EFEITO DO CONSUMO DE ETANOL SOBRE O PERFIL HISTOLÓGICO DO PÂNCREAS DE RATOS

Documentos relacionados
PÂNCREAS ENDÓCRINO. Felipe Santos Passos 2011

Efeito de agente indutor de diabetes no pâncreas de ratos Wistar tratados com a fração aquosa das partes aéreas da planta Piper aduncum

INTESTINO DELGADO SECREÇÕES ENTÉRICAS E PANCREÁTICAS

SISTEMA ENDÓCRINO órgãos hormônios

8 GLÂNDULAS ANEXAS DO SISTEMA DIGESTIVO

A UTILIZAÇÃO DA ENZIMA ELASTASE 1 NO DIAGNÓSTICO DA PANCREATITE CRÔNICA EXÓCRINA.

Biologia. Tecido Epitelial. Professor Enrico Blota.

Fisiologia do Sistema Endócrino. Pâncreas Endócrino. Anatomia Microscópica. Anatomia Microscópica

Matéria: Biologia Assunto: Tecidos Animais - Tecido Epitelial Prof. Enrico Blota

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS. voltar índice próximo CIÊNCIAS. Unidade º ANO» UNIDADE 1» CAPÍTULO 3

Metabolismo e produção de calor

4/19/2007 Fisiologia Animal - Arlindo Moura 1

Hormônios do pâncreas. Insulina. Glucagon. Somatostatina. Peptídeos pancreáticos

Aula: 29 Temática: Metabolismo dos lipídeos parte I

Histologia. Leonardo Rodrigues EEEFM GRAÇA ARANHA

Avaliação morfológica do estomago e duodeno de ratos Wistar induzidos a diabetes mellitus e tratados com a planta Equisetum pyramidale.


:: ORGÃOS ASSOCIADOS AO TUBO DIGESTÓRIO ::

GUIA DE ESTUDOS INSULINA E GLUCAGON

Fisiologia: Digestão, Respiração e Circulação

TECIDO EPITELIAL. Professora Melissa Kayser

Monossacarídeos. açúcares simples. Monossacarídeos. Carboidratos formados por C, H, O

1- TURMA A. Biologia. a) proteínas. b) glicídios. c) lipídios. d) lipídios e glicídios. e) lipídios e proteínas.

GUIA DE ESTUDOS INSULINA E GLUCAGON

Bioquímica Prof. Thiago

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo

Introdução a Histologia. Profa. Dra. Constance Oliver Profa. Dra. Maria Célia Jamur

Pâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino. Tem uma função exócrina (segregando suco pancreático que contém enzimas digestivas) e

AULA PRÁTICA 03 TECIDOS EPITELIAIS - EPITÉLIOS GLANDULARES LÂMINA Nº 46 INTESTINO GROSSO - HE

EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE

Metabolismo de aminoácidos de proteínas

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS

Tecido Epitelial e Conjuntivo

Disciplina Fisiologia veterinária I (VET 302)

ALUNO(a): A figura a seguir retrata um dos processos realizados comumente pelas células. Observe-a.

Funções das glicoproteínas e proteínas da membrana :

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

RELATÓRIO FINAL TOXICIDADE ORAL AGUDA EM RATOS DOSE FIXA F C

Instituto Superior Ciências da Saúde- Norte. Diana Duarte de Sousa. Ano lectivo 2006/2007. Licenciatura em Bioquímica, 2º Ano

Pâncreas Endócrino Controle da glicemia

Catabolismode aminoácidos. Aula anterior...

DIFERENÇAS DO DIABETES MELLITUS TIPO I E TIPO II: BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA

DISCIPLINA: RCG FISIOLOGIA II MÓDULO: FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

UMA VIAGEM AO CORPO HUMANO. Professor: Mário Castro CED. Taquara 8º / 9º Ano

SISTEMA DIGESTÓRIO. Prof. Dr. José Gomes Pereira

Sistema Gastrointestinal

Nutrição, digestão e sistema digestório. Profª Janaina Q. B. Matsuo

Aluno(a): N o : Turma:

8. Quando ocorre a produção de calcitonina e paratormônio no organismo? Qual (is) glândula(s) o(s) produz(em)?

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 11 SISTEMA ENDÓCRINO

SISTEMA DIGESTÓRIO MÓDULO 7 FISIOLOGIA

TECIDO EPITELIAL. Prof. Me. Leandro Parussolo

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Fisiologia Endócrina. O Pâncreas. Prof. Wagner de Fátima Pereira

Tecido epitelial Capítulo 2

Profª MSc Monyke Lucena

Glândulas endócrinas:

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

MODELO DE ALTERAÇÕES METABÓLICAS EM ANIMAIS SUBMETIDOS À DIETA HIPERCALÓRICA À CUSTA DE LIPÍDEOS

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas

A Diabetes É uma doença metabólica Caracteriza-se por um aumento dos níveis de açúcar no sangue hiperglicemia. Vários factores contribuem para o apare

Palavras-Chave Imprint metabolico, obesidade, perfil fenotipico.

BIOQUÍMICA II SISTEMAS TAMPÃO NOS ORGANISMOS ANIMAIS 3/1/2012

Hematopoese. Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone

O PÂNCREAS ENDÓCRINO. Laboratório de Endocrinologia e Metabolismo Profa. Dra. Ísis do Carmo Kettelhut Maria Ida Bonini Ravanelli Walter Dias Júnior

SISTEMA DIGESTIVO HUMANO (Parte 4)

NUTRIÇÃO. Problemas nutricionais associados à pobreza: Desnutrição /Hipovitaminose / Bócio

ANEXO II PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL - INDÚSTRIA

ESTUDO DO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS DO MUNICÍPIO DE MIRANDOPOLIS/SP

Boca -Faringe - Esôfago - Estômago - Intestino Delgado - Intestino Grosso Reto - Ânus. Glândulas Anexas: Glândulas Salivares Fígado Pâncrea

ACERVO DIGITAL FASE II

EXERCÍCIO DE CIÊNCIAS COM GABARITO 8º ANO 1. (PUC-SP) O esquema abaixo é referente ao coração de um mamífero

NUTRIENTES. Profª Marília Varela Aula 2

TÍTULO: USO DO PLASMA SANGUÍNEO EM GEL NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

03/01/2016. Proteína INTRODUÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE CADEIA PROTÉICA FUNÇÕES FUNÇÕES BIOLÓGICAS

Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 10 EXCREÇÃO HUMANA

Jonas Alves de Araujo Junior

Os tecidos. Tecidos biológicos. Aula 1 e 2. Tecido epitelial Tecido conjuntivo. 1º bimestre. Professora calina

A AÇÃO DO CÁLCIO NO CONTROLE DO GANHO DE PESO CORPORAL: UMA ABORDAGEM EXPERIMENTAL COM LEITE DE SOJA ENRIQUECIDO.

a) A digestão enzimática de carboidratos só se inicia no duodeno. b) O meio ácido do estômago inativa todas as enzimas digestivas.

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 01 FISIOLOGIA ANIMAL E NUTRIÇÃO

MAGNÉSIO DIMALATO. FÓRMULA MOLECULAR: C4H6Mg2O7. PESO MOLECULAR: 396,35 g/mol

TECIDO EPITELIAL. Prof. Cristiane Oliveira

AS MOLÉCULAS DA VIDA. COMPOSIÇÃO DOS SERES VIVOS De que são formados os seres vivos? ELEMENTOS QUÍMICOS QUE COMPÕEM OS

CRITÉRIOS DE GRAVIDADE DE PANCREATITE AGUDA DE RANSON: CORRELAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL

Tecido Conjuntivo/Células. Células Residentes: presença constante

ARTIGO SOBRE OS PERSONAGENS MARCANTES DA HISTÓRIA DA FISIOLOGIA

GLÂNDULAS DEFINIÇÃO TIPOS DE SECREÇÕES. São um conjunto de células especializadas que têm como finalidade produzir secreções.

FISIOLOGIA ENDÓCRINA E METABÓLICA DE PEIXES. Programa de PG em Aquicultura. Profa. Elisabeth Criscuolo Urbinati

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Fisiologia e Biofísica

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 12 PRINCIPAIS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS NO HOMEM

Sumário. Anatomia funcional do trato gastrintestinal e dos órgãos que drenam nele 1

Reparação. Regeneração Tecidual 30/06/2010. Controlada por fatores bioquímicos Liberada em resposta a lesão celular, necrose ou trauma mecânico

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO

Fisiologia: Digestão, Respiração, Circulação, Excreção, Coordenação e Reprodução

Módulo II.III Fisiologia. Tratado de Fisiologia Média, GUYTON & HALL, 11º Edição. Pâncreas Endócrino

Transcrição:

1 EFEITO DO CONSUMO DE ETANOL SOBRE O PERFIL HISTOLÓGICO DO PÂNCREAS DE RATOS Elvia Silvia Rizzi 1,2 ; Michele França de Almeida 2 ; Beatriz Keiko Miysato de Souza 4 ; Iandara Schettert Silva 4 ; Rosemary Matias 3 ; Doroty Mesquita Dourado 2 1 Acadêmica bolsista PIBIC/CNPq do curso de Ciências Biológicas; email elviarizzi@hotmail.com; 2 Laboratório de Toxinologia e Plantas Medicinais; 3 Laboratório de Produtos Naturais da Universidade Anhanguera Uniderp - Campo Grande MS; 4 Mestrado em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste. RESUMO O propósito deste estudo foi avaliar através de modelo experimental as alterações histopatológicas dos ácinos pancreáticos e das ilhotas de Langerhans de ratos Wistar. Foram utilizados 6 ratos e divididos em dois grupos sendo 3 animais para cada: Grupo Controle(GC) - os animais receberam água e ração padrão ad libitum.grupo Alcoolizado (GA) - os animais receberam a dieta líquida e sólida ad libitum, a Vodka Orloff foi administrada via gavagem, na dosagem crescente de 0,4ml; 0,7ml a 0,9ml. Após 30 dias os animais foram eutanasiados utilizando Thiopentax. As amostras do pâncreas foram removidas e fixadas em formol tamponado a 10%, processadas e incluídas em parafina para serem seccionadas em micrótomo rotativo a 5 µm e avaliados por meio das colorações de Hematoxilina/Eosina (HE) e pela Reação do Reativo de Schiff (PAS). O grupo controle não apresentou alterações na morfologia do pâncreas. Já no grupo de animais tratados com etanol em várias proporções, observou-se que as ilhotas de Langerhans estavam diminuídas com perda celular, algumas aumentadas. Na região exócrina as hemácias nos vasos estavam congestas e os ácinos com secreção abundante, deposição proteinácea nos ductos e no tecido intersticial indícios de carboidrato neutro mostrado pela positividade ao PAS ao redor dos ácinos. Os resultados obtidos indicam que, houve interferência do etanol na morfologia do órgão, no período de 30 dias o etanol causou danos moderados tanto na porção exócrina como na endócrina do pâncreas que pode provocar por períodos maiores uma perda considerável da função do órgão. Palavras-chave: Pancreatite; perfil histológico; ácinos INTRODUÇÃO O alcoolismo pode ser definido como uma síndrome multifatorial, com comprometimento físico, mental e social (EDWARDS; GROSS, 1976; EDWARDS et al., 1976). O consumo do álcool é uma das principais causas da pancreatite crônica. Nos alcoolistas a incidência de pancreatite é 50 vezes maior que na população abstinente (SUZANNE, 1992). O abuso do álcool está diretamente associado ao desenvolvimento de injúrias pancreáticas, mas, os fatores que as determinam ainda não são bem conhecidos (CLEMENS; JERRELLS, 2004) O álcool altera as funções do sistema nervoso, o metabolismo da glicose, lipídios e proteínas e, particularmente, altera os aspectos nutricionais de órgãos como pâncreas, estômago e intestino (KORSTEN; LIEBER, 1979; HIRATA; HIRATA, 1991). O pâncreas é composto por dois tipos principais de tecidos os ácinos, que secretam sucos digestivos para o duodeno e as ilhotas de Langerhans, que secretam insulina e glucagon e outros hormônios liberados diretamente no sangue, sendo que a função desses hormônios é a regulação do metabolismo da glicose, lipídeos e proteínas. A insulina desempenha papel importante no armazenamento do excesso de substâncias energéticas (GUYTON; HALL,1997). A pancreatite aguda é uma doença que tem como substrato um processo inflamatório da glândula pancreática, decorrente da ação de enzimas inadequadamente ativadas, que se traduz por edema, hemorragia e até necrose pancreática e peripancreática,

2 acompanhado de repercussão sistêmica que vai da hipovolemia ao comprometimento de múltiplos órgãos e sistemas e, finalmente, ao óbito (BANK, 1997). De maneira geral, aceita-se que o tempo de ingestão do etanol necessário para o surgimento de pancreatite crônica é menor do que para o desenvolvimento da cirrose hepática, geralmente 10 a 20 anos (BISCEGLIE; SEGAL, 1984). Tem-se descrito que a pancreatite crônica pode ocorrer após 6 a 8 anos de ingestão etílica (KOCHHAR et al.,2003). O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do álcool no pâncreas, e suas complicações, uma vez que este órgão é de suma importância para o funcionamento do organismo como um todo, e avaliar as alterações do perfil histológico dos ácinos e ilhotas de Langerhans. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados 6 ratos machos adultos da linhagem Wistar, provenientes do Biotério da Universidade Anhanguera-Uniderp, campo Grande/MS. Os animais foram mantidos em gaiolas individuais, para melhor controlar o consumo de sólido e líquido. Os animais após terem o seu peso aferido, foram separados em dois grupos de 03 animais cada grupo, assim distribuídos: Grupo controle (GC) - os animais receberam água e ração padrão ad libitum. Grupo Alcoolizado (GA) - os animais receberam a dieta líquida e sólida ad libitum, administrada via gavagem, na dosagem crescente de 0,4ml; 0,7ml a 0,9ml, de Vodka de marca comercial Orloff, Lote 9230R118951437, fabricado e engarrafado por Pernod Ricard Brasil Indústria e Comércio Ltda, Resende-RJ., duas vezes ao dia. Após 30 dias os animais foram eutanasiados utilizando Thiopentax (Tiopental sódico) na concentração referente ao peso do animal, ou seja, a cada 100g de peso corpóreo foi administrada 0.1ml (i.p.), sendo dose letal. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Uniderp - Campo Grande - MS, sob número 65 006/09 MS. As amostras do pâncreas foram removidas e fixadas em formol tamponado a 10%, em seguida processadas e incluídas em parafina para serem seccionadas em micrótomo rotativo a 5 µm e avaliados por meio das colorações de Hematoxilina/Eosina (HE) e pela Reação do Reativo de Schiff (PAS). RESULTADOS E DISCUSSÃO O grupo controle não apresentou alterações na morfologia do pâncreas. Já no grupo de animais tratados com etanol em várias proporções, observou-se que as ilhotas de Langerhans estavam diminuídas em tamanho com perda celular, algumas aumentadas. Na região exócrina do pâncreas as hemácias contidas nos vasos estavam congestas e os ácinos com secreção abundante, deposição proteinácea nos ductos e no tecido intersticial indícios de carboidrato neutro mostrado pela positividade ao PAS ao redor dos ácinos. Haber et al. (2005) demonstraram um acúmulo significante de colágeno no parênquima pancreático de ratos expostos diretamente ao etanol. Uma das possíveis causas do não aumento no depósito de colágeno intersticial seria a exposição indireta ao etanol. Os resultados obtidos no presente trabalho indicam que, de modo geral e nos períodos estudados, houve interferência do etanol na morfologia do órgão. Noel e Brás (1994) demonstraram que alcoolistas crônicos com uma alimentação pobre tinham maiores chances de apresentar cirrose hepática e/ou pancreatite crônica. Além disso, a diminuição acentuada desse órgão, por perda de ilhotas ou de ácinos provoca um decréscimo no número de células acinares, prejudicando o seu funcionamento. As enzimas que deixam de ser produzidas causam falhas graves nas funções digestivas desses animais (FIRMANSYAH, et al., 1989).

3 he ac A B C Figura 1 Grupo controle. Em A, verifica-se a ilhota de um animal controle () e em B, vaso sanguíneo (HE) e, em C, a região exócrina mostrando um ducto revestido com células cúbicas apoiadas em membrana basal PAS positiva (seta) e ácinos pancreáticos (ac) (x400). A B C hc D E F Figura 2 Grupo de animais tratados com etanol nas concentrações de 0,4ml; 0,7ml a 0,9ml. Em A, região exócrina mostrando secreção acinosa abundante (setas); em B e E uma ilhota diminuída (); C, hemácias congestas (HE); D, ilhota aumentada PAS positiva (); E, interstício com positividade ao PAS (setas); F, deposição proteinácea nos ductos (seta) (x400). CONCLUSÃO Conclui-se que o consumo de etanol por 30 dias causou danos moderados tanto na porção exócrina como na endócrina do pâncreas que pode provocar por períodos maiores uma perda considerável da função do órgão. AGRADECIMENTOS Universidade Anhanguera Uniderp/PROPP; CNPq. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANK, P. A. Practice guidelines in acute pancreatitis. American Journal of Gastroenterology, v. 92, p. 377-386, 1997. BISCEGLIE, A. M.; SEGAL, L. Cirrhosis and chronic pancreatitis in alcoholics. Journal of Clinical Gastroenterology, Fhiladelphia, v. 6, p. 199-200, 1984.

4 CLEMENS, D. L; JERRELLS, T. R. Ethanol consumption potentiates virus pancreatitis and may inhibit pancreas regeneration: preliminary findings. Alcohol, v. 33, p. 183-189, 2004. EDWARDS, G.; GROSS, M. M. Alcohol dependence: provisional description of a clinical syndrome. British Medical Journal, v. 1, p. 1.058-1.061, 1976. EDWARDS, G.; GROSS, M. M.; KELLER, M.; MOSER, J. Alcohol-related problems in the disability perspective. Journal of Studies on Alcohol, v. 37, p. 1.360-1.382, 1976. FIRMANSYAH, A.; SUWANDITO, L.; PENN, D.; LEBENTHAL, E. Biochemical and morphological changes in the digestive tract of rats after prenatal and postnatal malnutrition. American Journal of Clinical Nutrition, v. 50, p. 261 268, 1989. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 9 ed. Ed. Guanabara koogan S. A. Rio de Janeiro, p. 883-890, 1997. HABER, P.; NAKAMURA, M.; TSUCHIMOTO, K.; ISHII, H. Alcohol and pancreas. Alcoholism Clinical and Experimental Research, v. 25, p. 244 250, 2005. HIRATA, E. S.; HIRATA, L. C. M. Bioquímica e metabolismo do etanol. In: FORTES, J. R. A.; CARDO, W. N. Alcoolismo: diagnóstico e tratamento. São Paulo, Sarvier. p. 57-64, 1991. KOCHHAR, R.; KUMAR, S. P.; SOOD, A.; NAGI, B.; SINGH, K. Concurrent pancreatic ductal changes in alcoholic liver disease. Journal of Gastroenterology and Hepatology, Carlton, v. 18, p. 1067-1070, 2003. KORSTEN, M. A.; LIEBER, C. Nutrição no alcoólico. Medical Clinics of North America. Lawrence, v. 63, p. 963-72, 1979. 15-10-10 NOEL-JORAND, M.C; BRAS, J. A comparison of nutritional profiles of patients with alcoholrelated pancreatitis and cirrhosis. Alcohol Alcohol, v. 29, p. 65-74, 1994. SHERLOCK, S.; DOOLEY, J. Alcohol and the liver. In: Diseases of the liver and biliary system. 11 a ed. Oxford: Blackwell Scientific Publications. p. 381-398, 2002. SUZANNE, C. Sistema Endócrino. In: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. (Brunner e Suddarth). 7 a ed.,1992.

This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.