RECURSO ESPECIAL Nº 1.088.379 - DF (2008/0200060-8) RELATOR : MINISTRO FRANCISCO FALCÃO RECORRENTE : DISTRITO FEDERAL PROCURADORA : MARIA WILMA DE AZEVEDO SILVA MANSUR E OUTRO(S) RECORRIDO : ADEMOVALDO FERREIRA DA COSTA ADVOGADO : VALERIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(S) EMENTA PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. PORTADOR DE NEOPLASIA MALIGNA. ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. APOSENTADORIA. DESNECESSIDADE DE LAUDO MÉDICO OFICIAL E DA CONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS. MANUTENÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. PRECEDENTES. I - É considerado isento de imposto de renda o recebimento do benefício de aposentadoria por portador de neoplasia maligna, nos termos do art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88. II - Ainda que o art. 30 da Lei nº 9.250/95 determine que, para o recebimento de tal benefício, é necessária a emissão de laudo pericial por meio de serviço médico oficial, a "norma do art. 30 da Lei n. 9.250/95 não vincula o Juiz, que, nos termos dos arts. 131 e 436 do Código de Processo Civil, é livre na apreciação das provas acostadas aos autos pelas partes litigantes" (REsp nº 673.741/PB, Relator Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA DJ de 09/05/2005). III - Sendo assim, de acordo com o entendimento do julgador, esse pode, corroborado pelas provas dos autos, entender válidos laudos médicos expedidos por serviço médico particular, para fins de isenção do imposto de renda. Precedente: REsp nº 749.100/PE, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJ de 28.11.2005. IV - Ainda que se alegue que a lesão foi retirada e que o paciente não apresenta sinais de persistência ou recidiva a doença, o entendimento dominante nesta Corte é no sentido de que a isenção do imposto de renda, em favor dos inativos portadores de moléstia grave, tem como objetivo diminuir o sacrifício do aposentado, aliviando os encargos financeiros relativos ao acompanhamento médico e medicações ministradas. Precedente: REsp 734.541/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2.2.2006, DJ 20.2.2006 (REsp nº 967.693/DF, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJ de 18/09/2007). V - Recurso especial improvido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Luiz Fux, Teori Albino Zavascki e Benedito Gonçalves (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, a Sra. Ministra Denise Arruda. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Benedito Gonçalves. Brasília (DF), 14 de outubro de 2008 (Data do Julgamento) Documento: 827653 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/10/2008 Página 1 de 8
MINISTRO FRANCISCO FALCÃO Relator Documento: 827653 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/10/2008 Página 2 de 8
RECURSO ESPECIAL Nº 1.088.379 - DF (2008/0200060-8) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO: Trata-se de recurso especial interposto pelo DISTRITO FEDERAL, com esteio no art. 105, III, "a" e "c", da CF/88, contra v. acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios assim ementado: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO E ADMINISTRATIVO. ISENÇÃO. IMPOSTO DE RENDA. NEOPLASIA MALIGNA. ALUDO PARTICULAR E OFICIAL. 1. O laudo confeccionado por médico particular é documento idôneo para o reconhecimento do direito à isenção do imposto de renda, não ficando o magistrado vinculado ao artigo 30 da Lei nº 9.250/95. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça e do TJDFT. 2. Inexistindo perícia médica oficial nos autos, deve prevalecer as informações contidas em laudo particular, que atestam a existência de doença constante do rol legal das enfermidades que justificam a isenção do imposto de renda. 3. Havendo sucumbência recíproca e na mesma proporção, correta a sentença que determinou o rateio das custas processuais e a compensação da verba honorária. 4. Se a parte restou vencida em parte considerável de sua pretensão, não há que se falar em sucumbência mínima. 5. Apelações conhecidas, mas não providas (fl. 234). Sustenta o recorrente violação ao art. 6º, IX, da Lei nº 7.713/88 c/c os arts. 30, caput e 1º, da Lei nº 9.250/95, 39, XXXIII e 4º, do Decreto nº 3.000/99 e 111 do CTN, aduzindo que, para a concessão de isenção de imposto de renda sobre a aposentadoria de portador de doença grave, é necessária a avaliação por meio da expedição de laudo pericial por junta médica oficial, sendo que a interpretação de artigo que concede a isenção deve ser feita de forma restritiva, não cabendo ampliação. Afirma, ainda, que não basta ao interessado ter sido acometido pela doença grave, sendo necessário que dela seja portador atualmente. É o relatório. Documento: 827653 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/10/2008 Página 3 de 8
RECURSO ESPECIAL Nº 1.088.379 - DF (2008/0200060-8) VOTO O EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO (RELATOR): Tenho por satisfeitos os requisitos de admissibilidade recursal, aí se incluindo o do prequestionamento da matéria controvertida, pelo que conheço do recurso especial. Em relação à ausência de laudo pericial oficial a atestar a doença grave, o Ilustre Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, na Relatoria do REsp nº 673.741/PB, DJ de 09/05/2005, p. 357, bem delineou questão idêntica à dos autos, no sentido da desnecessidade de laudo médico oficial para se avaliar a doença de portador de neoplasia maligna, a fim de conceder isenção do imposto de renda à sua aposentadoria. Nesse sentido, confiram-se trechos do referido voto, litteris : "In casu, o recorrido é portador de neoplasia maligna (câncer) e, nos termos do inciso XIV do art. 6o da Lei n. 7.713/88, seus rendimentos de aposentadoria são isentos do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Por outro lado, a norma contida no art. 30 da Lei n. 9.250/95 condiciona o reconhecimento da isenção do imposto de renda à comprovação oficial das doenças relacionadas no inciso XIV do art. 6º da Lei n. 7.713/88. Contudo, a determinação do art. 30 da Lei n. 9.250/95 tem como destinatária a Fazenda Pública, impondo-lhe a concessão da isenção tributária nas circunstâncias nela previstas; e, de outra forma, não poderia se conduzir a Administração porque, em se tratando de isenção tributária, não há discricionariedade. Todavia, em sede de ação judicial, em que prevalecem os princípios do contraditório e da ampla defesa, pode a parte utilizar-se de todos os meios de provas em direito admitidos na perseguição do reconhecimento de seu direito, de forma que não está o magistrado adstrito aos termos do mencionado dispositivo legal, uma vez que é livre na apreciação das provas. Por conseguinte, não está adstrito ao laudo médico oficial, podendo valer-se de outras provas produzidas no curso da ação cognitiva. O Código de Processo Civil, nos termos dos arts. 131 e 436, consagrou o princípio da persuasão racional em matéria de interpretação de prova. E, não foi por outro motivo que, no acórdão recorrido, considerou-se comprovada a doença do autor desde dezembro de 2000, com amparo nos laudos médicos constantes das fls. 12/16." No caso dos autos, conforme consta no acórdão recorrido, foi comprovada a doença do ora recorrido, de acordo com documentos acostados por ele na inicial. Confira-se: O laudo apresentado pelo apelante à folha 13, subscrito pelo Documento: 827653 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/10/2008 Página 4 de 8
Dr. Hélcio Luiz Miziara, atesta que em 26.05.2003 foi diagnosticado a presença de adenocarcinoma de próstata, confirmado pela biópsia de folhas 14/15. Consta, ainda, relatório médico do Dr. Saulo F. Pimentel, com data de 24.11.2005, noticiando que o autor estava em tratamento. O Distrito Federal defende que o autor não provou que possuía a doença no período de 23.05.2003 a 05.04.2006 e que esta demonstração só poderia ser feita por laudo oficial. O Superior Tribunal de Justiça já se pronunciou sobre a exigência de laudo oficial para o fim da isenção buscada pelo autor, entendendo possível o reconhecimento do direito com base em laudo particular, pois o artigo 30 da Lei 9.250/95, não vincula o julgador (fl. 242). Consoante se pode depreender do excerto supracolacionado do acórdão recorrido, o posicionamento adotado pela Corte de origem se coaduna com o esposado por este STJ, confiram-se: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. NEOPLASIA MALIGNA. INÍCIO DO BENEFÍCIO. LAUDO MÉDICO OFICIAL. DESNECESSIDADE. 1. Conforme estabelecido no art. 6º, inciso XIV, da Lei n. 7.713/88, são isentos do imposto de renda os benefícios de aposentaria percebidos por portadores de neoplasia maligna. 2. Nos termos do art. 30 da Lei n. 9.250/95, a isenção tributária somente poderá ser concedida mediante a comprovação da moléstia por laudo pericial emitido por serviço médico oficial. 3. A norma do art. 30 da Lei n. 9.250/95 não vincula o Juiz, que, nos termos dos arts. 131 e 436 do Código de Processo Civil, é livre na apreciação das provas acostadas aos autos pelas partes litigantes. 4. Recurso especial parcialmente provido (REsp nº 673.741/PB, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJ de 09.05.2005, p. 357) (g.n.). PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PORTADOR DE NEOPLASIA MALIGNA. ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. APOSENTADORIA. DESNECESSIDADE DE LAUDO MÉDICO OFICIAL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. AFASTAMENTO. DIREITO LÍQÜIDO E CERTO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. SÚMULA Nº 07/STJ. I - O Tribunal a quo realizou a prestação jurisdicional invocada, pronunciando-se sobre os temas propostos, tecendo considerações acerca da demanda, tendo se manifestado acerca da suficiência dos documentos acostados à inicial, com a juntada de laudo médico, para fins de obtenção da isenção do imposto de renda sobre a aposentadoria da recorrida, portadora de doença grave. II - É considerado isento de imposto de renda o recebimento do benefício de aposentadoria por portador de neoplasia maligna, nos termos do art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88. III - Ainda que o art. 30 da Lei nº 9.250/95 determine que, Documento: 827653 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/10/2008 Página 5 de 8
para o recebimento de tal benefício, é necessária a emissão de laudo pericial por meio de serviço médico oficial, a "norma do art. 30 da Lei n. 9.250/95 não vincula o Juiz, que, nos termos dos arts. 131 e 436 do Código de Processo Civil, é livre na apreciação das provas acostadas aos autos pelas partes litigantes" (REsp nº 673.741/PB, Relator Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA DJ de 09/05/2005, p. 357). IV - Sendo assim, de acordo com o entendimento do julgador, esse pode, corroborado pelas provas dos autos, entender válidos laudos médicos expedidos por serviço médico particular, para fins de isenção do imposto de renda. V - O recurso especial não é a via recursal adequada para se conhecer da violação ao artigo 1º da Lei nº 1.533/51, porquanto, para aferir a existência de direito líqüido e certo, faz-se necessário o reexame do conjunto probatório, o que é vedado pelo óbice insculpido na Súmula nº 07, deste Tribunal. VI - Recurso especial improvido. (REsp nº 749.100/PE, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJ de 28.11.2005, p. 230) (g.n.). Por fim, quanto ao argumento do recorrente de que o autor não mais seria portador de neoplasia maligna, pelo fato de já haver sido extirpado seu tumor, não satisfazendo, pois, aos requisitos legais para a isenção, destaco o seguinte trecho do acórdão recorrido:...existe precedente da Turma, em julgamento no qual fiquei vencido (APC 2005.01.1.004226-5), cujo acórdão ainda se encontra pendente de publicação, no sentido de que deve ser deferido o benefício mesmo que o câncer tenha sido extirpado por intervenção cirúrgica (fl. 244) (g.n.). Mais uma vez, verifico que o entendimento sufragado pela Corte de origem neste particular não destoa do esposado pelo STJ. Apreciando situação idêntica, no REsp nº 967.693/DF, o Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS assim ponderou: Ainda que se alegue que a lesão foi retirada e que o paciente não apresenta sinais de persistência ou recidiva a doença, o entendimento dominante nesta Corte é no sentido de que a isenção do imposto de renda, em favor dos inativos portadores de moléstia grave, tem como objetivo diminuir o sacrifício do aposentado, aliviando os encargos financeiros relativos ao acompanhamento médico e medicações ministradas. Destaco a ementa do referido julgado: TRIBUTÁRIO AÇÃO MANDAMENTAL IMPOSTO DE RENDA INCIDENTE SOBRE PROVENTOS DE APOSENTADORIA NEOPLASIA MALIGNA LEI N. 7.713/88 DECRETO N. 3.000/99 NÃO-INCIDÊNCIA PROVA VÁLIDA E PRÉ-CONSTITUÍDA EXISTÊNCIA CONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS DESNECESSIDADE MANUTENÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO PRECEDENTES. 1. Cinge-se a controvérsia na prescindibilidade ou não da Documento: 827653 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/10/2008 Página 6 de 8
contemporaneidade dos sintomas de neoplasia maligna, para que servidor o público aposentado, submetido à cirurgia para retirada da lesão cancerígena, continue fazendo jus ao benefício isencional do imposto de renda, previsto no artigo 6º, inciso XIV, da Lei n. 7.713/88. 2. Quanto à alegada contrariedade ao disposto no artigo 267, inciso VI, do CPC, por ausência de prova pré-constituída, não prospera a pretensão; porquanto, o Tribunal de origem, como soberano das circunstâncias fáticas e probatórias da causa, confirmou a decisão recorrida e entendeu estar presente documento hábil para comprovar a moléstia do impetrante. Pensar de modo diverso demandaria o reexame de todo o contexto fático-probatório dos autos, o que é defeso a esta Corte em vista do óbice da Súmula 7/STJ. 3. O mesmo argumento utilizado pela Corte de origem tem a virtude de afastar a alegação de violação dos artigos 30, caput e 1º da Lei n. 9.250/95 e 39, 4º, do Regulamento do Imposto de Renda, a saber: o Decreto n. 3.000/99, feita pelo recorrente. 4. Ainda que se alegue que a lesão foi retirada e que o paciente não apresenta sinais de persistência ou recidiva a doença, o entendimento dominante nesta Corte é no sentido de que a isenção do imposto de renda, em favor dos inativos portadores de moléstia grave, tem como objetivo diminuir o sacrifício do aposentado, aliviando os encargos financeiros relativos ao acompanhamento médico e medicações ministradas. Precedente: REsp 734.541/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2.2.2006, DJ 20.2.2006. 5. O art. 111 do CTN, que prescreve a interpretação literal da norma, não pode levar o aplicador do direito à absurda conclusão de que esteja ele impedido, no seu mister de apreciar e aplicar as normas de direito, de valer-se de uma equilibrada ponderação dos elementos lógico-sistemático, histórico e finalístico ou teleológico, os quais integram a moderna metodologia de interpretação das normas jurídicas. (REsp 192.531/RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 17.2.2005, DJ 16.5.2005.) Recurso especial improvido (REsp nº 967.693/DF, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJ de 18/09/2007, p. 296). É de se aplicar, pois, o verbete sumular nº 83 deste STJ. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao presente recurso especial. É o voto. Documento: 827653 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/10/2008 Página 7 de 8
CERTIDÃO DE JULGAMENTO PRIMEIRA TURMA Número Registro: 2008/0200060-8 REsp 1088379 / DF Números Origem: 20050111397278 200801037738 PAUTA: 14/10/2008 JULGADO: 14/10/2008 Relator Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro BENEDITO GONÇALVES Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. JOÃO FRANCISCO SOBRINHO Secretária Bela. MARIA DO SOCORRO MELO AUTUAÇÃO RECORRENTE : DISTRITO FEDERAL PROCURADORA : MARIA WILMA DE AZEVEDO SILVA MANSUR E OUTRO(S) RECORRIDO : ADEMOVALDO FERREIRA DA COSTA ADVOGADO : VALERIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(S) ASSUNTO: Tributário - Imposto de Renda - Isenção CERTIDÃO Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Luiz Fux, Teori Albino Zavascki e Benedito Gonçalves (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, a Sra. Ministra Denise Arruda. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Benedito Gonçalves. Brasília, 14 de outubro de 2008 MARIA DO SOCORRO MELO Secretária Documento: 827653 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/10/2008 Página 8 de 8