AVALIAÇÃO DE FONTES PARA O FORNECIMENTO FÓSFORO VIA FOLIAR NA CULTURA DO FEIJOEIRO

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DE FONTES PARA O FORNECIMENTO FÓSFORO VIA FOLIAR NA CULTURA DO FEIJOEIRO Marcos Sales Rodrigues 1,4 ; Fernando Dutra Nunes 2,4 ; Diego Ázara Loo 2,4 ; Deane Graein 2,4 ; Adilson Pelá 3,4 1 Bolsista PIBIC/CNPq 2 Voluntário Iniciação Científica PVIC/UEG 3 Pesquisador - Orientador 4 Curso de Agronomia, Unidade Universitária de Ipameri, UEG Resumo - O presente tralho teve como ojetivo a avaliação de fontes de fósforo aplicadas via foliar na cultura do feijoeiro, sore os componentes de produção, a produtividade e a quantidade do nutriente nos grãos. Foi conduzido um experimento em vasos, so cada de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições e seis tratamentos: 1-aduação completa via solo; 2-testemunha (sem aduação); aplicação foliar das fontes 3-fosfito de potássio; 4-ácido fosfórico; 5-fosfato monoamônico; e 6-fosfato de potássio. As aplicações foliares de P foram realizadas semanalmente a partir do sétimo dia após a emergência. A produtividade de grãos com a aplicação de P foliar foi superior à testemunha, porem inferior à aduação via solo. Não houve diferenças entre as fontes para a produtividade de grãos, mas o fosfato de potássio e o fosfato monoamônico proporcionaram maior acúmulo de P nos mesmos. Palavras-chave: fosfito de potássio; fosfato monoamônico; ácido fosfórico; fosfato de potássio Introdução Apesar da necessidade de P requerida ser menor que as quantidades de K (potássio) e N (nitrogênio) sua aplicação nas culturas é alta (VIEIRA, 2006a). Segundo esse autor, o motivo das grandes quantidades de fósforo aplicado é alta fixação desse elemento em solos tropicais, fazendo com que a maior parte dele não possa ser utilizada pelas. Devido a estes prolemas o aproveitamento pelas plantas da cultura aduada é muito aixo, variando de 5% a 25% (VIEIRA, 2006), fazendo com que esse seja um dos investimentos mais altos para a prática da agricultura comercial nesses solos (SOUZA, LOBATO & REIN, 2004). Uma alternativa para minimizar a perda de fósforo devido à fixação seria a utilização da aduação foliar e, desta forma, possiilitar a diminuição das quantidades de aduos

2 fosfatados, gerando então, ganhos econômicos e amientais já que é do conhecimento que o fósforo é um recurso natural não renovável. Este tralho teve como ojetivo verificar a eficiência de diferentes fontes para o fornecimento via foliar de P sore o desenvolvimento, produtividade e concentração do elemento nos grãos do feijoeiro. Material e Métodos O experimento foi conduzido em vasos em casa de vegetação, na Unidade Universitária de Ipameri-GO, no período de agosto de 2006 a julho de 2007. Utilizou-se solo coletado na camada superficial de um LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO. O mesmo foi sumetido à análises químicas, cujos resultados otidos foram: ph (CaCl 2 ) = 3,7; M.O. (g dm -3 ) = 12,0; CTC, Ca, Mg, K, Al, H+Al (cmol c dm -3 ) = 4,72, 0,2, 0,1, 0,11, 0,6 e 4,3, respectivamente; P Mehlich (mg dm -3 ) = 0,8; Saturação por ases = 8,92%. Realizou-se a calagem, utilizando-se calcário dolomítico, visando elevar a saturação por ase à 60%, permanecendo o solo incuado por um período de 90 dias após a aplicação do corretivo para completar a reação. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por: T1 fosfito de potássio (KH 2 PO 3 ); T2 - ácido fosfórico (H 3 PO 4 ); T3 - fosfato monoamônico-map (NH 4 H 2 PO 4 ); T4 - fosfato de potássio (KH 2 PO 4 ); T5 aduação completa via solo; T6 testemunha sem aduação. Nos tratamentos T1 a T4 foram realizadas seis pulverizações foliares, aos 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias após a emergência. A aduação de ase constituiu-se da aplicação de 120 mg dm -3 de potássio, usando-se como fonte cloreto de potássio (60% K 2 O) e 30 mg dm -3 de nitrogênio na forma de uréia (45% de N) para os tratamentos T1 ao T5. O tratamento T5 receeu uma dose de 120 mg dm -3 de fósforo na forma de superfosfato simples (20% de P 2 O 5 ). Foram realizadas duas aduações de coertura com 30 mg de N, na forma de uréia (45% de N), aos 19 e 48 dias após a emergência das plantas. Semeou-se, em vasos de sete litros, seis sementes de feijão da cultivar Pérola, e cinco dias após a emergência foi realizado o desaste, deixando-se três plantas por vaso. A aplicação foliar de fósforo foi realizada com orrifador, protegendo-se o solo do vaso com papel alumínio para evitar que os produtos atingissem o solo e fossem sorvidos pelas raízes.

3 As soluções foram preparadas com produtos PA (puro para análise) com concentração de 10 mg de P L -1 de solução. As soluções foram alanceadas devido a presença de outros nutrientes em algumas fórmulas, como K ou o N. Foram orrifados 5 ml da solução nas primeiras quatro aplicações; na quinta e sexta aplicações orrifou-se 7,5 ml devido a presença de maior área foliar.. A parte aérea foi coletada e levada a estufa a 60º C e então pesada para determinação de massa seca. Determinou-se tamém o número de vagens por planta, o número de grãos por vagens e a produtividade de grãos por vaso. Posteriormente os grãos foram sumetidos à análise química para determinação do teor de fósforo. Os dados foram sumetidos ao teste de Tukey a 5% de proilidade para a comparação entre médias. Resultados e Discussão O número de vagens por planta foi maior no tratamento que receeu aduação completa via solo (T5), que produziu 6,16 vagens por planta, diferindo significativamente da testemunha (T6) e das fontes de P fosfito de potássio e ácido fosfórico (T1 e T2 respectivamente), não diferindo, porém, das fontes fosfato monoamônico e fosfato de potássio (T3 e T4 respectivamente) (Tela 1). A testemunha foi inferior a todos os tratamentos, produzindo em média 1,00 vagem por planta. Não houve diferença significativa entre os tratamentos quanto ao número de grãos por vagem (Tela 1), indicando que essa característica é determinada geneticamente. O fornecimento de fósforo via solo proporcionou uma produção de 12,80 g de massa seca da parte aérea por vaso, superior às fontes ácido fosfórico, fosfato de potássio e testemunha, que produziram em média 10,42, 9,79 e 2,08 g por vaso, respectivamente (Tela 1). A testemunha foi estatisticamente inferior a todos os tratamentos. Não houve diferenças significativas entre as fontes de P em relação à produção de massa seca da parte aérea.

4 Tela 1. Número de vagens por planta, número de grãos por vagens, massa seca de grãos e de parte aérea, e teor de fósforo nos grãos em função de fontes para o fornecimento de fósforo via foliar na cultura do feijoeiro. Tratamentos Vargem/Planta Grãos/Vagem MS. Grãos MS. PA. Fósforo grãos Unidades g/vaso g/kg Fosfito de potássio 4,34 3,00 10,11 10,77 c 2,59 Ácido fosfórico 4,42 3,30 10,69 10,42 3,13 Fosfato monoamônico 4,75 c 3,00 10,50 10,95 c 3,56 Fosfato de potássio 4,83 c 2,88 9,65 9,79 5,00 c Via solo 6,16 c 3,56 16,10 c 12,80 c 2,08 a Testemunha 1,00 a 3,17 2,23 a 2,08 a 2,51 D.M.S. 1,65 1,28 2,75 2,37 1,22 CV. (%) 17,30 18,01 12,39 11,14 17,02 MS. Massa seca; PA. Parte aérea; D.M.S. Desvio Médio Significativo. CV. Coeficiente de variação. Médias com a mesma letra na coluna não diferem entre si a 5% pelo teste Tukey. Quanto à variável massa seca de grãos por vaso, a aduação via solo, com 16,10 g, foi superior a todos os tratamentos. Não houve diferença significativa entre as fontes de fósforo aplicadas via foliar, porém todas mostraram-se superiores à testemunha, que produziu em média 2,23 g por vaso (Tela 1). Esses resultados discordam dos relatados por MALAVOLTA (1980) com aveia e no, por MURAOCA & NEPTUNE (1981) e por PELÁ et al. (2003) com a cultura do feijoeiro. Resultados semelhantes foram otidos por CONTE & CASTRO & BOARETO (2001), que verificaram que a aduação foliar não influenciou a produtividade do feijoeiro. Essas divergências nos resultados provavelmente ocorrem em função de condições distintas em que cada experimento foi realizado, como fertilidade do solo, condições climáticas, volume dos vasos, época e modo de aplicação, entre outros. Maior concentração de fósforo nos grãos foi otida com a fonte fosfato de potássio, com 5,00 g kg -1, que diferiu significativamente dos demais tratamentos (Tela 1). O uso de fosfato monoamônico tamém proporcionou concentração de 3,56 g kg -1, superior à aplicação via solo, com 2,08 g kg -1. A aixa concentração com o fornecimento de P via solo pode ter sido em função do efeito de diluição que, segundo MALAVOLTA (1980), ocorre quando há um maior crescimento ou produção da planta. O fosfato potássio foi a fonte que proporcionou o maior acúmulo de P nos grãos, com 48,7 mg por vaso (Figura 1a), 44% acima do P acumulado com o fornecimento via solo (Figura 1). Foi superior tamém às fontes fosfito de potássio e ácido fosfórico, cujos conteúdos de P acumulados foram 26,6 e 32,8 mg por vaso, correspondente a -20,8% e -2,2% em relação ao fornecimento via solo (Figuras 1a e 1). Não houve diferenças significativas entre as fontes usadas para o fornecimento de P foliar com o seu fornecimento via solo, tanto

5 em relação ao conteúdo total por vaso quanto ao valor relativo. A testemunha foi inferior a todos o tratamentos, com apenas 5,4 mg por vaso (Figura 1a), 84% aixo do conteúdo de P acumulado no fornecimento via solo (Figura 1). Corrooram com esses resultados os otidos por TEIXEIRA & ARAÚJO (1999), e PELÁ et al. (2003), que tamém verificaram aumentos nos teores de P nos grãos. Isso evidencia a sorção foliar e o translocamento do nutriente desta para o grão que, segundo MALAVOLTA (1980), é um elemento de alta moilidade na planta. Isso pode contriuir para melhorar o vigor das sementes e/ou seu valor nutricional. a) ) 100 60 a P (mg vaso -1 ) 80 60 40 a % 40 20 0-20 -40 20 0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 c -60-80 -100 T1 T2 T3 T4 T5 T6 c Figura 1. Fósforo acumulado nos grãos do feijoeiro em função do fornecimento do elemento via foliar por diferentes fontes a) em mg vaso -1 ; ) % em relação ao fornecimento via solo. T1 fosfito de potássio; T2 - ácido fosfórico; T3 - fosfato monoamônico; T4 - fosfato de potássio; T5 aduação completa via solo; T6 testemunha. Conclusões A produtividade de massa seca da parte aérea foi maior quando o fósforo foi fornecido via solo, se comparada às otidas com a aplicação foliar com as fontes fosfato de potássio e ácido fosfórico, e semelhantes às com fosfito de potássio e fosfato monoamônico. Maior quantidade de P acumulada nos grãos foi otida com a fonte fosfato de potássio, seguida pelo fosfato monoamônico e pelo fornecimento via solo. A aduação via solo proporcionou a maior produtividade de grãos. Não houve diferenças entre as fontes de P aplicadas via foliar quanto à esse fator, porém todas superaram a testemunha.

6 Referencias Biliográficas CONTE E CASTRO, A.M.; BOARETTO, A.E. Aduação foliar do feijoeiro com nutrientes, vitamina 1 e metionina. Scientia Agraria, v. 2 (2001). Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.r/ojs2/index.php/agraria/issue/view/102. Acesso em: 15/04/2006. MALAVOLTA, E. Elementos de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 1980. 254p. MURAOKA, T.; NEPTUNE, A. M. L. Efeito da aplicação foliar de polifosfato, superfosfato, uréia e yogen na produção do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). In: SIMPÓSIO DE ADUBAÇÃO FOLIAR, 1., 1981, Botucatu. Anais. Botucatu: FEPAF, 1981. p. 120. PELÁ, A; ZUCARELLI, C; SOUTO, L. S.; WADT, L.G.R ; MARTINEZ, M.M; GRASSI FILHO, H. Aplicação de fósforo via foliar durante o desenvolvimento do feijoeiro. In: XXIX Congresso Brasileiro De Ciência Do Solo. Rieirão Preto, SP, 2003. SOUSA, D. M. G.; LOBATO, E.; REIN, T. A. Aduação com fósforo. In: SOUSA, D. M. G.; LOBATO, E. Cerrado: Correção de Solo e Aduação. Brasília: Emrapa Cerrados, 2004. p 147 167. TEIXEIRA, M.G.; ARAÚJO, A.P. Aumento do teor de fósforo em sementes de feijoeiro através da aduação foliar. In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE FEIJÃO, 6., Salvador, 1999. Resumos expandidos. Santo Antônio de Goiás, Emrapa Arroz e Feijão, 1999. p. 756-759. VIEIRA, C. Aduação Mineral e Calagem. In: VIEIRA, C.; PAULA JÚNIOR, T. J.; BORÉM, A. Feijão. Viçosa: UFV, 2006a. p. 115 142. VIEIRA, R. F. Fundamentos da Quimigação e Fertigação. In: VIEIRA, C.; PAULA JÚNIOR, T. J.; BORÉM, A. Feijão. Viçosa: UFV, 2006. p. 213 258.