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Transcrição:

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Formatos Familiares Contemporâneos Conti.: a) Filiação Socioafetiva: Há equiparação da filiação socioafetiva com a filiação biológica. Veja a peça disponibilizada pelo professor. ATENÇÃO: Estatuto do Deficiente: A lei 13.146/2015 retirou do art. 3º do C.C. as pessoas que de alguma forma possuíam deficiências mentais e, assim, consideradas incapazes. CUIDADO: IRREVOGÁVEL. Reconhecimento de paternidade em testamento é 1

Veja o testamento disponibilizado pelo professor. b) Multiparentalidade: Em decorrência da socioafetividade surge a multiparentalidade. Existe esta figura quando na relação de parentesco há dois pais e uma mãe ou um pai e duas mães havendo, ainda, a presença de seis avós, o que significa que poderá haver seis obrigações de prestar alimentos e, também, seis heranças. ATENÇÃO: União Poliafetiva: Trata-se de união estável com várias pessoas. Decorrente do poliamor. No entanto, a ministra Nancy Andrighi determinou a suspensão de lavraturas de uniões poliafetiva perante o cartório de registro civil. Não é reconhecida como família. c) União Estável e Concubinato: 2

Concubinato: art. 226, 3º. Desde 1988 é reconhecida a união estável, nos termos da CF no Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. Já o concubinato é diferente, trata-se de convivência entre homem e mulher que estão IMPEDIDOS DE CASAR. Veja o fundamento legal no art. 1. 727 do C.C. Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. Os separados de fato e judicialmente estão impedidos de casar, no entanto, para eles, haverá união estável. Previsão está no art. 1.723 do C.C. Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 3

1 o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 2 o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. Desta forma, os casados e os parentes não podem casar e se existir alguma relação amorosa entre eles haverá concubinato. Para melhor entender segue esquema. Para que a concubina tenha direito sobre patrimônio deverá provar o esforço comum, ou seja, provar o quanto empenhou para aquisição do bem. 4

Ex: Homem casado compra apartamento junto com amante, ele coloca R$ 700.000,00 e ela R$ 200.000,00, a amante somente terá direito aos R$ 200.000,00. ATENÇÃO: A emenda 45/2004 inseriu ao art. 5º inciso LXXVIII da CF, do princípio da razoabilidade. LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (grifo nosso) Caso sua ação não seja julgada num período razoável para conclusão da ação e efetivação da decisão proferida, caberá Reclamação à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. ATENÇÃO: Concubinato: Não tem direitos de regime de bens; Não tem direitos patrimoniais, salvo comprovação de esforço comum; Não tem direito a parentesco; 5

Não Tem direitos sucessórios. União estável: Como dito antes, desde 1988 é reconhecida a união estável, nos termos da CF no art. 226, 3º. Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. Sendo, ainda, prevista pela lei 8.971/ 94 + lei 9.278/ 1996 + o art. 1.723 e seguintes do C.C. União estável é a união entre homem e mulher, perfazendo convivência pública, duradoura e contínua, tendo por objetivo constituir família, nos termos do art. 1.723 do C.C. Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. Para melhor entender segue esquema. 6

Desta forma, poderão contrair união estável os solteiros, viúvos, divorciados e separados de fato e judicialmente. Duradouro está ligado à tempo. Antigamente era da seguinte forma: 7

A jurisprudência entedia que o casal deveria morar no mínimo 5 anos sob o mesmo teto. Com a Lei 8.971/ 1994 precisava ter no mínimo 2 anos de convivência, sob o mesmo teto. Já pela Lei 9.278/ 1996 precisava comprovar que a convivência era duradoura. Pelo C.C. basta comprovar que a união estável é duradoura. O regime de bens aplicável à união estável, quando de fato, será o regime de comunhão parcial de bens. No entanto, é interessante fazer o reconhecimento de união estável através de escritura pública, podendo, ainda, escolher o regime de bens à ser adotado. Para comprovar a união estável de fato junte todas as provas possíveis, incluindo de redes sociais. aula passada. Deve restar configurada a Fama e o Tractato, já discutidos em BONS ESTUDOS!!! Profa. Cristina Anita S. Lereno 8