O Movimento da Economia Solidária: a emergência de um movimento social pela humanidade



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Transcrição:

III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação PUCRS O Movimento da Economia Solidária: a emergência de um movimento social pela humanidade Sérgio Luiz Valentim Jr, Emil Albert Sobottka (orientador) Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Resumo O presente trabalho propõe compreender a Economia Solidária como um novo movimento social que está crescendo concomitantemente com a crise do trabalho gerada pela reestruturação pós-fordista criando uma oportunidade política de mobilização social que se configura como ator social em busca de uma outra forma de relacionar-se com a economia. A Economia Solidária no Brasil pode ser caracterizada como um novo movimento social que emerge no final do século XX e exige uma análise que combine as correntes européia e americana de forma a complementar as relações identitárias da primeira com a necessidade de se estabelecer estratégias, como na corrente americana. O movimento da Economia Solidária evoca aspectos como a cooperação, solidariedade, propriedade coletiva dos meios de produção, o fim da mais-valia e a autogestão democrática, como uma alternativa para superar as relações econômicas e produtivas capitalistas, sendo uma forma contra-hegemônica de luta contra a dominação direta do capital sobre as forças produtivas sociais. Por trata-se de uma pesquisa em andamento, os resultados obtidos são parciais e derivam de pesquisas literárias acerca da temática da Economia Solidária e dos movimentos sociais. O objeto da pesquisa será o Movimento da Economia Solidária no Brasil que consiste em 22.000 empreendimentos solidários existentes no País, com base no mapeamento realizado pela SENAES Secretaria Nacional de Economia Solidária e finalizado em 2008. Os instrumentos metodológicos utilizados compreendem a análise dos dados referendados pelo mapeamento combinado com a pesquisa bibliográfica pertinente ao estudo que caracteriza a Economia Solidária como um novo movimento social. O movimento da Economia Solidária consiste numa ação coletiva que busca uma revolução cultural, onde o protagonismo do movimento constrói relações sociais e econômicas mais civilizadas e solidárias, através do trabalho coletivo como centro do processo de socialização e com o controle dos meios de produção pelos trabalhadores. A

ruptura cultural que supera as estruturas culturais capitalistas se daria pelo processo de transformação da força de trabalho social do capital em sujeito coletivo de trabalho. Introdução O tema da Economia Solidária vem sendo pesquisado sistematicamente em diversos países do mundo. O interesse cada vez maior dos pesquisadores vem demonstrando que estas práticas transcendem o campo das iniciativas isoladas para um complexo desenvolvimento socioeconômico, com o objetivo de compreender a sua emergência. É necessário dizer que trata-se de um movimento recente e seus conceitos foram gestados na segunda metade dos anos 1990, sendo Jean-Louis Laville como trabalho pioneiro na França em 1994, concomitantemente com o pioneiro no Brasil, o Prof. Paul Singer, que hoje é o atual secretário da primeira Secretaria Nacional de Economia Solidária SENAES, órgão que compõe o conjunto de secretarias do Ministério do Trabalho e Emprego, criado em 2003. Por tratar-se de um tema em desenvolvimento, estudar a Economia Solidária é uma possibilidade de como cientista social, contribuir para o crescimento conceitual e cultural no Brasil. Parece urgente que pesquisemos outras formas de desenvolvimento econômico que aliem fatores distributivos mais igualitários. É neste sentido que compreendo o interesse cada vez maior dos pesquisadores neste tema e, também, na busca por compreender as possibilidades de que a Economia Solidária constituir-se como um movimento social e de tornar-se uma alternativa socialmente sustentável. Metodologia Diante o objetivo central da pesquisa de analisar a Economia Solidária como um novo movimento social, é necessário considerar previamente alguns critérios para não causar confusão com uma possível relação entre o problema científico e um problema social: Estes dois tipos de problemas podem e mesmo devem estar vinculados, mas são de natureza diferente. Um problema social é a leitura que um grupo social ou uma instituição faz de uma determinada realidade e transforma esta leitura em uma demanda, bandeira de luta ou questão política. Por outro lado, o problema científico pode ser construído a partir de um problema social, mas deve romper com o senso comum desse, problematizando-o, desconstruindo-o, tomando-o como uma visão específica. Um problema científico deve, assim, considerar como parte da investigação a própria emergência do problema social (VICTORIA, 2000, P.47-48). Neste sentido, busca-se analisar a Economia Solidária como um movimento social, com o intuito de compreender a emergência do movimento concomitante com vários

problemas sociais gerados pela exclusão social gerada pela reestruturação pós-fordista e pela desregulamentação das relações sociais e de trabalho contemporâneo. Estas perspectivas também sinalizam outras reações que indicam possibilidades de cooperação produtiva via estratégias defendidas pelo movimento da Economia Solidária. Outro ponto que norteará a análise são os mecanismos de gestão adotados nestes empreendimentos. Em função de ser uma associação de indivíduos organizada de forma horizontal, onde a propriedade dos meios de produção é coletiva e a gestão é democrática e feita por quem produz, ou seja, os próprios trabalhadores, pretende-se avaliar como estes mecanismos propulsores do funcionamento cotidiano dos empreendimentos de Economia Solidária podem desenvolver de forma contrahegemônica, conforme Boaventura Santos, o movimento. A noção de campo de Bourdieu possibilita analisar o objeto da pesquisa, fazer relações entre experiências empíricas de empreendimentos solidários com o intuito de identificar a formação dos sentidos utópicos mais abrangentes, mobilizando-se através de redes de relações sociais que possibilitam a formação do movimento. Pretende-se verificar como a Economia Solidária vem se constituindo numa certa identidade simbólica, criando espaços de discussão e atuação direta dos indivíduos engajados no movimento desenvolvendo um campo democrático e autogestionário e criando também uma nova área do conhecimento científico, genuinamente multidisciplinar (SOUZA, 2004). Referências ÁLVAREZ, Sonia E., DAGNINO, Evelina e ESCOBAR, Arturo (orgs.). Cultura e política nos movimentos sociais latino-americanos: novas leituras. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000. ASSIES, Willem.Theory, practice and external actors in the making of new urban social movements in Brazil. Bull. Latin. Am. Res. v. 18, nº 2, p. 211-226. 1999. BOURDIEU, Pierre. Contrafogos 2: por um movimento social europeu. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 2001.. A produção da crença: contribuição para uma economia dos bens simbólicos. Porto Alegre, RS: Editora Zouk, 2006. BOCAYUVA, Pedro Cláudio Cunca. As metamorfoses do trabalho e da cooperação produtiva: a economia popular e solidária na perspectiva da nova centralidade do trabalho. Rio de Janeiro: FASE, 2007. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. SP: Paz e Terra, 2003.

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