Caracterização Sorológica e Molecular da Infecção pelo HTLV-1 em Profissionais do Sexo em Goiânia-GO



Documentos relacionados
PREVALÊNCIA DE SOROLOGIA POSITIVA PARA O HTLV-1 E HTLV-2 EM GESTANTES ATENDIDAS EM TRÊS SERVIÇOS PÚBLICOS DE PRÉ-NATAL, SÃO LUIS, JUL/08 A JUL/09*

PADRONIZAÇÃO DE ENSAIO DE PCR EM TEMPO REAL EM FORMATO MULTIPLEX APLICADO AO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES POR HTLV-1 E HTLV-2

ANEXO II. 1 HEPATITE B VÍRUS DA HEPATITE B (Hepatitis B Vírus HBV)

Seleção de Temas. Questionário - Proficiência Clínica. Área: Imunologia Rodada: Julho/2008. Prezado Participante,

PROJETO DE LEI N.º 624, DE 2011 (Da Sra. Nilda Gondim)

Hélio Vasconcellos Lopes

Introdução. Key words: HTLV; pregnant women; transmission; risk factors. Rev.Saúde.Com 2014; 10(2):

Regulamenta o uso de testes rápidos para diagnóstico da infecção pelo HIV em situações especiais.

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS HIV/AIDS

Lílian Maria Lapa Montenegro Departamento de Imunologia Laboratório rio de Imunoepidemiologia

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ SASSO FILHO PERFIL DOS PORTADORES DO VÍRUS HIV ATENDIDOS NO HOSPITAL DIA AIDS EM BRASÍLIA D.F.

SOROPREVALÊNCIA PARA DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS EM DOADORES DE SANGUE DA CIDADE DE MARINGÁ, PARANÁ

A AIDS NA TERCEIRA IDADE: O CONHECIMENTO DOS IDOSOS DE UMA CASA DE APOIO NO INTERIOR DE MATO GROSSO

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais

Pólos de testes anti-hiv para gestantes

HEPATITES. Prof. Fernando Ananias HEPATITE = DISTÚRBIO INFLAMATÓRIO DO FÍGADO

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO HEPATITES VIRAIS. ano III nº 01

HIV/aids no Brasil

TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV E SÍFILIS: ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO E ELIMINAÇÃO

HIV em gestantes: garantindo a acurácia diagnóstica. Dra Ester Sabino Fundação Pró-Sangue/ Hemocentro de São Paulo Diagnósticos da América

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS

Hepatites Virais. Carmen Regina Nery e Silva agosto 2011 Regina.nery@aids.gov.br

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em , às 11h.

Briefing. Boletim Epidemiológico 2010

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007

CRT DST/Aids Coordenação Estadual DST/Aids SP

MARCADORES SOROLÓGICOS DE HEPATITE B EM GESTANTES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE EM PONTA GROSSA

Epidemiologia da Transmissão Vertical do HIV no Brasil

SAúDE e PReVENÇãO NaS ESCoLAS Atitude pra curtir a vida

HIV. O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília Lentividae.

VIGILÂNCIA DE HIV EM SANGUE DOADO: TENDÊNCIA DE SOROPREVALÊNCIA

BOLETIM INFORMATIVO nº 04 HIV/AIDS 2015

ALERTA SARAMPO Atualização da Situação Epidemiológica, Setembro 2014:

HIV em. Especiais: O idoso. Keli Cardoso de Melo Outubro/2005

Testes Rápidos. em Fluido Oral

Os caminhos e descaminhos de uma epidemia global

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS LUDIMILA LABANCA

I,II I,II II. Emanuela Avelar Silva Costa, Adele Caterino-de-Araujo, Karoline Rodrigues Campos I

O retrato do comportamento sexual do brasileiro

Hepatite B: Vacina R. PARANÁ

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E HIV/AIDS: CONHECIMENTOS E PERCEPÇÃO DE RISCO DE IDOSOS DE UMA COMUNIDADE EM JOÃO PESSOA-PB

PALAVRAS CHAVE: Segurança Transfusional, Sorologia, bancos de sangue, biologia molecular.

Pesquisa Clínica: Conceitos e Aportes

Atraso na introdução da terapia anti-retroviral em pacientes infectados pelo HIV. Brasil,

ALERTA SARAMPO Atualização da Situação Epidemiológica Estado de São Paulo, Maio 2014:

Otto Feuerschuette. Declaração de conflito de interesse

PLANEJANDO A GRAVIDEZ

VAMOS FALAR SOBRE. AIDS + DSTs

PROJETO: MATEMÁTICA NA SAÚDE GRUPO C

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO ISSN AIDS DST. ano VIII nº 01

Hepatites Virais 27/07/2011

HEPATITES O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Diogo Penha Soares

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007

REPRODUTIBILIDADE DOS RESULTADOS DE ANTICORPOS ANTI- HIV EM AMOSTRAS DE SORO ARMAZENADAS POR PERÍODOS DE DOIS A DEZOITO ANOS.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO HIV/AIDS E COINFECÇÕES NO ESTADO DE GOIÁS

Linhas de Cuidado da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis. 18 de junho de 2012

Boletim Epidemiológico

Hepatites virais no Brasil: situação, ações e agenda

Alexandre O. Chieppe

VIROLOGIA RETROVÍRUS 1. HIV

Nara Rubia Borges da Silva Vitória Maria Lobato Paes

HIV/Aids Hepatites Virais Crônicas (HBV/HCV)

I Jornada de Saúde Mental do Vale do Taquari: Crack e outras drogas: perspectivas na abordagem psicossocial

Co-infecção HIV/HCV no Brasil. HEPATOAIDS São Paulo 2014

O Perfil Dos Usuários Do Grupo De Apoio Às DST s E AIDS, Viçosa - MG 1

Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis: Os Avanços no Controle do HIV e. O Descompasso no Controle da. Sífilis Congênita

A POLÍTICA DE DST/AIDS NA VISÃO DE UM TRABALHADOR DO SUS. SORAIA REDA GILBER Farmacêutica Bioquímica LACEN PR

Perguntas e Respostas: Protocolo HVTN 910

MS divulga retrato do comportamento sexual do brasileiro

Soroprevalência da Infecção pelo Vírus da Hepatite C em Candidatos à Doação de Sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis-Go no Ano de 2008.

Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 29 de 2014

NOVAS TECNOLOGIAS DE PREVENÇÃO CIRCUNCISÃO MÉDICA MASCULINA

HTLV. Rodrigo Guimarães Cunha Médico Infectologista Hospital Universitário Pedro Ernesto

TRABALHADORES DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO RIO GRANDE DO SUL

EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO: MODELO DIDÁTICO PARA COMPREENSÃO DO TESTE DE VÍNCULO GENÉTICO

4 0 0 /2 2 0 A D A IS V E R O Ã IÇ D pelo E V L T H O L E P O Ã Ç C E F - IN E T N IE C A P O D L A U N A M

A Evolução da Morbidade e Mortalidade por Câncer de Mama entre a População Feminina de Minas Gerais 1995 a 2001 *

Orientações para o preenchimento da planilha dos dados de produção de Bancos de Tecidos Músculo-esqueléticos

HIV como modelo de estudo de retrovírus e patogênese

Perfil das mulheres brasileiras em idade fértil e seu acesso à serviços de saúde Dados da PNDS 2006

Comentários sobre os Indicadores de Morbidade e Fatores de Risco até 2006

MULHERES IDOSAS E AIDS: UM ESTUDO ACERCA DE SEUS CONHECIMENTOS E SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE

6A Aids e a tuberculose são as principais

Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 37 de 2015

Transcrição:

Caracterização Sorológica e Molecular da Infecção pelo HTLV-1 em Profissionais do Sexo em Goiânia-GO Dulce Helena Rebouças de SOUZA 1, Megmar Aparecida dos Santos CARNEIRO 1, Sheila Araújo TELES 2, Regina Maria Bringel MARTINS 1, Divânia Dias da Silva FRANÇA 2, Marcos André de MATOS 2, Aline Garcia KOZLOWSKI 1 e Karlla Antonieta Amorin CAETANO 2. 1 Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública/UFG. 2 Faculdade de Enfermagem/UFG e-mail: dlceu@hotmail.com, megmar242@gmail.com Palavras-Chave: HTLV, prevalência, profissionais do sexo. 1. INTRODUÇÃO O vírus linfotrópico de células T humanas 1 (HTLV-1) é um retrovírus classificado na família Deltavírus, família Retroviridae (ICTV 2009) associado ao desenvolvimento de doenças graves como a leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL) e mielopatia associada ao HTLV-1/paraparesia espástica tropical (HAM/TSP), além de síndromes inflamatórias e complicações infecciosas (Verdonck 2007). Estima-se que 20 milhões de pessoas no mundo estejam infectados pelo HTLV e algumas regiões são consideradas endêmicas como o Japão, Caribe, África Central, Oceania, Oriente Médio e na América do Sul (Kashima et al. 2006). O Brasil é o país com maior número absoluto de casos de infecção por HTLV-1, possuindo cerca de dois milhões de portadores (Carneiro-Proietti et al. 2002). A soroprevalência para HTLV 1/2 em doadores de sangue variou de 0,04% a 1%, sendo superior nas Regiões Norte e Nordeste, e inferior no sul do Brasil. Na Região Centro-Oeste, a prevalência verificada em doadores de sangue variou de 0,2% a 0,7% para HTLV 1/2 (Catalan-Soares et al. 2005). Em gestantes, uma prevalência de 0,1% foi observada para HTLV-1 em Goiás e Mato Grosso do Sul (Dal Fabbro et al. 2008), e de 0,2% para HTLV 1/2 em Mato Grosso (Ydy et al. 2009). O diagnóstico da infecção pelo HTLV baseia-se na detecção sorológica de anticorpos específicos, podendo ser dividido em técnicas de ensaio imunoenzimático

(ELISA), Western blot (confirmatório) além de testes moleculares, como reação em cadeia da polimerase (PCR) (Santos & Lima 2005). A transmissão pelo HTLV ocorre pelo contato sexual, parenteral e vertical. A transmissão sexual é mais efetiva do homem para a mulher. Estudos conduzidos no Japão indicam que a probabilidade de transmissão do homem para a mulher é de 60,8% e 0,4% no sentido inverso (Proietti et al. 2005; Santos & Lima 2005). Mulheres profissionais do sexo compõem uma população vulnerável às infecções de transmissão sexual e parenteral, pois apresentam, com freqüência, comportamentos de risco que incluem atividades relacionadas ao uso de drogas e sexo sem proteção (Belza et al. 2004). A soroprevalência para infecção pelo HTLV-1 em mulheres profissionais do sexo variou de 0,2% na Espanha a 22,9% na Nigéria (Gutiérrez et al. 2004; Forbi et al. 2007). No Brasil, um estudo realizado nessa população, em Santa Catarina, verificou um índice de positividade de 1,1% (Caterino-Araujo et al. 2006). Apesar de a literatura indicar que a prevalência do HTLV-1 é mais elevada em mulheres, os estudos envolvendo este grupo são escassos e, em nossa região nenhum estudo específico sobre as características epidemiológicas da infecção pelo HTLV-1 em mulheres profissionais do sexo foi realizado. Assim, o desenvolvimento deste projeto poderá gerar informações sobre as características sócio-demográficas e epidemiológicas dessa infecção nessa população na nossa região. 2. MATERIAL E MÉTODOS Estudo observacional, analítico, de corte transversal. A população foi constituída por 395 mulheres profissionais do sexo em Goiânia-GO que se prostituiam em locais públicos e privados, no período de maio/2009 a junho/2010. As mulheres que consentiram e assinaram o TCLE foram entrevistadas e em seguida coletou-se uma amostra de sangue para os exames sorológicos e moleculares. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, sob o protocolo CEPMHA/HC/UFG Nº 001/09. Os soros foram testados para a detecção de anticorpos para o HTLV1/2 pelo ELISA 3 a terceira geração, empregando-se reagentes comerciais (Murex HTLV I+II, GE80/81 UK) e as amostras reagentes foram testadas por western blot. As amostras anti-htlv positivas foram submetidas à detecção do DNA proviral por meio da

extração de DNA genômico e amplificação por nested-pcr utilizando o Kit: QIAamp DNA Blood (QIAGEN) de acordo com o protocolo recomendado pelo fabricante. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A média de idade das mulheres incluídas no estudo foi 27,5 anos (dp: 9,1 anos), a metade das mulheres possuía até nove anos de estudo e dois terços referiram ser solteiras (67,1%) (dado não mostrado). Das 395 amostras testadas para pesquisa do marcador anti-htlv-1 pelo ELISA, três foram reagentes, destas apenas uma foi confirmada pelo Western Blot e submetida à detecção do DNA-HTLV para as regiões tax e LTR resultando em uma prevalência de 0,2% (IC 95%: 0,2-2,3) (Tabela 1) sendo inferior que às estimadas em mulheres profissionais do sexo em Santa Catarina-RS (1,1%; IC95%: 0,1-6,9) (Caterino-Araujo et al. 2006). Já em investigações conduzidas nessa população na Espanha, a taxa de positividade para HTLV-1 foi semelhante (0,2%; IC95%: 0,1-1,2) ao verificado no nosso estudo. Por outro lado, foi inferior às encontradas por Fobi et al. (2007) na Nigéria (22,9%; IC95%: 16,8-30,1) e por Bautista et al. (2008) na Argentina (1,8%; IC95%: 0,4-5,1). Tabela 1: Prevalência da infecção pelo HTLV em 395 indivíduos da população Profissionais do Sexo, no Estado de Goiás. Positivo Marcador N % IC 95% Anti-HTLV ELISA 3 0,7 0,2 2,3 Western Blot 1 0,2% 0,0 1,6 DNA-HTLV 1 0,2% 0,0 1,6 Na Tabela 2, observa-se que dentre as características consideradas de risco para aquisição da infecção, somente a presença de tatuagem/piercing foi verificada em todas as mulheres infectadas pelo HTLV. Quanto ao uso de preservativos com clientes não pagantes, verificou-se um uso irregular, evidenciando a vulnerabilidade para a aquisição de doenças de transmissão sexual, e, por conseguinte, a probabilidade de infectar-se com o HTLV.

Tabela 2: Características de risco relatadas pelas Profissionais do Sexo infectadas pelo HTLV, Goiânia-GO. Amostra X-100 X-160 X-234 Idade 28 25 25 Drogas ilícitas Não Não Não Tatuagem/piercing Sim Sim Sim Transfusão Não Não Não Uso de preservativo com clientes pagantes Uso de preservativo com clientes não pagantes Sempre Sempre Sempre Sempre Quase sempre Quase sempre 4. CONCLUSÕES A prevalência da infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas em profissionais do sexo em Goiânia-GO foi de 0,2% (IC 95%: 0,2-2,3), sendo inferior a encontrada em doadores de sangue de Goiás. Características de risco como tatuagem/piercing e uso irregular de preservativo com clientes não pagantes foram relatadas pelas profissionais do sexo infectadas, ressaltando assim a vulnerabilidade dessa população. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Bautista CT, Pando MA, Reynaga E, Marone R, Sateren WB, Montano SM, Sanchez JL, Avila MM 2009. Sexual practices, drug use behaviors and prevalence of HIV, Syphilis, female sex workers in Argentina. J Immigr Minor Health 11: 99-104. 2- Belza MJ 2004. Prevalence of HIV, HTLV-1 and HTLV-2 among female sex workers in Spain, 2000-2001. Eur J Epidemiol 19: 279-282. 3- Carneiro-Proietti ABF, Ribas JGR, Catalan-Soares BC, Martins ML, Brito-Melo GEA, Martins-Filho OA, Pinheiro SR, Araújo AQC, Galvão-Castro B, Oliveira MSP,

Guedes AC, Proietti FA 2002. Infecção e doença pelos vírus linfotrópicos humanos de células T (HTLV- I/II) no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop 35(5): 499-508. 4- Catalan-Soares B, Carneiro-Proietti AB, Proietti FA 2005. Heterogeneous geographic distribution of human T-cell lymphotropic viruses I and II (HTLV-I/II): serological screening prevalence rates in blood donors from large urban areas in Brazil. Cad de Saúde Pública 21: 926-931. 5- Caterino-de-Araujo A, Santos-Fortuna E, Magri MC, Schuelter-Trevisol F, Silva MV 2006. Letter to the editor, Unpredicted HTLV-1 infection in female sex worker from Imbituba, Santa Catarina, Brazil. Rev Inst Ed Trop S Paulo 48(4): 237-238. 6- Dal Fabbro MMFJ, Cunha RV, Boia MN, Portela P, Botelho CA, Freitas GMB, Soares J, Ferri J, Lupion J 2008. Infecção pelo HTLV 1/2: atuação no pré-natal como estratégia de controle da doença no Estado de Mato Grosso do Sul. Rev Soc Bras Med Trop 41: 148-151. 7- Forbi JC, Obetunde AB 2007. Human T-cell lymphotropic vírus in a population of pregnant women and commercial sex workers in South Western Nigeria. African Health Sciences 7(3). 8- Gutiérrez M, Tajada P, Alvarez A, Julián RD, Baquero M, Soriano V, Holguín A 2004. Prevalence of HIV-1 non-b subtypes, Syphilis, HTLV, and Hepatitis B and C viruses among immigrant sex workers in Madrid, Spain. J Med Virol 74:521 527. 9- ICTV 2009. HTLV in International Committee on Taxonomy of Viruses. Disponível em: http://www.ictvonline.org/virustaxonomy.asp?version=2009 Acesso em 16 de fevereiro de 2011. 10- Kashima S, Alcantara LT, Takayanagui OM, Cunha MAV, Castro BG, Pombo-de- Oliveira MS, Zago MA, Covas DT 2006. Distribution of human T-cell lymphotropic vírus type 1 (HTLV-1) subtypes in Brazil: Genetic characterization of LTR and Tax region. Aids Res Hum Retroviruses 22(10): 953-959. 11- Proietti FA, Carneiro-Proietti ABF, Catalan-Soares BC, Murphy EL 2005. Global epidemiology of HTLV-I infection and associated diseases. Oncogene 24: 6058-6068. 12- Santos FLN, Lima FWM 2005. Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-I. J Bras Patol Med Lab 41(2): 105-116. 13- Verdonck K, González E, Van Dooren S, Vandamme AM, Vanham G, Gotuzzo E 2007. Human T-lymphotropic virus 1: recent knowledge about an ancient infection. Lancet Infect Dis 7: 266-281.

14- Ydi RRA, Ferreira D, Souto FJD, Fontes CJF 2009. Prevalência da infecção pelo vírus linfotrópico humano de células T- HTLV-1/2 entre puérperas de Cuiabá, Estado de Mato Grosso, 2006. Rev Soc Bras Med Trop 42(1): 28-32.