PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

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Transcrição:

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: GÁS E TERMOELÉTRICAS 1 MARÇO DE 2011 Nivalde J. de Castro Daniel C. L. Langone

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO... 3 1-OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO E TRANSPORTE...4 2-CONSUMO DE GÁS NATURAL...6 3-PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL...7 4-ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS...8 (1) Participou da elaboração deste relatório como pesquisador Roberto Brandão 2

SUMÁRIO EXECUTIVO Este relatório está esquematizado em grupos de assuntos relacionados ao setor de Gás e às usinas termelétricas. São eles: i) descobertas, exploração, produção e transporte de GN; ii) consumo de GN; iii) preço e comercialização do gás natural; iv) aspectos institucionais, regulatórios e ambientais. Estes grupos possuem subgrupos nos quais tornam o relatório ainda mais fácil para a busca encadeada dos fatos durante o mês. No primeiro tópico, no qual se relaciona as principais informações veiculadas sobre ofertas de gás natural, encontram-se as divisões Início de operação, Exploração e Dados estatísticos. Em início de operação, podemos citar a otimização da geração de energia da Petrocôncavo no campo de Cassarongongo e a inauguração da primeira termelétrica a biogás de aterro sanitário do Nordeste, pela empresa Solví. Já em Exploração encontram-se as informações sobre o anúncio da OGX quanto a descoberta de hidrocarbonetos no poço 3-OGX- 35D-RJS na bacia de Campos e a inauguração, no dia 13 de Março, do campo de gás de Mexilhão, na bacia de Campos. Em Dados estatísticos foram apresentados o aumento de 2,8% em exploração de gás natural da Petrobras comparados ao mês de Fevereiro e a participação do gás nacional na oferta total do energético em 2010 que pela segunda vez desde 2009 ficou abaixo da metade, atingindo 49,9% do total. No segundo tópico é abordado o assunto consumo do gás natural durante os períodos já completados anteriormente. Neste mês, o país atingiu o consumo de 43,1 milhões de metros cúbicos, uma expansão de 18,44% comparados a demanda registrada no mesmo mês de 2010. O terceiro tópico cita as principais informações veiculadas sobre preços e a comercialização do gás natural. Neste mês não foram encontradas informações relevantes sobre o assunto. Mas foi levado em consideração um importante pronunciamento da Diretoria de Gás e Energia da Petrobras no qual se aponta uma tendência à queda dos preços do gás devido ao aumento dos leilões no qual o combustível é comercializado. No quarto e último tópico abordam-se fatos ligados a aspectos institucionais, regulatórios e ambientais. Este último tópico é subdividido em Pronunciamentos da Aneel, Fusão e Concessão. Neste mês a Aneel autorizou a operação da termelétrica UG2 da Citrovita, em Catanduva. Em Fusão destacamos um acordo entre a Petrobras, a Cemig e o governo de Minas Gerais para a construção do gasoduto em Uberaba com capacidade para transportar 7 milhões de metros cúbicos por dia, além de interligar o gasoduto Brasil-Bolívia ao estado de Minas Gerais. Para finalizar, em Concessão encontramos informações sobre licença prévia do Inea concedida a MPX, para construção de uma usina termelétrica a gás natural, com capacidade de 3.300 MW, no Superporto do Açu, no litoral norte do Rio. 3

1-OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO INÍCIO DE OPERAÇÃO A Petrorecôncavo iniciou no início do mês um projeto piloto de geração de energia no campo de Cassarongongo, na Bacia do Recôncavo. A unidade está utilizando o gás natural que era ventilado na produção de petróleo para a geração de 1 MW médio. O projeto poderá ser estendido para outros campos, caso os testes mostrem viabilidade econômica. O campo de Cassarongongo está localizado na área de Norte Fazenda Caruaçu, localizado a 70 km de Salvador. Os outros campos desta área estão a aproximadamente 70 Km ao norte e nordeste de salvador. A cidade de Salvador, na Bahia, inaugurou a primeira termelétrica a biogás de aterro sanitário do Nordeste, a Termoverde Salvador, que fica localizada no aterro municipal, em São Cristóvão. A inauguração ocorreu no dia 23 de Março. A Termoverde Salvador conta com um investimento de R$ 50 milhões do Grupo Solví, que atua nas áreas de gestão de resíduos e saneamento, presente em 13 estados brasileiros e no Peru, e que diversifica os negócios investindo no segmento de energia elétrica com o apoio do Banco do Nordeste na construção da usina baiana. A termelétrica tem potência de 19,73 MW e vai gerar energia limpa a partir do lixo doméstico depositado no aterro sanitário. A usina vai queimar o metano existente no biogás, em vez de queimá-lo diretamente na atmosfera, e produzir 150 mil MWh ao ano, o que representa atender 50 mil residências com energia elétrica sustentável. EXPLORAÇÃO A OGX comunicou que foi identificada a presença de hidrocarbonetos na seção albocenomaniana do poço 3-OGX-35D-RJS, poço delimitatório da acumulação de Waikiki, descoberta pelo 1-OGX-25. Este poço está localizado a cerca de 2 km do pioneiro 1-OGX-25, no bloco BM-C-39, em águas rasas da Bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação neste bloco. A coluna com hidrocarbonetos encontrada é de aproximadamente 158 metros, com óleo mais leve que usualmente encontrado na Bacia de Campos. Este poço direcional foi perfurado até uma profundidade de 2.400 metros e é o piloto para o poço horizontal que será perfurado nessa acumulação. Entrou em operação no dia 13 de Março, com mais de dois anos de atraso, o grande campo de gás de Mexilhão, na bacia de Santos, que ajudará o Brasil a se tornar autosuficiente no combustível e, junto com outras descobertas na mesma bacia, alçará o país ao posto de exportador da commodity. Mexilhão foi anunciado em 2003 como a maior descoberta brasileira de gás natural, com reservas de 70 bilhões de metros cúbicos, ou 30 por cento das reservas na época, de 234 bilhões de metros cúbicos. Atualmente, as reservas provadas de gás da Petrobras são de 377 bilhões. Mexilhão vai superar a produção de campos como Roncador, 4

Urucu e Manati, todos da Petrobras e até então os campeões em volumes no Brasil, com produção de cerca de 5 milhões de metros cúbicos cada. DADOS ESTATÍSTICOS A produção de gás natural da Petrobras nos campos nacionais atingiu, em fevereiro, 53,075 milhões de metros cúbicos diários. Isso corresponde a um aumento de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com as paradas programadas de plataformas, o volume de gás produzido em fevereiro foi 5,5% inferior ao de janeiro deste ano. A produção média de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior, em fevereiro, foi de 2.603.953 barris equivalentes de óleo, por dia. Esse resultado ficou 1,7% acima do volume registrado no mesmo mês de 2010 e foi 2,2% menor que o volume total extraído em janeiro deste ano. A produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais chegou a 2.019.508 barris diários. Esse resultado reflete um acréscimo de 1,6% sobre fevereiro de 2010 e um decréscimo de 2,4% em relação à produção de janeiro deste ano. A participação do gás nacional na oferta total do energético em 2010 ficou abaixo da metade pela segunda vez na história, desde a inauguração do Gasbol, em 1999. De acordo com dados do Boletim Mensal de Gás Natural da ANP, 49,9% do gás ofertado no Brasil na média do ano passado foi produzido no próprio país, contra a média de 48,7% registrada em 2007. A maior presença de gás importado em 2010 é justificada pelo aumento das atividades de regaseificação nas plantas de Pecém (CE) e Baía de Guanabara (RJ). Enquanto em 2009 foram regaseificados nas duas unidades 720 mil m3/d, em 2010 o volume subiu para 7,64 milhões de m3/d. As plantas operaram, sobretudo, durante o período de despacho das termelétricas. Também foram importados GNL do Catar, Emirados Árabes Unidos, Trinidad & Tobago, Peru, EUA, Reino Unido. Já da Bolívia, foram importados, em média, 26,91 milhões de m3/d. 5

2-CONSUMO DE GÁS NATURAL O consumo de gás natural no Brasil atingiu 43,1 milhões de metros cúbicos em janeiro deste ano, uma expansão de 18,44%, comparado a demanda registrada no mesmo mês de 2010, segundo dados divulgados pela Abegás. A comercialização de gás natural apresentou tal crescimento em razão da retomada de 10,51% no consumo do segmento industrial em relação a janeiro de 2010, ressaltou a Abegás em nota. As indústrias consumiram 26,4 milhões de metros cúbicos de gás por dia em janeiro de 2011, contra os 24,9 do mesmo período do ano passado. De acordo com a Abegás, o consumo térmico aumentou 172,45%, saltando de 2,3 milhões de metros cúbicos diários em janeiro de 2010 para 6,3 milhões de metros cúbicos por dia no primeiro mês de 2011. As residências e o comércio também aumentaram o consumo de gás natural em 9,56% e 4,72%, respectivamente, bem como o uso para co-geração de energia, em 9,85%. A empresa estatal YPFB informou no mês de Março que, segundo um estudo realizado pela Gas Trans Boliviano (GTB), o Brasil demandará maiores volumes de gás natural no período 2011-2015. A planificação energética do Brasil para o período de 2011-2015 vai se basear em uma demanda por maiores volumes de gás natural boliviano e em condições favoráveis de preço, indicou um boletim da instituição. O documento ainda acrescenta que o consumo de gás e energia no Brasil é muito sensível as oscilações do crescimento da economia. A GTB ainda sustenta que a ampliação da área de influência do gás boliviano é um feito graças ao gasoduto que interconecta as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. 6

3- PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL PRONUNCIAMENTO DA PETROBRAS Segundo a diretoria da Petrobras, com o aumento da oferta de gás natural no Brasil, o preço tenderá a cair para o consumidor. Uma das alternativas para que as distribuidoras baixem o valor médio do gás adquirido da estatal é o chamado mercado secundário, em que o combustível é comercializado por meio de leilões, que começou a funcionar no Brasil em 2009 e já teve 10 rodadas realizadas. A distribuidora faz um mix de preços. Para ela ser cada vez mais competitiva, tem que acompanhar no mercado secundário. São essas as opções para oferecer o gás a um preço melhor, disse a diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster para o jornal Brasil Econômico. 7

4- ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS PRONUNCIAMENTOS DA ANEEL A Agência Nacional Energia Elétrica liberou para operação comercial a unidade UG2, de 15 MW de capacidade instalada, da UTE Citrovita Catanduva. A usina, da Citrovita Agroindutrial, fica localizada no município paulista de Catanduva. A liberação foi publicada no Diário Oficial da União do dia 11 de março. FUSÃO A Petrobras, a Cemig e o governo de Minas Gerais assinaram no dia 17 de Março um protocolo de intenções para a construção do gasoduto em Uberaba. As duas empresas estudam as alternativas para a implantação do gasoduto nos próximos dois anos, com extensão de 256 Km e capacidade para transportar 7 milhões de metros cúbicos por dia. A obra vai permitir ainda a interligação do Gasbol (gasoduto Brasil-Bolívia), que hoje atende o Mato Grosso do Sul e São Paulo, ao estado de Minas Gerais. A oferta de gás natural vai marcar uma nova etapa no desenvolvimento regional. Existe uma demanda reprimida de novas empresas que pretendem se instalar na região e não o fazem pela inexistência do gás, ressaltou a Cemig em comunicado. CONCESSÃO A MPX Energia, no dia 02 de Março, recebeu licença prévia do Inea para construção de uma usina termelétrica a gás natural, com capacidade de 3.300 MW, no Superporto do Açu, no litoral norte do Rio. A MPX já possui licença de instalação para instalar uma termelétrica de 2.100 MW a carvão mineral no mesmo porto. Com isso a companhia terá o maior complexo de geração de energia licenciado na região Sudeste, com 5.400 MW. O portfólio total da MPX já chega a 11 GW de capacidade de geração elétrica licenciados. 8