CAUSAS EXTERNAS DCNT 5 CAUSAS EXTERNAS Acidentes e Quedas Profa. Maria Isabel do Nascimento Disciplina Profa. Maria de Epidemiologia Isabel do Nascimento IV Disciplina de Epidemiologia IV
Causas externas Acidentes e Quedas Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva _ UFF
Definição: Causas externas Conjunto de agravos à saúde que provocam algum tipo de lesão, seja física, mental ou psicológica, podendo ou não levar ao óbito. Em geral, afetam toda a vida das vítimas, provocando sequelas permanentes, incapacidade para o trabalho e para as atividades diárias.
Capítulo XX: causas externas de morbidade e de mortalidade (V01-Y98) V01-X59 Acidentes X60-X84 Lesões autoprovocadas X85-Y09 Agressões Y10-Y34 Eventos de intenção indeter. Y35-Y36 Intervenções legais/guerra Y40-Y84 Complicações médicas/cirúrgicas Y85-Y89 Sequelas de causas externas Y90-Y98 Fatores suplementares
Definição: Acidentes Evento não intencional e evitável, causador de lesões físicas e emocionais, no âmbito doméstico ou social como trabalho, escola, esporte e lazer. Respondem por quase 10% de todos os óbitos.
Exemplos de eventos enquadrados nos acidentes e violências Acidentes De transporte Afogamento Envenenamento Quedas Queimaduras Violências Agressões Homicídios Suicídios Tentativas de suicídio Abusos físicos, sexuais, psicológicos
Acidentes de transporte Fonte:Mello Jorge MHP e Martins CBG, 2013
Codificação dos acidentes de transporte terrestre de acordo com o meio de transporte da vítima (CID_10) Pedestre (V01-V09) Bicicleta (V10-V19) Motocicleta (V20-V29) Triciclo (V30-V39) Automóvel (V40-V49) Caminhonete (V50-V59) VTP (V60-V69) Ônibus (V70-V79) Outros (V80-V89)
Relação do Capítulo XX e Capítulo XIX Capítulo XIX codifica as lesões de acordo com o segmento anatômico e o tipo de lesão Exemplo: S72.4 (fratura de fêmur) Capítulo XX codifica as causas externas dos eventos de acordo com a vítima e o veículo envolvido na colisão. Exemplo: pedestre traumatizado em colisão com trem (V05)
Por que os acidentes de transporte terrestre acontecem? Velocidade Álcool Drogas Fadiga Sono Desatenções provocadas pelas tecnologias introduzidas nos veículos
Agente e lesão Agente lesivo Mecânico/cinético Térmico Químico Elétrico Radiação Tipo de lesão Ruptura Arrancamento Deslocamento Outros
Relação entre velocidade do veículo e risco de óbito de pedestre Fonte: Bonito R.
Desaceleração aos 100 Km/h e efeito no condutor/passageiro Órgão Peso (g) Normal Peso (g) com desaceleração Coração 300 8000 Rim 300 8000 Cérebro 1500 42000 Baço 150 4000 Fígado 1700 47000
Vigilância de violências e acidentes
Vigilância de violências e acidentes VIVA (justificativa) Conhecer o perfil das vítimas e autores/as da agressão Dimensionar a demanda por atendimentos de urgência e outros serviços Caracterizar as lesões de menor gravidade Revelar a violência doméstica, silenciada nos lares Revelar todas as formas de violência (interpessoais, autoprovocadas, tanto urbana ou intrafamiliar)
Distribuição de acidentes
Dia e horário do atendimento da vítima acidentada
Acidente de transporte e uso de bebida alcoólica
Plano de enfrentamento das DCNT, Brasil, 2011-2022 Meta Reduzir a prevalência de consumo nocivo de bebidas alcoólicas
Quedas por faixa etária
Tipos de Quedas e evolução
Destaques do VIVA Causas externas um grande desafio para a saúde pública Entre as causas externas, as quedas e acidentes de transportes são os mais frequentes. Adolescentes e adultos jovens são as vítimas mais frequentes de acidentes de transporte e agressões. Álcool é fator associado a 21% dos acidentes de trânsito e 49% das violências Uso do álcool resulta em eventos classificados como mais graves.
Referências Mascarenhas MDM et al. Epidemiologia das causas externas no Brasil: morbidade por acidentes e violências. In Saúde Brasil 2010 uma análise da situação de saúde e de evidências selecionadas de impacto de ações de vigilância em saúde. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde. Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no Brasil. Ministério da Saúde, Brasília, DF, 2007 Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde. VIVA: vigilância de violências e acidentes, 2008-2009.Ministério da Saúde, 2010.