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Transcrição:

Processo n 1/001905/2000 Auto de Infi'ação no 1/200007884 ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS TRIBUTÁRIOS RESOLUÇÃO N ~ 03 /2004 2 a CÂMARA DE JULGAMENTO SESSÃO DE 20.10.2004 PROCESSO DE RECURSO N 1905/2000 AUTO DE INFRAÇÃO N 1/200007884 RECORRENTE: CORDESA CALÇADOS CEARENSES S/ A RECORRIDO: CÉLULA DE JULGAMENTO DE 1a INSTÂNCIA CONS. RELATORA: ERIDAN REGIS DE FREITAS EMENTA: Extravio de documentos fiscais. Notas Fiscais de aquisição de mercadoria e Conhecimentos de Transporte de utilização de serviço. Base de cálculo arbitrada. Extravio não comunicado ao órgão fiscal. Exercício de 1998. Preliminar de nulidade rejeitada por unanimidade de votos. Manutenção da decisão de PROCEDÊNCIA exarada pela 1a Instãncia. Decisão amparada no art. 421 c/c 88 l e 2 do art. 878 do Decreto 24.569/97. Aplicação retroativa da penalidade inserta no art. 123, IV, "k" da Lei 12.670/96, com redação alterada pela Lei 13.418/03, de acordo com o art. 106, 11, "c" do CTN. Recurso Voluntário conhecido e desprovido. Decisão por unanimidade de votos. RELATÓRIO A acusação versa sobre o extravio pelo contribuinte de 833 documentos fiscais de entrada, no exercicio de 1998, entre eles Notas Fiscais e Conhecimentos de Transportes. Nas Informações Complementares é demonstrada a forma de realização do arbitramento, que tomou por base os documentos do exercício de 1999, cuja base de cálculo importa em R$ 401.239,44, sobre a qual foi aplicada tão somente a multa de 40%, sem a cobrança do imposto. Instruindo o processo consta um Parecer Técnico acerca da ocorrência de um incêndio no veículo de placas HUW 0615-CE, com destruição de documentos contábeis e fiscais da empresa Cordesa - Calçados Cearenses S/ A, /J

Processo no1/001905/2000 Auto de Infraçào n 1/200007884 dentre outras, no qual o perito "admite a possibilidade que o sinistro deveu-se a curto circuito elétrico produzido de maneira acidental no sistema elétrico do veículo". O citado laudo faz-se acompanhar da "Ocorrência Policial" prestada pelo sr. WILLIAM RAMOS TAVARES e pelo Registro da Ocorrência do Chefe da Guarnição do Corpo de Bombeiros - seção Sobral-CE. Tempestivamente a ação fiscal foi impugnada, argüindo a nulidade do feito pois desconhece a assinatura constante do AR referente ao envio do Termo de Prorrogação, só tomando conhecimento do auto de infração por ocasião da visita do contador ao Nexat e, também, por que o autuante não identificou os documentos extraviados, cerceando o seu direito de defesa. No mérito alega que aconteceu um caso fortuito - evento imprevisto - um incêndio no veículo e que em caso de dúvida deveria ser aplicada a penalidade do art. 878, VIII, "d" do RICMS. Ressalta que tendo em vista a empresa gozar de incentivos fiscais, a mesma não teria benefício com a destruição dos documentos. Na la Instãncia foi solicitada a realização de perícia a fim de, junto ao autuante, identificar e qualificar por número e série os documentos cobrados na inicial e, após a entrega da documentação ao contribuinte, reabrir prazo para impugnação. Em atendimento ao pedido consta uma Informação Fiscal dando conta que as notas fiscais tidas como extraviadas constam do relatório fornecido pelo contribuinte como escrituradas no livro Registro de Entradas, o qual foi anexo pelo fiscal autuante. Após refutação das alegações da defesa, a julgadora singular decidiu pela Procedência do feito, com a aplicação da multa de 40% do valor arbitrado, ressaltando que a lei define o extravio como sendo o desaparecimento do documento fiscal em qualquer hipótese. Informa que foi reaberto o prazo ao contribuinte, após identificação dos documentos mediante atendimento do pedido de perícia. Enfatiza que a intimação foi válida, em nome da teoria da aparência. Inconformada com o decisório singular, a autuada interpõe Recurso Voluntário sob as mesmas razões trazidas na peça impugnatória, acrescidas tão somente do argumento que a imputação foi fundamentada em indício e presunção. O Parecer da Consultoria Tributária, adotado pela douta Procuradoria Geral do Estado, opina pela manutenção da decisão de Procedência exarada pela la Instãncia, ressaltando que a citação foi válida, em nome da teoria da aparência, sendo obrigação de quem recebeu dar a destinação à correspondência dentro da empresa. Aduz que o art. 123, 8 10 da Lei 12.670/96, alterado pela Lei 13.418/03 trata do caso de força maior, devidamente comprovada, que são os fenômenos naturais, raio, tempestade, terremoto. Já o incêndio é caso fortuito, portanto não se aplica a exclusão da penalidade, pois segundo as regras da hermenêutica as exceções devem ser aplicadas literalmente. Fundamenta no art. 421 do RICMS e informa que não cabe aplicação da penalidade pretendida pelo /

Processo no 1/00190512000 Auto de Infração n 1/200007884 recorrente, posto que existe penalidade específica, a do art. 123, IV, "k", com nova redação dada pela Lei 13.418/03. VOTO A peça inicial do presente processo trata do extravio pelo contribuinte de 833 documentos fiscais relativos á aquisição de mercadorias e á utilização de serviços durante o exercício de 1998. Na composição do crédito tributário o autuante realizou o arbitramento para efeito de base de cálculo sobre a qual aplicou a penalidade de 40%, sem cobrança do imposto e os documentos fiscais extraviados constam de um relatório fornecido pela própria empresa, o qual já havia sido anexado pelo fiscal ao auto de infração. A acusação fiscal guarda conformidade com a legislação, uma vez que, de fato, a empresa fiscalizada extraviou notas fiscais e conhecimentos de transporte, já que não os apresentou em tempo hábil. Se defendendo da imputação alega que, em 18.06.99, ocorreu um incêndio no veículo que transportava a documentação para o escritório do sr. José Valdenir Coelho - contador da empresa, portanto um caso fortuito e não um extravio. E aqui cabe considerar que, á época da lavratura do auto de infração o comando dos 88 1 0 e 2 0 do art. 878, do Decreto 24.569/97 definia como extravio o desaparecimento do documento fiscal em qualquer hipótese não importando o motivo que ocasionou tal fato. Senão vejamos: "Art. 878 -...... omissis... S 10 - Considera-se extravio o desaparecimento, em qualquer hipótese, de documento fiscal, formulário contínuo, ou selo fiscal. S 2 0 - Configura-se ocorrida a irregularidade o extravio de documento fiscal, formulário contínuo ou selo fiscal, exceto quando houver a sua apresentação ao Fisco em prazo que caracterize a espontaneidade. " Não obstante citado dispositivo 13.418/03, deixando de considerar extravio quando maior devidamente comprovada, no caso que ora ter sido alterado pela Lei tratar-se de caso de força se cuida não se aplic/tai

Processo n 1/001905/2000 Auto de Infração n 1/200007884 excludente, posto que a ocorrência de um incêndio caracteriza-se como caso fortuito, como assim menciona a recorrente em suas razões. Senão vejamos uma singela distinção entre ambos: enquanto que o motivo de força maior refere-se a um acontecimento imprevisível, incogitãvel, para o qual a pessoa não concorreu, p.ex. a tempestade, um raio, o caso fortuito se originaria de situações irresistíveis, tais como explosão, incêndio, merecendo destaque para o aspecto da imprevidência e falta de cautela. Considero oportuno tecer algumas considerações acerca do argumento trazido pela autuada no que concerne ao incêndio que teria destruído os documentos fiscais objeto da acusação: a) o sinistro ocorreu numa estrada carroçãvel que liga a BR- 222 ao centro de Sobral que é um local sem muito movimento; b) a ocorrência fora registrada em 18.06.1999 pelo sr. William Ramos Tavares e a perícia realizada em 19.06.1999; c) o referido senhor afirmou que viajava no veículo, todavia em consulta ao sistema Cadastro de Contribuintes veríficou-se que o mesmo não compõe o quadro societãrio da empresa; d) o Termo de Ocorrência registra que a documentação estava sendo conduzida para o escritório contábil do sr. José Valdenir Coelho, todavia o mesmo, á época, já não era mais contador da empresa, de acordo com a consulta ao sistema Cadastro de Contribuintes; e) o veículo de placas HUW 0615 - CE, objeto do sinistro, tinha como ano de fabricação 1979, portanto com 20 anos de uso, e não era de propriedade da empresa e sim da sra. Karisia de Lourdes de Andrade, conforme verificou-se através da consulta ao sistema Integrado de Trãnsito; f) de acordo com o Laudo Pericial foi extraviada a documentação de mais cinco empresas e dos seus sócios, os quais fazem parte do mesmo grupo da autuada; g) o laudo, a meu ver, é inconclusivo, senão pelo fato de tão somente admitir "a possibilidade que o sinistro deveu-se a curto circuito elétrico produzido de maneira acidental no sistema elétrico do veículo" (grifamos), mas sim pelo fato de não demonstrar os pressupostos que fundamentaram tal opinião, pois o mesmo não contém os elementos motivadores de sua conclusão.;

Processo no 1/001905/2000 Auto de Int,'açào no 1/200007884 Cons, Relatora: Eridan Regis de Freitas Cabe destacar que na oportunidade, estão sendo apreciados mais outros três autos de infração por extravio, sendo que juntos totalizam 1.466 documentos fiscais extraviados. A irregularidade - extravio de documento fiscal - decorre da obrigatoriedade que tem o contribuinte de conservar toda a sua documentação fiscal pelo prazo de cinco anos, o que deve realizado ser dentro do seu estabelecimento. É o que determina o art. 421 c/c art. 143 do pré falado diploma legal. "Art. 421 - Os livros e documentos fiscais e contábeis, inclusive gravados em meio magnético, que serviram de base à escrituração, serão conservados em ordem cronológica, salvo disposição em contrário, pelo prazo decadencial do crédito tributário, para serem exibidos ao Fisco, quando exigidos, JJ "Art. 143 - Os documentos de que trata esta Seção deverão ser conservados e arquivados em ordem cronológica, no próprio estabelecimento, deste não podendo ser retirados, salvo quando apreendidos ou por autorização do Fisco, devendo a este ser apresentados ou remetidos quando requisitados. JJ A nulidade argüida pela recorrente, no sentido de que a pessoa que recebeu o AR - Aviso de Recebimento não tinha legitimidade para tal, deve ser afastada, pois como enfatizam o julgador singular e o consultor tributário a intimação foi perfeitamente válida, em nome da teoria da aparência, ademais o teor do 9 3 do art. 46 do Decreto 25.468/99 dispõe que quando feita através de carta, a intimação pode ser comprovada, também, pela assinatura do empregado ou assemelhado no AR. Mencione-se, ainda, que em todas as oportunidades em que era possível ao sujeito passivo se manifestar no processo, este assim o fez, através da impugnação e do recurso voluntário, tendo sido dessa forma assegurado o seu direito de defesa. As razões aduzidas no Recurso Voluntário não têm como ser acolhidas, posto que cotejando-se os fatos colhidos e submetidos á apreciação com os dispositivos legais trazidos à colação, infere-se pela exata subsunção do fato à norma, ou seja, a conduta do contribuinte enquadra-se perfeitamente à tipificação legal, tornando-o sujeito à penalidade constante do 123, IV, "k" da Lei 12.670/96, não cabendo a aplicação da penalidade pretendida pelo recorrente, posto que esta é a específica para o caso do extraviai

Processo no 1/001905/2000 Auto de Inti'ação no1/200007884 Já no que pertine á multa, em razão da legislação superveniente que trata das penalidades ser mais benéfica ao contribuinte, esta é que deve ser aplicada in casu, em obediência ao principio interpretativo insculpido no art. 106 do CTN - Código Tributário Nacional. Pelo exposto, deve ser aplicada ao contribuinte a penalidade inserta no art. 123, IV, "k" da Lei 12.670/96, com as alterações produzidas pela Lei 13.418/03 de 30.12.2003, abaixo transcrito: "Art. 123 - As infrações à legislação do ICMS sujeitam o infrator às seguintes penalidades, sem prejuízo do pagamento do imposto, quando for o caso:... omissis... IV - relativamente a impressos e documentos fiscais:... omissis... k) extravio de documento fiscal, de selo fiscal, de formulário contínuo ou de formulário de segurança pelo contribuinte: multa correspondente a 20% (vinte por cento) do valor arbitrado, ou, no caso da impossibilidade de arbitramento: multa equivalente a 50 (cinqüenta) Ufirces por documento extraviado. Na hipótese de microempresa, microempresa social e empresa de pequeno porte a penalidade será reduzida em 50% (cinqüenta por cento); Por fim, voto para que se afaste a nulidade argüida pela recorrente e se conheça do Recurso Voluntário, negando-lhe provimento, no sentido de que seja confirmada a decisão de Procedência do feito, exarada em la Instância, de acordo com o Parecer da douta Procuradoria Geral do Estado. DEMONSTRATIVO VALORARBITRADO MULTA(20%) TOTAL. R$ 401.239,44 R$ 80.247,88 R$ 80.247,88 É o voto. I

Processo no 1/001905/2000 Auto de Infração n 1/200007884 DECISÃO Vistos, discutidos e examinados os presentes autos, em que é recorrente CORDESA CALÇADOS CEARENSES SI A e recorrido CÉLULA DE JULGAMENTO DE la INSTÂNCIA RESOLVEM os membros da 2a Câmara do Conselho de Recursos Tributârios por unanimidade de votos rejeitar a preliminar de nulidade argüida pela recorrente e, também, por unanimidade de votos conhecer do Recurso Voluntârio e negar-lhe provimento no sentido de confirmar a decisâo de PROCEDÊNCIA prolatada em 1a Instância, nos termos do voto da Relatora e de acordo com o Parecer da douta Procuradoria Geral do Estado. Sala das Sessões da 2a Câmara do Conselho de Recursos Tributârio do Estado do Cearâ, em J fi de dezembro de 2004. OSVALDO~~REBOUÇAS Presidente ERIDAN REGIS D FREITAS Relatora. '~~~~ DULCIMEIRE PEREIRA GOMES a.~~~e~igueiredo REGINEUSA ~MIRANDA DE SÃ VANESSA ALBUQUERQUE VALENTE J.IA J-L,- r- -K o)... vh\14 /à ~DOLFO Con elheiro n". LICURGO T. DE OLIVEIRA ~o[~ f. ARCEAs DEjll SAN}O FILHO < Conselheiro ~ LItiLf#f tv--- d- k-eú-- vl ~ 1LDEBRANDO Conselheiro HOLANDA J6NIORt UBIRATAN FERREIRA DE ANDRADE Procurador do Estado