Aula 00. Epidemiologia p/ concursos de Saúde Professor: Marcela Conti DEMO

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Transcrição:

Aula 00 Epidemiologia p/ concursos de Saúde - 2017 Professor: Marcela Conti

AULA 00: No es de epidemiologia geral: princ pios, defini es, conceitos e classifica es SUMçRIO PçGINA 1. Apresenta o 02 2. Cronograma do m dulo 06 3. Princ pios 07 4. Defini es 11 4.1 Morbidade 12 4.2 Incid ncia 14 4.3 Preval ncia 16 4.4 Letalidade 21 4.5 Mortalidade 22 5. Lista das quest es apresentadas 39 6. Gabarito 47 7. Refer ncias Bibliogr ficas 48 @profmarcelaconti Curta minha p gina no Facebook e receba dicas e conteœdos para chegar mais r pido ao seu objetivo! 1 de 48

1.! Apresenta o Ol, tudo bem? E a? Preparado para, de uma vez por todas, alcan ar seu objetivo e passar para seu t o sonhado cargo pœblico, ser nomeado, tomar posse e entrar em exerc cio? E a partir da, come ar a trabalhar, fazer a diferen a na vida das pessoas e ainda receber um bom sal rio por isso? Fonte: www.supercms.com.br Espero que voc escolha seu sucesso! Isso significa trilhar um novo caminho. Escolhas iguais trazem resultados iguais. Escolhas diferentes nos permitem resultados diferentes. Se voc ainda n o conseguiu passar no concurso, pode estar gastando muito tempo estudando conteœdos que n o sejam relevantes para a sua prova, n o acha? E tempo, meu querido amigo, Ž um bem que temos que valorizar! Para passar mais tempo com nossa fam lia, amigos, viajando, praticando aquilo que de fato nos torna humanos, nossa capacidade de sonhar e realizar nossos projetos, precisamos otimizar as atividades do nosso diaa-dia. 2 de 48

Meu nome Ž Marcela Conti e tenho um enorme prazer em participar com voc desse caminho atž o sucesso! Atualmente, trabalhar em um cargo pœblico tem muitas vantagens para o servidor, mas poder atuar em benef cio da sociedade pode trazer realiza es importantes para n s enquanto seres humanos, muitas vezes, alžm daquelas que podemos imaginar. Fonte: br.depositphotos.com Diante disso, meu objetivo com esse material Ž te propor um atalho para que voc estude aquilo que realmente Ž importante e mais cobrado de Epidemiologia em provas de concurso na rea da saœde. Assim, voc estar preparado para ocupar seu t o sonhado cargo pœblico e, ent o, usufruir daquilo que esse cargo pode te proporcionar! Maravilhoso, n o acha? Mas, e a Marcela? Como ser este curso? Primeiramente, nesta aula, abordaremos os princ pios e as defini es b sicas relacionadas ˆ Epidemiologia. Nas pr ximas aulas, discutiremos outros assuntos, como os mžtodos de estudos epidemiol gicos e os aspectos relacionados ˆ vigil ncia epidemiol gica, conforme o cronograma que vou apresentar ali na frente. 3 de 48

Apresentarei v rias quest es j cobradas em concursos, que ser o comentadas conforme o desenvolvimento do conteœdo. Assim voc s estar o prontos e confiantes no dia da prova! Ah! Um lembrete super importante!!! Estarei l no f rum em que voc ter acesso exclusivo para tirar suas dœvidas! Outra coisinha... O conteœdo de Epidemiologia Ž extremamente extenso, poržm aqui est o abordados os t picos que considero relevante para as provas aplicadas ˆ rea da saœde. Como estaremos t o pr ximos durante esse tempo, vou falar um pouquinho de mim, pode ser? Sou brasiliense e meus pais s o de Minas Gerais. Ent o, j viu, nž? Adoro um p o de queijo com cafž! Em 2006, conclu minha gradua o no curso de Farm cia. Logo em seguida, houve a publica o de um edital para um concurso da Secretaria de Saœde do Distrito Federal com vaga para farmac utico. Estudei para este concurso e fui aprovada! =) 4 de 48

Na Žpoca, n o havia materiais espec ficos de boa qualidade para que pudesse estudar. Ent o, tive que comprar livros e mais livros, alžm de procurar v rias quest es em provas de concursos antigos para conseguir ter acesso ao conteœdo. Ou seja: foi muito dif cil encontrar tudo o que precisava num lugar s! Opa! Essa Ž mais uma vantagem dessa estratžgia de estudo! Hoje atuo como farmac utica hospitalar na Secretaria de Saœde do Distrito Federal. Sou muito feliz em minha profiss o e adoro compartilhar aquilo que j vivi e aprender mais ainda! Em 2013, fiz mestrado em Ci ncias da Saœde pela Universidade de Bras lia e hoje tambžm sou professora e coordenadora dos Cursos da rea da saœde aqui do EstratŽgia Concursos! Enfim, com essa viv ncia compartilhada, espero te ajudar a alcan ar seu sonho! Fique motivado! Voc vai conseguir! 5 de 48

2.! Cronograma do m dulo AULA SUMçRIO 00 No es de epidemiologia geral: princ pios, defini es, conceitos e classifica es 01 MŽtodos de estudos epidemiol gicos descritivos e anal ticos observacionais 02 MŽtodos de experimentais 03 Vigil ncia epidemiol gica: conceitos, prop sitos, coleta de dados e informa es estudos epidemiol gicos anal ticos Caso surjam dœvidas, n o hesite! Envie sua pergunta, mensagem ou coment rio para que eu possa esclarec -los e ajud -lo nesse processo. Quanto maior sua dedica o, maior a probabilidade de que voc seja aprovado! Isso Ž realmente importante para seu sucesso! Ent o? Vamos ao conteœdo? 6 de 48

3.! Princ pios Para come ar, o que Ž a epidemiologia e o que ela aborda? Epidemiologia Ž: A ci ncia que estuda o processo saœde-doen a em coletividades humanas, analisando a distribui o dos fatores determinantes das doen as, agravos e eventos associados ˆ saœde coletiva, propondo medidas de preven o, controle ou erradica o (informa es) de que doen as, sirvam e de fornecendo suporte ao indicadores planejamento, administra o e avalia o das a es. ROUQUAYROL e GOLDBAUM, 2003 Analisando a etimologia da palavra: Epi + demio + logia (sobre) + (popula o) + (estudo) De uma forma mais simples: ƒ o ramo das ci ncias da saœde que estuda a ocorr ncia, a distribui o e os fatores determinantes dos eventos relacionados ˆ saœde na popula o. 7 de 48

Os princ pios mais importantes da Epidemiologia s o: Os agravos ˆ saœde n o ocorrem ao acaso na popula o. A distribui o desigual dos agravos ˆ saœde Ž produto da a o de fatores que se distribuem desigualmente na popula o. E por qu? Bem, se o fator determinante de doen a em uma popula o fosse o acaso, n o haveria necessidade de investigar o acometimento das pessoas em rela o ˆ doen a estudada. Por exemplo, o caso do Zika v rus. H suspeitas fort ssimas de correla o entre a infec o por Zika v rus e casos de microcefalia em beb s nascidos de mulheres infectadas especialmente no 1¼ trimestre de gesta o. Se os casos de microcefalia ocorressem ao acaso, n o haveria a menor necessidade de investigar essa correla o, j que ela teria ocorrido ao acaso. Isso Ž verdade??? Como existe uma suspeita, h mžtodos epidemiol gicos apropriados para investigar essa poss vel rela o de causa e efeito. Entendido? 8 de 48

OS AGRAVOS Ë SAòDE NÌO OCORREM AO ACASO! EXISTEM FATORES QUE LEVAM Ë DISTRIBUI ÌO DESIGUAL DOS AGRAVOS Ë SAòDE. Outros exemplos em que h rela o de causa e efeito: - tabagismo e c ncer de pulm o - falta de saneamento b sico e hepatite A - uso de seringas compartilhadas e infec o por HIV - uso de corticosteroides e osteoporose A partir do conhecimento dos fatores determinantes das doen as, Ž poss vel aplicar medidas preventivas e curativas voltadas a alvos espec ficos. Essas interven es podem resultar em aumento da efic cia das medidas tomadas. S o exemplos de aplica es da Epidemiologia: Descrever as condi es de saœde da popula o Investigar os fatores determinantes da situa o de saœde Avaliar o impacto das a es para alterar a situa o de saœde Para alcan ar esses objetivos, Ž necess rio tomar v rios cuidados em rela o aos procedimentos e mžtodos epidemiol gicos. 9 de 48

S o fatores importantes em rela o aos aspectos pr ticos da Epidemiologia: Sele o correta da popula o para estudo Aferi o apropriada dos eventos e a adequada express o dos resultados Controle das vari veis confundidoras Validade da informa o Confiabilidade ou reprodutibilidade da informa o 10 de 48

4.! Defini es As provas de concurso para a rea da saœde cobram alguns conceitos fundamentais em Epidemiologia. Alguns DESPENCAM nas provas: S o alguns dos mais importantes: - MORBIDADE - INCIDæNCIA - PREVALæNCIA - LETALIDADE - MORTALIDADE Alguns outros conceitos veremos nas pr ximas aulas, combinado? 11 de 48

MORBIDADE O que significa morbidade? ƒ um um conjunto de casos ou de agravos ˆ saœde que acometem um grupo populacional Pode tambžm ser definida como a soma de agravos ˆ saœde que atingem uma determinada popula o. Sempre que nos referimos ao termo morbidade, devemos pensar em uma popula o predefinida, com localiza o espacial bem determinada, assim como um intervalo de tempo e abrang ncia do estudo bem claros. Em resumo, a morbidade se refere aos indiv duos que se tornaram doentes num intervalo de tempo. Marcela, coeficiente de morbidade Ž a mesmo que morbidade? Olha s : o coeficiente Ž apenas o nœmero que expressa a quantidade de indiv duos acometidos por uma doen a num intervalo de tempo. ƒ o dado. Sua f rmula Ž: N¼ de casos da doen a x 10n Popula o O coeficiente de morbidade pode ser subdividido em: 12 de 48

Coeficiente de morbidade Coeficiente de incid ncia Coeficiente de preval ncia Cada um desses coeficientes Ž capaz de representar o nœmero de casos das condi es cl nicas de acordo com suas caracter sticas. Vamos estud -los melhor para que fique bem clara a diferen a entre os conceitos e as aplica es dos coeficientes de incid ncia e preval ncia. 13 de 48

INCIDæNCIA O que Ž incid ncia? Ocorr ncia de casos novos relacionados a uma unidade de intervalo de tempo O que esse dado nos diz? Bem, a incid ncia informa quantos entre os sadios tornam-se doentes ou quantos entre os doentes apresentam determinado desfecho, como bito por exemplo. O coeficiente de incid ncia Ž calculado da seguinte forma: N¼ de casos novos no per odo x 10n Popula o no per odo ƒ muito importante observar que a unidade de tempo pode ser dimensionada em dias, semanas, meses, anos etc Marcela, e como posso aplicar os dados de incid ncia de uma certa doen a? 14 de 48

AGRAVOS AGUDOS s o melhor mensurados pela incid ncia, como:! Sarampo! Coqueluche! Raiva! Dengue! Acidentes of dicos! Acidentes de tr nsito! Rea es adversas a medicamentos etc ƒ a medida mais utilizada da Epidemiologia em investiga es cient ficas. ƒ œtil em investiga es de:! Etiologia! Progn stico! Efic cia terap utica de medicamentos! Efic cia de medidas preventivas etc Prev a probabilidade de novos indiv duos apresentarem aquele agravo. 15 de 48

PREVALæNCIA Informa o nœmero de casos existentes (casos novos e velhos) independente de quando surgiram. Descreve a for a com que subsistem as doen as na coletividade. Como calcular o coeficiente de preval ncia? N¼ de casos novos + antigos no per odo x 10n Popula o Se a incid ncia dimensiona melhor agravos agudos, a PREVALæNCIA dimensiona melhor os agravos CRïNICOS:! Tuberculose! Hansen ase! AIDS! Alcoolismo! Parasitoses! Hipertens o! Diabete melito! Rea es adversas a medicamentos que deixam sequelas etc A preval ncia Ž œtil no planejamento e administra o de servi os e programas de saœde para disponibilizar servi os ˆ popula o, leitos, medicamentos, materiais, procedimentos etc 16 de 48

Exemplos:! preval ncia de depress o entre pessoas que tiveram Acidente Vascular Cerebral (AVC)! preval ncia de focomelia em crian as cujas m es utilizaram talidomida. Mas, Marcela, existe uma correla o entre incid ncia e preval ncia? Sim! Vamos l! CORRELA ÌO ENTRE INCIDæNCIA E PREVALæNCIA O coeficiente de incid ncia aumenta com o nœmero de casos novos. QUANTO MAIOR A INCIDæNCIA, MAIOR A PREVALæNCIA! Para esclarecer um pouco mais, vou fazer uso de uma figura: 17 de 48

Figura 1: Rela o entre incid ncia e preval ncia Fonte: Secretaria de Estado de Saœde de Santa Catarina Imagine que a preval ncia Ž representada pelo conteœdo de um tanque. Existe um n vel ÒnormalÓ, ou seja, um nœmero de casos ÒmŽdiosÓ, ÒconstantesÓ (Figura 1a). Para aumentar o volume desse tanque, h a entrada de novos casos em um per odo de tempo, como se fosse a torneira. Quanto maior a vaz o da torneira (quantidade de volume injetado no tanque), maior ser o volume interno. Assim, QUANTO MAIOR A INCIDæNCIA, MAIOR A PREVALæNCIA. PorŽm, nesse tanque tambžm h uma perda de volume. Para diminuir o conteœdo desse tanque, existem duas possibilidades: cura ou morte, ou seja, ele deixou de ser um caso daquela doen a, de uma forma ou de outra. 18 de 48

Assim, caso a incid ncia seja maior do que o nœmero de mortes ou curas da doen a, h aumento da preval ncia (Figura 1b). Se for o contr rio, diminui o (Figura 1c). Se forem equivalentes, a preval ncia ser constante (Figura 1d). Falaremos no pr ximo t pico sobre letalidade, que Ž super importante para a preval ncia. Mais algumas informa es importantes sobre a rela o entre incid ncia e preval ncia... As doen as agudas, que curam ou matam rapidamente, t m menores chances de serem detectadas e, por isso, podem apresentar menores incid ncia e preval ncia. Isso pode levar a uma distor o dos resultados (vižs). O coeficiente de incid ncia Ž um dos fatores determinantes dos dados de preval ncia. Os avan os nos tratamentos de doen as cr nicas promovem aumento da sobrevida sem curar a doen a, aumentando o nœmero de casos na popula o e a preval ncia da doen a. A preval ncia diminui com o nœmero de curas ou bitos. A migra o (sa da ou chegada de casos novos) tambžm altera a incid ncia e a preval ncia. 19 de 48

Qualquer fator que aumente a dura o da doen a ou da manifesta o cl nica de um paciente aumenta as chances do caso ser identificado em um estudo de preval ncia. Os tratamentos inadequados aumentam a preval ncia. Para diminuir a preval ncia pode-se diminuir o nœmero de casos novos ou encurtar a dura o da doen a. Tanto a incid ncia quanto a preval ncia s o influenciadas pela qualidade dos servi os de saœde e do registro das notifica es. Para finalizarmos esse tema, a preval ncia pode ser expressa como: produto da incid ncia pela sua dura o mždia, quando a incid ncia Ž constante. Preval ncia = incid ncia x dura o mždia da condi o cl nica avaliada 20 de 48

LETALIDADE Essa medida nos permite identificar a gravidade dos agravos ˆ saœde. Ela indica quantos entre os afetados morrem. Quantos doentes s o levados ao bito pela condi o cl nica que apresentam. Como calcular a letalidade? N¼ de mortos x 10n N¼ de casos Exemplos:! A letalidade da hantavirose no DF em 2003 foi de 48% (14 mortos entre os 29 casos)! A letalidade por AIDS no Brasil diminuiu depois da universaliza o do acesso a medicamentos Como Ž poss vel observar nesses exemplos, a letalidade pode ser influenciada por diversos fatores, como: Fatores ligados ˆ doen a Fatores ligados ao hospedeiro Fatores ligados ˆ qualidade dos servi os de saœde 21 de 48

! Se a doen a Ž grave, a letalidade Ž alta!! Se o paciente/hospedeiro Ž mais sens vel, maior a letalidade. Por exemplo, pacientes imunodeprimidos, idosos, crian as etc! Se o servi o de saœde n o apresenta resolutividade, ou h desabastecimento de produtos, falta de profissionais ou ainda de dif cil acesso ao paciente, maior a letalidade! Marcela, LETALIDADE e MORTALIDADE s o a mesma coisa? N o!!!! Calma a! N o confunda! A letalidade est relacionada ˆ morte devido a uma condi o cl nica espec fica. A morte do indiv duo est vinculada a uma causa definida. J a mortalidade tambžm est vinculada ˆ morte, poržm de um grupo populacional espec fico, podendo haver diversas causas. 22 de 48

Por exemplo:! O Amazonas teve redu o de 8,1% na mortalidade infantil no ano de 2014. Nesse caso, n o h especifica o da causa da morte, mas sabemos quem Ž a popula o (infantil), em que regi o (Amazonas), em um certo per odo (ano de 2014). Compreendido? Qualquer dœvida, entre em contato pelo f rum! Alguns outros conceitos ser o abordados nas pr ximas aulas. Aproveite agora para tentar resolver os exerc cios e estudar os coment rios. Em cada uma das quest es, dou dicas e atalhos legais para que voc consiga o m ximo de rendimento no dia da sua prova, combinado? 23 de 48

01 - (FCC - TRT - 3» Regi o MG Ð 2009) Define-se como incid ncia de um transtorno, em epidemiologia: a) o nœmero total de casos de um transtorno na popula o em determinado per odo. b) o nœmero de casos por rea assistida. c) o nœmero de casos novos de um transtorno em determinada popula o. d) a rela o entre os bitos provocados por um transtorno e a renda mždia da popula o. e) a rela o entre o nœmero de casos novos e o nœmero total de casos de uma doen a. Coment rios: Como vimos, incid ncia Ž o nœmero de casos novos em uma determinada popula o em um certo per odo de tempo. Lembre-se: CASOS NOVOS! Resposta: letra C. 02 - (CESGRANRIO Ð CEFET/RJ Ð 2014) Em um hospital, o enfermeiro, ao analisar a frequ ncia de ocorr ncia de novos acidentes de trabalho em um ano, est considerando uma medida epidemiol gica de a) preval ncia b) incid ncia c) raz o d) risco e) padroniza o 24 de 48

Coment rios: Esse Ž exatamente o conceito de incid ncia. Resposta: letra B. 03 - (FCC Ð TRF - 4» REGIÌO Ð 2010) A epidemiologia utiliza como medida de frequ ncia de doen as os dados de incid ncia acumulada, que Ž definida como: a) nœmero de casos novos durante um per odo de tempo espec fico em uma popula o sob risco no come o do per odo. b) nœmero de casos da doen a em uma popula o em um determinado local e em determinado per odo de tempo. c) propor o de doen a acumulada que tem como consequ ncia o bito em um determinado per odo hist rico. d) tempo de dura o de uma determinada doen a cr nica que se acumula ao longo do tempo. e) propor o de casos novos de doen as agudas que recrudescem segundo a sazonalidade. Coment rios: Vamos lembrar! As palavras-chave da incid ncia s o: casos novos e per odo de tempo, sendo melhor para dimensionar os casos de doen as agudas. A incid ncia acumulada remete ao acompanhamento da popula o que se apresentava sob risco no in cio do acompanhamento. 25 de 48

Assim, podemos eliminar as assertivas: B- trata de casos da doen a, n o especificando serem casos novos. C- a incid ncia acumulada PODE estar relacionada ˆ ocorr ncia de bitos, mas n o se trata da Òpropor o de doen a acumuladaó. D- mais uma vez, a incid ncia remete ao nœmero de casos e n o ao tempo de dura o de uma determinada doen a. E- o aumento sazonal no nœmero de casos, mesmo aqueles casos novos de doen as agudas, Ž considerado uma varia o sazonal, e n o incid ncia acumulada. A letra A apresenta a defini o de incid ncia acumulada: nœmero de casos novos durante um per odo de tempo espec fico em uma popula o sob risco no come o do per odo Resposta: letra A. 04 - (UEG Ð AGSEP Ð 2012) A taxa que expressa a frequ ncia de casos novos de uma determinada doen a ou problema de saœde, durante um per odo definido, numa popula o sob o risco de desenvolver a doen a, chama-se: a) coeficiente. b) epidemia. c) incid ncia. d) preval ncia. Coment rios: Mais uma vez, esse Ž exatamente o conceito de incid ncia. Resposta: letra C. 26 de 48

05 - (FUNRIO Ð IF/PI - 2014) A epidemiologia tem contribu do de forma consistente para a obten o de respostas a perguntas e indaga es relacionadas a diversos problemas de saœde, como por exemplo, as doen as card acas, as neoplasias, a tuberculose, o diabetes e os traumas. Quantificar ou medir a frequ ncia com que os problemas de saœde ocorrem em popula es humanas Ž um dos objetivos da Epidemiologia. Sendo assim, o conceito epidemiol gico fundamental que expressa o nœmero de casos existentes de uma doen a em um dado momento Ž a a) incid ncia. b) preval ncia. c) sobrevida. d) taxa de mortalidade. e) consist ncia. Coment rios: Este Ž o conceito de preval ncia. F cil, nž? Palavras-chave: casos j existentes num certo momento. Resposta: letra B. 06 - (UFF Ð COSEAC - 2014) Em epidemiologia, a morbidade Ž est vel quando o coeficiente de incid ncia e a dura o de uma doen a permanecem constantes com o tempo. Nesses casos, pode-se afirmar que a preval ncia Ž igual: a) ao produto da incid ncia da doen a pela dura o da doen a. b) ˆ soma das taxas de incid ncia anual da doen a. c) aos quocientes entre o nœmero de casos de uma doen a e a popula o. d) ˆ diferen a entre casos novos e antigos da doen a. e) ˆ incid ncia acumulada da doen a menos a mortalidade no œltimo ano. 27 de 48

Coment rios: Como vimos, em regra geral, se aplicada a amostras grandes: Preval ncia = incid ncia x dura o da doen a Resposta: letra A. 07 - (IBAM Ð Pref. Leopoldina/MG - 2010) Quando o enfermeiro do Programa de Saœde da Familia (PSF) calcula o nœmero de casos conhecidos de tuberculose de uma popula o definida, num intervalo de um ano, est utilizando o seguinte coeficiente: a) ( ) mortalidade b) ( ) morbidade c) ( ) incid ncia d) ( ) preval ncia Coment rios: Para definirmos de qual coeficiente a quest o aborda, devemos pensar nos termos-chave: - Casos novos? Nesse cen rio, n o! Ent o descartamos a medida de incid ncia. - îbitos numa determinada popula o? TambŽm n o... Ent o n o se trata de mortalidade. - Nœmero de casos de uma doen a em rela o ˆ popula o exposta a adoecer. E a? Achou que seria ent o um coeficiente de morbidade? TambŽm n o... Esse ent o Ž um caso a ser dimensionado pelo coeficiente de preval ncia. Por que? 28 de 48

Bem, porque houve o c lculo do nœmero de casos CONHECIDOS de uma doen a em uma popula o definida. Marcela, e o intervalo de um ano? N o remete a um momento espec fico e sim a um per odo... Respondendo ˆ sua pergunta: podemos sim observar a preval ncia de uma doen a em um ano. Nesse caso, um dos mžtodos a serem aplicados para verificar a quantidade de casos Ž dimensiona-los na metade do tempo observado. Ex: coeficiente de preval ncia de tuberculose em 2015 foi 0,3% naquela popula o. Esse dado deveria ter sido dimensionado nos meses de junho ou julho, por exemplo. Resposta: letra D. 08 - (IDECAM Ð Pref. Duque de Caxias/RJ - 2014) Em uma cidade de 100 mil habitantes, entre os meses de janeiro e mar o, foram notificados, junto ao servi o de vigil ncia epidemiol gica, 800 casos de dengue, sendo que desses, 8 casos evolu ram ao bito (Dados hipotžticos). De acordo com as informa es apresentadas, alguns indicadores de saœde podem ser constru dos. Sobre o(s) indicador(es) epidemiol gico(s) poss vel(is) de ser(em) elaborado(s) com tais dados, assinale a alternativa correta. a) Risco relativo. b) Incid ncia e letalidade. c) Mortalidade e letalidade. d) Mortalidade e incid ncia. e) Letalidade e taxa de ataque secund rio. 29 de 48

Coment rios: Esta quest o nos informa os seguintes dados: - nœmero de casos da doen a num per odo, que Ž o conceito de incid ncia; - nœmero de mortos dentre os indiv duos que apresentaram a doen a, que nos permite calcular a letalidade. Marcela, e por que n o seria mortalidade? Bem, voc se lembra do que conversamos? A diferen a b sica entre letalidade e mortalidade Ž que para haver letalidade, devemos conhecer a causa da morte e n o apenas o grupo populacional em que houve casos de bitos. Resposta: letra B. 09 - (CESPE Ð TCU - 2009) Saœde e doen a Ñ esta definida como uma das dimens es da morbidade Ñ n o seriam conceitos mutuamente excludentes. Mesmo doente, do ponto de vista fisiol gico e (ou) org nico, mais ainda na fase prž-cl nica, uma pessoa pode-se perceber saud vel, considerando que seu bem-estar esteja preservado. Excludentes seriam, sim, os conceitos de saœde e de enfermidade, uma vez que, quando enfermo, o indiv duo passaria a perceber alguma altera o do pr prio estado de saœde. Dessa forma, somente quando a pessoa passa tambžm ˆ condi o de enferma, a saœde estaria ausente, ao menos de forma parcial. Nesse modelo, denominado gradiente de sanidade, Terris trata das respostas do organismo aos est mulos recebidos em diferentes condi es, relacionando as condi es de bem-estar ou mal-estar ˆ capacidade funcional e ˆ doen a ou ao agravo. R. Medronho. Epidemiologia. S o Paulo: Atheneu, 2009, p. 68 (com adapta es). 30 de 48

Com refer ncia ao texto acima e a no es de epidemiologia em saœde, julgue o item subsequente.! Incid ncia e preval ncia s o as principais medidas de morbidade. Coment rios: Certinho! Como vimos, essas s o as duas principais medidas que dimensionam o nœmero de casos de uma doen a numa popula o. Resposta: item correto. 10 - (FUNCAB Ð SESACRE - 2013) A frequ ncia de casos existentes de uma determinada doen a, em uma determinada popula o e em um dado momento Ž denominada: a) preval ncia. b) incid ncia. c) medida de chance. d) sobrevida. e) efeito adverso. Coment rios: Nœmero de casos de uma doen a + determinada popula o + momento (e n o um per odo) = PREVALæNCIA. Resposta: letra A. 31 de 48

11 - (CESPE Ð MPU - 2013) A respeito dos conhecimentos relativos ˆ epidemiologia, julgue o pr ximo item. A incid ncia expressa o risco e funciona como medida para doen as ou condi es agudas, mas pode, tambžm, ser utilizada para doen as cr nicas, sendo apropriada aos estudos de causalidade, enquanto a preval ncia estima a probabilidade de a popula o estar doente no per odo contempor neo ˆ pesquisa e Ž voltada aos estudos que visam determinar a carga de doen as cr nicas em uma popula o e suas implica es para os servi os de saœde. Coment rios: Exatamente! Esse item, apesar de um pouco mais complexo, apresenta caracter sticas fundamentais dos conceitos de incid ncia (especialmente, doen as agudas) e preval ncia (principalmente, doen as e condi es cr nicas). Resposta: item correto. 12 - (CESPE Ð TJ/AL - 2012) Do ponto de vista epidemiol gico, h fatores que contribuem para o aumento da preval ncia de doen as. Assinale a op o que apresenta corretamente fatores que contribuem para esse aumento. a) Imigra o de casos, emigra o de pessoas sadias e imigra o de pessoas suscept veis. b) Melhoria dos recursos diagn sticos (melhoria do sistema de registro) e aumento da taxa de cura da doen a. 32 de 48

c) Aumento da sobrevida do paciente, mesmo sem a cura da doen a, e maior letalidade da doen a. d) Menor dura o da doen a e redu o de novos casos (diminui o da incid ncia). e) Maior dura o da doen a, imigra o de pessoas sadias e emigra o de casos. Coment rios: Esta quest o apresenta uma pergunta sobre fatores que aumentem a preval ncia de doen as. Isso significa que, ao identificarmos um item que reduza a preval ncia, j poder amos consider -lo errado, combinado? Vamos l! Dica: imigra o est relacionada ˆ entrada de pessoas, enquanto emigra o Ž a sa da de pessoas. Como lembrar? Pensa numa pessoa bem chata: ela chegou no ambiente em que voc est (iiiiiiiiiiii - imigra o). Foi embora? (eeeeeeeeeee Ð emigra o) a) Imigra o (entrada) de casos e pessoas suscept veis leva ao aumento do coeficiente de preval ncia. Esse item apresenta uma op o de emigra o (sa da) de pessoas sadias. Aqui, as pessoas sadias, mesmo que saiam do cen rio analisado, n o representar o um impacto negativo sobre a preval ncia. Item correto. 33 de 48

b) Ao aumentarmos a taxa de cura da doen a, h diminui o da preval ncia (representado por um cano largo de sa da de volume daquela figura do tanque). Item errado. c) Maior letalidade da doen a tambžm leva ˆ diminui o de preval ncia. Item errado. d) Diminui o da incid ncia da doen a tambžm leva ˆ diminui o de preval ncia. Item errado. e) Opa! Emigra o de casos tambžm levam ˆ diminui o da preval ncia. Item errado. Resposta: letra a. 13 - (CONSULPLAN Ð Pref. Rezende/RJ - 2010) A epidemiologia Ž uma pr tica da saœde pœblica com aplicabilidades diferenciadas, tais como, EXCETO: a) Avaliar o quanto os servi os de saœde respondem aos problemas e necessidades das popula es. b) Testar a efetividade e o impacto de estratžgias de interven o que controlam, previnem e tratam os agravos de saœde na comunidade. c) Prever tend ncias. d) Identificar apenas fatores de risco de forma isolada. e) Descrever o espectro cl nico das doen as e sua hist ria natural. 34 de 48

Coment rios: Todos os itens s o aplic veis pela Epidemiologia, com exce o da letra D, que afirma ser uma das pr ticas epidemiol gicas identificar fatores de risco de forma isolada. Isolada???? N o!!! O objetivo Ž sempre conhecer para intervir, prevenir etc Resposta: letra D. 14 - (EDUCA Ð Pref. Ibiara/PB - 2012) Dentre os coeficientes comumente utilizados em estudos epidemiol gicos, o que melhor traduz a gravidade de uma doen a Ž: A. Letalidade. B. Incid ncia. C. Preval ncia pontual. D. Mortalidade espec fica. E. Coeficiente de ataque secund rio Coment rios: Como vimos em rela o ao conceito e aplica es, a letalidade Ž uma importante medida para verificar a gravidade de doen as. Resposta: letra A. 15 - (ASCONPREV Ð Pref. Afr nio/pe - 2012) Define-se letalidade como: a) O nœmero de bitos em um determinado per odo em uma popula o. 35 de 48

b) O nœmero de bitos por uma determinada doen a em rela o aos que adoeceram por essa mesma doen a. c) O nœmero de bitos ocorridos em um per odo de um ano. d) O nœmero de bitos em rela o ao nœmero de nascimentos. Coment rios: Como vimos, a letalidade Ž: nœmero de bitos tendo um agravo em saœde como causalidade comparado ao nœmero de casos no per odo. Resposta: letra B. 16 - (ICAP Ð Abelardo Luz/SC - 2011) Esta vari vel epidemiol gica Ž definida como a frequ ncia de casos existentes de uma determinada doen a, em uma determinada popula o e em um dado momento. Tratase de: a) Varian a. b) Incid ncia. c) Preval ncia. d) Mediana. Coment rios: Nœmero de casos + determinada popula o + momento (e n o um per odo) = PREVALæNCIA. Toda vez que imaginarmos um dado Òest ticoó, que podemos comparar a uma foto, devemos nos remeter ˆ preval ncia. Caso seja um dado din mico, comparado a um ÒfilmeÓ, devemos pensar em incid ncia, certo? Resposta: letra C. 36 de 48

17 - (IMA Ð Pref. Santa Cruz do Piau /PI - 2014) A epidemiologia visa ao estudo da frequ ncia e distribui o dos eventos relacionados ˆ saœde e a seus determinantes. A respeito desse assunto, analise as afirma es abaixo: I.! A epidemiologia permite realizar o diagn stico de saœde de uma popula o. II.! O objetivo principal dessa ci ncia Ž o estudo das epidemias e sua propaga o. III.! Estudos epidemiol gicos n o permitem conhecer a hist ria natural de uma doen a. Ap s an lise das afirma es acima podemos concluir que: (A) Todas est o corretas (B) Apenas I est correta (C) Apenas I e II est o corretas (D) Apenas II e III est o corretas Coment rios: I- Item correto! A Epidemiologia permite identificar as principais caracter sticas de saœde e doen a de uma popula o. II- O principal objetivo da Epidemiologia Ž identificar os cen rios para realizar interven es que promovam, protejam e recuperem a saœde da popula o. Item ERRADO. III - V rios estudos epidemiol gicos permitem conhecer a evolu o e progn stico das doen as. Veremos isso na pr xima aula. Item ERRADO. Resposta: letra B. 37 de 48

Bem, chegamos ao fim desta aula! Foi timo compartilhar esse tempo com voc! E lembre-se de que estarei l no f rum com acesso exclusivo para tirar suas dœvidas durante as nossas aulas! Grande abra o e muito sucesso! 38 de 48

5.! LISTA DAS QUESTÍES APRESENTADAS 01 - (FCC - TRT - 3» Regi o MG Ð 2009) Define-se como incid ncia de um transtorno, em epidemiologia: a) o nœmero total de casos de um transtorno na popula o em determinado per odo. b) o nœmero de casos por rea assistida. c) o nœmero de casos novos de um transtorno em determinada popula o. d) a rela o entre os bitos provocados por um transtorno e a renda mždia da popula o. e) a rela o entre o nœmero de casos novos e o nœmero total de casos de uma doen a. 02 - (CESGRANRIO Ð CEFET/RJ Ð 2014) Em um hospital, o enfermeiro, ao analisar a frequ ncia de ocorr ncia de novos acidentes de trabalho em um ano, est considerando uma medida epidemiol gica de a) preval ncia b) incid ncia c) raz o d) risco e) padroniza o 03 - (FCC Ð TRF - 4» REGIÌO Ð 2010) A epidemiologia utiliza como medida de frequ ncia de doen as os dados de incid ncia acumulada, que Ž definida como: a) nœmero de casos novos durante um per odo de tempo espec fico em uma popula o sob risco no come o do per odo. 39 de 48

b) nœmero de casos da doen a em uma popula o em um determinado local e em determinado per odo de tempo. c) propor o de doen a acumulada que tem como consequ ncia o bito em um determinado per odo hist rico. d) tempo de dura o de uma determinada doen a cr nica que se acumula ao longo do tempo. e) propor o de casos novos de doen as agudas que recrudescem segundo a sazonalidade. 04 - (UEG Ð AGSEP Ð 2012) A taxa que expressa a frequ ncia de casos novos de uma determinada doen a ou problema de saœde, durante um per odo definido, numa popula o sob o risco de desenvolver a doen a, chama-se: a) coeficiente. b) epidemia. c) incid ncia. d) preval ncia. 05 - (FUNRIO Ð IF/PI - 2014) A epidemiologia tem contribu do de forma consistente para a obten o de respostas a perguntas e indaga es relacionadas a diversos problemas de saœde, como por exemplo, as doen as card acas, as neoplasias, a tuberculose, o diabetes e os traumas. Quantificar ou medir a frequ ncia com que os problemas de saœde ocorrem em popula es humanas Ž um dos objetivos da Epidemiologia. Sendo assim, o conceito epidemiol gico fundamental que expressa o nœmero de casos existentes de uma doen a em um dado momento Ž a 40 de 48

a) incid ncia. b) preval ncia. c) sobrevida. d) taxa de mortalidade. e) consist ncia. 06 - (UFF Ð COSEAC - 2014) Em epidemiologia, a morbidade Ž est vel quando o coeficiente de incid ncia e a dura o de uma doen a permanecem constantes com o tempo. Nesses casos, pode-se afirmar que a preval ncia Ž igual: a) ao produto da incid ncia da doen a pela dura o da doen a. b) ˆ soma das taxas de incid ncia anual da doen a. c) aos quocientes entre o nœmero de casos de uma doen a e a popula o. d) ˆ diferen a entre casos novos e antigos da doen a. e) ˆ incid ncia acumulada da doen a menos a mortalidade no œltimo ano. 07 - (IBAM Ð Pref. Leopoldina/MG - 2010) Quando o enfermeiro do Programa de Saœde da Familia (PSF) calcula o nœmero de casos conhecidos de tuberculose de uma popula o definida, num intervalo de um ano, est utilizando o seguinte coeficiente: a) ( ) mortalidade b) ( ) morbidade c) ( ) incid ncia d) ( ) preval ncia 41 de 48

08 - (IDECAM Ð Pref. Duque de Caxias/RJ - 2014) Em uma cidade de 100 mil habitantes, entre os meses de janeiro e mar o, foram notificados, junto ao servi o de vigil ncia epidemiol gica, 800 casos de dengue, sendo que desses, 8 casos evolu ram ao bito (Dados hipotžticos). De acordo com as informa es apresentadas, alguns indicadores de saœde podem ser constru dos. Sobre o(s) indicador(es) epidemiol gico(s) poss vel(is) de ser(em) elaborado(s) com tais dados, assinale a alternativa correta. a) Risco relativo. b) Incid ncia e letalidade. c) Mortalidade e letalidade. d) Mortalidade e incid ncia. e) Letalidade e taxa de ataque secund rio. 09 - (CESPE Ð TCU - 2009) Saœde e doen a Ñ esta definida como uma das dimens es da morbidade Ñ n o seriam conceitos mutuamente excludentes. Mesmo doente, do ponto de vista fisiol gico e (ou) org nico, mais ainda na fase prž-cl nica, uma pessoa pode-se perceber saud vel, considerando que seu bem-estar esteja preservado. Excludentes seriam, sim, os conceitos de saœde e de enfermidade, uma vez que, quando enfermo, o indiv duo passaria a perceber alguma altera o do pr prio estado de saœde. Dessa forma, somente quando a pessoa passa tambžm ˆ condi o de enferma, a saœde estaria ausente, ao menos de forma parcial. Nesse modelo, denominado gradiente de sanidade, Terris trata das respostas do organismo aos est mulos recebidos em diferentes condi es, relacionando as condi es de bem-estar ou mal-estar ˆ capacidade funcional e ˆ doen a ou ao agravo. R. Medronho. Epidemiologia. S o Paulo: Atheneu, 2009, p. 68 (com adapta es). 42 de 48

Com refer ncia ao texto acima e a no es de epidemiologia em saœde, julgue o item subsequente.! Incid ncia e preval ncia s o as principais medidas de morbidade. 10 - (FUNCAB Ð SESACRE - 2013) A frequ ncia de casos existentes de uma determinada doen a, em uma determinada popula o e em um dado momento Ž denominada: a) preval ncia. b) incid ncia. c) medida de chance. d) sobrevida. e) efeito adverso. 11 - (CESPE Ð MPU - 2013) A respeito dos conhecimentos relativos ˆ epidemiologia, julgue o pr ximo item. A incid ncia expressa o risco e funciona como medida para doen as ou condi es agudas, mas pode, tambžm, ser utilizada para doen as cr nicas, sendo apropriada aos estudos de causalidade, enquanto a preval ncia estima a probabilidade de a popula o estar doente no per odo contempor neo ˆ pesquisa e Ž voltada aos estudos que visam determinar a carga de doen as cr nicas em uma popula o e suas implica es para os servi os de saœde. 12 - (CESPE Ð TJ/AL - 2012) Do ponto de vista epidemiol gico, h fatores que contribuem para o aumento da preval ncia de doen as. Assinale a op o que apresenta corretamente fatores que contribuem para esse aumento. 43 de 48

a) Imigra o de casos, emigra o de pessoas sadias e imigra o de pessoas suscept veis. b) Melhoria dos recursos diagn sticos (melhoria do sistema de registro) e aumento da taxa de cura da doen a. c) Aumento da sobrevida do paciente, mesmo sem a cura da doen a, e maior letalidade da doen a. d) Menor dura o da doen a e redu o de novos casos (diminui o da incid ncia). e) Maior dura o da doen a, imigra o de pessoas sadias e emigra o de casos. 13 - (CONSULPLAN Ð Pref. Rezende/RJ - 2010) A epidemiologia Ž uma pr tica da saœde pœblica com aplicabilidades diferenciadas, tais como, EXCETO: a) Avaliar o quanto os servi os de saœde respondem aos problemas e necessidades das popula es. b) Testar a efetividade e o impacto de estratžgias de interven o que controlam, previnem e tratam os agravos de saœde na comunidade. c) Prever tend ncias. d) Identificar apenas fatores de risco de forma isolada. e) Descrever o espectro cl nico das doen as e sua hist ria natural. 44 de 48

14 - (EDUCA Ð Pref. Ibiara/PB - 2012) Dentre os coeficientes comumente utilizados em estudos epidemiol gicos, o que melhor traduz a gravidade de uma doen a Ž: A. Letalidade. B. Incid ncia. C. Preval ncia pontual. D. Mortalidade espec fica. E. Coeficiente de ataque secund rio 15 - (ASCONPREV Ð Pref. Afr nio/pe - 2012) Define-se letalidade como: a) O nœmero de bitos em um determinado per odo em uma popula o. b) O nœmero de bitos por uma determinada doen a em rela o aos que adoeceram por essa mesma doen a. c) O nœmero de bitos ocorridos em um per odo de um ano. d) O nœmero de bitos em rela o ao nœmero de nascimentos. 16 - (ICAP Ð Abelardo Luz/SC - 2011) Esta vari vel epidemiol gica Ž definida como a frequ ncia de casos existentes de uma determinada doen a, em uma determinada popula o e em um dado momento. Trata se de: a) Varian a. b) Incid ncia. c) Preval ncia. d) Mediana. 45 de 48

17 - (IMA Ð Pref. Santa Cruz do Piau /PI - 2014) A epidemiologia visa ao estudo da frequ ncia e distribui o dos eventos relacionados ˆ saœde e a seus determinantes. A respeito desse assunto, analise as afirma es abaixo: I.! A epidemiologia permite realizar o diagn stico de saœde de uma popula o. II.! O objetivo principal dessa ci ncia Ž o estudo das epidemias e sua propaga o. III.! Estudos epidemiol gicos n o permitem conhecer a hist ria natural de uma doen a. Ap s an lise das afirma es acima podemos concluir que: (A) Todas est o corretas (B) Apenas I est correta (C) Apenas I e II est o corretas (D) Apenas II e III est o corretas 46 de 48

6.! GABARITO 01 Ð C 02 Ð B 03 Ð A 04 Ð C 05 Ð B 06 Ð A 07 Ð D 08 Ð B 09 Ð Item correto 10 Ð A 11 Ð Item correto 12 Ð A 13 Ð D 14 - A 15 Ð B 16 Ð C 17 Ð B 47 de 48

7.! REFERæNCIAS BIBLIOGRçFICAS Brasil. Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria. Dispon vel em: www.anvisa.gov.br. Acesso em: abril de 2017. Brasil. MinistŽrio da Saœde. Guia de Vigil ncia Epidemiol gica. Dispon vel em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vig_epid_novo2. pdf> Pereira, MG. Epidemiologia: teoria e pr tica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. Rouquayrol ZM, Almeida-Filho N. Epidemiologia e Saœde. Guanabara Koogan. 2009. 6a Edic o. Santa Catarina. Secretaria Estadual de Saœde. Saœde & Cidadania. Vigil ncia em Saœde Pœblica. Dispon vel em: www.portalses.saude.sc.gov.br. Acesso em: abril de 2017. 48 de 48