O Sistema Monetário Nacional Instituições e seus incidentes. Gustavo H. B. Franco

Documentos relacionados
Gustavo H. B. Franco

O Sistema Monetário Nacional Instituições e seus incidentes. Gustavo H. B. Franco

/ Thaís Hirata de Oliveira / Sandra Abate / Laura Rodrigues da Cunha Felicíssimo CONTRATOS EM MOEDA ESTRANGEIRA

O Sistema Monetário Nacional Instituições e seus incidentes. Gustavo H. B. Franco

O Sistema Monetário Nacional Instituições e seus incidentes. Gustavo H. B. Franco

DECRETOS-LEIS. 25 de 30 de novembro de 1937 Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.

Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI

Aula ) Objeto do pagamento (artigo 315, CC): As dívidas em dinheiro devem ser pagas no vencimento, em valor nominal e em moeda corrente.

Fatores para o cálculo do preço de exportação

CIRCULAR Nº 3.752, DE 27 DE MARÇO DE 2015

PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. MELHIM NAMEM CHALHUB

O Sistema Monetário Nacional Instituições e seus incidentes. Gustavo H. B. Franco

MEDIDA PROVISÓRIA Nº. 669, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2015

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL - CONSOLIDADO BALANÇO PATRIMONIAL. Exercício : 2016 em R$ ESPECIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÃO

SumáriO Direito tributário...2 O Direito tributário e as demais Ciências Jurídicas...5 O Direito tributário e os Limites ao poder de tributar...

O Sistema Monetário Nacional Instituições e seus incidentes. Gustavo H. B. Franco

SENADO FEDERAL PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO Nº 26, DE 2011

SUMÁRIO Direito Tributário...2 O Direito Tributário e as demais ciências jurídicas...5 O Direito Tributário e os Limites ao Poder de Tributar...

O regime jurídico da moeda e a hiperinflação no Brasil

A Moeda e a Lei História monetária do Brasil,

LEI Nº 9.717, DE 27 DE NOVEMBRO DE Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

AVISO Nº 03/2009 de 18 de Maio

Certificados de Crédito Cooperativo (CCC)

CIRCULAR Nº Às instituições credenciadas a operar no mercado de câmbio de taxas flutuantes.

CIRCULAR Nº Art. 7º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação.

CARTA-CIRCULAR Nº 731 Documento normativo revogado pela Carta-Circular 2.823, de 13/11/1998.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

PIS/COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS: alcance e inconstitucionalidade do Decreto 8.426/2015

CIRCULAR Nº 2568 DECIDIU:

O LADO MONETÁRIO DA ECONOMIA

IX Contratos de Assunção de Obrigações

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ BANCO BRADESCO S.A. Versão : 2. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Instrução Normativa SRF nº 660, de 17 de julho de Impressão

CIRCULAR N 12/2009. Rio de Janeiro, 09 de fevereiro de Ref.: Produto BNDES AUTOMÁTICO. Ass.: Programa Especial de Crédito PEC - BNDES

PALESTRA ANEFAC - IBRACON. Tema: Medida Provisória 627/13 - PIS/COFINS

Mercado de Capitais. Sistema financeiro nacional. Professor: Msc. Roberto César

INSTRUTIVO N. 2/97. Havendo necessidade de regulamentar o disposto no Artigo 2º. do Decreto no. 16/94, de 22 de Abril;

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2017

REDAÇÃO FINAL MEDIDA PROVISÓRIA Nº 775-A DE 2017 PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 20 DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

BRITCHAM - CORPORATE DAY

AVISO Nº. 12/96. de 29 DE Julho

CONTAS COM SALDO DEVEDOR (Euros)

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2017

Relatório Trabalhista

Quadro Comparativo IN n e IN n 1.637

Capítulo 9. Conta Única do Tesouro Nacional

REGULAMENTO A CONCESSÃO E MANUTENÇÃO DE EMPRÉSTIMO SIMPLES AOS ASSISTIDOS DO PLANO BÁSICO - BD.

CONSELHO CURADOR DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO RESOLUÇÃO Nº 836, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2017 Dá nova redação à Resolução nº 702, de 4 de

DECRETO N.º 156/XIII

Análise das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público. Luiz Carlos Wisintainer

SUBSTITUTIVO ADOTADO À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 212-A DE 2016

AVISO N.º 06/2012 de 29 de Março

Balanço de pagamentos. Reinaldo Gonçalves

Regulamento do Bradesco Fundo de Investimento em Ações - Livre Fácil. Capítulo I - Do Fundo. Capítulo II - Da Denominação do Fundo

Certificado de Recebíveis do Agronegócio CRA

Publicado no Diário da República, I série, nº 21, de 03 de Fevereiro AVISO N.º 01/2017

Portaria BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN nº de

Altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº RESOLVEU:

Manual de Normas Cetip I Sistema de Contratos. Cetip I Sistema de Contratos

AVISO Nº. 8/95 DE 08 DE AGOSTO

CLASSE 8 PROVEITOS POR NATUREZA. As contas desta classe registam os proveitos correntes do exercício.

MINISTÉRIO DA FAZENDA Superintendência de Seguros Privados

RESOLUÇÃO Nº 4.000, DE 25 DE AGOSTO DE 2011

Texto altera LRF para reduzir despesas primárias em todas as esferas

RESOLUÇÃO BACEN Nº DE 28 DE OUTUBRO DE 2004

Prática - desenvolvimento de sistemas Av. Assis Brasil 1800/302 - Porto Alegre - RS - CEP: Empresa: Plano referencial 9 - Partidos Políticos

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 241-D, DE 2016

Economia, Finanças e Estatística Avançada

Publicado no Diário da República, I série, nº 15, de 29 de Janeiro AVISO N.º 02/ LIMITES DE EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL

Teoria Geral dos Títulos de Crédito. Aula 6 Os títulos de crédito no Código Civil

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 ATIVO CIRCULANTE

Aula 01 Balanço de Pagamentos e Contas Nacionais

20. OPERAÇÕES DE CRÉDITO (OUTROS CLIENTES) - FOLHETO DE TAXAS DE JURO Linhas de Crédito e Contas Correntes

SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO Sociedade... SITUAÇÃO ANALÍTICA EM / / SALDOS DEVEDORES

3. Sistema Financeiro

RESOLUCAO N Parágrafo único. Não são considerados no cálculo da exigibilidade:

RESOLUÇÃO N I - a atuação da entidade com derivativos de renda variável subordina-se aos limites referidos no art.25, inciso II, alínea 'd';

CIRCULAR N 14/2005 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL ALTERÇÃO AJUSTE À LEI DE FALÊNCIA PENHORA ON-LINE

CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA

Fatores Determinantes do

Objetivo e Ambiente de Administração Financeira O Ambiente Operacional do Administrador Financeiro e o da Empresa

INSTRUTIVO N.º 01 /2003 de 7 de Fevereiro

Parecer Consultoria Tributária Segmentos IRRF Título financeiro em dólar

LEI Nº , DE 31 DE AGOSTO DE 2015.

1. INTRODUÇÃO ÁREA RESPONSÁVEL BASE LEGAL ABRANGÊNCIA DEFINIÇÃO DE FIE TIPOS DE FIE...

EAE 0423-Economia Brasileira I. Prof. Dr. Guilherme Grandi

ICMS NOÇÕES BÁSICAS. Coordenação: Alexandre A. Gomes

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em milhares de Kwanzas Angolanos)

1) do termo final do período de apuração;

O Governo Português e o Conselho da Europa:

MERCADO DE CAPITAIS E BANCOS E SERVIÇOS FINANCEIROS

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PROUNI

ICMS - Brindes Pergunte a CPA. Fernanda Silva

DIREITO CIVIL. Aula 11. Obrigações II. Prof. Wander Garcia

Prof. Luís Fernando Xavier Soares de Mello

AVISO Nº. 10/96 ARTIGO 1º.

Nota de Aula 2: Moeda. HICKS, J. A Theory of Economic History, Oxford University Press, 1969, caps.5 e 6

Transcrição:

O Sistema Monetário Nacional Instituições e seus incidentes Nominalismo e valor da moeda Gustavo H. B. Franco ECO 1673 Rio de Janeiro, 23.set.2016

DECRETO N. 23.501 - DE 27 DE NOVEMBRO DE 1933 Art. 1º É nula qualquer estipulação de pagamento em ouro, ou em determinada espécie de moeda, ou por qualquer meio tendente a recusar ou restringir, nos seus efeitos, o curso forçado do mil réis papel. Art. 2º A partir da publicação dêste decreto, é vedada, sob pena de nulidade, nos contratos exequiveis no Brasil, a estipulação de pagamento em moeda que não seja a corrente, pelo seu valor legal. Art. 3º O presente decreto entrará em vigor na data de sua publicação, devendo seu texto ser transmitido aos interventores para publicação imediata, revogadas as disposições em contrário, incluídas as de caráter constitucional. Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1933,

1933 o pecado original Abandono do padrão ouro Passagem (de jure) do ouro para o papel moeda. Decreto 5.108, de 18 de Dezembro de 1926 Art. 1. Fica adotado para o Brasil, como padrão monetário, o ouro, pesado em gramas, cunhado em moedas, ao título de 900 milésimos de metal fino e 100 milésimos de liga adequada. 1. A moeda será denominada cruzeiro e será dividida em centésimos. Decreto 23.501, de 27 de Novembro de 1933 Art. 1. É nula qualquer estipulação de pagamento em ouro,... Art. 2. A partir da publicação deste decreto, é vedada, sob pena de nulidade, a estipulação de pagamento em moeda que não seja a corrente, pelo seu valor legal.

1933 o pecado original A moeda perde seus vínculos com a Natureza, fim de uma era dominada pela intuição e pela espontaneidade. Do material para o imaterial Do lastro para a fidúcia Do valor implícito para o valor de troca Do real para o imaginário Do realismo para o abstrato

Moeda fiduciária e arte moderna: representação Ambos são sistemas simbólicos. Seus valores não são inerentes, mas construções sociais: muitos tipos de convenções sociais e instituições (museus e bancos entre elas) fornecem a base para seus significados e conferem a ambos, arte e dinheiro, legitimidade e valor. Sem fé em um pedaço de papel pintado, nenhuma troca haveria de ter lugar. Sem nenhuma noção de convenção artística, nenhuma arte teria existência. Em última instância, ambos são abstrações. Olav Velthuis Imaginary Economics: Contemporary Artists and the World of Big Money Roterdam, NAI Publishers

1933 1933: o ovo da serpente Paradigma Int l Natureza da moeda Quem fabrica Regulação Regras de pol. monet. JMK, Breton Woods Desglobaliz., câmbio fixo controles PM criatura da lei Nominalismo DL 23501/33 Susp cláusula ouro O Estado (TN-BB, e Outros bcos estatais, Não criação de BC dm=deficit Repressão a bancos Crédito é estatal Usura DL22626/33 Controles cambiais DL 23258/33 Ressentimento contra PO, vitória papelista, se torna um inflacionismo incipiente; Furtado e a inibição mental do homem público ; Nenhum contra-peso ao poder do Estado de abusar do papel moeda de curso forçado, a não criação de um BC é grave; Implicância com Missões Estrangeiras Inflacionismo anestesiado pq o mundo estava em deflação, no Brasil se acredita que Keynes faz mesmo uma teoria geral e não a crônica da economia em depressão: crença na indisciplina fiscal como virtude ; Getulismo monetário é a completa estatização da moeda e do crédito, a serviço do desenvolvimento ; Separação (autonomia) circunstancial entre pol monetária e cambial, ambas sob estrito controle estatal, possível no ambiente de restrições. Outra crença datada que deixaria de valer em seguida. 30 anos de impunidade criaram doutrina e muitas jaboticabas (Kalecki...)

Resumo: a ordem getulista & jucelinista em 4 pilares 1. DL 23.501 - Moeda fiduciária, um pedaço de papel sem conexão com a Natureza, todo poder ao Estado para criar papel moeda de curso forçado; NOMINALISMO 2. Ausência do Banco Central. Outras democracias fortaleceram BC, mesmo na Am. Latina; no Brasil nenhum contrapeso ao novo poder do Estado 3. DL 23.238 Controles cambiais, definição de operação legítima conforme interesses do governo. Deixa de haver a moeda internacional. Nacionalismo & mercantilismo 4. DL 23.626 Lei da Usura, ao limitar juros, exclui bancos privados do processo de criação de moeda (depósitos), reserva de mercado de crédito para o Estado, prenúncio da criação de sistema bancário público com recursos fiscais.

Exceções importações

Exceções obrigações (internacionais) em falências

Exceções contratos hipotecários em atraso

Exceções obrigações no exterior em geral

Em 1956, a Lei 2.973, de 26 de novembro desse ano, trazia em seu Artigo 16, em meio a uma infinidade de dispositivos pertinentes ao BNDE, o seguinte enunciado: Art. 16. Não se aplicam às operações do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico as disposições do Decreto 23.501/33.

Revogação supostamente acidental do Dec. 23.501

Revogando a revogação, reafirmando o 23.501 + 6.650/44

DECRETO-LEI 857, de 11 de setembro de 1969. Art. 1 - São nulos de pleno direito os contratos, títulos e quaisquer documentos, bem como as obrigações que, exequíveis no Brasil, estipulem pagamento em ouro, em moeda estrangeira, ou, por alguma forma, restrinjam ou recusem, nos seus efeitos, o curso legal do cruzeiro. Art. 2 - Não se aplicam as disposições do artigo anterior: I - aos contratos e títulos referentes a importação ou exportação de mercadorias; II - aos contratos de financiamento ou de prestação de garantias relativos às operações de exportação de bens de produção nacional, vendidos a crédito para o exterior; III - aos contratos de compra e venda de câmbio em geral; IV - aos empréstimos e quaisquer outras obrigações cujo credor ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior, excetuados os contratos de locação de imóveis situados no território nacional; V - aos contratos que tenham por objeto a cessão, transferência, delegação, assunção ou modificação das obrigações referidas no ítem anterior, ainda que ambas as partes contratantes sejam pessoas residentes ou domiciliadas no país. Parágrafo único: Os contratos de locação de bens móveis que estipulem pagamento em moeda estrangeira ficam sujeitos, para sua validade, a registro prévio no Banco Central do Brasil.

DECRETO-LEI 857, de 11 de setembro de 1969 (cont.) Art. 3 - No caso de rescisão judicial ou extrajudicial de contratos a que se refere o ítem I do art. 2 deste decreto-lei, os pagamentos decorrentes do acerto entre as partes, ou de execução de sentença judicial, subordinam-se aos postulados da legislação de câmbio vigente. Art. 4 - O presente decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogados o Decreto n 23.501, de 27 de novembro de 1933, a Lei n 28, de 15 de fevereiro de 1935, o Decreto-lei n 236, de 02 de fevereiro de 1938, o Decreto-lei n 1.079, de 27 de janeiro de 1939, o Decreto-lei n 6.650, de 29 de junho de 1944, o Decreto-lei n 316, de 13 de março de 1967 e demais disposições em contrário, mantida a suspensão do 1 do art. 947 do Código Civil. Brasília, 11 de setembro de 1969. Augusto Hamann Rademaker Grunewald Aurélio de Lyra Tavares Márcio de Souza e Mello Antonio Delfim Netto

LEI No 10.192, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2001. (MP da DESINDEXAÇÃO) Art. 1. As estipulações de pagamento de obrigações pecuniárias exequíveis no território nacional deverão ser feitas em Real, pelo seu valor nominal. Parágrafo único. São vedadas, sob pena de nulidade, quaisquer estipulações de: I - pagamento expressas em, ou vinculadas a ouro ou moeda estrangeira, ressalvado o disposto nos arts. 2o e 3o do Decreto-Lei no 857, de 11 de setembro de 1969, e na parte final do art. 6o da Lei no 8.880, de 27 de maio de 1994; II - reajuste ou correção monetária expressas em, ou vinculadas a unidade monetária de conta de qualquer natureza; III - correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados, ressalvado o disposto no artigo seguinte.

LEI No 10.192, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2001 (cont.) Art. 2. É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração igual ou superior a um ano. 1. É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a um ano.... Art. 18. Revogam-se os 1o e 2o do art. 947 do Código Civil, os 1o e 2o do art. 1o da Lei no 8.542, de 23 de dezembro de 1992, e o art. 14 da Lei no 8.177, de 1o de março de 1991. Congresso Nacional, em 14 de fevereiro de 2001; 180o da Independência e 113o da República Senador Antonio Carlos Magalhães Presidente

IV.23 - Dívida líquida do setor público D iscriminação 2014 2015 2016 R $ milhõ es Moeda é dívida? D ezembro D ezembro M aio Junho Julho Saldo s % Saldo s % Saldo s % Saldo s % Saldo s % P IB P IB P IB P IB P IB Dívida líquida total (A ) 1 883 147 33,1 2 136 888 36,2 2 379 130 39,7 2 529 703 42,0 2 571 875 42,4 Governo Federal 1272 707 22,4 1500 582 25,4 1758 618 29,3 1898 646 31,5 1976 759 32,6 Banco Central do Brasil -72 028-1,3-187 621-3,2-170 047-2,8-152 104-2,5-156 718-2,6 Governos estaduais 551199 9,7 660 099 11,2 670 312 11,2 665 059 11,0 631704 10,4 Governos municipais 91866 1,6 111 535 1,9 64 845 1,1 63 407 1,1 64 205 1,1 Empresas estatais 39 402 0,7 52 292 0,9 55 403 0,9 54 695 0,9 55 924 0,9 Federais (exceto Petrobras) -4 077-0,1-1990 -0,0-1311 -0,0-1708 -0,0-1825 -0,0 Estaduais 40 750 0,7 51461 0,9 53 899 0,9 53 596 0,9 54 950 0,9 Municipais 2 729 0,0 2 821 0,0 2 815 0,0 2 807 0,0 2 799 0,0 Dívida interna líquida 2 669 547 46,9 3 289 112 55,7 3 456 360 57,6 3 497 664 58,0 3 546 881 58,5 Governo Federal 1166 120 20,5 1364 148 23,1 1630 472 27,2 1784 167 29,6 1856 684 30,6 Dívida mobiliária em mercado 2 168 026 38,1 2 634 328 44,6 2 728 722 45,5 2 818 412 46,7 2 815 851 46,4 Dívida mobiliária do Tesouro Nacional 1/ 2 173 694 38,2 2 640 001 44,7 2 734 340 45,6 2 824 083 46,8 2 821290 46,5 Títulos sob custódia do FGE 2/ -5 668-0,1-5 673-0,1-5 618-0,1-5 670-0,1-5 439-0,1 Dívidas securitizadas e TDA 9 917 0,2 10 165 0,2 9 827 0,2 13 789 0,2 10 863 0,2 Dívida bancária federal 12388 0,2 17175 0,3 15 737 0,3 17 353 0,3 10 392 0,2 Arrecadação a recolher -1251-0,0-4110 -0,1-14 757-0,2-14 339-0,2-24 987-0,4 Depósitos a vista - 671-0,0-517 -0,0-473 -0,0-824 -0,0-552 -0,0 Recursos do FAT -231581-4,1-258 680-4,4-266 688-4,4-267 246-4,4-271114 -4,5 Previdência Social - 182-0,0-205 -0,0-681 -0,0-743 -0,0-785 -0,0 Renegociação (Lei nº 9.496/1997 e Proes) -497 411-8,7-549 577-9,3-517 831-8,6-523 202-8,7-487 370-8,0 Renegociação (Lei nº 8.727/1993) -12 813-0,2-11 982-0,2-11 718-0,2-11 667-0,2-11 634-0,2 Dívidas reestruturadas 3/ -5 244-0,1-6 305-0,1-5 668-0,1-4 996-0,1-5 042-0,1 Créditos concedidos a inst. financ. oficiais -545 610-9,6-567 434-9,6-561969 -9,4-561360 -9,3-564 144-9,3 Instrumentos híbrido s de capital e dívida 4/ -57 748-1,0-52 920-0,9-49 294-0,8-49 013-0,8-48 741-0,8 Créditos junto ao BNDES -487 862-8,6-514 515-8,7-512 674-8,5-512 346-8,5-515 403-8,5 Aplicações em fundos e programas 5/ -143 461-2,5-162 169-2,7-171789 -2,9-177 822-2,9-179 277-3,0 Outros créditos do Governo Federal 6/ -32 334-0,6-30 186-0,5-29 534-0,5-29 877-0,5-30 995-0,5 Relacionamento com Banco Central 446 346 7,8 293 645 5,0 457 294 7,6 526 688 8,7 595 479 9,8 Conta única -605 921-10,7-881932 -14,9-925 760-15,4-977 485-16,2-909 000-15,0 Dívida mobiliária na carteira do Bacen 1117 440 19,6 1286 515 21,8 1304 523 21,7 1319 528 21,9 1318 905 21,8 Equalização cambial 7/ -65 173-1,1-110 938-1,9 78 531 1,3 184 645 3,1 185 574 3,1 Banco Central do Brasil 909 952 16,0 1236 016 20,9 1161557 19,4 1043 584 17,3 1052 513 17,4 Base monetária 263 529 4,6 255 289 4,3 239 966 4,0 234 678 3,9 240 845 4,0 Operações compromissadas 8/ 809 063 14,2 913 280 15,5 1020 043 17,0 967 260 16,0 1061365 17,5 Outros depósitos no Bacen 282 930 5,0 336 945 5,7 341454 5,7 347 252 5,8 348 561 5,7 Créditos do Bacen às inst. financeiras -24 525-0,4-22 498-0,4-24 969-0,4-24 468-0,4-27 176-0,4 Demais contas do Bacen 25 301 0,4 46 646 0,8 42 357 0,7 45 550 0,8 24 398 0,4 Relacionamento com Governo Federal -446 346-7,8-293 645-5,0-457 294-7,6-526 688-8,7-595 479-9,8 Conta única 605 921 10,7 881932 14,9 925 760 15,4 977 485 16,2 909 000 15,0 Dívida mobiliária na carteira do Bacen -1117 440-19,6-1286 515-21,8-1304 523-21,7-1319 528-21,9-1318 905-21,8 Equalização cambial 7/ 65 173 1,1 110 938 1,9-78 531-1,3-184 645-3,1-185 574-3,1 (continua)