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Transcrição:

fls. 120 Registro: 2017.0000302757 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 2056307-47.2017.8.26.0000, da Comarca de São Bernardo do Campo, em que é agravante ABSOLUTA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA, é agravada (JUSTIÇA GRATUITA). ACORDAM, em 31ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores CARLOS NUNES (Presidente sem voto), PAULO AYROSA E ANTONIO RIGOLIN., 2 de maio de 2017. FRANCISCO CASCONI RELATOR Assinatura Eletrônica AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2056307-47.2017.8.26.0000 31ª Câmara de Direito Privado

fls. 121 COMARCA: SÃO BERNARDO DO CAMPO AGRAVANTE: ABSOLUTA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA. AGRAVADA: VOTO Nº 32.348 M AGRAVO DE INSTRUMENTO NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA AÇÃO DE COMANDO QUE ARBITROU OS HONORÁRIOS PERICIAIS DEFINITIVOS EM R$ 10.000,00 - EXERCENDO MUNUS DE AUXILIAR DO JUÍZO, DEVE O PERITO SER REMUNERADO ADEQUADAMENTE PELO TRABALHO DESENVOLVIDO O VALOR DE SEUS HONORÁRIOS, NO ENTANTO, NÃO DEVE SER EXCESSIVO, A PONTO DE ONERAR DEMASIADAMENTE A PARTE E IMPOSSIBILITAR A REALIZAÇÃO DA PROVA E, MACROSCOPICAMENTE, OS PRÓPRIOS DIREITOS DE AÇÃO E DE DEFESA - CONTRAPRESTAÇÃO QUE DEVE SER AVALIADA SEGUNDO PRUDENTE ANÁLISE DO MAGISTRADO CONSIDERANDO A COMPLEXIDADE DOS EXAMES IN CASU, IMPERIOSA A REDUÇÃO DA REMUNERAÇÃO FIXADA, POR SOBRESSAIR, QUANTO AO LABOR A SER DESEMPENHADO, SUA MODESTA COMPLEXIDADE RECURSO PROVIDO. Trata-se de inconformidade deduzida nos autos de ação de nunciação de obra nova em fase de cumprimento de sentença contra r. decisão exibida a fls. 10, que, fundamentando 2/6

fls. 122 que os honorários periciais foram fixados considerando relevância econômica, complexidade fática e conhecimentos técnicos necessários a verificação exigida pela matéria, arbitrouos definitivamente em R$ 10.000,00 (dez mil reais). Insurgindo-se quanto à quantia estipulada para remuneração da profissional, sustenta o inconformado, em síntese, que, em que pese a importância do trabalho a ser desempenhado, imperiosa sua minoração, porque irrazoável. Considera que inexiste complexidade em relação aos quesitos apresentados e qualifica como pequeno o volume de informações a ser enfrentado. Sublinhando a existência de laudo pericial anteriormente elaborado, afirma que servirá de base para grande parte da nova análise, que será realizada meramente em complementação àquela. No mais, refere não guardar proporcionalidade a remuneração em testilha com a estipulada quando da formulação do laudo precedente e, por isso mesmo, mais complexo (R$ 15.000,00). Recurso processado com suspensividade (fls. 108). Consta contraminuta a fls. 112/117, defendendo manutenção do r. decisum. É o breve Relatório. Da leitura dos autos principais verifica-se que a relação jurídico-material em apreço atine a direito de vizinhança estabelecido entre as partes parciais nesta demanda. Condenada a construtora ré a realizar no imóvel lindeiro ao de seu empreendimento as obras necessárias para reparar os danos nele causados em virtude da edificação que

fls. 123 promoveu, indicados no laudo pericial de fls. 61/106, iniciou-se a fase satisfativa do processo, no curso da qual, em atenção ao julgamento proferido na apelação com revisão nº 4006526-18.2013.8.26.0564 (fls. 19/32), ordenou o I. Magistrado a quo a realização de nova perícia (fls. 1936/1937 dos principais). Assim delineado o objeto da análise: 3/6 (...) nova vistoria do imóvel da autora, a fim de apurar eventual valor necessário para cobrir os custos adicionais com reparos no imóvel, se novos ou agravados, e que excedam ao montante indicado pelo perito a fls. 1.047, qual seja, R$10.000,00, observado que o valor do laudo deve ser corrigido nos termos da r. Sentença, isto é, com correção monetária pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça a partir de janeiro de 2014 e juros de mora legais a partir da citação. Instada a apresentar a estimativa de seus honorários, a expert manifestou-se a fls. 2019/2027, indicando a cifra de R$ 10.000,00 (dez mil reais), correspondente a 27 (vinte e sete) horas de trabalho acrescidas de despesas variadas. Oportunizado aos litigantes pelo r. despacho de fls. 2033 o exercício do contraditório, a agravante, diversamente de sua adversária (v. fls. 2036/2037), discordou da remuneração proposta, classificando-a como excessiva, nos termos da fundamentação que expendeu na minuta (fls. 2038/2040). A irresignação, todavia, não foi acatada pelo I. Juiz de primeira instância. Respeitadas as razões abordadas no r. decisum

fls. 124 combatido, reputo necessária a realização de reparos. Sem desmerecer o trabalho da i. perita e a sua importância como auxiliar do Juízo, afigura-se exacerbado o valor pretendido. Indiscutível que, exercendo o relevante munus retro referido, deve o profissional ser remunerado adequadamente pelo trabalho desenvolvido. É pacífico tanto na doutrina quanto na jurisprudência o entendimento que o valor da contraprestação deve ser fixado levando-se em conta a proporcionalidade e a razoabilidade, não devendo ser reduzido em demasia, desprestigiando o trabalho desempenhado, nem excessivo, a ponto de onerar demasiadamente a parte e impossibilitar a realização da prova e, macroscopicamente, os próprios direitos de ação e de defesa. 4/6 Dessa forma, a remuneração deverá ser arbitrada com base na complexidade da perícia, no tempo gasto na elaboração do laudo, na condição econômica das partes e, ainda, no proveito econômico pretendido na ação. Isso significa dizer que não serão levados em consideração somente os elementos objetivos indicados pelo técnico tais como quantidade de horas a serem despendidas e valor delas, mas também o subjetivo e prudente exame do magistrado no que diz respeito às peculiaridades de cada caso concreto, superada, sempre, unilateral estimativa ou previsão constante de tabelas e regulamentos. In casu, em que pese o respeito de que é merecedora a nomeada, avulta, quanto ao labor a ser desempenhado, sua modesta complexidade, haja vista a existência de precedente e detalhado trabalho técnico passível

fls. 125 de aproveitamento, em grande parte, para o empreendimento da nova análise, a ser realizada como complementação à primeira. Acrescenta-se ainda a incongruência dos honorários estipulados com o proveito econômico pretendido, consistente na realização de reparos de cujo valor atualizado pretende-se perquirir, estimado até o presente momento na ordem de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 5/6 Ademais, inexigível por ora o montante estimado para fins de ressarcimento de despesas. Não se defende que não incorreria em grave injustiça decisão que as ignorasse. No entanto, neste instante que antecede a realização dos trabalhos, afigura-se desprovida de liame com a realidade a estipulação do quantum a ser desembolsado para a recomposição de gastos sequer expendidos, ainda mais quando tão genericamente indicados. Nada impede que, após a realização da análise, compareça a perita aos autos e, munida dos correspondentes recibos ou outros meios comprobatórios, obtenha o justo reembolso. Assim, à luz do cenário descrito, julgo adequado aos paradigmas normalmente adotados o arbitramento da quantia de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a título de contraprestação. Pelo exposto, dou provimento ao recurso. Des. FRANCISCO CASCONI Relator Assinatura Eletrônica

fls. 126 6/6