ELECTROTECNIA TEÓRICA MEEC IST

Documentos relacionados
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO Centro das Ciências Exatas e Tecnologia Faculdades de Engenharia, Matemática, Física e Tecnologia

Conversão de Energia I

GUIA DE LABORATÓRIO LABORATÓRIO 5 LEI DE FARADAY

Figura 1: Forma de onda da tensão quadrada.

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA

TRABALHO 2 Amplificadores Operacionais e Diodos

Montagens Básicas com Díodos

- Trabalho Laboratorial nº4 - - Transformadores -

Trabalho de Laboratório de Electromagnetismo e Óptica

CONVERSOR CA/CC TRIFÁSICO COMANDADO

TRABALHO 1 Leis de Kirchhoff, Equivalente de Thévenin e Princípio de Sobreposição

PEA EPUSP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ENERGIA E AUTOMAÇÃO PEA-2211 INTRODUÇÃO À ELETROMECÂNICA E À AUTOMAÇÃO. TRANSFORMADORES - Prática

Conversão de Energia I Circuitos Magnéticos Aula I.4

LABORATÓRIO INTEGRADO III

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 3

TRANSFORMADORES. Introdução

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) Área Científica de Electrónica ELECTRÓNICA GERAL

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS GUIA DE EXPERIMENTOS. EXPERIÊNCIA 2 - Medição de Grandezas Elétricas: Valor Eficaz e Potência

INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Auto Transformador Monofásico

Duração do exame: 2:30h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova.

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua.

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

ANÁLISE DE CIRCUITOS LABORATÓRIO

SISTEMAS CONTROLO DE SUPERFÍCIES DE COMANDO DE VOO

1.7 RESUMO 1.8 PROBLEMAS 56 MÁQUINAS ELÉTRICAS

Experimento 6 Corrente alternada: circuitos resistivos

Escola Superior de Tecnologia

Medição de Tensões e Correntes Eléctricas. Leis de Ohm e de Kirchoff

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA INTERNA DE UMA PILHA

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO. Conversores Electrónicos de Potência Comutados a Alta Frequência 5º TRABALHO DE LABORATÓRIO (GUIA) INVERSOR MONOFÁSICO

MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO

MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS UTILIZAÇÃO DO OSCILOSCÓPIO E DO MULTÍMETRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Departamento de Engenharia Elétrica EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório


UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA. Excitação CA

Conversão de Energia I

1. Introdução. O experimento de Retificadores, tem como principais objetivos:

Conversores Estáticos

CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia I Lista de Exercícios: Máquinas Elétricas de Corrente Contínua Prof. Clodomiro Vila.

EXPERIÊNCIA 1 LAB METROLOGIA ELÉTRICA. Prof: Vicente Machado Neto

2 Ressonância e factor de qualidade

Instituto Politécnico de Tomar. Escola Superior de Tecnologia de Tomar. Departamento de Engenharia Electrotécnica ELECTRÓNICA DE INSTRUMENTAÇÃO

EXPERIMENTO 2: ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES E A LEI DE OHM

Ensaios de Transformadores 1φ

TECNOLOGIA EM SISTEMAS ELÉTRICOS LE3L3 LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE E MEDIDAS ELÉTRICAS (EXPERIENCIAS EXTRAS)

FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE

Conversão de Energia II

Objetivo: Determinar a eficiência de um transformador didático. 1. Procedimento Experimental e Materiais Utilizados

` Prof. Antonio Sergio 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório

Escola Secundária. tensão = número de divisões na escala vertical tensão/divisão. tensão = 4,2 10 mv = 42 mv

Conversão Analógico-digital

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte IV

Conversão de Energia II

Electrónica para Telecomunicações

Curva Característica de um Díodo de Junção

Guia de laboratório de Electrónica II. Realimentação (2º trabalho)

Universidade Federal do Ceará Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Laboratório de Eletrotécnica

Ensaio da Máquina Síncrona

2. LABORATÓRIO 2 - CORRENTE ALTERNADA

Laboratório 3 Polarização e Transmissão de uma Onda Electromagnética GUIA DE LABORATÓRIO

A) Ensaios económicos de um transformador monofásico, modelo e teste (Trabalho de Grupo)

Universidade de São Paulo

GUIA DE LABORATÓRIO LABORATÓRIO 1 TANQUE ELECTROLÍTICO

Experimento 4 Indutores e circuitos RL com onda quadrada

INDUÇÃO MAGNÉTICA (2)

Retificadores (ENG ) Lista de Exercícios de Eletromagnetismo

AMPLIFICADORES OPERACIONAIS APLICAÇÕES LINEARES

Experimento 4 Projeto de transformador monofásico utilizando a curva de histerese

Sistemas de Accionamento Electromecânico

Experimento 4 Indutores e circuitos RL com onda quadrada

. Medição de tensões contínuas (DC) : Volt [V]. Medição de tensões alternas (AC)

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO Centro das Ciências Exatas e Tecnologia Faculdades de Engenharia, Matemática, Física e Tecnologia

Calibração de um Caudalímetro Electromagnético

Cursos de Engenharia Electrotécnica e Engª de Electrónica e Computadores. Electrónica I

LABORATÓRIO INTEGRADO II

Experiência 01 Levantamento da Curva de Magnetização de Indutores

Trabalho prático nº 2 de Electrónica 2009/2010

Análise de Circuitos Acoplados Com a finalidade de mostrar os sentidos dos enrolamentos e seus efeitos sobre as tensões de inductância mútua: L M

Olimpíadas de Física Seleção para as provas internacionais. Prova Experimental B

INSTITUTO DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE

PROTOCOLOS DAS AULAS PRÁTICAS. LABORATÓRIOS 2 - Campos e ondas

Termodinâmica Lei da radiação de Stefan-Boltzmann

ELECTRÓNICA GERAL FILTROS ACTIVOS E OSCILADORES 1º TRABALHO DE LABORATÓRIO 1º SEMESTRE 2015/2016 JOSÉ GERALD E PEDRO VITOR

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

TRANSFORMADOR ELÉTRICO (Segunda Parte)

Antena receptora e Agregados Folha de exercícios nº 6

Circuito Equivalente

Universidade Federal de Itajubá EEL 012 Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia

Instituto Politécnico de Tomar. Escola Superior de Tecnologia de Tomar. Departamento de Engenharia Electrotécnica ELECTRÓNICA DE INSTRUMENTAÇÃO

Carga e Descarga de Capacitores

Em um circuito DC, seja ele resistivo ou não, a corrente varia somente no instante em que o circuito é aberto ou fechado.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7040 Circuitos Elétricos I - Laboratório PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS

T7 - Oscilações forçadas. sen (3)

Experimento Prático N o 4

Trabalho Final. Amplificador de áudio para estetoscópio electrónico. Dept. Engenharia Electrotécnica. Novembro de Versão 1.0

Instituto Politécnico do Porto Instituto Superior de Engenharia do Porto

PRÁTICAS DE LABORATÓRIO

GUIA DE EXPERIMENTOS

Transcrição:

ELECTROTECNIA TEÓRICA MEEC IST 2º Semestre 2017/18 2º TRABALHO LABORATORIAL ESTUDO DE UM CIRCUITO MAGNÉTICO E DOS FENÓMENOS DE INDUÇÃO MAGNÉTICA ASSOCIADOS Prof. V. Maló Machado Prof. M. Guerreiro das Neves Prof.ª Mª Eduarda Pedro

ELECTROTECNIA TEÓRICA TRABALHO LABORATORIAL ESTUDO DE UM CIRCUITO MAGNÉTICO E DOS FENÓMENOS DE INDUÇÃO MAGNÉTICA ASSOCIADOS 1. OBJECTIVOS Pretende-se evidenciar o comportamento de um circuito magnético constituído por um núcleo de ferro e entreferros de ar. Em particular, pretende-se analisar e fazer medidas que esclareçam a dependência do fluxo com a corrente de excitação e com o tamanho dos entreferros. Observar-se-á também o ciclo de histerese em regime alternado sinusoidal do fluxo, para várias situações. O princípio do método de medida ilustra ainda a aplicação da lei da indução. - 1 -

2. NOTAS SOBRE OS FENÓMENOS DE SATURAÇÃO E HISTERESE Num circuito magnético sem derivações desprezando a dispersão o circuito define um tubo de fluxo, e a equação div B 0 obriga a que o fluxo simples resultante numa secção do circuito magnético seja o mesmo em qualquer secção deste circuito. Tomando a aproximação de considerar o campo uniforme, o valor da indução B numa secção vem imposto pela área da secção considerada, B S B B( H ) seguida pelo material, existente nessa região., e o campo magnético pela relação A relação B = BH ( ) do ferro é não-linear, havendo saturação e histerese. Com o material desmagnetizado ( B 0, H 0 ) a subida de H leva à subida de B numa relação (troço 1 da Fig. 1) que tem uma zona aproximadamente linear, até atingir a saturação. A subsequente diminuição de H faz diminuir B, mas por valores superiores (troço 2). Quando H se anula, fica uma indução remanescente, B R. Para anular o campo de indução, é necessário baixar o campo H até H C, campo magnético coercivo. A diminuição até H, B e nova subida de H M completam o ciclo; a nova subida efectua-se pelo troço 3, diferente de 1 e 2. Os valores da indução remanescente (ou residual), e do campo coercivo, dependem dos máximos H, B atingidos. M M M Uma forma de desmagnetizar o material é obrigá-lo a descrever ciclos progressivamente menores, em torno da origem. A alimentação em corrente alternada com uma tensão de amplitude decrescente é um processo cómodo de realizar a desmagnetização. A área do ciclo, em unidades dissipada ao descrever-se um ciclo completo. B H, mede a densidade volumétrica de energia (J/m 3 ) A lei de Ampère relaciona H com a força magnetomotriz (fmm), ou seja, com a corrente (no caso de haver uma só bobina de excitação). A geometria relaciona B com, e o fluxo ligado com a bobina é 1 n 1. Assim, o ciclo da Fig. 1, noutra escala, representará a relação (fmm), ou, ainda noutra escala, 1( i1). Nesta última, a área do ciclo representa a energia dissipada no volume do núcleo de ferro da bobina ao descrever-se um ciclo completo. -H M -H C B M B R B 2 1 H C -B R -B M - Fig. 1-3 H M H - 2 -

i 1 i 1 /2 u 1 n 1 u 1 n 1 (a) - Fig. 2 - (b) Se a alimentação for feita em corrente alternada, de frequência f, o ciclo é descrito f vezes por segundo. A área, na escala 1( i1), multiplicada por f, dá a potência relativa às perdas magnéticas no núcleo de ferro. Se a secção do circuito magnético for constante B é uniforme no núcleo; não havendo heterogeneidades H será uniforme em todo a circuito (Fig. 2.a). Sendo o comprimento médio das linhas de força do campo, vem: BS ; n ; fmm n i H 1 1 1 1 No caso de haver dois pequenos entreferros, de espessura 2 ver Fig. 2.b e se for muito menor que as dimensões transversais, manter-se-á B0 B fe, pelo que H0 Bfe 0. Na aplicação da lei de Ampère, virá: fmm n i H fe Bfe ; BS ; n 1 1 1 1 0 o que permite passar do conhecimento do ciclo de histerese para a característica do circuito com entreferro. A lei da indução aplicada à bobina da Fig. 2.a dá u1( t) ri 1 1( t) d1 dt. Desprezando a resistência, vem u1() t d1 dt. Se a tensão u 1 for sinusoidal também o fluxo 1 () t o será (bem como o próprio campo B(t)). Porém, sendo a relação 1( i1) não-linear, então i 1 () t resultará não sinusoidal. As quedas de tensão resistivas terão a forma da corrente e por isso manter-se-á a resistência do circuito tão baixa quanto possível a fim de se estar próximo da condição de fluxo sinusoidal. - 3 -

3. ENSAIOS EM CORRENTE ALTERNADA 3.1 Princípio do ensaio O esquema de princípio destes ensaios é o seguinte: i 1 () t i 2 0 INT ~ u 1 n 1 n 2 u i u 2 u R a C 1 - Fig. 3 u k u dt 2 C 2 Em torno do núcleo há duas bobinas, a primária com n1 espiras e a secundária com n2 espiras, que será deixada em vazio i. 2 0 A corrente na bobina primária, i 1 () t, provoca fluxo no núcleo, () t, o qual é sentido pela bobina secundária mediante, 2( t) n2( t). Com os sentidos indicados na Fig. 3, da lei da indução resulta u2() t n2d dt. Esta tensão é aplicada a um bloco integrador, em cuja saída haverá 2 2, u k u dt k n d dt dt donde se conclui: te u k n2 ( t) C. Em série com a bobina de excitação do núcleo está inserida uma resistência terminais surge uma tensão ui i1 R a R a, em cujos. Assim, as tensões u i e u são representantes respectivamente de i 1 e ; poderão ser observadas nos canais 1 e 2 de um osciloscópio, vendo-se imagens de i 1 () t e () t ; pondo o osciloscópio em modo X-Y, ver-se-á o ciclo de histerese. - 4 -

3.2 Esquema de ligações e lista de material 3.2.1 Análise do esquema O esquema de ligações está representado na Fig. 4. W U ef = =230 V 50 Hz T isol. AT V 1 A R a A A M L M 2 L 1 CM E E V 2 230 V: 230 V BNC C 1 OSC. IMP. BNC INT. BNC C 2 - Fig. 4-3.2.2 Lista de material Tisol. - Transformador de isolamento 230 V: 230 V; Ps = 630 VA AT - Auto-transformador ZENITH. CM - Circuito magnético Leybold, constituído por L1 pacotes de chapas, com travessa superior amovível, e secção quadrada constante; as dimensões, na Fig. 5, estão expressas em cm. - Bobina Leybold 56214, n1 = 500 esp, r1 = 2,5 (Ief )max = 2,5 A. L2 - Bobina Leybold 56213, n2 = 250 esp, r2 = 0,6, I = 5 A. Ambas as bobinas têm 3 terminais: dois extremos (E,A) e um médio (M); usam-se os extremos. Ra - Resistência com 1 (valor constante). 17 4 4 15 - Fig. 5 - - 5 -

V1, V2 - Voltímetros H&B, electrodinâmicos (verdadeiro valor eficaz), classe 0,5, 60-120-300-600 V. A - Multímetro, de verdadeiro valor eficaz, FLUKE 8010A. W - Wattímetro electrónico, analógico, SIEMENS 2GA 2990-4A. BNC - Cabos coaxiais com uma ou duas terminações BNC. OSC. - Osciloscópio digital TEKTRONIX TDS 200. INT. - Bloco integrador passivo, construído no laboratório; k =1/(RC) = 1 s -1. IMP. - Impressora HP Deskjet 840C. - Massas comuns, ligadas pelas blindagens dos cabos coaxiais BNC. Observação: A Lista de Material acima descrita poderá não ser comum a todas as bancadas. Anote, no seu relatório, a lista de material efectivamente disponível na sua bancada. 4. DIMENSIONAMENTO O dimensionamento deve ser entregue na aula de laboratório, antes da realização do trabalho, sem o que o mesmo não poderá ser realizado! 1,25 T B 330 Am -1 - Fig. 6 - H A característica do ferro do circuito magnético, não considerando a histerese, pode aproximar-se por uma zona linear, com um cotovelo de saturação definido por B 1, 25 T (Fig. 6). 4.1 a) Considere o circuito magnético da Fig. 7.a. Por aplicação da lei do circuito magnético (lei de Ampère) determine a relação entre as correntes i 1 e i 2 e o campo magnético H na secção do núcleo. Faça uma figura com a indicação do caminho e normal utilizados na aplicação da lei do circuito magnético. Suponha que o circuito se encontra a operar na zona linear de funcionamento, isto é, 1 H 330 Am. Determine e r. - 6 -

S /2 i 1 i 2 i 1 i 2 u 1 L 1 L 2 u 2 u 1 L 1 L 2 u 2 - Fig. 7.a - - Fig. 7.b - b) Com i2 = 0, diga qual o valor máximo de i 1 para ter o circuito magnético a funcionar na zona linear. c) Determine as expressões que relacionam as correntes i 1 e i 2 com o fluxo do campo de indução magnética B na secção S, e com os fluxos 1 e 2 ligados com as bobinas L1 e L2. Determine os coeficientes de auto-indução das bobinas, bem como o coeficiente de indução mútua. d) Com a bobina L2 em vazio, sendo a tensão u 1 alternada sinusoidal com valor eficaz U 220 V e frequência f 50 Hz, determine os valores eficazes e desfasagens de i 1, u 2,, 1 e 2. Despreze as resistências r 1 e r 2. e) Repita d) supondo que a tensão u1 foi regulada de forma a se ter U2ef = 35 V. f) Determine as relações entre u e 1, entre u e B, e entre u i e H. 4.2 Considere agora o circuito magnético da Fig. 7.b que inclui dois entreferros de ar de espessura /2 cada, sendo = 4,1 mm. Despreze o campo magnético no interior das peças em ferro. a) Repita a alínea 4.1 a) para este novo circuito. b) Repita a alínea 4.1 c) para este novo circuito. 4.3 Preencha a tabela R 4.3 do relatório. - 7 -

5. EXECUÇÃO DO TRABALHO CUIDADO: TENSÕES DISPONÍVEIS PERIGOSAS. ACTUAR SEMPRE COM EXTREMA PRECAUÇÃO. 5.1 O esquema da Fig. 4 encontra-se montado. O amperímetro A deve ser ligado na escala dos 2 A. Verificar que o auto-transformador está regulado para zero antes de ligar a bancada. Serão usados dois grupos de escalas no osciloscópio: Escalas A : u : 100 mv/div u i : 1 V/div t: 5 ms/div Escalas B : u : 200 mv/div u i : 500 mv/div t: 5 ms/div 5.2 Após a verificação das ligações pelo docente, ligue a bancada. No menu MEASURE do osciloscópio faça as regulações necessárias para medir o valor pico a pico e o valor eficaz, em ambos os canais. Regule a posição vertical nos dois canais do osciloscópio de modo a fazer coincidir o zero com a linha média do ecrã. 5.3 Regule a tensão u 1 de forma que U1 220 V. ef a) Anote na tabela R 6.1 as leituras de V1, V2, A, W e U im (lido como metade do valor pico a pico no canal 1 do osciloscópio), no canal 2 do osciloscópio) U ief e U ef. U M (lido como metade do valor pico a pico b) Observe as formas de onda de i 1 () t e B(t) nos canais 1 e 2, respectivamente, do osciloscópio; obtenha cópias em papel das figuras nas escalas B. c) Passe o osciloscópio para o modo X-Y. Observe o ciclo de histerese. Obtenha cópia, em papel, do ciclo, na escala B. 5.4 Regule a tensão u 1 de forma que U2ef = 35 V (verificando-se nesta situação que U 70 V). Repita o procedimento de 5.3 a) e anote as leituras na tabela R 6.2 a). 5.5 Desça lentamente a tensão u 1 até zero e desligue a bancada. Retire a travessa amovível do núcleo, coloque um calço de 2,05 mm, e reponha a travessa. Ligue o amperímetro A na escala de 10 A. Suba a tensão u 1 de forma que U2ef = 35 V. a) Repita o procedimento de 5.3 a) com U2ef = 35 V (verificando-se nesta situação que U > 70 V) e anote as leituras na tabela R 6.3 a). - 8 -

b) Repita os procedimentos de 5.3 b) e c), mas com o osciloscópio na escala A. 5.6 Desça lentamente a tensão u 1 até zero. Desligue os aparelhos e a bancada. 6. RELATÓRIO 6.1 Ensaio realizado sem entreferros, com U 220 V (ensaio descrito na alínea 5.3). a) Calcule os valores de B max, i1max, e preencha a tabela R 6.1 b). b) Apresente as curvas de B(t) e i 1 () t, com os eixos devidamente graduados, nas escalas B. c) Apresente o ciclo de histerese obtido, com os eixos (i1,1) devidamente graduados nas escalas B. d) Histerese e perdas magnéticas no ferro Estime a área do ciclo obtido em 5.3 c) com U 220 V por exemplo, aproximando-o a um paralelogramo exprimindo-a em J (joule). Calcule a potência de Joule P J 1 2 r ( I ) na bobina, e verifique que é muito menor que a potência lida no wattímetro e apresentada na tabela R 6.1 a). Verifique que esta é a soma das perdas de Joule com as perdas por histerese. Preencha a tabela R 6.1 d). 6.2 Ensaio realizado sem entreferros, com U2ef = 35 V (ensaio realizado na alínea 5.4). a) Apresente os valores lidos no ensaio e calcule B max, i1max, e 2ef. b) Calcule os valores de L 11 U I I, L M 2 ef n2 e L22 L11 I1 ef n. 1 2 Preencha a tabela R 6.2 b). 6.3 Ensaio realizado com entreferros, = 4,1 mm, e com U2ef = 35 V (ensaio realizado na alínea 5.5). a) Apresente os valores lidos no ensaio e calcule B max b) Calcule os valores de L11, LM e L22., i1max, e 2ef. c) Apresente as curvas de B(t) e i 1 () t, com os eixos devidamente graduados, nas escalas A. - 9 -

d) Apresente o ciclo de histerese obtido, com os eixos (i1,1) devidamente graduados nas escalas A. e) Comente, comparando com as curvas apresentadas em 6.1 b) e 6.1 c). f) Comente as discrepâncias entre os valores de L11 calculados pelas duas expressões utilizadas. O relatório tem que ser entregue no final da aula de laboratório e consiste no preenchimento da ficha apresentada em Anexo, à qual se devem juntar as curvas impressas, devidamente graduadas. REFERÊNCIAS J. A. Brandão Faria, Electromagnetic Foundations of Electrical Engineering, Wiley, 2008. Cap. 4; Cap. 5. IST, Fevereiro de 2018-10 -

ANEXO RELATÓRIO DO 2º TRABALHO LABORATORIAL R 4.3: Cálculo das escalas de i1, 1 e B i1 [A/div] 1 [Wb/div] B [T/div] Escalas A Escalas B R 6.1 a) e 6.1 b): Valores medidos em 5.3 a) V1 [V] V2 [V] A [A] W [W] UiM [V] UM [V] Uief [V] Uef [V] Cálculo de Bmax, i1max. Bmax [T] i1max [A] R 6.1 d): Estime a área do ciclo Wciclo (energia dissipada no núcleo de ferro num ciclo completo), calcule a potência de perdas magnéticas Pciclo e a potência de perdas de Joule PJ. Wciclo [J] Pciclo [W] PJ [W] Pciclo+PJ [W] Verificação da igualdade entre o valor lido no wattímetro (tabela 6.1 a)) e a potência total de perdas. W [W] Pciclo+PJ [W] R 6.2 a) e 6.2 b): Valores medidos em 5.4 V1 [V] V2 [V] A [A] W [W] UiM [V] UM [V] Uief [V] Uef [V] - 11 -

Cálculo de Bmax, i1max,, 2ef, L11, LM e L22 B max [T] i 1max [A] U [Wb] 2ef [Wb] L 11= 1 I ef [H] L 11= 1 I ef [H] L M [H] L 22 [H] R 6.3 a), 6.3 b) e 6.3 e): Valores medidos em 5.5 V1 [V] V2 [V] A [A] W [W] UiM [V] UM [V] Uief [V] Uef [V] Cálculo de Bmax, i1max,, 2ef, L11, LM e L22 B max [T] i 1max [A] U [Wb] 2ef [Wb] L 11= 1 I ef [H] L 11= 1 I ef [H] L M [H] L 22 [H] Comentários: Número Nome Auto-Aval. [%] - 12 -