Sondagem da Construção do Estado de São Paulo Setor de construção paulista mostra leve melhora em maio Junho/14 O nível de atividade em maio avançou (4,8 pontos), após registrar queda (-2,0 pontos) em abril, retornando a métrica de 46,5 pontos. O setor desacelerou o ritmo de contração da atividade, mas permanece abaixo do nível de estabilidade (50 pontos) pelo sexto mês seguido, e também abaixo de sua média histórica recente (46,9 pontos), indicando manutenção do pessimismo por parte do empresário do setor de construção no mês de maio. Por outro lado, o indicador que mensura o nível de atividade em relação ao usual recuou de 47,0 para 45,3 pontos, permanecendo ainda abaixo do desejado. O setor continua aferindo baixa atividade, completando o decimo terceiro mês seguido de uma atividade do setor de construção paulista abaixo do desempenho usualmente esperado. Apesar do avanço no mês, o nível de atividade situa-se 1,8 ponto abaixo do aferido em maio de 2013. 1
O indicador do nível de atividade comparado ao mês anterior avançou 4,8 pontos entre abril e maio, ficando em 46,5 pontos. Na abertura por porte, o índice reflete os resultados distintos entre as categorias. No mês de maio, foi visto queda de 4,4 pontos dentre as empresas de médio porte, cujo índice passou de 40,9 para 36,5 pontos. Já as empresas de pequeno porte avançaram 3,7 pontos (para 35,0 pontos), ao passo que as grandes subiram de 46,4 para 57,1 pontos (+10,7 pontos), tendo este último porte entrado em cenário de expansão de atividade e atingindo o maior patamar desde novembro de 2013. TABELA 1 - Indicadores de Desempenho do setor da Construção Paulista Nível de atividade comparado ao mês anterior Situação Atual Nível de atividade em relação ao usual Abr/14 41.7 31.3 40.9 46.4 47.0 31.3 40.9 57.1 Mai/14 46.5 35.0 36.5 57.1 45.3 35.0 32.7 57.1 Nº de empregado comparado ao mês anterior Utilizaçao da Capacidade Operação - UCO (%) Abr/14 48.3 37.5 40.9 57.1 73.0 55.0 61.0 88.0 Mai/14 47.5 40.0 36.5 57.1 68.0 62.0 55.0 79.0 O indicador de nível de atividade em relação ao usual apresentou queda de 1,7 ponto, passando de 47,0 para 45,3 pontos, se distanciando mais da linha de estabilidade (50,0 pontos), indicando que o nível de atividade ainda esta aquém da usualmente realizada. Apenas as indústrias de pequeno porte (35,0 pontos) apresentaram avanço do indicador, registrando ganhos de 3,7 pontos em maio. As indústrias de médio porte registraram queda de 8,2 pontos passando de 40,9 para 32,7 pontos, ao passo que as de grande porte permaneceram estáveis no período (57,1 pontos), sendo o último porte o único a produzir de acordo com o usual. O Nº de empregados comparado ao mês anterior apresentou queda na passagem de abril para maio, com perda de 0,8 ponto, após alta de 2,4 pontos vista em abril e retornando a métrica de 47,5 pontos. Por porte, os indicadores das pequenas (40,0 pontos) acresceram em 2,5 pontos, enquanto as grandes ficaram estáveis em 57,1 pontos. Já as empresas de médio porte mostraram maior contração no número de empregados em maio (passando de 40,9 para 36,5 pontos), ao recuarem 4,4 pontos, segunda queda seguida. 2
A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) em maio ficou em 68,0%, registrando redução em comparação a divulgação anterior (73,0%) e se distancia da média histórica recente (73,6%). No corte por categoria, a queda foi puxada em grande parte pelas grandes empresas que recuaram 9,0 p.p. levando seu UCO para 79,0%. Já as médias apresentaram queda de 61,0% para 55,0%, ao passo que as pequenas terminaram o mês de maio com utilização de 62,0% de sua capacidade, superior ao aferido em abril (55,0%). TABELA 2 - Indicadores de Perspectivas do setor da Construção Paulista Perspectivas para os próximos 6 meses Nível de atividade Compras de insumos e matériasprimas Abr/14 40.3 31.3 36.4 46.4 37.7 25.0 31.8 46.4 Mai/14 38.5 45.0 32.7 39.3 38.9 50.0 30.8 39.3 Novos empreendimentos e serviços Número de empregados Abr/14 39.3 31.3 38.6 42.9 42.3 37.5 38.6 46.4 Mai/14 36.0 45.0 36.5 32.1 37.7 50.0 32.7 35.7 A perspectiva para o Nível de Atividade nos próximos seis meses se manteve em cenário pessimista ao decrescer 1,8 ponto, recuando para marca de 38,5 pontos em maio, e ficando cerca de 17,2 pontos abaixo do resultado aferido em igual mês do ano anterior. As perdas foram vistas com maior intensidade nas indústrias de grande porte (-7,1 pontos), que viu seu índice passar de 46,4 para 39,3 pontos, denotando a pior grau de expectativa da série histórica desse porte. A indústria de médio porte (-3,7 pontos) atingiu a métrica de 32,7 pontos, mostrando que os empresários do setor apostam na contração da atividade nos próximos meses em maior intensidade. Ademais, a categoria de pequeno porte, que havia permanecido estável em abril, ascendeu 13,7 pontos no mês de maio e atingindo o patamar de 45,0 pontos, maior patamar desde janeiro, mas ainda distante do nível considerado otimista para com o nível de atividade futura. 3
As perspectivas para compras de matérias-primas e insumos nos próximos seis meses subiram 1,2 ponto na passagem de abril para maio, retornando ao nível de 38,9 pontos. A alta foi puxada unicamente pelas empresas de pequeno porte, que avançaram 25,0 pontos nesta última leitura, passando de 25,0 para 50,0 pontos em maio, em cima da linha de estabilidade. Já o médio (30,8 pontos) e grande (39,3 pontos) porte exibiram recuos de 1,0 e 7,1 pontos, respectivamente, sendo estes os piores patamares atingidos pelas categorias. As perspectivas para Novos Empreendimentos e Serviços nos próximos seis meses voltaram a pirar no mês, vindo de 39,3 pontos no mês de abril para 36,0 pontos em maio, totalizando perda de 3,3 pontos, se agravando no quadro de pessimismo quanto aos novos empreendimentos por parte dos empresários. As quedas atingiram as grandes (-10,8 pontos) e médias (-2,1 pontos) empresas, chegando a 32,1 e 36,5 pontos, respectivamente. Já as pequenas empresas saltaram 13,7 pontos, chegando ao patamar de 45,0 pontos. Por fim, as perspectivas para a contratação de novos empregados nos próximos seis meses ficou em 37,7 pontos, com queda de 4,6 pontos neste mês em referência, ficando pelo quarto mês dentro de um cenário pessimista para o mercado de trabalho. A queda foi amenizada pelas pequenas empresas, que avançaram 12,5 pontos de 37,5 para 50,0 pontos em maio, voltando a ficar em cima da linha de estabilidade. Já as medias empresas recuaram de 38,6 para 32,7 pontos, enquanto as de grande porte atingiram 35,7 pontos, ante 46,4 aferido na avaliação precedente. 4
Em síntese, em maio, o nível de atividade permaneceu ritmo de contração (46,5 pontos), embora em ritmo de desaceleração em relação ao mês anterior. O cenário ruim ficou ainda pior para o mercado de trabalho, já que foi registrado um ritmo ainda maior na queda de números de empregados (47,5 pontos). O resultado anda em linha com a redução do nível de utilização da capacidade operacional, que decresceu para 68,0% nesta leitura. A notícia ruim continua sendo as constantes pioras das expectativa no futuras. As perspectivas dos empresários para os próximos seis meses, que voltaram a piorar no quinto mês do ano, ficando todos os indicadores distantes quadro considerado expansivo e otimista. Cabe ressaltar que apenas o porte pequeno apresentou melhora em seu cenário negativo de perspectivas quanto ao futuro, enquanto as de médio porte apresentaram as maiores perdas. O resultado fica pior quando consideramos os indicadores de perspectivas frente ao seu resultado no mesmo mês de 2013, onde todos os indicadores da Sondagem da Construção mostraram fortíssimas quedas (superando os 10,0 pontos), sinalizando abalo da confiança do empresário neste ano comparado ao ano anterior. Por fim, a leitura atual demonstra uma leve melhora do cenário ruim da Construção no momento corrente, mas ainda com fraco desempenho da atividade e baixa utilização da capacidade produtiva do setor, que não deve ser ativada nos próximos meses, dada as fracas perspectivas futuras. Sondagem Industrial da Construção Paulista Perfil da amostra: 25 empresas, sendo 4 pequenas, 13 médias e 7 grandes. Período de coleta: De 2 a 11 de junho de 2014 5
PERÍODO Nível de atividade comparado ao mês anterior Sondagem da Construção Maio de 2014 Série Histórica Situação Atual Nível de atividade em relação ao usual Número de empregados comparado ao mês anterior 14. Utilizaçao da Capacidade Operação - UCO (%) Jun/11 59.4 53.3 56.8 - Jul/11 52.5 53.9 50.0 - Ago/11 50.1 49.5 52.4 - Set/11 48.7 45.2 46.3 - Out/11 45.6 47.6 50.3 - Nov/11 41.7 43.1 49.1 - Dez/11 45.1 48.8 44.6 - Jan/12 54.1 53.3 54.6 - Fev/12 44.3 47.6 52.5 72.0 Mar/12 50.5 49.7 54.5 72.0 Abr/12 48.6 45.7 51.3 74.0 Mai/12 44.4 36.3 45.6 77.0 Jun/12 42.9 38.1 47.2 75.0 Jul/12 49.0 44.2 53.5 77.0 Ago/12 44.2 42.0 51.6 71.0 Set/12 50.0 50.8 47.4 73.0 Out/12 51.0 47.0 50.0 85.0 Nov/12 48.8 49.4 49.4 72.0 Dez/12 38.9 43.8 46.3 78.0 Jan/13 34.9 40.8 37.2 66.0 Fev/13 48.1 49.8 51.7 76.0 Mar/13 55.4 47.7 61.3 81.0 Abr/13 45.6 51.6 43.1 76.0 Mai/13 48.3 48.3 50.1 75.0 Jun/13 48.5 45.2 45.9 73.0 Jul/13 45.6 40.4 48.4 75.0 Ago/13 42.0 37.2 49.0 70.0 Set/13 49.1 43.3 49.1 69.0 Out/13 44.7 40.7 52.3 76.0 Nov/13 53.0 46.7 52.3 71.0 Dez/13 44.6 43.8 49.0 72.0 Jan/14 44.6 48.0 48.0 73.0 Fev/14 43.7 37.4 48.3 71.0 Mar/14 43.7 38.2 45.9 69.0 Abr/14 41.7 47.0 48.3 73.0 Mai/14 46.5 45.3 47.5 68.0 6
Sondagem da Construção Maio de 2014 Série Histórica Perspectivas para os próximos 6 meses PERÍODO Nível de atividade para os próximos seis meses Compras de insumos e matérias-primas para os próximos seis meses Novos empreendimentos e serviços para os próximos seis meses Número de empregados para os próximos seis meses número de empregados Jun/11 58.8 62.7 66.2 62.8 Jul/11 63.2 61.8 62.6 58.7 Ago/11 56.0 57.4 55.5 55.0 Set/11 55.0 50.0 56.2 53.8 Out/11 54.9 50.4 55.0 52.9 Nov/11 62.6 59.2 59.7 59.9 Dez/11 55.9 53.6 57.3 51.6 Jan/12 69.1 66.6 67.1 65.4 Fev/12 63.3 63.4 61.8 63.4 Mar/12 58.1 57.2 54.7 53.8 Abr/12 62.5 62.5 60.8 60.6 Mai/12 50.0 46.3 49.7 46.3 Jun/12 54.1 53.9 52.4 50.8 Jul/12 48.1 52.2 48.0 48.2 Ago/12 48.9 47.3 51.3 47.2 Set/12 53.8 53.6 53.8 53.8 Out/12 56.5 59.8 59.8 57.2 Nov/12 61.5 55.1 60.8 60.3 Dez/12 59.1 57.5 60.8 59.2 Jan/13 65.2 59.5 65.3 63.4 Fev/13 60.0 58.1 56.7 55.8 Mar/13 60.2 55.6 60.7 56.2 Abr/13 50.9 52.7 56.0 55.1 Mai/13 55.7 48.6 49.4 49.4 Jun/13 58.1 55.1 61.6 57.5 Jul/13 54.1 52.4 53.4 53.1 Ago/13 46.5 45.5 45.5 44.8 Set/13 48.3 48.2 50.7 48.8 Out/13 51.6 49.7 53.7 49.1 Nov/13 47.4 49.1 55.7 50.6 Dez/13 56.2 54.1 58.3 55.2 Jan/14 49.3 48.1 49.8 52.6 Fev/14 48.3 45.4 46.6 47.4 Mar/14 45.0 44.1 41.6 42.5 Abr/14 40.3 37.7 39.3 42.3 Mai/14 38.5 38.9 36.0 37.7 7