UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ÉGERSON SOARES PAVÃO PEDRO GOMES BERNARDINO RICARDO LETENSKI

Documentos relacionados
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PROPPE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEORREFERENCIAMENTO JULIANA APARECIDA PRANDEL MAURICIO DA ROSA RIBEIRO

SEGUNDA EDIÇÃO da Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais -NTGIR fevereiro de 2010 EM ATENDIMENTO A LEI FEDERAL 10.

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PROPPE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEORREFRENCIAMENTO ROBERSON RIBEIRO DE MELO

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PÓS-GRADUAÇÃO DE GEORREFERÊNCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS E URBANOS EDUARDO ARAÚJO TEIXEIRA FELIPE ZAMPIER BATISTA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Daniela Nicole Ferreira Jairo Calderari de Oliveira Junior

GEORREFERENCIAMENTO DO IMÓVEL RURAL 32 DO BLOCO E DA FAZENDA SÃO JORGE, MUNICÍPIO DE SÃO JORGE DO OESTE, DA COMARCA DE DOIS VIZINHOS - PR

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ TIAGO ANTONIO SANTINI TIAGO EDIMAR DA SILVA DIAS DANIELE CARINE BARONI TAVARES DIOGENES FRANCISCO TAVARES MAURO PIERIN

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ DOUGLAS MAGNUS ZENI JUNIOR ELIANE BYCZKOVSKI MARLETE DAL MAGRO MATEUS RUGINSKI MAROCHI

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FREDERICO MERCER GUIMARÃES JUNIOR

X Encontro dos Registradores Imobiliários de Santa Catarina

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FRANK NEWTON DE OLIVEIRA LETÍCIA PANZARINI RAFAEL DE OLIVEIRA RIBEIRO SILVANA APARECIDA DE OLIVEIRA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FRANK NEWTON DE OLIVEIRA LETÍCIA PANZARINI RAFAEL DE OLIVEIRA RIBEIRO SILVANA APARECIDA DE OLIVEIRA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ALISON LUIZ DOS SANTOS ALTAMIRO MARTINS JONAS ANDRÉ BANKERSEN RAFAEL CRISTIANO WICHERT RODRIGO REBELO MESQUITA

Localização do Imóvel Matrícula

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA <!ID > INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 44, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2008

Georreferenciamento de Imóveis Rurais

CARTOGRAFIA. Sistemas de Referência. Prof. Luiz Rotta

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PROPPE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 77 DE 23 DE AGOSTO DE 2013.

CURSO SUMÁRIO 18/11/2013

Determinação de coordenadas geográficas e altitudes de duas estações a partir de estações de referência.

GEO PRÁTICO GEO LEGAL. Georreferenciamento. O que é? GEO LEGAL FAESC SINDICATO RURAL DE LAGES. Instituído pela Lei /01.

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Airton José Trento Filho José Luiz Guindani Luziane Giordani Marcio Pigosso Mateus Chaves Tifani Palhano

Georreferenciamento de Imóveis Rurais

GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEL RURAL NO MUNICÍPIO DE IRATI/PR UTILIZANDO O MÉTODO RELATIVO ESTÁTICO

1.1 CONCEITOS BÁSICOS

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

POSICIONAMENTO COM GPS NO REFERENCIAL SIRGAS

ATAS DAS I JORNADAS LUSÓFONAS DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ JOÃO VITOR DAUFEMBACH MATIAS TIAGO DIEGO LOFFI

MUDANÇA DO REFERENCIAL GEODÉSICO NO BRASIL 1

26/10/2012. Professor

Utilizando o fator tempo e distância para comparar as precisões obtidas em um levantamento com receptor GNSS L1/L2

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS

Z A R T E n g e n h a r i a

ANÁLISE DO PROCESSAMENTO DE DADOS GPS EM FUNÇÃO DAS DIFERENTES CONDIÇÕES DE RASTREIO

DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE: SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

CERTIFICAÇÃO DE IMÓVEL RURAL

GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA

Forma e Dimensões da Terra Prof. Rodolfo Moreira de Castro Junior

Credenciamento e Conteúdo Mínimo para Georreferenciamento de Imóveis Rurais

CERTIFICAÇÃO DE IMÓVEL RURAL

Como. atuar em parceria com Cartórios para o Georreferenciamento de Imóveis Rurais

ESCALAS ESCALAS. Cartografia conceitos básicos. Prof. Luciene Delazari. l E L E N

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 25, DE 28 DE NOVEMBRO DE (DOU nº 232, de 5/12/2005, seção 1, p. 105)

Certificação de Imóveis Rurais/SIGEF Questões práticas

SEMINÁRIO CADASTRO DE IMÓVEL RURAL 31/05/2012 NORMA TÉCNICA PARA GEO : TEORIA X PRÁTICA

Georreferenciamento e Certificação de Imóveis Rurais Questões práticas. Fabiana Cristina Arthur da Cunha Marialice Souzalima Campos

GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS MEMOCAD

COMPARAÇÃO DE DADOS TOPOGRÁFICOS DE DOCUMENTOS DE CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEL VERSUS DADOS DE EQUIPAMENTOS DA TOPOGRAFIA

MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS PARA DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS

Prefeitura Municipal de Uruçuca publica:

Cadastro Territorial Multifinalitário - confiabilidade e qualidade dos dados -

Levantamento planialtimétrico cadastral e uso de sistemas de posicionamento global por satélite na caracterização altimétrica (1).

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ALESSANDRO MARTINS DIEGO FERNANDO MACHADO

CADASTRO TÉCNICO E PLANEJAMENTO URBANO. Profa. Dra. Maria Cecília Bonato Brandalize 2015

ANÁLISE DA NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS DO INCRA, VISANDO O ATENDIMENTO DA LEI , DE

Execute o Bentley topograph e, na caixa de diálogo Abrir arquivo selecione o arquivo Sítio Boa Vista.dgn que acompanha esse tutorial e clique Abrir.

UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE FREEMAT NA CRIAÇÃO DO PLANO TOPOGRÁFICO LOCAL PARA O MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ

PORTARIA Nº 21, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2002

INOVAÇÕES NO GEORREFERENCIAMENTO E NA CERTIFICAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS

SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA E

Redes Geodésicas Sistemas Geodésicos de Referência (Revisão)

Mapeamento Temático. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

INOVAÇÕES NO GEORREFERENCIAMENTO E NA CERTIFICAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS

Professor: Leonard Niero da Silveira

Formas e representação da terra: Geóide de Elipsóide. Disciplina: Cartografia Profª. Agnes Silva de Araujo

Forma e movimentos da Terra. Cartografia Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Localização do Imóvel Matrícula

RELATÓRIO EMGEO Nº 072/2014 SÃO LUIS, 10 DE DEZEMBRO DE 2014

Aula 1: Conceitos Introdutórios. EAC-066: Geodésia Espacial

Quinta-feira, 28 de Agosto de 2014 N 670

DANIEL ROGÉRIO GONÇALVES EOROCLITO ANTONIO TESSEROLI NETO LUCIANA MACIEL CARDON DEBONI NELSO BLAKA VOLSKI JUNIOR RAFAELE DE SOUZA PEREIRA

SISTEMA TOPOGRAFICO LOCAL (STL)

Uma análise comparativa entre o método GNSS de PPP e os métodos geodésicos convencionais

Retificação Extrajudicial Daniela Rosário Rodrigues

PROJEÇÕES. Prof. Dr. Elódio Sebem Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento Colégio Politécnico - Universidade Federal de Santa Maria

Georreferenciamento. e Sistema de Gestão Fundiária SIGEF. Richard Torsiano

11/11/2013. Professor

RESOLUÇÃO Nº 38, DE 23 DE OUTUBRO DE 2002

4.2. Considerações sobre a Obtenção de Dados. Base Legal

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA MEMORIAL DESCRITIVO

GA119 MÉTODOS GEODÉSICOS

Análise do Nível de Precisão dos Georreferenciamentos Feitos com GNSS de Navegação Para o Cadastro Ambiental Rural (CAR/CEFIR) no Estado da Bahia

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 4.449, DE 30 DE OUTUBRO DE 2002.

Engenharia Cartográfica e de Agrimensura Projeto e Análise de Redes Geodésicas GA123 CAP. 1 INTRODUÇÃO. Prof a Dr a Regiane Dalazoana

Geoprocessamento: Prof. Alzir Felippe. B. Antunes

(61)

COMITÊ REGIONAL DE CERTIFICAÇÃO INCRA SC. Georreferenciamento de Imóveis Rurais em atendimento à Lei nº /01 e outros dispositivos legais

SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO - REDE PLANIMÉTRICA - REDE ALTIMÉTRICA - REDE GRAVIMÉTRICA - BANCO DE DADOS GEODÉSICO - MUDANÇA DE REFERENCIAL

Município de Caçapava

Engenharia Cartográfica e de Agrimensura Projeto e Análise de Redes Geodésicas GA123 CAP. 1 INTRODUÇÃO. Prof a Dr a Regiane Dalazoana 2012

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA

EMPREGO DE SERVIÇOS ONLINE GRATUITOS PARA DETERMINAÇÃO DE COORDENADAS GEORREFERENCIADAS AO SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO NO CAMPUS DA UFJF

GEORREFERENCIAMENTO. Organização e Elaboração: Profa. Dra. Andréia Medinilha Pancher Profa. Dra. Maria Isabel Castreghini de Freitas

ACURÁCIA ENTRE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO COM GNSS PÓS PROCESSAMENTO E RTK PARA ATENDER AO GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS RESUMO

1.3 Posicionamento na Terra Elipsóidica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Engenharia Cartográfica e de Agrimensura. Capítulo 4. Realização de Sistemas Geodésicos de Referência Modernos

Transcrição:

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ÉGERSON SOARES PAVÃO PEDRO GOMES BERNARDINO RICARDO LETENSKI GEORREFERENCIAMENTO DO IMÓVEL RURAL FAZENDA GUARTELÁ, MUNICÍPIO DE TIBAGI - PR. CURITIBA 2012

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ÉGERSON SOARES PAVÃO PEDRO GOMES BERNARDINO RICARDO LETENSKI GEORREFERENCIAMENTO DO IMÓVEL RURAL FAZENDA GUARTELÁ, MUNICÍPIO DE TIBAGI - PR. Monografia apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Urbanos da Universidade Tuíuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Pós-Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Urbanos. CURITIBA 2012

SUMÁRIO 1 INFORMAÇÕES GERAIS... 06 1.1 PROPRIEDADE... 06 1.2 PROPRIETÁRIO... 06 1.3 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS... 06 1.4 LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL... 07 2 RELATÓRIO TÉCNICO... 07 2.1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA... 07 2.2 PROBLEMA... 09 2.3 OBJETIVOS... 10 2.3.1 Geral... 10 2.3.2 Específicos... 10 2.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 10 2.5 METODOLOGIA... 11 2.6 MATERIAIS... 12 2.7 FINALIDADE... 12 2.8 PERÍODO DE EXECUÇÃO DO LEVANTAMENTO... 12 2.9 DATUM... 13 2.10 MARCOS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA... 13 2.11 MARCOS IMPLANTADOS... 14 3 RESULTADOS DOS TRABALHOS... 14 3.1 TRANSPORTE DE COORDENADAS... 14 3.2 DEMARCAÇÃO DO PERÍMETRO DO IMÓVEL... 15 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 16 5 REFERÊNCIAS... 18 APÊNDICES... 19 APÊNDICE 01 - MEMORIAL DESCRITIVO DO IMÓVEL RURAL... 19 APÊNDICE 02- MONOGRAFIA DO MARCO DE APOIO... 21 APÊNDICE 03 - Relatório de Processamento de Dados GNSS... 22 APÊNDICE 04 - Planilha de Cálculo de Área da Fazenda Guartelá... 26 APÊNDICE 05 - Tabela de Dados Cartográficos Fazenda Guartelá... 27 APÊNDICE 06 Relatório de Posicionamento por Ponto Preciso... 28 APÊNDICE 07 Planta do Imóvel Fazenda Guartelá... 29

LISTA DE FIGURAS Figura 01: Localização da Área... 07

LISTA DE QUADROS Quadro 1 Sigmas Resultantes Posicionamento por Ponto Preciso (PPP IBGE)... 14 Quadro 2 Classificação de vértices quanto a finalidade, precisão e tipo... 15

6 1 INFORMAÇÕES GERAIS 1.2 PROPRIEDADE - Imóvel: Fazenda Guartelá; - Município: Tibagi; - Comarca: Tibagi; - Estado: Paraná; - Área Total (Unificação) das Matrículas 1149, 441, 1034: 164,4346 ha; - Área Objeto do Georreferenciamento: 164,4346 ha; - Registro Imobiliário: Matrículas n 1149, 441e 1034 do livro 01 do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca Tibagi, com área de 164,4346 ha; - Número de Cadastro do Imóvel no INCRA matrícula: 706.051.006.211-4 1.2 PROPRIETÁRIO -Proprietário: Fumiko K. Kimura -Endereço: Estrada Tibagi - Castro -Telefone: (42) 88164745 1.3 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS A equipe executora deste projeto: -Égerson Soares Pavão: Geógrafo -Pedro Gomes Bernardino: Geógrafo - CREA PR-123239/D -Ricardo Letenski: Geógrafo - CREA PR-120.030/D

7 1.4 LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL O imóvel do presente trabalho localiza-se no estado do Paraná, no município de Tibagi, no Distrito do Guartelá, pertencente a comarca Tibagi PR, como mostra a FIGURA 01 abaixo. Figura 01 Localização da área Fonte: Ricardo Letenski Saindo de Curitiba segue pela BR-277 até São Luiz do Purunã, a partir daí segue pela BR-376 até chegar a Ponta Grossa. De Ponta Grossa segue pela PR-151 até Castro, a partir daí segue pela PR-340 por 50,8 Km até a Fazenda Guartelá, na qual segue por um acesso à direita chegando até o imóvel. 2 RELATÓRIO TÉCNICO 2.1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA De acordo com IBGE (2012), a utilização das tecnologias do Sistema de Posicionamento Global (GPS/GNSS) via Satélite, conduziram a um impacto nas atividades de navegação e posicionamento; sobretudo, nos levantamentos geodésicos e topográficos, que

8 puderam ser executados de maneira mais rápida, precisa e econômica. Tais modificações acabaram por implicar nos procedimentos de realização dos trabalhos de agrimensura em imóveis rurais com o advento da Lei Federal de Nº. 10.267 de 28 de agosto de 2001 e do Decreto 4.449/2002. De acordo com a citada lei, os imóveis rurais que necessitarem passar por processos de parcelamento, desmembramento, loteamento, remembramento, retificação de área ou qualquer tipo de transferência de titularidade, deverão ser registrados com apresentação de planta georreferenciada, obrigatoriamente assinada por profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica ART. Como consequência, disso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), estabeleceu procedimentos padronizados, através das Normas Técnicas para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR). De acordo com a NTGIR, a planta deverá conter os vértices que delimitam a propriedade rastreados em campo, com seu par coordenadas, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional de até em 50 cm, evitando assim, a sobreposição de propriedades distintas e estabelecendo a correta definição da malha fundiária nacional, não somente através de cadastro literal, mas também graficamente com arquivo digital do perímetro do imóvel. Os prazos estabelecidos foram os seguintes: Noventa dias, para os imóveis com área de cinco mil hectares, ou superior; Um ano, para os imóveis com área de mil a menos de cinco mil hectares. Estes prazos, definidos pelo Decreto nº. 4.449 de 30 de outubro de 2002 passaram a vigorar a partir data de sua publicação. Cinco anos, para os imóveis com área de quinhentos a menos de mil hectares; Oito anos, para os imóveis com área inferior a quinhentos hectares. Estes prazos, definidos pelo Decreto nº. 5.570 de 31 de outubro de 2005 passaram a vigorar a partir da data de sua publicação tendo como início da contagem dos prazos a data de 20 de novembro de 2003. No entanto, o Decreto nº. 7.620 de 21 de novembro de 2012, altera o art. 10 do Decreto nº. 4.449 de 30 de outubro de 2002, que passa a vigorar com a seguinte redação:

9 Dez anos, para os imóveis com área de duzentos e cinquenta a menos de quinhentos hectares; Treze anos, para os imóveis com área de cem a menos de duzentos e cinquenta hectares; Dezesseis anos, para os imóveis com área de vinte e cinco a menos de cem hectares; e vinte anos, para os imóveis com área inferior a vinte e cinco hectares. Para os imóveis objetos de ações judiciais todos os prazos já estão vencidos. Desde que transcorridos os prazos fixados para aplicação da lei o oficial do registro de imóveis somente poderá praticar atos registrais como desmembramento, remembramento, parcelamento e transferência de área total se o trabalho técnico de identificação do imóvel rural tiver sido certificado pelo INCRA. O Imóvel Rural, denominado Fazenda Guartelá, objeto de estudos deste trabalho, apresenta área total de 164,4346 ha, resultante da soma das matrículas 1149, 441, 1034, que devido ao fato de estarem contíguas umas as outras e cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) sob um mesmo número, foram tratadas com uma propriedade única, uma vez que os limites que separam as matrículas já não podem identificados no terreno e não há informações suficientes nas matrículas para delimitá-las. Para a medição realizada durante este trabalho seguiu-se a Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (2010), possuindo todo o perímetro georreferenciado com as coordenadas geodésicas do Sistema Geodésico Brasileiro sobre o elipsóide SIRGAS 2000, que acusou área de 165, 6167 ha. 2.2 PROBLEMA Finalizada a medição do imóvel, constatou-se divergência de área entre a soma das áreas das matrículas e a medição realizado, na qual houve um acréscimo de 1,1821 ha à propriedade. Sendo possível requer a retificação administrativa do imóvel, em consonância com o advento da Lei nº 10.931, cujo artigo 59 alterou os artigos 212 a 214 da Lei dos Registros Públicos. Levando em consideração que o prazo para áreas inferior a 250 ha e superiores a 100 ha, ira prescrever somente em 20 de novembro de 2016, o imóvel em questão está liberado de passar pelo processo de certificação junto ao INCRA até está data,

10 sendo possível, realizar a retificação do imóvel, diretamente, no Cartório de Registro Imóveis de Tibagi. No entanto, para que a Fazenda Guartelá passe a representar, legalmente, para o registro de imóveis, um único imóvel e a retificação possa ser realizada, deve-se, primeiramente, requer a unificação das matrículas para obtenção de um registro único do imóvel e posterior retificação. Deve-se, ressaltar, que embora o imóvel esteja liberado do processo de certificação até 20 de novembro de 2011, é importante após os procedimentos cartorários acima citados, proceder a atualização do cadastro junto ao INCRA. 2.3 OBJETIVOS 2.3.1 Geral Realizar o levantamento georreferenciado do imóvel rural denominado de Fazenda Guartelá, no Município e comarca de Tibagi, PR; em concordância com as normas estabelecidas pela NTGIR para cumprimento da Lei Federal Nº.10.267/2001 e do Decreto 4.449/2002. 2.3.2 Específicos Atualizar a demarcação do imóvel, com vértices monumentalizados através de marcos de concreto, devidamente identificados; Definir os procedimentos legais para atualização cadastral e regularização do imóvel, de acordo com a Lei nº 10. 267/2001. 2.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para o levantamento do Perímetro imóvel utilizou-se do Método de Posicionamento Relativo Estático Rápido, que conta com uma estação mantida sobre um ponto fixo, chamada de Base, a qual é ocupada, simultaneamente, com as estações móveis, conhecidas como Rover, em linhas de base, via de regra, inferiores a 20 Km, que possibilitam obter coordenadas fixas com ocupações rápidas de alguns minutos. Este tipo de observação simultânea dos sinais dos satélites em ao menos duas estações distintas resulta numa significativa redução de erros, especialmente do erro do relógio do satélite, das efemérides e da propagação atmosférica do sinal. Dessa maneira, os parâmetros comuns às duas estações

11 são eliminados automaticamente durante a solução da dupla ou tripla diferença de fase. Tal método pode ser aplicado utilizando-se dos diferentes tipos de observação, como a fase do código, da fase do código suavizada pela portadora e da fase da portadora, de modo a capturar, simultaneamente, medidas para uma mesma condição geométrica dos satélites. 2.5 METODOLOGIA Para a execução deste trabalho cumpriu-se as seguintes etapas: 2.5.1 Análise documental: Nesta etapa buscou-se reunir a documentação referente ao imóvel (matrículas, transcrições e outros) para análise da situação legal da propriedade e reconhecimento da localização e do perímetro do mesmo. 2.5.2 Reconhecimento de limites: Nesta etapa buscou-se identificar por meio de imagens de satélite, apoio da documentação e do proprietário do imóvel; os limites da propriedade e seus respectivos confrontantes, além dos tipos e confrontação. 2.5.3 Execução dos trabalhos de campo: Esta etapa incluiu a determinação dos vértices de apoio pelo método de Posicionamento Relativo Estático e dos vértices (M e P) do perímetro do imóvel pelo método Posicionamento Relativo Estático Rápido com ocupação mínima de 5 minutos (rover) e comprimento de linha de base de no máximo 20 km, conforme a norma técnica de georreferenciamento de imóveis rurais. Foram utilizados para esta etapa três receptores GNSS L1/L2 Hiper +, sendo uma base e dois rovers.

12 2.5.4 Execução dos trabalhos de Gabinete: Nesta etapa foram processados os dados coletados em campo, elaborados os requerimentos, as declarações, os relatórios de processamento, os desenhos, o relatório técnico, a planilha de cálculo de área, a planilha de dados cartográficos, o memorial descritivo e demais peças técnicas pertencentes ao projeto. 2.6 MATERIAIS O presente levantamento foi realizado com apoio de três receptores GNSS L1/L2 Hiper + da Topcon, sendo uma base e dois rovers para coleta de dados do perímetro do imóvel, com os respectivos números de série: 378-4407, 378-4424, 378-4425. Para o processamento e ajustamento dos dados levantados em campo foi utilizado o software de pós-processamento Topcon Tools. O software utilizado para gerar o memorial descritivo e demais relatórios e planilhas foi DataGeosis Office. Número de série: PR02-0011. 2.7 FINALIDADE Este trabalho, teve como finalidade, aplicar os procedimentos constantes na Normas Técnicas para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR) em cumprimento a Lei Federal Nº.10.267/2001, do Decreto 4.449/2002 e demais regulamentos vinculados a lei. Dessa maneira, efetuar o levantamento georreferenciado do imóvel rural denominado de Fazenda Guartelá, no Município e comarca de Tibagi, PR; para atualizar a demarcação do imóvel, com vértices monumentalizados através de marcos de concreto, devidamente identificados; e definir os procedimentos legais para atualização cadastral e regularização do imóvel, de acordo com a legislação referendada. 2.8 PERÍODO DE EXECUÇÃO DO LEVANTAMENTO De novembro de 2011 a março de 2012.

13 2.9 DATUM O sistema de referência para satélites do sistema GNSS é o WGS-84 (World Geodetic System - 1984), que tem parâmetros referidos ao centro de massa da Terra (origem geocêntrica) e serve para posicionamento em toda a superfície terrestre. O sistema atualmente utilizado no Brasil é o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS 2000), compatível com o WGS-84, pois adota os mesmos parâmetros do elipsóide, a seguir descritos: Elipsóide: GRS 80; Orientação: geocêntrico; Semi eixo maior: 6.378.137 m; Semi eixo menor: 6.356.752,31414; Achatamento: f = 1/298,257222101; DX: 0,00; DY: 0,00; DZ: 0,00. 2.10 MARCOS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA O marco geodésico é um vértice materializado no terreno, com sua localização determinada por coordenadas planialtimétricas que definem com sua posição no terreno e no mapa, além de constituírem um importante instrumento para a atualização cartográfica. Atualmente a utilização de estações de referência para pós-processamento dos vértices de apoio podem sem substituídas pelo método de Posicionamento por Ponto Preciso (PPP), de acordo com a BRASIL INCRA: Este método de posicionamento está baseado na correção pós-processada, e refere-se à obtenção da posição de uma estação através das observáveis fase de onda da portadora coletada por receptores de duas frequências em conjunto com os produtos do IGS (Internacional GPS Service ). Este serviço de posicionamento faz uso do aplicativo de processamento CSRS-PPP desenvolvido pelo Geodetic Survey Division of Natural Resources of

14 Canada e é disponibilizado no Brasil pelo IBGE, sem custo, através da sua página na internet. Este trabalho utilizou-se deste método, conforme citado anteriormente na sua metodologia (item 2.5.3). 2.11 MARCOS IMPLANTADOS Foram levantados 31 pontos, além do vértice de apoio. Os vértices foram, assim, distribuídos: Marco de Concreto situado no interior do imóvel, para apoio Geodésico (C1), GPS- M-0001. 20 Marcos de concreto, devidamente identificados e numerados do GPS-M-0002 ao GPS-M-0021. 11 Pontos ocupados não materializados nos vértices do imóvel, correspondentes aos cursos de água (C5) e faixa de domínio da PR-340 (C4), do GPS-P-0001 ao GPS-P- 0011. 3 RESULTADOS DOS TRABALHOS 3.1 TRANSPORTE DE COORDENADAS O transporte de coordenadas para a execução dos trabalhos de georreferenciamento do imóvel foi efetuado mediante a utilização do método de Posicionamento por Ponto Preciso (PPP IBGE), apresentando os sigmas (m), a seguir: Quadro 1 Sigmas Resultantes Posicionamento por Ponto Preciso (PPP IBGE) COORDENADAS ELIPSOIDAIS COORDENADAS PLANAS PRECISÕES UTM Latitude (φ) = 24 30'51,5932" S N = 7.288.664,979 m δ (φ) = 0,002 m Longitude (λ) = 50 20'00,8571" W E = 567.512,056 m δ (λ) = 0,005 m Altitude Elipsoidal (h) = 901,210 m MC = 51 W δ (h) = 0,013 m De acordo com NTGIR (2010), os vértices, para fins de georreferenciamento de imóveis rurais, são classificados, em 6 classes, (ver quadro abaixo) :

15 Quadro 2- Classificação de vértices qaunto a finalidade, precisão e tipo Classe Finalidade Precisao (m) Tipo C1 Apoio básico/apoio Imediato/Limite 0,10 M C2 Apoio Imediato/Limite 0,20 M C3 Desenvovimento de poligonal/ Limite 0,40 M,P C4 Limite 0,50 M,P,V,O C5 Limites naturais 2,00 P,V,O C7 Limite USO RESTRITO * Fonte: BRASIL INCRA (2010) Considerando que o vértice utilizado para o transporte de coordenada é o C1 apoio básico, podemos concluir que o PPP do IBGE está em conformidade com a NTGIR, uma vez, que apresentou sigmas que variaram entre 0,002 e 0,013 m, inferiores ao exigidos pela mesma (0,10 m). I 3.2 DEMARCAÇÃO DO PERÍMETRO DO IMÓVEL Para a demarcação dos vértices de apoio foi utilizado o método de Posicionamento Relativo Estático e dos vértices (M e P) do perímetro do imóvel pelo método Posicionamento Relativo Estático Rápido com ocupação mínima de 5 minutos (rover) e comprimento de linha de base de no máximo 20 km, conforme a NTGIR (2010). Foram utilizados para esta etapa três receptores GNSS L1/L2 Hiper +, sendo uma base e dois rovers. Os rastreios foram processados utilizando o software Topcon Tools, e os que não atingiram os parâmetros exigidos pela NTGIR foram excluídos, ocupados novamente e reprocessados. Os vértices de Classe C4, correspondentes aos vértices definidores do imóvel como pontos de intersecção de linhas secas (cantos de cerca, por exemplo) e faixas de domínio. De acordo com a NTGIR (2010), a determinação desse tipo de vértice poderá atingir precisão de até 0,50 m, com solução fixa. Neste trabalho os vértices C4 (são eles: do GPS-M- 0002 até o GPS-M-0015; do GPS-M-0018 até GPS-M-0021; e do GPS-P-0001 até GPS-P- 0008), apresentaram sigmas que variaram entre 0,001 m até 0,026 m para precisão Horizontal e 0,002 m até 0,055 para precisão Vertical, e tiveram todas as ambiguidades fixas. Os vértices de Classe C5, correspondentes aos vértices ocupados em limites naturais, como cursos d'agua, escarpas, serras, dentre outros. De acordo com a NTGIR (2010), a determinação desse tipo de vértice poderá atingir precisão de até 2,0 m, admitido solução flutuante. Neste trabalho os vértices C5, (localizados na margem direita de um córrego do

16 GPS-M-0016 até GPS-M-0017; e do GPS-P-0009 até GPS-P-0010) apresentaram sigmas que variaram entre 0,003 m até 0,015 m para precisão Horizontal e 0,005 m até 0,026 para precisão Vertical, e tiveram todas as ambiguidades fixas. Sendo assim, pode-se concluir que todos os vértices apresentados neste trabalho estão em concordância com a legislação proposta neste estudo. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a realização deste trabalho, buscou-se utilizar todos os recursos necessários para que o mesmo pudesse cumprir rigorosamente as exigências estabelecidas pela NTGIR para cumprimento da Lei Federal Nº.10.267/2001 e do Decreto 4.449/2002. Os equipamentos utilizados se mostraram, bastante, eficientes e capazes de atingir as precisões impostas pela citada normativa. Alguns dados brutos levantados em campo e posteriormente processados no escritório que não atingiram as exigências, devido a grande obstrução de sinal pela copa muito folhosa das árvores e que acabaram por alcançar precisão inferior a 0,50 m, mas tiveram solução flutuante, foram reocupados e reprocessados, sendo possível constatar que em determinados horários, devido ao bloqueio de alguns satélites e a posição dos mesmos o rastreio ficava bastante prejudicado. Concluídos os levantamentos e os processamentos pode ser verificar que as precisões ficaram muito melhor do que a exigida pela norma, e todas as coordenadas tiveram suas soluções fixas, inclusive os vértices de classe C5, que permitem solução flutuante. Este fato deveu-se a grande capacidade de rastreio dos receptores GNSS de dupla frequência; ao método utilizado com a reocupação de vértices considerados insuficientes; a capacidade do software de processamento, a linha de base curta (inferior a 2 km); e a pequena obstrução de sinal, sendo que as maiorias dos vértices estão situados em campo aberto. O método de determinação do vértice de apoio (C1) PPP-IBGE, se mostrou capaz de atender as exigências da NTGIR, com precisões inferiores a 0,10 m, como apresentam os relatórios de processamento e ajustamento das coordenadas e as tabelas de dados cartográficos e cálculos analíticos em apêndice. Assim, é possível concluir que o levantamento do imóvel realizado neste trabalho está georreferenciamento ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) está de acordo com a NTGIR (INCRA - 2 edição 2010) e atende às exigências para o processo de certificação de imóvel rural em atendimento ao que preceitua a Lei Federal nº 10.267/2001 e seus Decretos Regulamentadores. No entanto, devido aos prazos estabelecidos no Decreto nº. 7.620 de 21 de novembro de 2012, que altera

17 o art. 10 do Decreto nº. 4.449 de 30 de outubro de 2002, o prazo para áreas inferiores a 250 ha e superiores a 100 ha, ira prescrever somente em novembro de 2016, sendo assim, o imóvel em questão está liberado de passar pelo processo de certificação junto ao INCRA até está data. Dessa maneira, deve-se orientar o proprietário a requer a unificação das matrículas, para que o imóvel seja, legalmente, reconhecido no registro de imóveis como um imóvel único e posteriormente venha a requer também a retificação da área uma vez que constatou-se um aumento de 1,1821 ha. Após realizada a unificação e a retificação do imóvel deve-se ainda proceder a atualização cadastral junto ao INCRA e posteriormente pode-se protocolar a trabalho junto ao comitê de certificação esperando a disponibilidade de avaliação do orgão competente ou o vencimento dos prazos estabelecidos nos decretos. Além de todo trabalho técnico realizado, o levantamento de informações dos confrontantes, etapa fundamental para definição dos vértices do imóvel, mostrou-se uma tarefa, por vezes morosa e complicada, mesmo com a boa vontade de alguns confrontantes a falta de informações disponíveis, nem sempre permitiu definir quais matriculas fazem a confrontação com a propriedade estudada, sendo necessário tratar as matriculas vinculadas a um mesmo numero de cadastro no INCRA como uma propriedade única, caso da Fazenda Barkema, outros que não disponibilizaram dados referentes ao imóvel, alegando que os familiares extraviaram o documento e não foram reconhecidos no registro de imóveis, foram tratados como posse, conforme orientação do INCRA. Para o reconhecimento da faixa de domínio da PR-340, recorreu-se ao DER órgão responsável pela rodovia. Assim podemos concluir que mesmo com a utilização de tecnologia moderna e precisa, isto não é suficiente para garantir a acurácia do trabalho, uma vez que a determinação dos vértices deve levar em conta a opinião e a documentação dos confrontantes para correta determinação de suas coordenadas.

18 5 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Execução de levantamento topográfico, NBR 13133. Rio de Janeiro, 1994. BRASIL INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais. 2 ediç ão, fevereiro de 2010. CORSEUIL, C.W; ROBAINA, A.D. Determinação altimétrica através do sistema de posicionamento global. Mira, Santa Maria, v.33, n.5, p.673-8, 2003. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Noções Básicas de Cartografia. Rio de Janeiro: Ibge Departamento de Cartografia, 1999. IBGE Posicionamento por Ponto Preciso (PPP). Disponível em: http://www.ppp.ibge.gov.br/ppp.htm. Acessado: 16/01/2012. FILHO, J. A. T. O. Georreferenciamento de Imóveis Rurais Legislação. Apostila do curso de Especialização em Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Urbanos: Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba 2012. GEMAEL, CAMIL. Introdução ao Ajustamento de Observações: Aplicações Geodésicas. Curitiba: Ed. UFPR, 1994. MEDINA, A. S. Métodos de Posicionamento GPS. Apostila do curso de Especialização em Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Urbanos: Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba 2011.

19 APÊNDICES APENDICE 01 MEMORIAL DESCRITIVO DO IMÓVEL RURAL MEMORIAL DESCRITIVO Imóvel: Fazenda Guartelá Comarca: Tibagi Proprietário: Fumiko Kichise Kimura Município: Tibagi UF: PR Matrícula: 1149, 441, 1034 Código SNCR: 706.051.006.211-4 Área: 165,6167 ha Perímetro: 5.843,38 m Inicia-se a descrição deste perímetro no vértice FFH-M-0031, de coordenadas N 7.289.666,548m e E 567.118,559m; deste segue confrontando com Fazenda Charlote, código INCRA 706.051.027.057-4; com seguintes azimutes e distâncias: 98 49'14" e de 235,10m até o vértice FFH-M-0012, de coordenadas N 7.289.630,498m e E 567.350,880m; deste segue confrontando com Fazenda Capão Grande, código INCRA 706.051.027.006-0; com seguintes azimutes e distâncias: 165 10'46" e de 461,18m até o vértice FFH-M-0013, de coordenadas N 7.289.184,656m e E 567.468,847m; 88 33'59" e de 108,24m até o vértice FFH-M-0014, de coordenadas N 7.289.187,364m e E 567.577,054m; 68 31'45" e de 57,46m até o vértice FFH-M- 0015, de coordenadas N 7.289.208,395m e E 567.630,524m; 162 27'06" e de 98,63m até o vértice FFH-M-0016, de coordenadas N 7.289.114,351m e E 567.660,263m; 69 52'43" e de 36,99m até o vértice FFH-M-0017, de coordenadas N 7.289.127,077m e E 567.694,998m; 121 44'39" e de 52,78m até o vértice FFH-M-0018, de coordenadas N 7.289.099,309m e E 567.739,881m; 145 57'16" e de 213,95m até o vértice FFH-M-0019, de coordenadas N 7.288.922,032m e E 567.859,661m; deste segue confrontando com Sítio Palmira, código INCRA Posse, com seguintes azimutes e distâncias: 186 59'07" e de 21,43m até o vértice FFH-M-0020, de coordenadas N 7.288.900,763m e E 567.857,055m; 233 13'40" e de 262,45m até o vértice FFH-M-0021, de coordenadas N 7.288.743,653m e E 567.646,829m; 154 22'45" e de 311,03m até o vértice FFH-M- 0022, de coordenadas N 7.288.463,208m e E 567.781,321m; 160 10'40" e de 319,82m até o vértice FFH-M-0023, de coordenadas N 7.288.162,336m e E 567.889,774m; deste segue confrontando com Granja Guartelá, código INCRA 706.051.004.472-8; com seguintes azimutes e distâncias: 160 28'33" e de 167,33m até o vértice FFH-M-0024, de coordenadas N 7.288.004,632m e E 567.945,695m; deste segue pela faixa de domínio da(o) Rodovia PR-340, com os seguintes azimutes e distancias: 280 45'21" e de 214,36m até o vértice FFH-P-0143, de coordenadas N 7.288.044,637m e E 567.735,100m; 279 51'37" e de 298,65m até o vértice FFH-P-0144, de coordenadas N 7.288.095,779m e E 567.440,862m; 277 07'11" e de 26,76m até o vértice FFH-P-0145, de coordenadas N 7.288.099,096m e E 567.414,306m; 272 08'22" e de 38,31m até o vértice FFH-P- 0146, de coordenadas N 7.288.100,526m e E 567.376,026m; 266 30'04" e de 30,21m até o vértice FFH-P-0147, de coordenadas N 7.288.098,682m e E 567.345,868m; 263 09'05" e de 467,38m até o vértice FFH-P-0148, de coordenadas N 7.288.042,949m e E 566.881,820m; 263 17'51" e de 50,71m até o vértice FFH-P-0149, de coordenadas N 7.288.037,030m e E 566.831,453m; 271 33'09" e de 57,06m até o vértice FFH-P-0150, de coordenadas N 7.288.038,576m e E 566.774,410m; 275 10'54" e de 303,29m até o vértice FFH-M-0025, de coordenadas N 7.288.065,967m e E 566.472,357m; deste segue confrontando com Fazenda Charlote, código INCRA 706.051.027.057-4; com seguintes azimutes e distâncias: 346 53'07" e de 186,65m até o vértice FFH-M-0026, de coordenadas N 7.288.247,746m e E 566.430,006m; situado na margem direita do Córrego sem denominação; confrontando com Fazenda Charlote, código INCRA 706.051.027.057-4, deste segue pelo referido a jusante, com seguintes azimutes e distâncias: 306 55'53" e de 62,02m até o vértice FFH-P-0151, de coordenadas N 7.288.285,009m e E 566.380,433m; 296 22'15" e de 45,37m até o vértice FFH-P-0152, de coordenadas N 7.288.305,160m e E 566.339,787m; 294 32'34" e de 57,55m até o vértice FFH-P-0153, de coordenadas N 7.288.329,063m e E 566.287,440m; 305 55'07" e de 54,46m até o vértice FFH-M-0027, de coordenadas N 7.288.361,013m e E 566.243,333m; deste

20 segue confrontando com Fazenda Charlote, código INCRA 706.051.027.057-4; com seguintes azimutes e distâncias: 38 43'45" e de 563,38m até o vértice FFH-M-0028, de coordenadas N 7.288.800,516m e E 566.595,808m; 27 47'10" e de 963,47m até o vértice FFH-M-0029, de coordenadas N 7.289.652,894m e E 567.044,952m; 92 22'42" e de 43,25m até o vértice FFH-M- 0030, de coordenadas N 7.289.651,099m e E 567.088,169m; 63 03'11" e de 34,09m até o vértice FFH-M-0031, de coordenadas N 7.289.666,548m e E 567.118,559m; ponto inicial da descrição deste perímetro. Todas as coordenadas aqui descritas estão georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, e encontram-se representadas no sistema UTM, referenciadas ao Meridiano Central 51 WGr, tendo como o datum SIRGAS 2000. Todos os azimutes e distâncias, área e perímetro foram calculadas no plano de projeção UTM. Ponta Grossa PR, 01 de março de 2012. Geógrafos Égerson Soares Pavão Pedro Gomes Bernardino Ricardo Letenski APÊNDICE 02 MONOGRAFIA DO MARCO DE APOIO

APÊNDICE 03 Relatório de Processamento de Dados GNSS 21

22

23

24

25

APÊNDICE 04 Planilha de Cálculo de Área 26

APÊNDICE 05 Planilha de Dados Cartográficos 27

APÊNDICE 06 Relatório de Posicionamento por Ponto Preciso 28

APÊNDICE 07 Planta do Imóvel Fazenda Guartelá 29