diz que se o quociente for maior que 1, a Receita Orçamentária é maior que a Despesa Orçamentária Paga. Essa hipótese refletirá que existe superávit na execução orçamentária e financeira, se for utilizado o regime de caixa para a Despesa Orçamentária. Ao analisar o Quociente da Execução Orçamentária Corrente, que é obtido através da divisão da Receita Corrente pela Despesa Corrente, obteve-se o quociente maior que 1 (um) para todos os municípios analisados com exceção para o município de Lindoeste no ano de 2012. Para Kohama (2009, p. 160) se o quociente for maior que 1, a Receita Corrente recebida é maior no exercício do que a Despesa Corrente realizada no exercício. No contexto geral do Quociente da Execução Orçamentária Corrente dos municípios, pode-se identificar que em todos os anos houve superávit corrente, caracterizando uma situação boa, pois a diferença que se obteve em cada ano será utilizado para realizar a cobertura de despesas de capital do município. A única exceção foi o município de Lindoeste no ano de 2012 com 0,951. Ao analisar os Quociente da Execução Orçamentária de Capital, que é obtido através da divisão da Receita de Capital com a Despesa de Capital, o resultado obtido foi maior que 1 (um) para os seguintes munícipios e exercícios financeiros: Guaraniaçu, Matelândia e Ramilândia no exercício de 2010; Ibema, Lindoeste e Matelândia em 2011; Campo Bonito e 9

Ibema em 2012. Para Kohama (2009, p. 161) se o quociente for menor que 1, a Receita de Capital recebida no exercício é menos que a despesa de capital realizada. Ao analisar os Quociente da Execução Extra-Orçamentária, que é obtido através da divisão da Receita Extra-Orçamentária pela Despesa Extra-Orçamentária, o resultado obtido foi de 0 (zero), ou seja, segundo Kohama (2009, p. 162) se o quociente for menor que 1, a Receita Extra-orçamentária é menor que a Despesa Extra-orçamentária [...] isto é, recebimentos inferiores aos pagamentos de ordem extra-orçamentária. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Financeiro dos anos de 2010 a 2012, observou-se os seguintes resultados: o Quociente do Resultado da Execução Financeira, que é obtido através da divisão da Receita (Orçamentária + Extra-orçamentária) pela Despesa (Orçamentária + Extra-orçamentária), na maioria dos municípios apresentou resultado maior que 1 (um), apenas em Campo Bonito no ano de 2011; Catanduvas 2010 e 2012; Céu Azul em 2011; Guaraniaçu em 2012; Ibema em 2010; Lindoeste em 2012; Matelândia em 2010; Ramilândia em 2010 e 2012; Santa Lúcia em 2012; Santa tereza do Oeste em 2012 e Vera Cruz do Oeste no ano de 2011, foram inferiores a 1 (um), segundo Kohama (2009, p. 163) se o quociente for maior que 1, a Receita (orçamentária + extraorçamentária) é maior que a Despesa (orçamentária + extra-orçamentária), isto é, os recebimento ocorridos no exercício foram maiores que os pagamentos realizados no exercício, havendo um superávit financeiro. Nesse quociente do Resultado da Execução Financeira, [...] o resultado normal é de 1, ou pouco maior que 1, se for menor deve-se verificar se as disponibilidades (caixa, bancos) refletem a movimentação financeira de origem extra-orçamentária. (KOHAMA, 2009, p.165). Ao analisar os indicadores econômico-financeiros dos Balanços Financeiros dos exercícios de 2010 a 2012, observou-se os seguintes resultados: o Quociente do Resultado dos Saldos Financeiros, que é obtido através da divisão do Saldo que Passa para o Exercício Seguinte pelo Saldo do Exercício Anterior, o resultado na maioria dos municípios foram inferiores a 1 (um) apenas nos municípios de Campo bonito no ano de 2011; Capitão Leonidas Marques nos anos de 2010 a 2012; Céu azul em 2010; Lindoeste em 2011; Matelândia nos anos de 2011 e 2012; Ramilândia em 2010; Três barras do Paraná em 2012 e Vera Cruz do Oeste no ano de 2010 foram superiores a 1 (um). Segundo Kohama (2009, p. 165) se o quociente for maior que 1, o Saldo que passa para o exercício seguinte é maior que o saldo do exercício anterior, com isso constitui-se num superávit financeiro, ou seja, os recebimentos do exercício foram maiores do que os pagamentos do exercício. O quociente da Situação Financeira segundo Kohama (2009,p. 175) demonstrará o quanto de créditos, valores realizáveis e valores numéricos existem em relação aos compromissos e obrigações existentes em curto prazo. Para que o resultado se considere normal terá de ser igual a 1, ou maior que 1, desde que não seja conseguido mediante a constituição da dívida fundada. Nos indicadores econômico-financeiros do Balanço Financeiro dos anos de 2010 a 2012, observou-se os seguintes resultados: o Quociente da Situação Financeira, que é obtido através da divisão do Ativo Financeiro pelo Passivo Financeiro, o resultado na maioria dos municípios analisados foi superior a 1 (um) apenas em Boa Vista da Aparecida no ano de 2010; Campo bonito nos anos de 2011 e 2012; Catanduvas no ano de 2010 e 2012; Diamante do Sul no ano de 2010; Guaraniaçu nos anos de 2010 e 2012; Ibema nos anos de 2010 e 2012; 10

Matelândia no ano de 2010; Ramilândia no ano de 2012 e Santa tereza do Oeste nos anos de 2010 a 2012 foram inferiores a 1 (um). Segundo Kohama (2009, p. 174), se o quociente for maior que 1, o Ativo Financeiro é superior ao Passivo Financeiro, isto é, há um excesso de recursos financeiros, representados pela soma das disponibilidades mais direitos realizáveis, sobre as operações a curto prazo. Portanto sendo maior que 1, indica um superávit financeiro apurado no balanço patrimonial, que poderá servir como recurso de cobertura de créditos adicionais. 4.3 Análise indicadores do balanço patrimonial Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Patrimonial dos anos de 2010 a 2012, observou-se os seguintes resultados: o Quociente da Situação Permanente, que é obtido através da divisão do Ativo Permanente pelo Passivo Permanente, o resultado analisado em todos os municípios foi superior a 1 (um). Segundo Kohama (2009, p. 175) se o quociente for maior que 1, o Ativo Permanente é superior ao Passivo Permanente, ou seja, que a soma dos bens, créditos e valores, de caráter permanente, é superior a soma das dívidas fundadas [...] portanto, há um superávit na parte permanente do balanço patrimonial Analisando os indicadores econômico-financeiros do Balanço Patrimonial dos anos de 2010 a 2012, observou-se que o Quociente do Limite de Endividamento I, que é obtido através da divisão da Dívida Fundada pela Receita Líquida Real, o resultado obtido foi inferior a 1 (um) em todos os municípios. Segundo Kohama (2009, p.176) se o quociente for menor que 1, a soma da dívida fundada é inferior á soma das receita líquida real arrecadada no exercício. Com relação os indicadores econômico-financeiros do Balanço Patrimonial dos anos de 2010 a 2012, observou-se que o Quociente do Limite de Endividamento II, que é obtido através da divisão da Soma das Operações de Crédito pela Receita Líquida Real, o resultado obtido na analise foi em que todos os municípios foi inferior a 1 (um). Segundo Kohama (2009, p.180) se o quociente for menor do que 1, a Soma das Operações de Crédito realizadas no ;exercício é menor do que o valor da Receita Líquida Real. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Patrimonial dos anos de 2010 a 2012, observou-se que o Quociente do Dispêndio da Dívida II, que é obtido através da divisão da Soma da Amortização + Encargos pela Receita Líquida Real, o resultado obtido foi inferior a 1 (um) em todos os municípios. Segundo Kohama (2009, p.182) se o quociente for menor que 1, a soma dos pagamentos relativos á amortização, mais juros e encargos da dívida, e inferior á soma dos recebimentos da Receita Líquida Real, realizados no exercício. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Balanço Patrimonial dos anos de 2010 a 2012, observou-se que o Quociente do Resultado Patrimonial que é obtido através da divisão da Soma do Ativo Real pela Soma do Passivo Real, o resultado obtido foi superior a 1 (um) em todos os municípios. Segundo Kohama (2009, p. 183) se o quociente for maior que 1, demonstra que a Soma do Ativo Real é superior à soma do Passivo Real, isto é, que a soma dos bens, créditos e valores realizáveis é superior á soma dos compromissos exigíveis mais as dívidas fundadas. Com esse resultado se obteve um superávit patrimonial. 4.4 Indicadores das variações das demonstrações Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Demonstrativo das Variações Patrimoniais passivas dos exercícios de 2010, 2011 e 2012. observou-se que o Quociente da 11

Mutação Patrimonial Passiva, que é obtido através da divisão da Receita Ambivalente pela Mutação Patrimonial Passiva. Onde a Receita Ambivalente é composta pelos recebimentos de Cobrança em Dívida Ativa, Operações de Crédito, Alienação de Bens e Valores e Amortização de Empréstimos. Na maioria dos municípios foi menor que 1 (um), apenas nos seguintes munícipios e exercícios foram maior que 1 (um): Boa vista da Aparecida exercício de 2010 e 2012; Catanduvas no exercício de 2010 e 2012; Céu Azul no exercício de 2012; Diamante do Sul no exercício de 2010 a 2012; Matelândia no exercício de 2010 e 2012; Santa Lucia no exercício de 2010 e 2012 e Três barras do Paraná no exercício de 2011 e 2012. Kohama (2009, p.201), se o quociente for maior que 1 a Receita Ambivalente é superior a Mutação Patrimonial Passiva [...]. Nos indicadores econômico-financeiros do Demonstrativo das Variações Patrimoniais dos exercícios de 2010, 2011 e 2012, o Quociente da Mutação Patrimonial Ativa, que é obtido através da divisão da Despesa Ambivalente pela Mutação Patrimonial Ativa, onde a despesa ambivalente é composto por: Material de Consumo, Investimentos, Inversões financeiras, Amortização da Dívida Interna e Externa. Observou-se que na maioria dos municípios analisados foi menor que 1 (um), entretanto nos municípios de Campo Bonito no ano de 2011; Capitão Leonidas Marques nos anos de 2010 a 2012; Catanduvas no ano de 2011; Céu azul nos anos de 2011 e 2012; Diamante do Sul nos anos de 2010 e 2011; Guaraniaçu nos anos de 2010 e 2012; Lindoeste nos anos de 2010 a 2012 e Vera Cruz do Oeste no ano de 2012, foi maior que 1 (um). Segundo Kohama (2009, p.194) se o quociente for menor que 1, a Despesa Ambivalente é inferior à Mutação Patrimonial Ativa, ou seja, a despesa realizada no exercício e que causa incorporação o ativo permanente, é inferior ao valor da Mutação Patrimonial Ativa. Ainda segundo o autor (2009, p.196) com esse resultado, fatalmente provocará uma situação positiva em termos de variação patrimonial. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Demonstrativo das Variações Patrimoniais dos exercícios de 2010, 2011 e 2012, observou-se que o Quociente do Resultado das Mutações Patrimoniais, que é obtido através da divisão da Mutação Patrimonial Ativa pela Mutação Patrimonial Passiva, o resultado em todos os municípios analisados foi superior ou igual a 1 (um). Segundo Kohama (2009, p. 196) se o quociente for maior que 1, esse hipótese demonstrará que a variação patrimonial que a Mutação Patrimonial Ativa provocou é menor que a causada pela Mutação Patrimonial Passiva, isto quer dizer que houve mais bens, créditos, e incorporação de dívida fundada, do que a incorporação de bens, valores e a baixa da dívida fundada. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Demonstrativo das Variações Patrimoniais dos exercícios de 2010, 2011 e 2012, observou-se que o Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais Independentes da Execução Orçamentária, que é obtido através da divisão da Independente da Execução Orçamentária Ativa pela Independentes da Execução Orçamentária Passiva. O resultado obtido na maioria dos munícipios foi superior a 1(um), entretanto em Boa Vista da Aparecida nos anos de 2010 à 2012; Campo bonito 2010 à 2012; Catanduvas em 2010 e 2012; Céu Azul nos anos de 2010 à 2012; Ibema no ano de 2011; Lindoeste 2010 á 2012; Matelândia nos anos de 2010 à 2012; Ramilândia no anod e 2012; Santa Lucia nos anos de 2010 e 2012; Santa Tereza do Oeste em 2012; Três Barras do Paraná nos anos de 2010 à 2012 e Vera Cruz do Oeste no ano de 2012 foi inferior a 1 (um). Segundo Kohama (2009, p. 12

197) se o quociente for maior que 1, a Variação Patrimonial Independente da Execução Orçamentária Ativa é maior que a Variação Patrimonial Independente da Execução Orçamentária Passiva. O resultado que deverá ser considerado positivo é maior que 1, porque refletirá que as variações patrimoniais independentes da execução orçamentária ativa, por seu maior que a passiva, irá contribuir para que haja um aumento do patrimônio, por meio de acréscimos, nas contas do ativo permanente, ou redução do passivo permanente. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Demonstrativo das Variações Patrimoniais dos anos de 2010, 2011 e 2012, observou-se que o Quociente do Resultado das Variações na Parte Permanente, que é obtido através da divisão da Soma das Mutações Patrimoniais Ativa mais Independentes da Execução Orçamentária Ativa pela Soma das Mutações Patrimoniais Passivas mais a Independentes da Execução Orçamentária Passiva. O Resultado obtido foi superior a 1 (um) exceto nos municípios de Capitão Leonidas Marques no ano de 2012, Catanduvas no ano de 2010 e Santa Lucia no ano de 2010. Segundo Kohama (2009, p. 201) se o quociente for maior que 1, os aumentos do ativo permanente somados a diminuição do passivo permanente são superiores ás baixas do ativo permanente somadas ás incorporações do passivo permanente. O resultado que será considerado positivo é o maior que 1. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Demonstrativo das Variações Patrimoniais dos exercícios de 2010, 2011 e 2012, observou-se que o Quociente Patrimonial da Execução Orçamentária, que é obtido através da divisão Receita Orçamentária + (Dívida Ativa do Exercício + Direitos Contratuais) pela Despesa Orçamentária. O resultado obtido na maioria dos municípios foi superior a 1 (um), exceto Campo Bonito no ano de 2011; Catanduvas em 2010 e 2012; Céu Azul em 2011; Guaraniaçu em 2012; Ibema em 2010; Lindoeste em 2012; Matelândia em 2010; Ramilândia nos anos de 2010 e 2012 e Santa Lucia no ano de 2012. Segundo Kohama (2009, p. 203) se o quociente for maior que 1, Receita Orçamentária, acrescida da Dívida Ativa do Exercício mais os Direitos Contratuais, será maior que a Despesa Orçamentária. Isto significa que se a Receita orçamentária for de regime de competência haverá superávit orçamentário de execução, em relação a despesa orçamentária. Ao analisar os indicadores econômico-financeiros do Demonstrativo das Variações Patrimoniais dos exercícios de 2010, 2011 e 2012, observou-se que o Quociente do Resultado da Variações Patrimoniais, que é obtido através da divisão do Total das Variações Ativas pelo Total das Variações Passivas. O resultado em quase todos os municípios foi superior a 1 (um), exceto em Catanduvas no ano de 2010, Matelândia no ano de 2012 e Santa lucia no ano de 2012. Segundo Kohama (2009, p. 204) se o quociente for maior que 1, o total das Variações Ativas é superior ao total das Variações Passivas, ou seja, que o resultado representa um superávit na relação entre as variações patrimoniais, onde as ativas são superiores as passivas. 5 Considerações finais Este trabalho teve por objetivo apurar e comparar o desempenho econômico-financeiro de um grupo de prefeituras situadas na região oeste do Paraná, são elas: Vera Cruz do Oeste, Ramilândia, Matelândia, Céu Azul, Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia, Capitão 13

Leônidas Marques, Boa Vista da Aparecida, Cascavel, Campo Bonito, Ibema, Catanduvas, Três Barras do Paraná, Guaraniaçu e Diamante do Sul, nos exercícios de 2010, 2011 e 2012. A hipótese apresentada de que o desempenho econômico-financeiros dos municípios apresentaria desempenho diferente foi confirmada. Isso ocorreu em relação aos seguintes indicadores: Quociente de Execução da Receita, teve resultado superior a 1 (um) apenas o município de Vera Cruz do Oeste no ano de 2010; o município de Matelândia em 2011 e o município de Campo Bonito em 2012. Quociente de Equilíbrio Orçamentário teve resultado de inferior a 1 (um) nos seguintes municípios e exercícios: Campo bonito exercício de 2010 e 2012; Diamante do Sul exercício de 2011; Guaraniaçu exercício de 2010, 2011 e 2012; Matelândia exercício de 2010; Santa Lucia exercício de 2010 e 2011 e Santa Tereza do Oeste nos exercícios de 2010, 2011 e 2012. Quociente de Cobertura de Créditos Adicionais obtevese resultado igual a 0. Quociente da Execução da Despesa foram menor que 1 (um). o Quociente do Resultado Orçamentário foi maior que 1 (um) em na maioria dos municípios analisados, entretanto os municípios de capitão Leônidas Marques no ano de 2012; Catanduvas no ano de 2012, Ibema no ano de 2010; Lindoeste no ano de 2012 e Santa Lúcia no ano de 2012 tiveram como resultado do Quociente do Resultado Orçamentário menor que 1 (um). Quociente da Execução Orçamentária teve resultado maior que 1 (um) nos seguintes municípios e exercícios financeiros: Vera Cruz do Oeste em 2010 e 2012; Ramilândia em 2011; Matelândia em 2011 e 2012; Céu Azul em 2010, 2011 e 2012; Santa Tereza do Oeste em 2010 e 2011; Lindoeste em 2010 e 2011; Santa Lúcia em 2010 e 2011; Capitão Leônidas Marques em 2010, 2011 e 2012; Boa Vista da Aparecida em 2010, 2011 e 2012; Cascavel em 2010, 2011 e 2012; Campo Bonito em 2010 e 2012; Ibema em 2011 e 2012; Catanduvas em 2011; Três Barras do Paraná em 2010 e 2011; Guaraniaçu em 2010 e 2011 e Diamante do Sul em 2010 e 2011 e 2012. Tiveram resultado menor que 1 (um) nos seguintes municípios e exercícios financeiros: Vera Cruz do Oeste em 2011; Ramilândia em 2010 e 2012; Matelândia em 2010; Santa Tereza do Oeste em 2012; Lindoeste em 2012; Santa Lúcia em 2012; Campo Bonito em 2011; Ibema em 2010; Catanduvas em 2010 e 2012; Três Barras do Paraná em 2012 e Guaraniaçu em 2012. Quociente Financeiro Real da Execução Orçamentária O resultado obtido foi maior que 1 (um) em quase todos os municípios e anos analisados, com exceção para o exercício financeiro de 2012 para os municípios de Catanduvas, Lindoeste e Santa Lúcia que tiveram quociente menor que 1 (um). Quociente da Execução Orçamentária Corrente maior que 1 (um) para todos os municípios analisados com exceção para o município de Lindoeste no ano de 2012. Quociente da Execução Orçamentária de Capital resultado obtido foi maior que 1 (um) para os seguintes munícipios e exercícios financeiros: Guaraniaçu, Matelândia e Ramilândia no exercício de 2010; Ibema, Lindoeste e Matelândia em 2011; Campo Bonito e Ibema em 2012. Quociente da Execução Extra- Orçamentária o resultado obtido foi de 0 (zero). Quociente do Resultado da Execução Financeira na maioria dos municípios apresentou resultado maior que 1 (um), apenas em Campo Bonito no ano de 2011; Catanduvas 2010 e 2012; Céu Azul em 2011; Guaraniaçu em 2012; Ibema em 2010; Lindoeste em 2012; Matelândia em 2010; Ramilândia em 2010 e 2012; Santa Lúcia em 2012; Santa tereza do Oeste em 2012 e Vera Cruz do Oeste no ano de 2011, foram inferiores a 1 (um). Quociente do Resultado dos Saldos Financeiros na maioria dos municípios foram inferiores a 1 (um) apenas nos municípios de Campo bonito no ano de 2011; Capitão Leonidas Marques nos anos de 2010 a 2012; Céu azul em 2010; Lindoeste em 2011; Matelândia nos anos de 2011 e 2012; Ramilândia em 2010; Três barras do Paraná em 2012 e Vera Cruz do Oeste no ano de 2010 foram superiores a 1 (um). Quociente da Situação 14

Financeira na maioria dos municípios analisados foi superior a 1 (um) apenas em Boa Vista da Aparecida no ano de 2010; Campo bonito nos anos de 2011 e 2012; Catanduvas no ano de 2010 e 2012; Diamante do Sul no ano de 2010; Guaraniaçu nos anos de 2010 e 2012; Ibema nos anos de 2010 e 2012; Matelândia no ano de 2010; Ramilândia no ano de 2012 e Santa tereza do Oeste nos anos de 2010 a 2012 foram inferiores a 1 (um). Quociente da Situação Permanente o resultado analisado em todos os municípios foi superior a 1 (um). Quociente do Limite de Endividamento I o resultado obtido foi inferior a 1 (um) em todos os municípios. Quociente do Limite de Endividamento II o resultado obtido na analise foi em que todos os municípios foi inferior a 1 (um). Quociente do Dispêndio da Dívida II o resultado obtido foi inferior a 1 (um) em todos os municípios. Quociente do Resultado Patrimonial o resultado obtido foi superior a 1 (um) em todos os municípios. Quociente da Mutação Patrimonial Passiva Na maioria dos municípios foi menor que 1 (um), apenas nos seguintes munícipios e exercícios foram maior que 1 (um): Boa vista da Aparecida exercício de 2010 e 2012; Catanduvas no exercício de 2010 e 2012; Céu Azul no exercício de 2012; Diamante do Sul no exercício de 2010 a 2012; Matelândia no exercício de 2010 e 2012; Santa Lucia no exercício de 2010 e 2012 e Três barras do Paraná no exercício de 2011 e 2012. Quociente da Mutação Patrimonial Ativa na maioria dos municípios analisados foi menor que 1 (um), entretanto nos municípios de Campo Bonito no ano de 2011; Capitão Leonidas Marques nos anos de 2010 a 2012; Catanduvas no ano de 2011; Céu azul nos anos de 2011 e 2012; Diamante do Sul nos anos de 2010 e 2011; Guaraniaçu nos anos de 2010 e 2012; Lindoeste nos anos de 2010 a 2012 e Vera Cruz do Oeste no ano de 2012, foi maior que 1 (um). Quociente do Resultado das Mutações Patrimoniais o resultado em todos os municípios analisados foi superior ou igual a 1 (um). Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais Independentes da Execução Orçamentária o resultado obtido na maioria dos munícipios foi superior a 1(um), entretanto em Boa Vista da Aparecida nos anos de 2010 à 2012; Campo bonito 2010 à 2012; Catanduvas em 2010 e 2012; Céu Azul nos anos de 2010 à 2012; Ibema no ano de 2011; Lindoeste 2010 á 2012; Matelândia nos anos de 2010 à 2012; Ramilândia no ano de 2012; Santa Lucia nos anos de 2010 e 2012; Santa Tereza do Oeste em 2012; Três Barras do Paraná nos anos de 2010 à 2012 e Vera Cruz do Oeste no ano de 2012 foi inferior a 1 (um). Quociente do Resultado das Variações na Parte Permanente o resultado obtido foi superior a 1 (um) exceto nos municípios de Capitão Leonidas Marques no ano de 2012, Catanduvas no ano de 2010 e Santa Lucia no ano de 2010. Quociente Patrimonial da Execução Orçamentária o resultado obtido na maioria dos municípios foi superior a 1 (um), exceto Campo Bonito no ano de 2011; Catanduvas em 2010 e 2012; Céu Azul em 2011; Guaraniaçu em 2012; Ibema em 2010; Lindoeste em 2012; Matelândia em 2010; Ramilândia nos anos de 2010 e 2012 e Santa Lucia no ano de 2012. Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais o resultado em quase todos os municípios foi superior a 1 (um), exceto em Catanduvas no ano de 2010, Matelândia no ano de 2012 e Santa Lucia no ano de 2012. Os indicadores financeiros apurados conforme Kohama (2009) verificou que em diversos municípios e anos analisados houve tanto superávit como déficit, sendo assim, percebesse que por mais que sejam municípios próximos há inconformidade em seus quocientes analisados. Referências 15