DERIVADAS E INTEGRAIS NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO TÉCNICO: O QUE PENSAM PROFESSORES E ALUNOS

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Transcrição:

DERIVADAS E INTEGRAIS NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO TÉCNICO: O QUE PENSAM PROFESSORES E ALUNOS G5 Ensino e Aprendizagem de Matemática Erica M. Leite Pagani (DO) ericapagani@terra.com.br Norma S.G. Allevato normallev@gmail.com UNICSUL Resumo Este trabalho é parte de uma pesquisa de doutorado, em andamento, em que se investiga o ensino de derivadas através da Resolução de Problemas no Ensino Médio, e que está sendo desenvolvida no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais- CEFET-MG. Apresentamos aqui as percepções e opiniões de professores das disciplinas técnicas e alunos do 3º ano dos cursos de Educação Profissional e Tecnológica de Nível Médio, em particular do curso técnico de Eletrônica, a respeito do ensino de derivadas e integrais. A pesquisa tem caráter qualitativo e os dados foram coletados através de questionários contendo questões abertas e fechadas aplicados a professores e alunos do curso técnico de Eletrônica. No CEFET-MG, os conteúdos de Cálculo Diferencial e Integral - limites, derivadas e integrais - estão historicamente inseridos na grade curricular desse curso com a finalidade de atender à demanda das disciplinas técnicas. Entretanto, seu ensino, há anos enfrenta críticas e questionamentos. Os dados revelam que tanto professores quanto alunos consideram que o ensino de derivadas e integrais se faz necessário nos cursos técnicos. Defendem, em geral, uma abordagem utilitária para o Cálculo, mas percebem que há um hiato entre o ensino desses conteúdos e sua aplicabilidade nas disciplinas técnicas. Isso nos leva a crer que é preciso investir em novas metodologias de ensino, mantendo sempre um diálogo entre os professores das áreas técnicas e os das disciplinas básicas. Palavras-Chave: Educação Matemática. Ensino Profissionalizante. Derivadas e integrais. Introdução A pesquisa que aqui descrevemos é parte de um trabalho maior que está sendo desenvolvido no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais-CEFET- MG e que investiga metodologias para o ensino de derivadas no Ensino Médio integrado ao técnico, particularmente, a metodologia de ensino de Matemática através da Resolução de Problemas. Em recente mapeamento de algumas teses e dissertações sobre o ensino de Cálculo no Brasil, Pagani e Allevato (2014) construíram um panorama das pesquisas que envolvem o ensino de Cálculo, identificando lacunas que revelam o que ainda há por ser feito. Vale ressaltar que não encontramos trabalhos que investiguem o ensino de Cálculo no contexto do Ensino Técnico. Isso nos leva a crer que há carência de investigações sobre o ensino de Cálculo na Educação Básica e nos leva a inferir que esse é um campo fértil para novas pesquisas relacionadas ao 1

ensino e à aprendizagem de derivadas no Ensino Técnico. (PAGANI; ALLEVATO, 2014, p. 70). Durante os anos de experiência no Ensino Médio integrado ao técnico e alguns anos na Educação Superior, as dificuldades no ensino e na aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral foram observadas e questionadas por nós: O que poderia ser feito na tentativa de favorecer essa aprendizagem? Que papel o ensino de derivadas tem no Ensino Médio de uma escola técnica? Que metodologias poderiam favorecer o ensino e a aprendizagem, nesse caso? No caso do CEFET-MG, esses conteúdos são ministrados para alunos do 2º ano do Ensino Médio que cursam, concomitantemente, o ensino técnico nessa instituição. A presença desses conteúdos na grade curricular sempre foi questionada e criticada pela comunidade educacional. Além das dificuldades no ensino e aprendizagem dos conteúdos de Cálculo já debatidos por vários pesquisadores (ESCARLATE, 2008; REZENDE, 2003a) no contexto da presente pesquisa, os debates vão além, passando por questionamentos sobre a real necessidade de se ensinar esses conteúdos no Ensino Médio técnico no CEFET-MG. São apresentados argumentos diversos: o tempo destinado ao ensino desses conteúdos é muito curto; o aluno não tem maturidade para aprendê-los; as disciplinas técnicas podem ser desenvolvidas sem que o aluno necessite ter aprendido os conteúdos de Cálculo Diferencial e Integral, particularmente, o de derivadas e integrais de funções reais de uma variável real 1. Levando-se em conta que nossa pesquisa de doutorado visa investigar o ensino de derivadas no Ensino Médio integrado ao técnico no CEFET-MG, pela metodologia de ensino de Matemática através da Resolução de problemas, julgamos adequado, antes de mais nada, ouvir a opinião de professores e alunos desses cursos sobre a importância dos conteúdos de Cálculo na grade curricular e suas aplicabilidades na área técnica. Essa foi, então, a motivação para iniciar esse trabalho e escrever tal artigo. Nesse sentido, uma das nossas ações foi conhecer, através de questionários aplicados, o que professores das disciplinas técnicas e alunos do 3º ano dos cursos técnicos têm a dizer sobre a utilização dos conteúdos de Cálculo em disciplinas da área técnica, aqui representada pelo curso de Eletrônica. Através das vozes desses professores e alunos, intencionamos analisar, no presente trabalho, se eles consideram que o ensino de derivadas e integrais no Ensino Médio Técnico do CEFET-MG realmente se faz 1 A partir desse momento usaremos apenas os termos derivadas e integrais para nos referirmos às derivadas e integrais de funções reais de uma variável real 2

necessário e, sendo essa conclusão positiva, que caminhos devemos seguir ao propor melhorias para o ensino e aprendizagem desses conteúdos. Dividimos este artigo em 4 seções. Na primeira, analisamos, brevemente, o ensino de Cálculo no Brasil apresentando um breve panorama sobre as discussões de pesquisas e propostas pedagógicas para, na segunda, analisar esse ensino nos cursos técnicos do CEFET-MG. Na seção seguinte, descrevemos a metodologia de pesquisa utilizada e na seção 4, analisamos os dados coletados. Encerramos com as considerações finais e as referências bibliográficas. Um breve panorama sobre o ensino de cálculo Muito se tem discutido sobre o ensino e aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral, principalmente na esfera do Ensino Superior e pesquisas têm sido conduzidas no intuito de investigar essas dificuldades, além de discutir novas metodologias e práticas de ensino que possam melhorar o ensino e a aprendizagem. Observamos que os altos índices de reprovação em Cálculo são, em geral, a mola propulsora das pesquisas que debatem o ensino e a aprendizagem dos seus conteúdos. Barufi (1999) e Rezende (2003a) apresentam dados alarmantes a respeito da reprovação nas disciplinas de Cálculo na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal Fluminense (UFF), respectivamente. Segundo Rezende (2003b), considerando-se que elas, tradicionalmente, são vistas como instituições que representam a excelência do Ensino Superior no Brasil, há que se preocupar, e muito, como o fracasso do ensino de Cálculo (REZENDE, 2003b, p. 2). Também encontramos, no âmbito particular das engenharias, pesquisadores motivados em entender e buscar melhorias para o ensino de Cálculo considerando, inclusive, suas aplicabilidades. Faria e Godoy (2012) acreditam que Estreitar as relações entre as disciplinas do ciclo básico e profissionalizante, pode ser uma forma de motivar a apreensão dos conhecimentos, que muitas vezes podem parecer supérfluos e sem aplicações para seu desenvolvimento no curso e na carreira profissional (FARIA; GODOY, 2012, p.125). Pesquisas como as de Abdelmalack (2011) e Rossi (2012) foram conduzidas de maneira a investigar o ensino de derivadas e integrais através da Resolução de Problemas. Outras, ainda, apresentam a Modelagem Matemática como estratégia de ensino (BELTRÃO, 2009; RILHO, 2005; SPINA, 2002) que favorece o aprendizado, de maneira que o aluno partiria de um problema real para, através dele, estudar conceitos 3

matemáticos relevantes, que viabilizariam uma análise mais profunda do problema e de suas possíveis soluções (RILHO, 2005, p. 48). Entretanto, pesquisas que debatam o ensino e aprendizagem de Cálculo no Ensino Médio ainda são escassas. Busse e Soares (2007) evidenciam que o ensino de derivadas pode ser iniciado no Ensino Médio e argumentam que A introdução da derivada deve ser acompanhada de várias de suas aplicações. Na Física, por exemplo, ela tem inúmeras utilidades na introdução de conceitos como pressão, densidade da massa, densidade de carga elétrica etc. Sendo assim, o Cálculo Diferencial e Integral é ferramenta necessária para a compreensão da Física e a falta desse tópico no Ensino Médio torna para o aluno a Física mais difícil do que realmente parece ser. Exemplo disso é o ensino da mecânica newtoniana, ensinado no Ensino Médio que nasceu junto com o Cálculo e fica incoerente sem ele. (BUSSE; SOARES, p. 2) Notamos, assim, que ainda há uma variedade de questões a serem investigadas. Julgamos pertinente que se investigue e examine o que tem que ser feito, detalhando estratégias e metodologias de ensino que permitam auxiliar nesses processos de ensino e aprendizagem do Cálculo. O ensino de cálculo nos cursos técnicos do CEFET-MG No CEFET-MG, o ensino de Cálculo Diferencial e Integral, estava inserido, até o ano letivo de 2012, na grade curricular de todos os cursos técnicos da modalidade integrada. Historicamente criticado e questionado pela comunidade escolar, ele ficou, a partir de 2013, restrito aos cursos técnicos de Eletrônica, Eletrotécnica e Mecatrônica, por solicitação dos professores das disciplinas técnicas desses cursos. Hoje, no 2º ano do Ensino Médio, são trabalhadas noções de Cálculo Diferencial e Integral, a saber: limites (conceito, propriedades operatórias), derivadas (conceito, propriedades, máximos e mínimos de funções, aplicações) e integrais indefinidas e definidas. Corroborando com as ideias de Ávila (2006), as noções de limites, neste ano de 2014, passaram a ser trabalhadas sucintamente a fim de atender ao ensino de derivadas. Ele defende a ideia de que a derivada ser considerada inadequada e difícil nessa fase deve-se ao fato de seu ensino, muitas vezes, ser desnecessariamente, precedido de um enfadonho capítulo sobre limites. Apesar das dificuldades, observamos que há consenso quanto à importância do ensino de Cálculo no Ensino Médio. Rezende (2003a) em sua tese, conclui que [...] a ausência das ideias e problemas essenciais do Cálculo no ensino básico de matemática, além de ser um contra-senso do ponto de vista da evolução 4

histórica do conhecimento matemático, é, sem dúvida, a principal fonte dos obstáculos epistemológicos que surgem no ensino superior de Cálculo. (REZENDE, 2003a, p. 402) Pereira (2009), por sua vez, conclui, em sua dissertação de mestrado, que é possível tratar conceitos e ideias do Cálculo no Ensino Médio e que sua inserção possibilita [...] uma ampla gama de unidades cognitivas, relacionadas aos conceitos do Cálculo, que ajudarão o aluno tanto num futuro curso de Cálculo, quanto no enriquecimento da imagem de conceito de outros conteúdos matemáticos. (PEREIRA, 2009, p. 54 ) Essas posições reforçam o nosso propósito que é investigar o ensino e aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral no Ensino Médio, particularmente, na Educação Profissional e Tecnológica no CEFET-MG. Metodologia A pesquisa em que se insere este trabalho é de natureza qualitativa. Os dados da pesquisa foram coletados através de questionário com questões fechadas e abertas que foi respondido por professores das disciplinas técnicas; e um outro, que foi respondido por alunos do 3º ano do curso técnico na modalidade integrada. As questões abertas permitem respostas livres em que o pesquisado (no nosso caso, o professor e o aluno) pode falar livremente sobre o tema proposto (GOLDENBERG, 2007). Com os questionários, objetivamos investigar o que os professores das disciplinas técnicas e alunos que já vivenciaram o ensino dos conteúdos de Cálculo no 2º ano pensam sobre o ensino de derivadas e integrais ministrado pelos professores de Matemática da referida escola e se consideram que, de fato, esse aprendizado se faz útil e necessário. O que dizem alunos e professores Para saber o que professores e alunos pensam sobre a necessidade e pertinência do ensino dos conceitos de Cálculo no Ensino Médio do CEFET-MG, especificamente sobre o ensino de derivadas e integrais, julgamos oportuno ouvir professores das disciplinas técnicas do curso de Eletrônica e alunos que cursam o 3º ano desse curso, uma vez que esses já vivenciaram o ensino de Cálculo no 2º ano e que, agora, estão (ou deveriam estar) utilizando-se desses conhecimentos no desenvolvimento do aprendizado das disciplinas técnicas. Elaboramos um questionário contendo 10 perguntas, que foi 5

respondido por 06 professores e um outro, com 16 perguntas, respondido por 32 alunos do 3º ano do curso técnico de Eletrônica. Agrupamos os dados obtidos em 3 (três) blocos: o primeiro apresenta o perfil dos professores e estudantes, o segundo revela a percepção dos mesmos sobre o ensino de derivadas e integrais, e um terceiro que revela o que eles julgam relevante a respeito desse ensino. A) Perfil dos colaboradores Os estudantes participantes cursaram o 1º e 2º anos do Ensino Médio no CEFET- MG, onde estudaram os conteúdos de derivadas e integrais na disciplina de Matemática. Alguns deles sinalizaram que procuraram ajuda em outros ambientes que não os de sala de aula, como a internet e cursos extras com professores particulares, para complementar e aperfeiçoar seus conhecimentos a respeito de derivadas e integrais. Com relação aos professores, constatamos que a maioria trabalha na instituição há mais de 20 anos e que quase a totalidade deles ministra aulas apenas no curso técnico. Tendo em vista que os professores que participaram dessa coleta têm um longo tempo de serviço na instituição e ampla experiência com o ensino de disciplinas técnicas; e que os alunos colaboradores iniciaram o curso técnico no CEFET-MG, representando, assim, um grupo que caminha junto desde o 1º ano, supomos que as respostas apresentadas por eles retratam, com propriedade, a cultura e o pensamento desse curso e talvez, da própria instituição, o CEFET-MG. B) O que alunos e professores dizem a respeito do ensino de derivadas e integrais As dificuldades no ensino e aprendizagem de Cálculo há muito são discutidas no Ensino Superior, mas, como dito anteriormente, na esfera do Ensino Médio esse debate é mais escasso, apesar de crescente. No CEFET-MG, ele é criticado e questionado por muitos e, por isso, um dos objetivos desse trabalho foi verificar se esse ensino realmente se faz necessário, na opinião dos envolvidos, ou seja, dos alunos e professores do curso técnico de Eletrônica. Através dos questionários, percebemos que alunos e professores concordam em muitos pontos e são precisos ao identificar problemas e fornecer respostas. As Figuras 01, 02 e 03, a seguir, retratam a objetividade do professor e a clareza do aluno ao identificarem os momentos e de que forma são utilizados os conhecimentos de derivadas: 6

Figura 01-resposta do professor P1 Fonte: Questionário aplicado aos professores Figura 02-resposta do aluno A13 Figura 03-resposta do aluno A29 Conforme podemos observar, professores e alunos têm clareza de onde utilizam os conhecimentos de derivadas e integrais. Além de indicar, nos questionários, as disciplinas técnicas em que utilizam esse conhecimento, também apresentam os aspectos específicos dos assuntos ratificando o caráter utilitário do Cálculo. 7

A taxa de variação de uma função é uma das utilidades apresentadas pelos alunos para a derivada nas disciplinas técnicas. Pereira (2009) afirma que uma enorme evidência de que o conceito de função não é adequadamente trabalhado no Ensino Básico são as dificuldades dos estudantes quando se deparam com os problemas relacionados à aplicações da derivada (PEREIRA, 2009, p. 22). Levando-se em conta que esses conteúdos são ensinados para atender às necessidades das disciplinas técnicas, procuramos perceber fatos que nos aproximassem da linguagem usada nessas disciplinas através das falas dos colaboradores. Nos deparamos com respostas precisas, exemplificadas nas figuras 04 e 05: Figura 04-resposta do aluno A14 Figura 05-resposta do professor P2 Fonte: Questionário aplicado aos professores As respostas acima nos indicam as notações para derivadas utilizadas nas disciplinas técnicas, que tipos de funções são mais aplicadas nessas disciplinas, bem como nos indicam um caminho a seguir no ensino desses conteúdos de modo a aproximar o ensino na Matemática das aplicações nessas disciplinas. 8

C) O que professores e alunos dizem a respeito da importância desse ensino Observamos que a maioria (algo em torno de 87%) dos professores e alunos julgam importante o ensino dos conteúdos de derivadas e integrais no ensino técnico no CEFET-MG: Figura 06-resposta do aluno A02 Figura 07-resposta do aluno A15 Figura 08-resposta do professor P6 Fonte: Questionário aplicado aos professores O que lemos nas respostas dos colaboradores representadas nas Figuras 06, 07 e 08 anteriores, nos sugere que a importância dada aos conteúdos de derivadas e integrais está diretamente relacionada às suas aplicações nas disciplinas técnicas. Através dos dados coletados, também identificamos elementos que nos mostram que o ensino desses conteúdos ainda é frágil e carece de uma interlocução entre 9

professores de Matemática e da área técnica, como nos mostram as Figuras 09 e 10 a seguir: Figura 09-resposta do professor P5 Fonte: Questionário aplicado aos professores Figura 10-resposta do aluno A04 De maneira geral, a nossa análise sugere que professores e alunos acreditam ser importante o ensino dos conteúdos de Cálculo pelos professores de Matemática e mostram clareza em suas respostas ao indicarem a aplicabilidade desses conteúdos nas disciplinas técnicas. Entretanto, os dados também nos indicam algumas divergências: Figura 11-resposta do professor P4 Fonte: Questionário aplicado aos professores Figura 12-resposta do aluno A16 10

Por último, percebemos que apesar das respostas dos colaboradores, em sua maioria, evidenciarem o caráter utilitário atribuído às derivadas e integrais, há professores com outras preocupações: Figura 13-resposta do professor P2 Fonte: Questionário aplicado aos professores Nessa resposta, evidencia-se a preocupação não só com a formação técnica, mas com a formação geral do aluno, sugerindo outro caminho a seguir. Um caminho que favoreça a formação geral do aluno e o possibilite novos rumos a seguir. Em suma, a análise dos dados obtidos através dos questionários expressa que alunos e professores consideram que há necessidade do ensino de derivadas e integrais no Ensino Técnico do CEFET MG, nos indica caminhos a trilhar nessa jornada e evidencia divergências e polêmicas entre os pares sobre o ensino desses conteúdos. Considerações finais Este trabalho teve a intenção de investigar o que professores e alunos do curso técnico de Eletrônica do CEFET-MG pensam a respeito do ensino de Cálculo, em particular de derivadas e integrais, no Ensino Profissionalizante de Nível Médio. O ensino desses conteúdos há muito vêm sendo criticado por professores e alunos dessa instituição e hoje está restrito aos cursos técnicos de Eletrônica, Eletrotécnica e Mecatrônica. As críticas, questionamentos e debates sobre o ensino desses conteúdos vêm de vários lados: alunos, professores da área técnica e professores de Matemática. Pudemos observar, através dos questionários aplicados, que professores e alunos concordam que os conteúdos de derivadas e integrais são necessários no desenvolvimento do curso e, por isso, julgam importante seu ensino. Também sinalizam a necessidade de aproximação dos professores da área de Matemática e dos professores 11

da área técnica, de maneira que o ensino desses conteúdos possibilite ao aluno identificar e compreender suas aplicações nas disciplinas técnicas. Nos questionários aplicados, professores e alunos registraram suas inquietações, percepções e sugestões a respeito desse ensino. Os dados obtidos ratificam a necessidade da permanência desses conteúdos na grade curricular desse curso técnico de Eletrônica, e nos revelaram que professores e alunos estão engajados em contribuir para melhoria do ensino e aprendizagem dos mesmos. Isso nos faz acreditar que devemos investigar sobre e investir em novas metodologias de ensino, aproximando sempre os professores de Matemática dos alunos e dos professores das áreas técnicas. Para concluir, vale ressaltar que esse trabalho é parte de uma pesquisa maior, ainda em desenvolvimento, que visa propor melhorias para ensino de derivadas no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, CEFET-MG, em particular, o ensino de derivadas investigando as possibilidades que se apresentam no trabalho através da resolução de problemas. Referências ABDELMALACK, A. O ensino-aprendizagem-avaliação da derivada para o curso de engenharia através da resolução de problemas. 175 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2011. AVILA, G. Limites e derivadas no Ensino Médio? Revista do Professor de Matemática, São Paulo, n.60, p.30-38. 2006. BARUFI M. C. B. A construção/negociação de significados no curso universitário inicial de Cálculo Diferencial e Integral. 184 f. Tese (Doutorado em Educação)- Universidade de São Paulo. São Paulo, 1999. BELTRÃO, M. E. P. Ensino de Cálculo pela Modelagem Matemática e Aplicações: teoria e prática. 2009. 322 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática)-Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009. BUSSE, R. S.; SOARES, F. S. O Cálculo Diferencial e Integral e o Ensino Médio. Anais... IX Encontro Nacional de Educação Matemática. Belo Horizonte, 2007. Disponível em http://www.sbembrasil.org.br/files/ix_enem/poster/trabalhos/po02944174789t.doc. Acesso em 24 de set. de 2014. ESCARLATE, A. de C. Uma investigação sobre a aprendizagem de integral. 2008. 152 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática)- Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. FARIA, W. C.; GODOY L. F. S. O Cálculo Diferencial e Integral e suas Aplicações no Ensino da Engenharia: Uma Análise de Currículo. Anais...Congresso de Iniciação Científica do INATEL-INCITEL 2012. Santa Rita do Sapucaí, 2012. Disponível em http://www.inatel.br/incitel/index.php?option=com_content&view=article&id=118&ite mid=100302 Acesso em 24 de set. 2014. 12

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