INCAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS: ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

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Transcrição:

INCAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS: ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA Kyonayra Quezia Duarte Brito Universidade Estadual da Paraíba queziaduarte@yahoo.com.br INTRODUÇÃO Incapacidade funcional significa a presença de dificuldade no desempenho de atividades cotidianas ou a impossibilidade de desempenhá-las 1. Estudos apontam elevadas prevalências de incapacidade funcional entre idosos no Brasil 2. Isso é preocupante, pois a incapacidade funcional exerce influência significativa na qualidade de vida e tem como principais consequências à hospitalização e o aumento da mortalidade do indivíduo idoso 3. Tendo em vista o impacto da incapacidade funcional na vida do idoso, políticas públicas têm sido criadas com vistas à prevenção e recuperação dessas incapacidades, a exemplo da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), que fomenta pesquisas na área do envelhecimento que abordem a incapacidade funcional, além de sugerir a criação de um banco de dados nacional com perfil da população idosa, identificando a presença de incapacidades 4. Considerando a necessidade de levantamento acerca da incapacidade funcional na população idosa brasileira, e as recomendações da PNSPI, faz-se necessário analisar a produção do conhecimento na área do envelhecimento, com destaque para incapacidade funcional. Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar a produção cientifica acerca da incapacidade funcional em idosos brasileiros nos últimos cinco anos. METODOLOGIA Trata-se de um estudo bibliométrico e descritivo, no qual foi utilizada a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A BVS é uma das principais fontes de informação online para a

distribuição de conhecimento científico e técnico em saúde e distingue-se do conjunto de fontes de informação disponíveis na Internet por obedecer a critérios de seleção e controle de qualidade 5. No presente estudo a seleção das publicações foi feita a partir de critérios de inclusão e de exclusão. Inicialmente a busca foi realizada objetivando publicações de artigos originais, utilizando o descritor idoso, associado aos descritores: incapacidade funcional e dependência. A pesquisa compreendeu os artigos publicados no período de janeiro de 2010 a julho de 2015, e a busca e a coleta dos dados foram realizadas nos meses de maio e junho de 2015. Os critérios de exclusão foram todos os demais tipos de publicação (editoriais, comentários, reflexão, relato de experiência e revisão da literatura) e os artigos originais que não apresentavam algum dos descritores acima citados. Os critérios de inclusão foram o período de publicação (janeiro de 2010 a julho de 2015), idioma (português), base de dados (LILACS e MEDLINE) e assunto principal (idoso, saúde do idoso, avaliação geriátrica, idoso fragilizado, envelhecimento). Os artigos selecionados foram analisados conforme dados bibliométricos relativos a: ano de publicação, tipo de estudo, valor da amostra utilizada na pesquisa, região do país onde desenvolveu-se a pesquisa e periódicos em que os artigos foram publicados. Os dados foram obtidos a partir do acesso a cada um dos artigos e, simultaneamente, organizados em um instrumento no formato de tabela, com os respectivos campos: ano de publicação, tipo de estudo, amostra, região do Brasil e periódicos. RESULTADOS A busca integrada na BVS com os descritores idoso e incapacidade funcional resultou em 8.409 artigos e com os descritores dependência e idoso resultou em 12.043 artigos. Após utilizar os critérios de inclusão e exclusão, e eliminando os artigos repetidos, obteve-se uma amostra de 55 artigos. Na tabela 1 é possível observar que o ano de 2012 foi o que apresentou a maior quantidade de publicações (30,91%), seguido do ano de 2010 (25,46%) e 2011 (23,64%).

No ano de 2015 nenhum artigo foi encontrado durante a pesquisa, e em 2014 foram encontrados apenas três artigos (5,54%). Tabela 1- Distribuição da produção científica por ano de publicação no período de 2010 a 2015 Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Total n 14 13 17 08 03 00 55 % 25,46 23,64 30,91 14,54 5,45 00 100 Ao analisarmos por tipo de estudo é possível verificar que a maioria dos estudos (96,0%) é do tipo transversal, enquanto que apenas 4,0% são estudos longitudinais (Tabela 2). Tabela 2-Distribuição da produção científica por tipo de estudo no período de 2010 a 2015 Tipo de estudo Transversal Longitudinal Total n 53 02 55 % 96,0 4,0 100 Com relação à amostra, a maioria dos estudos trabalhou com amostra entre 151 e 500 idosos (29,1%), apenas 9,1% dos estudos trabalharam com amostra maior que 1000 idosos, como pode ser observado na tabela 3. Tabela 3 - Distribuição da produção científica por valor da amostra no período de 2010 a 2015 Amostra 50 51-150 151-500 501-1000 1000 Total n 11 14 16 09 05 55 % 20,0 25,5 29,1 16,3 9,1 100 Na distribuição dos estudos por região verifica-se que a região sudeste concentrou a maior quantidade de pesquisas (40,0%), seguida da região Sul (20,0%) e Nordeste (18,2%). Dos artigos pesquisados apenas 01 estudo (1,8%) foi realizado na região Norte. Dos 55 estudos analisados, 06 (11,0%) foram realizados em nível Nacional (Tabela 3).

Tabela 4 - Distribuição da produção científica por região geográfica no período de 2010 a 2015 Região do Brasil Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-oeste Nacional Total n 01 10 11 22 05 06 55 % 1,8 18,2 20,0 40,0 9,0 11,0 100 Com relação aos periódicos em que os artigos foram publicados, pode-se verificar uma concentração maior na Revista de Saúde Pública (10,6%), na Acta Paulista de Enfermagem (10,6%), na Cadernos de Saúde Pública (9,1%) e na Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste (9,1%). Na tabela abaixo consta a distribuição por número de artigos publicados em cada periódico (Tabela 5). Tabela 5 - Distribuição da produção científica por periódico de 2010 a 2015 Periódico n % Acta Paulista de Enfermagem 6 10,9 Brazilian Journal of Otorhinolaryngology 1 1,8 Cadernos de Saúde Pública 5 9,1 Ciência e Saúde Coletiva 1 1,8 Ciência, Cuidado e Saúde 2 3,7 Cogitare Enfermagem 2 3,7 Epidemiologia e Serviços de Saúde 1 1,8 Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2 3,7 Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento 1 1,8 Fisioterapia em Movimento 1 1,8 Motriz: Revista de Educação Física 1 1,8 O Mundo da Saúde 1 1,8 Online Brazilian Journal of Nursing 1 1,8 Revista Baiana de Saúde Pública 1 1,8 Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde 1 1,8 Revista Brasileira de Ciência e Movimento 1 1,8 Revista Brasileira de Clínica Médica 3 5,4 Revista Brasileira de Enfermagem 3 5,4 Revista Brasileira de Fisioterapia 1 1,8 Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 2 3,7 Revista Brasileira em Promoção da Saúde 1 1,8 Revista da Escola de Enfermagem da USP 1 1,8

Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste 5 9,1 Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 1 1,8 Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental 1 1,8 Revista de Saúde Pública 6 10,9 Revista Dor 1 1,8 Revista Gaúcha de Enfermagem 2 3,7 Total 55 100 DISCUSSÃO A quantidade de estudos acerca do envelhecimento tem aumentado ao longo dos anos. No Brasil, após 2006, observou-se um aumento no número de publicações envolvendo essa população, abordando inclusive, a incapacidade funcional 6. Na presente pesquisa foi verificado que entre os anos de 2010 a 2012 o número de publicações variou pouco, observou-se queda em 2013 e em 2014 um número reduzido de publicações. É provável que as pesquisas publicadas entre 2010 e 2012 tenham sido fomentadas pela Politica Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, o que justificaria uma maior concentração de estudos nesse período com posterior queda nos anos seguintes. Contudo, é preciso analisar esses dados com cautela, pois a diminuição no ano de 2014 pode estar associada a não disponibilização de todos os artigos na base de dados pesquisada. Segundo o tipo de estudo, observou-se a predominância de estudos transversais (96,0%), os longitudinais representaram apenas 4,0% da amostra. Os estudos longitudinais são importantes na detecção de associações de causa e efeito, no entendimento sobre a etiopatogenia das doenças crônicas e, consequentemente, na indicação de medidas de prevenção e controle 7. Portanto, em algumas situações são imprescindíveis. Com relação à amostra, apesar da maioria dos estudos afirmarem realizar cálculo amostral, verifica-se que apenas 25,4% trabalharam com amostra superior a 500 indivíduos. Os resultados de estudos com amostras reduzidas, nem sempre podem ser extrapolados para toda a população idosa, e sim para apenas um grupo com características específicas. Considerando a região do Brasil onde se desenvolveu as pesquisas, verificou-se a carência de estudos na região Norte (1,8%) e Centro-oeste (9,0%), esses dados geram inquietação, tendo em vista a elevada prevalência de incapacidade funcional verificada nessas regiões 2. Compreendendo as peculiaridades regionais, deste país continental, é

necessário que mais estudos sejam desenvolvidos nessas regiões, com o objetivo de conhecer a realidade local, como também para servir de comparação com outras regiões. Os periódicos que concentraram o maior número de publicações foram a Revista de Saúde Pública e Acta Paulista de Enfermagem, a primeira com classificação A2 em saúde coletiva e a segunda A2 em enfermagem 10, isso é importante, pois indica que essas pesquisas foram divulgadas em periódicos com qualidade reconhecida. CONCLUSÃO A produção científica acerca da incapacidade funcional em idosos nos últimos cinco anos tem sido importante ferramenta para conhecer o perfil desta população no Brasil, e tem sido majoritariamente publicadas em importantes periódicos nacionais. Todavia é necessário que os estudos permaneçam em crescimento, com incentivo para os estudos com desenho longitudinal, priorizando as regiões norte e centro-oeste e com amostra representativa. REFERÊNCIAS 1. Rosa TEC, Benício MHD, Latorre MRDO, Ramos LR. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde Públ 2003; 37:40-8. 2. Parahyba MICA, Veras RP. Diferenciais sociodemográficos no declínio funcional em mobilidade física entre os idosos no Brasil. Ciênc. saúde colet 2008;13(4):1257-64. 3. Nunes DP, Nakatami AYK, Silveira EA, Bachion MM, Souza MR. Capacidade funcional, condições socioeconômicas e de saúde de idosos atendidos por equipes de Saúde da Família de Goiânia (GO, Brasil). Ciênc saúde colet 2010; 15(6): 2887-98. 4. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.528 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Diário Oficial da União 2006; 20 out. 5. Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). [Internet]. [Acesso em 2015 julho 21]. Disponível em: http://regional.bvsalud.org/ 6. Bezerra FC, Almeida MI, Therrien SMN. Estudos sobre Envelhecimento no Brasil: Revisão Bibliográfica. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol 2012; 15(1):155-167.

7. Aquino EML, Silva PRV, Araújo MJ, Santos SM, Figueiredo RC, Duncan BB. Aspectos éticos em estudos longitudinais: o caso do ELSA-Brasil. Rev Saúde Pública 2013;47(Supl 2):19-26. 8. Webqualis. [Internet]. [Acesso em 2015 agosto 20] Disponível em: http://qualis.capes.gov.br/webqualis/principal.seam.