REGISTRO ELETRÔNICO DE IMÓVEIS FLAUZILINO ARAÚJO DOS SANTOS

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Transcrição:

REGISTRO ELETRÔNICO DE IMÓVEIS FLAUZILINO ARAÚJO DOS SANTOS 1º Oficial de Registro de Imóveis de São Paulo, capital. Presidente da ARISP Diretor de Informática e Tecnologia do IRIB Membro da Academia Brasileira de Direito Registral Imobiliário - ABDRI Membro da Câmara Consultiva do Mercado Imobiliário da BM&FBOVESPA

Desafio crescente e contínuo: Alcançar patamares de excelência na prestação dos serviços delegados, de forma a gerar benefícios para a população, dentro da expectativa gerada pela Sociedade da Informação, pena de o atual Sistema de Registro de Imóveis ser banido do processo de Governança Fundiária.

O Registro Eletrônico de Imóveis aponta para a modernização do Estado para fazê-lo mais eficiente, com o olhar posto no cidadão, tanto no respeito aos seus direitos, como na satisfação de seus requerimentos.

Governança Fundiária refere-se às iniciativas ou ações que expressam a capacidade de uma sociedade organizada territorialmente para gerir os assuntos públicos, a partir do envolvimento conjunto e cooperativo dos atores sociais, econômicos e institucionais. Entre os atores institucionais, inclui-se, naturalmente, o Estado com seus diferentes agentes. No caso de organização da propriedade imobiliária e dos direitos conexos o Estado delegou seu monopólio para o Corpo de Registradores de Imóveis.

O exercício da governança fundiária ou de terras acontece por meio da atuação dos diferentes atores em redes de poder socioterritorial. Redes de poder socioterritorial é um termo proposto para referir-se a cada um dos segmentos da sociedade organizada territorialmente, representados por suas lideranças, constituindo-se na principal estrutura de poder que, em cada momento da história, assume posição de hegemonia, tornando-se capaz de dar direção ao processo de desenvolvimento em vários de seus múltiplos aspectos.

A Administração Eletrônica é um direito do consumidor de serviços públicos, assim como também o direito à informação do conteúdo dos arquivos dos órgãos públicos. Os cidadãos estão elevados à condição de consumidores dos serviços públicos, com direito a acesso remoto, segurança e previsibilidade e com isso, diminuindo os riscos inerentes aos intercâmbios pessoais, degradando riscos e custos financeiros.

O Direito Registral Imobiliário brasileiro já atingiu um grau de maturidade perfeitamente consolidado na estrutura jurídica do país, e também no Mercado. Além disso, o Registro de Imóveis não é mais um sistema jurídico imposto por força da lei. Ele é uma instituição da sociedade brasileira e goza da confiança da população.

A publicidade registral exige a utilização de meios instrumentais vocacionados e estruturalmente orientados para proporcionar a comunicação do usuário com o Registro de Imóveis e o conhecimento das situações registrais decorrentes.

Confiança nas instituições: muita confiança Cartórios de Registro de Imóveis Cartório de Registro de Imóveis e Correios são as instituições mais confiáveis Correios 64 70 CONFIA MUITO (Resposta estimulada e única, em %) Interior: 73% Capital: 69% RM: 58% Imprensa Empresas privadas 21 21 Forças Armadas 45 Capital: 79% Advocacia 20 Igreja ou instituições religiosas em geral Ministério Público Poder Judiciário 35 28 25 60 anos ou mais: 55% Fundamental: 59% Renda familiar mensal de até 2 S.M: 48% Prefeitura Empresas públicas Construtoras de Imóveis 10 10 13 Polícia (Militar e Civil) 23 Governo 6 Bancos 22 Congresso nacional 4 Fonte: P.1 Você diria que confia muito, confia um pouco ou não confia (LEIA CADA ITEM): Base: Total da amostra = 873 entrevistas.

O Registro de Imóveis brasileiro precisa ser repensado!

Pensando o futuro do Registro de Imóveis: 1ª - Focalizar, perseguir e alcançar objetivos estratégicos; 2ª - Redesenhar novos processos e estruturas de trabalho; 3ª - Tirar maior proveito das inovações tecnológicas para automatizar procedimentos internos da serventia, revolucionar a comunicação dos usuários com os cartórios, e criar novos produtos.

Provimento CNJ Nº 47/2014 3ª CONVOCAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DO REGISTRO ELETRÔNICO

Esta é a terceira convocação que a sociedade brasileira faz aos oficiais de registro de imóveis para que migrem seus serviços para o formato eletrônico. E desta vez foi marcado um prazo: 360 dias, contados de 19 de junho de 2015.

E se não o fizermos dentro desse prazo? Haverá outra oportunidade? Quem controla esse prazo?

Não podemos subestimar o poder do Mercado. É um poder invisível, mas real. O Mercado é mágico. Ele já fez com que várias profissões e atividades desaparecessem sem deixar vestígios. O Mercado é implacável!

O Mercado Imobiliário é um mercado econômico, mas é também um mercado de direitos. O Registro de Imóveis não cria o Mercado, mas é uma ferramenta sem a qual este não pode desenvolver-se adequadamente. O Registro de Imóveis contribui para a expansão do Mercado Imobiliário relativamente aos itens que lhe correspondem: segurança jurídica e transparência dos negócios inerentes. A transparência decorrente da publicidade registral faz com que o Mercado seja, como um todo, mais confiável e mais eficiente.

1ª CONVOCAÇÃO MEDIDA PROVISÓRIA N o 2.200, DE 28 DE JUNHO DE 2001. ICP-BRASIL

2ª CONVOCAÇÃO LEI Nº 11.977, DE 7 DE JULHO DE 2009. A LEI DO REGISTRO ELETRÔNICO

Lei nº11.977, de 7.7.2009: Art. 39 Os atos registrais praticados a partir da vigência da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, serão inseridos no sistema de registro eletrônico, no prazo de até 5 (cinco) anos a contar da publicação desta Lei. (Publicada no DOU 8.7.2009)

Registro de Imóveis Eletrônico Quem deve implantá-lo?

Lei nº 11.977, de 7.7.2009: Art. 37: Os serviços de registros públicos de que trata a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, observados os prazos e condições previstas em regulamento, instituirão sistema de registro eletrônico. Os registradores tem o poder/dever de instituir o Registro Eletrônico

Provimento CNJ Nº 47/2014 3ª CONVOCAÇÃO Última?

PRAZO FIXADO EM DIAS: Prov. CNJ, 47/2014, Art. 9º. Os serviços eletrônicos compartilhados passarão a ser prestados dentro do prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias. 13/6/2016

PRAZO PARA IMPLANTAÇÃO DO SREI (clicar) Acesse o contador em tempo real: bit.do/srei

Estaremos operando o Registro Eletrônico naquela data? O que acontecerá se persistirmos em não operar de forma eletrônica?

O que é Registro eletrônico? O Registro de Imóveis Eletrônico tem como princípio a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para desmaterializar procedimentos registrais internos das serventias, bem como promover a interconexão destas com o Poder Judiciário, órgãos da Administração Pública, empresas e cidadãos na protocolização eletrônica de títulos e no acesso às certidões e informações registrais, de forma a aprimorar a qualidade e a eficiência do serviço público prestado por delegação pública.

Em que consiste o Registro Eletrônico para o utente? É o acesso pela Internet de informações e certidões registrais e a remessa eletrônica de títulos para as serventias.

Limites do Registro Eletrônico Até que avanços tecnológicos sobrevenham, a escrituração APENAS em meio eletrônico, sem impressão em papel, restringe-se aos indicadores reais e pessoais, controle de títulos contraditórios, certidões e informações registrais. Manutenção dos Livros 2 e 3 no suporte papel.

IMPORTANTE: Quando falamos em Sistema de Registro de Imóveis brasileiro estamos referindo ao corpo de Registradores de Imóveis, as Centrais de Serviços Eletrônicos Compartilhados, aos Órgãos Judiciais Fiscalizadores, e ao conjunto de princípios, leis, normas e regulamentos que informam a atividade registral.

Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interrelacionados que interagem entre si no desempenho de uma função. É exatamente na interação entre as diversas unidades de serviços registrais que reside a molecularização do Sistema de Registro de Imóveis. De acordo com o do Provimento 47, da Corregedoria Nacional de Justiça, contando-se 360 dias a partir de 18 de junho de 2015, os oficiais de registro de imóveis devem agrupar-se em Centrais de Serviços Eletrônicos Compartilhados, uma em cada Estado, tendo como requisitos normativos (1º) que essas centrais prestem os mesmos serviços e (2º) que elas sejam interoperáveis entre si.

Ponto Nuclear: Como Sistema o Registro de Imóveis brasileiro é uno. O que é fracionada é a sua prestação por meio das diversas unidades de serviços, denominadas cartórios ou ofícios.

CENTRAL ÚNICA DE SERVIÇOS NA INTERNET OU INTEROPERABILIDADE DE SISTEMAS O usuário não pode ser obrigado a ingressar em diferentes ambientes da Internet para acessar o mesmo serviço público.

A FARRA DOS CARTÓRIOS DE MENTIRINHA... (cartórios que não são cartórios, porém, se apresentam como cartórios, fazem publicidade como cartórios e as pessoas pensam que são cartórios). Prov. CNJ 47, Art. 8º. Aos ofícios de registro de imóveis é vedado: I recepcionar ou expedir documentos eletrônicos por e-mail ou serviços postais ou de entrega; II postar ou baixar (download) documentos eletrônicos e informações em sites que não sejam os das respectivas centrais de serviços eletrônicos compartilhados; e III prestar os serviços eletrônicos referidos neste provimento, diretamente ou por terceiros, em concorrência com as centrais de serviços eletrônicos compartilhados, ou fora delas.

Provimento CNJ Nº 47, de 18.6.2015 Art. 3º. O intercâmbio de documentos eletrônicos e de informações entre os ofícios de registro de imóveis, o Poder Judiciário, a Administração Pública e o público em geral estará a cargo de centrais de serviços eletrônicos compartilhados que se criarão em cada um dos Estados e no Distrito Federal. 1º. As centrais de serviços eletrônicos compartilhados serão criadas pelos respectivos oficiais de registro de imóveis, mediante ato normativo da Corregedoria Geral de Justiça local. 2º. Haverá uma única central de serviços eletrônicos compartilhados em cada um dos Estados e no Distrito Federal. 3º. Onde não seja possível ou conveniente a criação e manutenção de serviços próprios, o tráfego eletrônico far-se-á mediante central de serviço eletrônico compartilhado que já esteja a funcionar em outro Estado ou no Distrito Federal. Então eu teria que acessar 27 Centrais de Serviços Eletrônicos para obter uma única informação registral?

Provimento CNJ Nº 47, de 18.6.2015, Art. 3º 5º. As centrais de serviços eletrônicos compartilhados coordenar-se-ão entre si para que se universalize o acesso ao tráfego eletrônico e se prestem os mesmos serviços em todo o País.

Requisitos para o desenvolvimento de Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados no Estado 1. As centrais de serviços eletrônicos compartilhados sejam criadas pelos respectivos oficiais de registro de imóveis, mediante ato normativo da Corregedoria Geral de Justiça local; 2. Requisitos da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP-Brasil; 3. Requisitos da arquitetura e-ping (Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico); e 4. Requisitos da Recomendação Nº 14/2014, da Corregedoria Nacional de Justiça.

A Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados dos Registradores de Imóveis NÃO é um modelo de negócio com fim em si mesmo, para geração de lucros, mas sim um meio para universalização da prestação de Serviço de Registro de Imóveis Eletrônico (SREI), com ênfase na inclusão digital das serventias de pequeno porte. *A ARISP é proprietária dos códigos fontes e dos direitos autorais e de propriedade intelectual de todos os sistemas que utiliza. * Termos de Cooperação Técnica firmados com o Conselho Nacional de Justiça e com várias Corregedorias Gerais e Tribunais de Justiça.

OBJETIVOS DA CENTRAL DE SERVIÇOS ELETRÔNICOS COMPARTILHADOS DOS REGISTRADORES: IRIB/ARISP Compartilhamento de infraestrutura de hardwares, softwares, recursos humanos e tecnológicos; Inclusão digital dos cartórios de menor porte, a fim de que todas as serventias possam funcionar no Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (SREI); Plataforma integradora de dados. Os dados e imagens devem permanecer alocados em suas bases primárias, sob a guarda e a responsabilidade dos respectivos oficiais, que também respondem pela sua ordem e conservação (vide Lei 6.015/1973, art. 24; Lei 8.935/1994, art. 46); Polo tecnológico para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que possam ser aplicadas ao Registro de Imóveis; Plataforma de Comunicações e de EAD.

REFLEXÃO FINAL: Computadores e softwares não fazem funcionar ou fracassar o Registro de Imóveis. O elemento chave é o resultado da equação pessoas + princípios jurídicos.

Muito Obrigado! Flauzilino Araújo dos Santos flauzilino@arisp.com.br www.arisp.com.br www.irib.org.br www.registradores.org.br www.oficioeletronico.org.br www.penhoraonline.org.br www.indisponibilidade.org.br www.iregistradores.org.br www.sustentabilidade.registradores.org.br www.cnde.org.br www.websites.registradores.org.br