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Transcrição:

JULHO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1

Sumário Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Análise macroeconômica... 6 3. Análise do setor de seguros 3.1. Receita de seguros... 11 3.2. Receita de seguros por tipo... 13 3.3. Receita de resseguro local e capitalização... 3.4. Receita do segmento de saúde suplementar... 16 3.5. Reservas... 17 3.6. Projeções de crescimento para 2015... 18 3.7. Rentabilidade do setor... 19 2

Mensagem do Presidente Rumo ao sucesso SINCOR-SP 2015 O desempenho da nossa indústria em julho, como revela esta Carta de Conjuntura do Setor de Seguros, publicação assinada pelo Sincor-SP, continua muito dependente do esforço de todos agentes da cadeia produtiva e a atuação dos corretores de seguros têm especial relevância no percurso para alcançar os dois dígitos de crescimento. Com boas e más notícias, o cenário continua similar, de modo que podemos celebrar, de um lado, pontos positivos como as evoluções do VGBL, do seguro saúde e do resseguro e, até certo ponto, da rentabilidade das seguradoras, beneficiada pela trajetória mais elevada da taxa de juros. De outro lado, entretanto, é preciso ressaltar o ambiente de desafios pautado pelo comportamento de algumas tradicionais operações, sobretudo no âmbito dos ramos elementares, como automóvel e residencial. Nas duas carteiras, a variação nominal em valores acumulados, até maio deste ano, sem descontar o efeito da inflação, está em apenas 4% ante o mesmo período de 20. Diante de projeções como a retração de quase 2% do PIB e do recuo de, pelo menos, 20% nas vendas de automóveis, a tarefa é complexa, mas não podemos desanimar. Rumo ao sucesso, temos de continuar investindo em diferenciais de produtos e serviços, nichos promissores e técnicas de vendas e de fidelização de clientes, consolidando nosso papel de empreendedores do mercado. Forte abraço e boa leitura! Alexandre Camillo Presidente do Sincor-SP 3 3

Objetivo O objetivo da Carta de Conjuntura do Setor de Seguros é avaliar mensalmente o mercado e seus setores relacionados (resseguro, capitalização etc), considerando suas tendências e projeções. Além disso, aborda a sua correlação com aspectos macroeconômicos do País e com outros segmentos da economia. O estudo está dividido em três capítulos: Inicialmente, o resumo e as conclusões principais do estudo; Em seguida, a análise da situação macroeconômica do País; No terceiro capítulo, a avaliação de diversos aspectos do setor de seguros, com projeções para o segmento e separação por ramos. 4 4

1. Carta de Conjuntura A tendência continua Desde o último relatório, as expectativas para 2015 no mercado segurador do Brasil continuam basicamente as mesmas, com pontos positivos e negativos. Os pontos positivos são as evoluções do VGBL, do seguro saúde e do resseguro e, até certo ponto, da rentabilidade das seguradoras, beneficiada, entre outros fatores, pela trajetória mais elevada da taxa de juros. O ponto negativo principal é o comportamento da receita das operações mais características de seguros, sobretudo os ramos elementares (automóvel, residencial etc). Nesse último caso, a expectativa atual é de tentar igualar as taxas inflacionárias de 2015. Em valores acumulados até maio, a variação nominal do seguro do tipo ramos elementares está em apenas 4%, quando comparada ao mesmo período do ano anterior. É importante reconhecer que, com um cenário de queda do PIB de quase 2% e, além disso, com queda de 20% na venda de carros novos (o principal bem segurável do setor), isso não é uma tarefa fácil. Assim, considerando esses fatores já citados, positivos e negativos, a previsão para 2015 é que o segmento como um todo ainda tenha uma taxa de crescimento nominal de dois dígitos. Como se desenvolver em um cenário econômico tão desfavorável é, sem dúvida, o maior desafio do setor de seguros nesse exercício. Empreendedorismo e dedicação dos profissionais envolvidos com essa indústria são condições fundamentais para o mínimo de sucesso. Especificamente, essa é uma orientação importante para os canais de distribuição do País. Nesse momento, o questionamento principal continua, tanto na economia como um todo, quanto no faturamento do mercado de seguros: quando, de fato, os números irão começar a melhorar? Por fim, um aspecto favorável e já ressaltado em textos anteriores - é que, tradicionalmente, essa indústria tem segundos semestres melhores em termos de receita. 5 5 5

2. Análise macroeconômica Apresentamos abaixo o comportamento de algumas variáveis macroeconômicas relevantes para o setor de seguros. Inicialmente, na tabela 1, uma avaliação histórica dos dados e, na tabela 2, um comparativo dos números com os valores do ano passado, no mesmo período. TABELA 1 INDICADORES RELEVANTES PARA O SETOR DE SEGUROS MENSAL Indicadores fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 IGP-M 0,27% 0,98% 1,17% 0,41% 0,67% Dólar de Venda, Final do Mês (R$) 2,8560 3,2317 3,0131 3,1873 3,1089 Veículos Produção (mil) 205,9 254,0 217,5 210,4 184,0 Veículos Licenciados (mil) 185,9 234,6 219,4 212,7 212,5 Índice de Confiança do Comércio (ICEC) 100,6 93,9 87,2 85,4 86,5 Índice de Confiança da Indústria (ICI) 83,0 75,4 72,8 71,6 68,1 Fontes: ANFAVEA, RENAVAN, FGV, CNI, CNC, IPEADATA TABELA 2 INDICADORES RELEVANTES PARA O SETOR DE SEGUROS COMPARATIVO VALORES ATÉ JUNHO Indicadores 20 2015 Var. % IGP-M 2,45% 4,33% 77% Dólar de Venda, Final do Mês (R$) 2,2100 3,1089 41% Veículos Produção (mil) 1.566,1 1.276,5-18% Veículos Licenciados (mil) 1.662,9 1.318,9-21% Índice de Confiança do Consumidor (ICEC) 109,6 86,5-21% Índice de Confiança da Indústria (ICI) 95,6 72,8-24% Fontes: ANFAVEA, RENAVAN, FGV, CNI, CNC, IPEADATA 6 6

A tabela 3 apresenta a evolução média de algumas previsões do setor, segundo estatísticas condensadas mensalmente pelo Banco Central entre todas as instituições financeiras. Na tabela 4, temos a comparação das previsões dos indicadores atuais com os valores previstos há 12 meses. TABELA 3 PREVISÕES MÉDIAS AO FINAL DE CADA MÊS MENSAL Indicadores fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 IPCA em 2015 7,47% 8,13% 8,26% 8,39% 9,00% Dólar em final de 2015 (R$) 2,91 3,20 3,20 3,20 3,20 Var. PIB em 2015 (%) -0,58% -1,00% -1,18% -1,27% -1,49% Fonte: Boletim Focus, Bacen TABELA 4 PREVISÕES MÉDIAS COMPARATIVO FINAL DE JUNHO Indicadores 20 2015 Var. % IPCA em 2015 6,10% 9,00% 48% Dólar em final de 2015 (R$) 2,50 3,20 28% Var. PIB em 2015 (%) 1,50% -1,49% -199% Fonte: Boletim Focus, Bacen 7 7

ICEC ICI SINCOR-SP 2015 A seguir, gráficos selecionados com o comportamento de algumas dessas variáveis. Evolução dos índices de confiança da indústria (ICI) e do comércio (ICEC). Cotação do dólar ao final de cada mês. Evolução das previsões médias (câmbio e PIB) para 2015. Taxa de juros Selic (valores anualizados) Índice de Confiança da Indústria (ICI) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/ mar/ mai/ jul/ set/ nov/ jan/15 mar/15 mai/15 Meses Índice de Confiança do Comércio (ICEC) 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/ mar/ mai/ jul/ set/ nov/ jan/15 mar/15 mai/15 Meses 8 8

Dólar (R$) PIB (%) R$ SINCOR-SP 2015 Dólar Venda - Final do Mês (R$) 3,3 3,1 2,9 2,7 2,5 2,3 2,1 1,9 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/ mar/ mai/ jul/ set/ nov/ jan/15 mar/15 mai/15 Meses Previsões Médias do Mercado para 2015 - Fonte: Bacen 3,4 2,5% 3,2 3,0 2,8 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% Dólar final 2015 2,6 0,0% Crescimento PIB 2015 2,4 2,2-0,5% -1,0% -1,5% 2,0-2,0% jan/ mar/ mai/ jul/ set/ nov/ jan/15 mar/15 mai/15 Meses 9 9

% ao ano SINCOR-SP 2015 Evolução da Taxa Selic Média (% ao ano),0% 13,0% 12,0% 11,0% 10,0% 9,0% 8,0% 7,0% 6,0% jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ Meses nov/ dez/ jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 Nesses primeiros meses de 2015, houve piora em diversos indicadores da economia brasileira, e isso ocorrendo de uma forma bastante rápida, surpreendendo muitos como, por exemplo, as previsões de crescimento e de diversos índices de confiança, além da evolução do setor industrial. Em algumas dessas variáveis, o mais grave é que as expectativas continuam em queda, só devendo haver melhora substancial em 2016. 10 10 10

3. Análise do setor de seguros 3.1. Receita de seguros SINCOR-SP 2015 Observaremos agora a análise do comportamento de algumas variáveis do setor de seguros. Inicialmente, a evolução da receita. TABELA 5 FATURAMENTO DO SETOR MENSAL VALORES EM R$ BILHÕES Valores jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Receita de Seguros (1) 7,757 6,976 8,055 7,491 7,744 Receita VGBL + Previdência 5,288 6,666 9,124 7,504 9,036 Receita Total de Seguros (sem Saúde) 13,045 13,642 17,179,995 16,780 (1) Sem saúde e sem VGBL TABELA 6 - FATURAMENTO DO SETOR ATÉ MAIO VALORES EM R$ BILHÕES Valores 20 2015 Var. % Receita de Seguros (1) 36,0 38,0 6% Receita VGBL + Previdência 30,1 37,6 25% Receita Total de Seguros (sem Saúde) 66,1 75,6 15% (1) Sem saúde e sem VGBL Em dados até maio, o faturamento como um todo obteve alta de 15%. Porém, esse número é extremamente assimétrico, já que a melhora está concentrada nos produtos do tipo VGBL. Quando extraímos somente os produtos típicos de seguros como, por exemplo, automóvel, pessoas, residencial, empresarial etc, a variação acumulada desses primeiros meses é bem menor, em torno de 6%, quando comparada ao valor do mesmo período de 20. 11 11

R$ bilhões R$ bilhões SINCOR-SP 2015 A seguir, temos dois gráficos que ilustram a situação mencionada, com o faturamento acumulado móvel 12 meses, dos ramos Seguros e VGBL+Previdência. Receita de Seguros (sem saúde e sem VGBL) - Acumulado móvel 12 meses 94 92 90 88 86 84 82 80 jan- fev- mar- abr- mai- jun- jul- ago- set- out- nov- dez- jan- 15 fev- 15 mar- 15 abr- 15 mai- 15 Meses Faturamento Acumulado Móvel - VGBL + Previdência - 12 meses 95 90 85 80 75 70 65 60 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/ mar/ mai/ jul/ set/ nov/ jan/15 mar/15 mai/15 Meses 12 12

3.2. Receita de seguros por tipo Segregamos a análise do faturamento do setor de seguros em duas opções: ramos elementares (RE) e pessoas¹. TABELA 7 FATURAMENTO DO SETOR MENSAL VALORES EM R$ BILHÕES Valores jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Receita de Pessoas 2,162 2,289 2,539 2,427 2,470 Receita de RE 5,595 4,687 5,516 5,064 5,274 Receita de Seguros 7,757 6,976 8,055 7,491 7,744 TABELA 8 FATURAMENTO DO SETOR ATÉ MAIO VALORES EM R$ BILHÕES Valores 20 2015 Var. % Receita de Pessoas 10,8 11,9 10% Receita de RE 25,2 26,1 4% Receita de Seguros 36,0 38,0 6% Nesses primeiros meses de 2015, a variação acumulada de receita foi de 6%. Separando, seguro de pessoas, mais 10%; seguro de ramos elementares, mais 4%. A expectativa é que esses números melhorem um pouco a partir do segundo semestre deste ano, como é tradição no segmento. De qualquer maneira, conforme já comentado, o desafio do segmento de ramos elementares em 2015 deve ser o de tentar acompanhar as taxas inflacionárias do período. 1 Conforme já mencionado, sem o montante da receita do VGBL. 13 13

3.3. Receita de resseguro local e capitalização Escolhemos dois outros segmentos importantes ligados ao setor de seguros: os mercados de resseguro local e de capitalização. TABELA 9 FATURAMENTO DE OUTROS SETORES MENSAL VALORES EM R$ BILHÕES Receita jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Resseguro Local 0,545 0,435 0,505 0,391 n.d. Capitalização 1,522 1,450 1,865 1,730 1,7 TABELA 10 FATURAMENTO DE OUTROS SETORES ATÉ MAIO VALORES EM R$ BILHÕES Valores 20 2015 Var. % Receita de Resseguro Local* 1,4 1,9 37% Receita de Capitalização 8,7 8,3-5% * Até abril Um aspecto negativo no exercício de 20 - e também nesses primeiros meses de 2015 - foi a baixa evolução de receita no mercado de capitalização que, nos últimos anos, sempre teve evoluções bastante expressivas. Em dados acumulados até maio de 2015, o faturamento anual caiu 5%, em termos nominais, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Tudo indica que esse ano será possivelmente o de maior queda anual ocorrida nesse segmento empresarial em um período qualquer da sua história. Na verdade, esse é um fenômeno que tem acontecido em outros ativos populares da economia (caderneta de poupança, por exemplo, com mais saques do que depósitos). Simplesmente, pelas dificuldades atuais, a sociedade como um todo não está conseguindo mais poupar no mesmo nível anterior. De qualquer maneira, existe a esperança de alguma melhora no segundo semestre. Já em termos de faturamento do resseguro, embora tenha tido, até agora, uma boa alta, o comportamento dessa variável tem sido volátil, o que dificulta as previsões. Não podemos deixar de destacar que, devido às circunstâncias do País, a evolução desse segmento até agora tem sido muito boa.

R$ bilhões R$ bilhões SINCOR-SP 2015 Já em resseguro, embora tenha tido, até agora, uma boa alta, o comportamento dessa variável é bem volátil, o que dificulta as previsões. A seguir, gráficos com os faturamentos acumulados móveis 12 meses dessas duas contas. Receita de Resseguro (R$ bi) - Acumulado Móvel 12 meses 6,0 5,8 5,6 5,4 5,2 5,0 4,8 4,6 4,4 4,2 4,0 jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ nov/ dez/ jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 Meses Receita de Capitalização (R$ bi) - Acumulado Móvel 12 meses 23 22 22 21 21 20 jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ Meses nov/ dez/ jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 15 15

R$ bilhões SINCOR-SP 2015 3.4. Receita do segmento de saúde suplementar A seguir, apresentamos a evolução da receita acumulada móvel 12 meses de todo o segmento de saúde suplementar. Faturamento Acumulado Móvel 12 meses - Saúde Suplementar 0 130 120 110 15 15 100 90 80 4T/2011 1T/2012 2T/2012 3T/2012 4T/2012 1T/2013 2T/2013 3T/2013 4T/2013 1T/20 2T/20 3T/20 4T/20 1T/2015 Trimestres Em termos de crescimento, a evolução desse setor tem sido relativamente uniforme, com bom grau de correlação ao longo do tempo. Em 2013, a receita do segmento foi de R$ 111 bilhões, com variação de 13% em relação a 2012. Já em 20, o valor foi de R$ 129 bilhões, com variação de 16% em relação ao ano anterior. 16 16

R$ bilhões SINCOR-SP 2015 3.5. Reservas A avaliação da evolução do saldo de reservas do setor de seguros considera também o segmento de capitalização. TABELA 11 RESERVAS MENSAL VALORES EM R$ BILHÕES Valores jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Seguro 526 532 542 550 560 Capitalização 30 30 30 30 30 Total das Reservas 556 562 572 581 591 Abaixo, gráfico com a evolução das reservas, com os dados deste ano. Evolução das Reservas das Seguradoras (sem saúde) 650 600 550 500 450 400 jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ nov/ dez/ jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Meses Observa-se que o grau de correlação linear dessa variável é alto ao longo do tempo. O valor das reservas, ao final de 20, foi de R$ 550 bilhões, com variação de 17% em relação ao ano anterior. Para 2015, a tendência é que um número próximo a esse valor se repita. 17 17

3.6. Projeções de crescimento Em 20, tivemos taxa de inflação de 6,5% e crescimento de 0% da economia. Para 2015, as projeções são de taxa de inflação de mais de 9% e crescimento do PIB de 2%. Consideramos que essas são as duas variáveis mais importantes a influenciar o mercado de seguros². Com isso, a conclusão é que a evolução desse ano deve ser relativamente similar ao do exercício anterior. A hipótese é de que o segmento irá perder pela queda do PIB, mas ganhará pelo aumento da inflação (aumento dos preços). Ou seja, somente em termos nominais, haverá, de certo modo, uma equivalência. Assim, temos na tabela abaixo as seguintes condições. TABELA 12 ESTIMATIVAS PARA 2015 VALORES EM R$ BILHÕES Receita 2013 20 2015e Var. 13/15 Var. /15 Seguros 82,8 90,7 98,0 10% 8% Saúde Suplementar 110,6 128,7 8,0 16% 15% Seguros e Saúde Supl. 193,4 219,4 246,0 13% 12% VGBL+Prev 73,5 83,3 100,0 13% 20% Total do Segmento 266,9 302,7 346,0 13% % Capitalização 21,0 21,9 22,0 4% 0% Resseguro Local 4,7 5,2 6,0 11% 15% Total dos setores 292,6 329,8 374,0 13% 13% Reservas em dez 2013 20 2015e Var. 13/ Var. /15 Total 469 550 645 17% 17% A previsão é de que o segmento de seguros cresça 8% em 2015, um pouco abaixo do valor de 20 (atualmente, em dados até maio, está em 6%). Aqui, acrescentamos também a hipótese de que haverá alguma melhora no segundo semestre, como é tradição no setor. Pela tabela, quando consideramos também os produtos de Saúde Suplementar e de VGBL, o número irá conseguir ultrapassar os dois dígitos. ²Detalhes sobre o crescimento da participação do seguro na economia: http://www.ratingdeseguros.com.br/pdfs/92_curva_s_em_seguros_06-01-2012.pdf 18 18

3.7. Rentabilidade do setor Apesar da variação de faturamento mais modesta em 20, podemos dizer que, na média, a rentabilidade do segmento não sofreu tanto assim, até pelo contrário. A tabela 13 mostra essa situação. TABELA 13 VALORES ACUMULADOS ATÉ DEZEMBRO R$ BILHÕES 2013 Lucro Líquido Pat Líquido LL/PL Seguradoras 15,7 72,0 22% Resseguro 0,3 5,0 5% Capitalização 1,4 5,1 27% Total 17,3 82,0 21% 20 Lucro Líquido Pat Líquido LL/PL Seguradoras 17,6 75,6 23% Resseguro 0,7 5,9 12% Capitalização 1,9 4,0 46% Total 20,2 85,5 24% Por exemplo, de 2013 para 20, em seguradoras, o lucro líquido acumulado teve variação de 22%. A seguir, os dados parciais, até maio deste ano, indicam evolução favorável. TABELA VALORES ACUMULADOS ATÉ MAIO R$ BILHÕES Lucro Líquido 20 2015 Var. Seguradoras 7,1 8,1 % Resseguro* 0,1 0,2 58% Capitalização 0,7 0,8 11% Total 7,9 9,0 % Patrimônio Líquido 20 2015 Var. Seguradoras 74,5 80,3 8% Resseguro* 4,9 5,8 18% Capitalização 5,5 4,2-25% Total 84,9 90,3 6% * Até abril 19 19

REALIZAÇÃO: Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo www.sincorsp.org.br Rating de Seguros Consultoria www.ratingdeseguros.com.br 20