O QUE É EQUIDADE DE GÊNERO



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Transcrição:

EQUIDADE DE GÊNERO

O QUE É EQUIDADE DE GÊNERO 03

Equidade se refere às diversas formas de desigualdade e exclusão que afetam os grupos humanos na sociedade, baseadas tanto no sexo como na origem e condições socioeconômicas, raça, etnia, nacionalidade, opções políticas, sexuais e religiosas, entre outras. O QUE É DISCRIMINAÇÃO? Ato de tratar as pessoas de forma diferenciada e menos favorável a partir de determinadas características pessoais (sexo, raça, cor, origem, classe social, religião, orientação sexual, opiniões políticas, ascendência nacional, etc.), que não estão relacionadas aos seus méritos nem às qualificações necessárias ao exercício do trabalho. A discriminação reduz o acesso às oportunidades de trabalho, emprego, renda, qualificação, educação, saúde e a outros direitos essenciais à cidadania. Discriminação institucional é toda prática empresarial que distribui benefícios, oportunidades ou recursos de forma desigual entre distintos grupos. 03

EXISTEM DOIS TIPOS DE DISCRIMINAÇÃO Discriminação direta refere-se a toda prática, regra ou procedimento que faz da cor, raça e sexo, e não das competências, habilidades e experiências de trabalho, um critério determinante para fins de admissão ao emprego, promoção ou demissão. Discriminação indireta está ligada a atos ou práticas aparentemente neutras, mas que resultam no prejuízo de pessoas com determinadas características ou que podem estar relacionadas, por exemplo, à raça, cor sexo, religião, inclinações e opções sexuais, caracteres legítimos e ilegítimos do nascimento, antecedentes clínicos, herança celular ou de sangue consideradas atípicas. A legislação brasileira considera crime o ato discriminatório, como se depreende das leis 7.853/89 (pessoa portadora de deficiência), 9.029/95 (origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, idade e sexo) e 7.716/89 (raça ou cor). 04

A MULHER NA SOCIEDADE

A participação das mulheres no mundo do trabalho vem crescendo nas últimas décadas como fruto do processo das transformações sociais. Com o avanço dos movimentos sociais, entre eles o movimento das mulheres, iniciou-se a possibilidade de transformação considerada, hoje, uma das mais vitais na sociedade: aquela que questiona as relações entre homens e mulheres, legitimadas, até pouco tempo, por pensamentos e práticas de dominação. A linha divisória entre o mundo particular da família onde ficavam as mulheres, e o mundo público do trabalho e sucesso profissional, onde estavam os homens, está cada vez mais tênue. A discriminação contra a mulher não só viola os princípios da igualdade de direitos e o respeito à dignidade humana, mas constitui um obstáculo ao aumento do bem-estar da sociedade e da família, além de dificultar o pleno desenvolvimento das potencialidades da mulher na prestação de serviço a seu país e à humanidade. 06

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Culturalmente, e em geral, entende-se como violência contra a mulher apenas a agressão física. No entanto, ela não é a única. Entre as formas de violência mais comuns destacam-se: Agressão física mais branda, sob a forma de tapas e empurrões. Violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher Ameaça utilizando-se coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas indiretas de agressão. Espancamento com cortes, marcas ou fraturas. Ocorrência de relações sexuais forçadas. Assédio sexual (envolvendo abuso de poder). Críticas sistemáticas à atuação como mãe. 07

TIPOS DE VIOLÊNCIA I - VIOLÊNCIA FÍSICA Quando seu companheiro: Empurra, dá tapas, morde, corta, esmurra, queima, cospe, atira objetos, chuta, estrangula, arranha, agarra, joga contra algo, esbofeteia, sufoca, queima; II - VIOLÊNCIA SEXUAL Quando seu companheiro: Força você a praticar atos sexuais que não lhe agradam; Força você a ter relações sexuais quando você não quer, ou quando está doente, colocando sua saúde em perigo;força você a ter relações sexuais com outras pessoas ou presenciar outras pessoas a terem relações sexuais; III - VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA Quando seu companheiro: Xinga você com freqüência; Ofende você moralmente ou sua família; Desrespeita seu trabalho ou critica sua atuação como mãe; Fala mal do seu corpo; Nega carinho, só para castigá-la; Impede você de trabalhar, ter amizades ou sair; Acusa você de ter amantes; Critica sua atuação sexual; 08

IV - OUTRAS MANIFESTAÇÕES DE VIOLÊNCIA Quando seu companheiro: Proíbe você de estudar ou trabalhar;controla excessivamente suas amizades e suas relações familiares;não colabora, ou pouco ajuda no cuidado dos filhos e nas tarefas de casa;tranca você dentro de casa;usa ou ameaça usar arma branca ou arma de fogo;deixa você sem assistência quando está doente ou grávida; Coloca você e seus filhos, propositadamente, em risco por dirigir mal e sem cuidado;impede você de trabalhar e ao mesmo tempo não garante sua sobrevivência material. COMO COMBATÊ-LA? 1 2 3 Reconhecer-se como vítima de violência; Quere sair da situação de violência; Buscar ajuda. 09

CENTRAL DE ATENDIMENTO 180

A central de Atendimento à Mulher Ligue 180, foi criada pela Secretaria de Política para Mulheres com o objetivo de receber denúncias ou relatos de violência, reclamações sobre os serviços da rede e de orientar sobre leis e direitos da mulher, encaminhando-as para os serviços adequados em casos de violência. O serviço funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, todos os dias da semana e a ligação é gratuita. Resgatar o respeito para que a mulher possa conquistar seu espaço numa relação de igualdade fortalecendo cada vez mais na longa caminhada, rumo a superação da dependência e da submissão. Mais igualdade entre os homens e mulheres não significa eliminar as diferenças entre os dois e sim acabar com as desigualdades, oferecendo-lhes oportunidade de viverem em harmonia. Algumas vezes, o maior inimigo e agressor da mulher compartilha de sua vida, de sua casa, de sua cama... Walkyria B. Manfroi 11

ASSÉDIO: O QUE É, COMO E QUANDO PROCEDER

O QUE É ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO? É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas. Nesse tipo de assédio predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes, dirigidas a um ou mais subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e com a organização, forçando-a a desistir do emprego. Assédio moral caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais ao trabalhador e à organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hospitalizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Este, por medo do desemprego e com vergonha de serem também humilhados além do estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o pacto da tolerância e do silêncio no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, perdendo a sua auto-estima. 13

MANIFESTAÇÕES DO ASSÉDIO SEGUNDO O SEXO Com as mulheres: os controles são diversificados e visam intimidar, submeter, proibir a fala, interditar a fisiologia, controlando, inclusive, tempo e freqüência de permanência nos banheiros. Relaciona atestados médicos e faltas à suspensão de benefícios ou promoções. Com os homens: atingem a virilidade, preferencialmente. O QUE É ASSÉDIO SEXUAL? O assédio sexual, como crime, envolve necessariamente relações de trabalho e, pela nossa lei, tem que ser praticado por uma pessoa de nível hierárquico superior ao seu na empresa. Portanto, as cantadas de um colega em mesmo nível hierárquico ou inferior ao seu, não se enquadram em assédio sexual. Nem sempre é fácil distinguir a linha divisória do que é assédio sexual ou uma simples cantada. A cantada vira assédio quando, mesmo diante de uma resposta negativa, o assediador insiste em continuar dando cantadas e fazendo insinuações. Dessa maneira, o assédio caracteriza-se pela atenção sexual não correspondida. O ambiente de trabalho vai ficando opressor, hostil e intimidante. São também condutas indesejáveis: olhares insinuantes, beliscos, palmadinhas, piadinhas, insinuações verbais, insistência ou pressão para ceder a convites. As vítimas de assédio sexual são majoritariamente as mulheres, mas há exceções. 14

O QUE FAZER? Muitas vítimas de assédio sexual têm receio de denunciar esse tipo de violência por medo de represálias, perda do emprego ou por vergonha. Sua auto-estima fica abalada, o sentimento de culpa tornam-se comum e seu desempenho profissional, bem como as perspectivas de carreira, são afetados. Sem coragem de denunciar, não é possível punir o agressor. O assunto é sempre muito delicado. Você deve elaborar uma estratégia de ação. Avalie as opções e o tipo de atitude mais convenientes. Não se sinta culpada, pois a responsabilidade é do assediador. Leve em conta os possíveis resultados das atitudes a serem tomadas, incluindo os riscos de cada uma: Diga claramente ao agressor que você não está interessada e que esse comportamento é inaceitável. Verifique a política da empresa para esses casos. Anote tudo em detalhes (lugares, horários, situações específicas, pessoas presentes). Reúna todas as provas que puder (bilhetes, e-mails, testemunho de colegas, presentinhos, etc.) procure agir com diplomacia para obter as provas consideradas essenciais para demonstrar a agressão e não passar por mentirosa. 15

Quebre o silêncio e comente com seus colegas de trabalho. Fale sobre o assunto com o superior hierárquico do assediador. Denuncie ao sindicato de sua categoria. Faça queixa na Delegacia da Mulher mais próxima ou, caso não exista, na delegacia comum. 16

QUESTÕES SOCIAIS

O QUE É RAÇA / COR O termo aplicado a grupos humanos pode significar povo ou nação-construção social.raça/cor tem que estar presente em estudos sobre relações sociais, direitos e privilégios. O QUE É RACISMO? É uma ideologia e prática que utiliza critérios de raça para discriminar, segregar, humilhar e oprimir. Ideologia que apregoa a existência de uma hierarquia entre grupos raciais. O QUE É PRECONCEITO? É um julgamento prévio ou uma posição preconcebida, com um pré-juízo. Significa uma predisposição negativa a uma pessoa ou a um grupo de pessoas. O preconceito é uma atitude que viola três normas básicas: racionalidade, afetividade e justiça. 18

O QUE É DISCRIMINAÇÃO RACIAL? É definida como toda e qualquer distinção, exclusão ou preferência racial que tenha por efeito anular a igualdade de oportunidade e tratamento entre os indivíduos ou grupos. Discriminação racial direta derivada de atos concretos de discriminação em que o discriminado é excluído expressamente em razão de sua cor. Discriminação racial indireta oriunda de práticas administrativas, empresariais ou de políticas públicas aparentemente neutras, não expressas, porém de grande potencial discriminatório. 19

O QUE É ETNIA?

É definida como agrupamento com estrutura familiar, econômica e social homogênea, cuja unidade baseia-se em língua, cultura e convivência comum. Promoção da Igualdade Racial Último país a abolir formalmente o trabalho escravo, o Brasil atualmente concentra o segundo contingente de população negra do mundo, ficando atrás da Nigéria. Cerca de 80 milhões de brasileiros, quase metade da população do país (46%), possuem ascendência africana. Embora na atualidade não haja registro no Brasil de situação de segregação racial aberta, a cor ou raça dos indivíduos acabaram, mesmo assim, funcionando como diferencial na distribuição de direitos e oportunidades. A negação do racismo apenas serviu para aprofundar ainda mais as desigualdades e impedir que o Estado e a sociedade atuassem de forma a enfrentar o problema. Daí o caráter absoluto inovador da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial que o Governo Federal assume agora perante a sociedade brasileira. Pela primeira vez na história, o Plano Plurianual PPA 2004 2007 incluiu o desafio de promover a redução das desigualdades raciais no mega objetivo intitulado Inclusão Social e Redução das Desigualdades Sociais. Questões de Deficiência No Brasil, desde o dia 24 de outubro de 1989, vigora a Lei nº 7.853, que assegura aos deficientes o exercício de seus direitos individuais e sociais, além de sua integração social. Assim, os valores básicos de igualdade e oportunidade devem ser respeitados como valores de qualquer pessoa. 21

Os deficientes, levando em conta suas limitações, têm direito à oferta de educação especial gratuita, atendimento domiciliar de saúde (deficiente grave), inserção no mercado de trabalho no setor público e privado e facilidade de acesso em edificações e vias públicas. É obrigatório assegurar ao deficiente as condições mínimas de participação e integração à sociedade e ao mercado produtivo. Desta forma, empresas com mais de 100 funcionários devem contratar 2% de pessoas com deficiência; 201 a 500 funcionários, 3%; de 501 a 1.000, 4%; e de 1.001 funcionários em diante, 5%. A referida lei serve para que a inclusão de trabalhadores com deficiência seja adotada como uma demanda a ser incorporada à cultura organizacional das empresas. O que é deficiência? É toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere limitações para o desempenho de atividade dentro do padrão considerado normal para o ser humano É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias: Deficiência física. Deficiência auditiva. Deficiência visual. Deficiência mental. Deficiência múltipla. 22

Fontes Consultadas Gênero e Diversidade. Oportunidades iguais e respeito às diferenças. Eletronorte, 2006. Diferenças Sim, Desigualdades Não! Furnas. Mulheres Brasileiras: Políticas e Dados. Brasília, DF: SPM, 2010 Secretaria de Políticas para Mulheres. Disponível em: <www.spmulheres.gov.br> Acesso em janeiro de 2012. Ficha Técnica: Mesquita, Maura Murielle do Nascimento e Lacerda, Kelly Cristina Org. EQUIDADE DE GÊNERO. 1ª edição. Rio Branco, AC: Eletrobras Distribuição Acre, 2012. Composição: Gráfica Imediata Material cedido pela Eletrobras Distribuição Acre 23

PROCURE AJUDA LIGANDO 180 OUTROS ORGÃOS ONDE ACHAR AJUDA: Delegacia da Mulher de Porto Velho: 69 3216-8800 3216-8855 Avenida Sete de Setembro - esquina com Euclides da Cunha. E-mail: ddm.pvh@pc.ro.gov.br Delegacia da Mulher de Ariquemes: 69 3536-8425 Delegacia da Mulher de Cacoal: 69 3441-2811 Delegacia da Mulher de Mirim: 69 3541-2021 Delegacia da Mulher de Ji-Paraná: 69 3422-2271 Delegacia da Mulher de Moura: 69 3442-9037 Delegacia da Mulher de Vilhena: 69 3321-3140 CIOP - Policia Militar do Estado de Rondônia: 190 SEAS - Secretaria do Estado de Assistência Social Núcleo Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher: 69 3216-5379 Rua Tabajara, 451 - Bairro Arigolândia - Porto Velho. CEDM RO - Conselho Estadual dos Direitos da Mulher: 69 3216-8804 3216-7387 Rua Guanabara, 3365 - Bairro Liberdade - Porto Velho. Defensoria Pública do Estado de Rondônia Núcleo Psicossocial de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar: 69 3216-5045 Rua Sete de Setembro, 1322 - Centro - Porto Velho. E-mail: pronaschi72@gmail.com Vara de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar - TJ/RO: 69 3217-1212 Rua Rogério Weber - Fórum Criminal - Porto Velho. Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres: 69 3901-3000 Rua Rafael Vaz e Silva, 3150 - Bairro Liberdade - Porto Velho Centro de Referência para o Atendimento à Mulher Sonho da Liberdade : 69 3901-3640 Rua Rafael Vaz e Silva, 3150 - Bairro Liberdade - Porto Velho E-mail: centrodereferenciasonhodeliberdade@hotmail.com Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher: 69 3901-3380 / Rua Carlos Gomes, 2242 - Porto Velho E-mail: cmdmpvh@gmail.com 24