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NOTIFICAÇÃO DO ACTO DE LIQUIDAÇÃO NOTIFICACÃO POR CARTA REGISTADA COM AVISO DE RECEPÇÃO PRESUNÇÃO OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO FISCAL

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Exmo. Senhor Dr. Juiz de Direito do Tribunal Administrativo e Fiscal de [ ] Execução fiscal Serviço de finanças de [ ] Processo n.º : [ ] e aps.

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Nas alegações, conclui o seguinte:

RECLAMAÇÃO DE ACTO PRATICADO PELO ÓRGÃO DA EXECUÇÃO FISCAL PRAZO DE INTERPOSIÇÃO

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DO ACTO TRIBUTÁRIO DECLARAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO LIQUIDAÇÃO CORRECTIVA PRAZO

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Data do documento 11 de abril de 2019

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2 Não foram apresentadas contra alegações. 4 - Colhidos os vistos legais, cabe decidir.

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RECLAMAÇÃO DE ACTO PRATICADO PELO ÓRGÃO DA EXECUÇÃO FISCAL PRAZO FÉRIAS JUDICIAIS SUSPENSÃO DE PRAZO

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Transcrição:

1 de 5 23-11-2015 14:51 Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 01221/15 Data do Acordão: 11-11-2015 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: FONSECA CARVALHO Descritores: RECLAMAÇÃO CPPT Sumário: Nº Convencional: JSTA000P19691 Nº do Documento: SA22015111101221 Data de Entrada: 02-10-2015 Recorrente: A... Recorrido 1: FAZENDA PÚBLICA Votação: UNANIMIDADE Aditamento: Texto Integral I - Nos termos do artigo 215 do CPPT o mandado de penhora e a penhora não estão dependentes de despacho prévio e fundamentado a ordená-los. II - Tal inexigibilidade assenta no princípio de celeridade processual e no facto de o acto da penhora ser um acto instrumental e consequente da execução fiscal fundamentada em título executivo. Texto Integral: Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo I. Relatório 1. A., identificado nos autos, recorreu para o TCA Norte da sentença do TAF de Mirandela, de 15/04/2015, que julgou improcedente a sua pretensão no âmbito da reclamação de acto do órgão da execução fiscal, relacionada com a penhora do prédio urbano, inscrito no artigo matricial 2691 e do prédio rústico inscrito no artigo matricial 251, da União de Freguesias de. e., do concelho de Peso da Régua e do distrito de Vila Real. 2. Terminou as suas alegações nos termos que se seguem: 1. O presente recurso vem interposto de decisão que julgou totalmente improcedente a reclamação de actos do órgão de execução fiscal e, em consequência, manteve o acto de penhora do bem imóvel em causa. 2. O ora recorrente foi notificado de que o prédio urbano, inscrito no artigo matricial 2691, e o prédio rústico inscrito no artigo matricial 251, da União de Freguesias de.. e, do concelho de Peso da Régua e do distrito de Vila Real, tinham sido objecto de penhora. 3. A verdade é que, tal notificação não deu a conhecer nenhum dos elementos, relativos à fundamentação, nem tampouco deu a conhecer ao contribuinte a decisão propriamente dita, os meios de defesa e o prazo para reagir à notificação. 4. De facto, aquela notificação não contém a decisão subjacente ao acto notificado, nem tão pouco a fundamentação legal, a justificar a penhora, nem o auto de penhora respectivo. 5. O certo é que o recorrente não foi notificado do despacho, proferido a ordenar a instauração do processo de execução e a prática dos actos de execução. 6. De modo que, não foi apresentado qualquer documento ou referência a justificar esta decisão, nem tampouco são mobilizados argumentos que a justifiquem. 7. Por outro lado, o recorrente alegou que a citação efectuada padecia de nulidade e a liquidação de juros não estava fundamentada. 8. A douta sentença entendeu que tais questões não podiam ser conhecidas. 9. No entanto, a douta sentença recorrida esqueceu, salvo o devido respeito que, à luz dos princípios da economia e celeridades processuais, aplicáveis, por força do artigo 97 da LGT, e dos artigos 6º e 411º, ambos do CPC, aplicáveis ex vi da al. e) do art. 2 do CPPT, e tendo em conta a garantia constitucional de acesso aos tribunais e a uma tutela jurisdicional efectiva, do qual advém o princípio do favorecimento da instância, deveria ter sido conhecido o mérito da nulidade. 10. O certo é que, mesmo que se considerasse que os fundamentos aduzidos não se integravam nos admitidos em sede de reclamação, o Meritíssimo Juiz do Tribunal a quo sempre continuaria adstrito à descoberta da verdade material, de acordo com o disposto no artigo 265. do Código de Processo Civil, aplicável ex vi do artigo 2. do CPPT. 11. De modo que, a douta sentença recorrida violou ou deu errada interpretação ao disposto nos artigos 74º, n.ºs 1 e 2, 77.º, n.ºs 1 e 2, e 97º, todos da LGT, 124.º, n.º 1, e 125.º, nºs 1 e 2, ambos do CPA, 13º, 36º, n.º 1, 150º, n.º 2, e 165º, todos do CPPT, 268º da CRP, 6º, 265º e 411º, todos do CPC. 12. Assim sendo, é evidente que a douta sentença, ao não ter reconhecido os fundamentos invocados, incorreu, salvo o devido respeito, numa errada apreciação de facto e de direito do caso presente, sendo, consequentemente, nula. Nestes termos e nos melhores de direito, deve o presente recurso ser julgado procedente por provado e, em consequência, ser revogada a douta decisão recorrida e substituída por outra que julgue a referida reclamação procedente por provada. Assim se fazendo A SEMPRE E ACOSTUMADA JUSTIÇA! 3. Não houve contra-alegações. 4. Por acórdão de fls. 185 e segs., o TCA Norte declarou-se incompetente em razão da hierarquia, para conhecer do presente recurso e competente, para tal conhecimento, o STA.

2 de 5 23-11-2015 14:51 5. Remetidos os autos a este Supremo Tribunal, o Magistrado do Ministério Público veio pronunciar-se no sentido de ser negado provimento ao recurso, de acordo com o seguinte parecer: Recorre A da sentença do TAF de Mirandela de 15.04.2015 que, indeferindo parcialmente as excepções invocadas pelo MP, absolveu a Fazenda Pública da instância relativamente às questões levadas aos pontos 7 e 8 das Conclusões da p.i. (questões relativas à citação e à fundamentação da liquidação dos juros compensatórios) e, quanto ao mais, julgou improcedente a reclamação. São as Conclusões da Alegação que definem e delimitam o objecto do recurso. Nelas vem questionado o acerto da decisão recorrida quanto à alegada falta de notificação da decisão subjacente ao acto de penhora e dos respectivos fundamentos, dos meios de defesa e do prazo para reagir a essa notificação e ainda quanto à alegada nulidade da citação e falta de fundamentação do acto de liquidação dos juros. Mas não tem razão, salvo melhor entendimento. É que o acto de penhora não tem que ser precedido de qualquer despacho. O que a lei refere, como bem nota a sentença recorrida, é que findo o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento, procede-se à penhora (art. 215º, n.º 1 do CPPT). Não é necessário, como esclarece Jorge Lopes de Sousa na passagem transcrita na sentença recorrida, uma ordem explícita e casuística do órgão da execução fiscal para a realização da penhora, devendo o funcionário a quem está distribuído o processo proceder à penhora Jogo que constate ter terminado o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento. E isso mesmo resultava claramente expresso na anterior redacção do art. 215, n. 1 do CPPT que dispunha que findo o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento, o funcionário, independentemente de despacho, ( ) (sublinhado nosso). Por outro lado, embora essa não seja matéria susceptível de reexame, pois não foi questão invocada no articulado inicial nem tratada na sentença recorrida, sempre se dirá que a notificação a que alude o ponto 4 do probatório esclarece adequadamente quais os meios de defesa e o prazo para reagir contra o acto notificado. É cedo, ademais, que não cabe no âmbito da presente Reclamação apreciar a invocada nulidade da citação. Sendo esta uma formalidade do processo de execução é na execução fiscal que deve ser arguida e conhecida essa pretendida nulidade, com reclamação para o tribunal de despacho de indeferimento que eventualmente venha a ser proferido, nos termos do disposto no art. 276.º do CPPT. Não cabe ainda no âmbito da presente reclamação apreciar da eventual ilegalidade, por falta de fundamentação, do acto de liquidação de juros pois, como a própria norma indica, o meio processual da reclamação previsto no art. 276. do CPPT destina-se unicamente a sindicar a legalidade das decisões proferidas pelo órgão da execução fiscal e outras autoridades da administração tributária no âmbito do processo de execução fiscal e esse não é o caso do acto de liquidação dos juros compensatórios. A sentença recorrida que assim decidiu não padece, pois, dos erros que lhe são assacados. Nesta conformidade, negando-se provimento ao presente recurso, deverá ser mantida a sentença recorrida. É o meu parecer. 6. Cumpre apreciar e decidir. II. Fundamentos De facto 1) No Serviço de Finanças de Peso da Régua foram instaurados vários processos de execução fiscal, discriminados em 4), contra o executado, para cobrança de dívida no valor global de 85 863,28; P.A. 2) Por oficio n. 1343 de 01.09.2014 o Chefe do Serviço de Finanças de Peso da Régua solicitou à Conservatória do Registo Predial de Peso da Régua o registo, a favor da Fazenda Nacional, das penhoras incidente sobre os prédios inscritos na matriz predial rústica sob o artigo 251.B e na matriz predial urbana sob o artigo 2691, os quais correspondem à descrição n. 398/19890906 da Freguesia de..; P.A. fls. 6 a 16 3) Foi registada a penhora, conforme solicitado; P.A. fls. 17 e 18 4) O reclamante foi notificado por oficio n.º 1403 de 23.09.2014, assinado pelo Chefe de Finanças do Serviço de Finanças de Peso da Régua, do seguinte: Doc. 1 junto com a p.i.; P.A. - fls. 19 Assunto: NOTIFICAÇÃO DE PENHORA DE IMÓVEL/CITAÇÃO PESSOAL Pela presente fica notificado da penhora de Imóveis infra identificada, efectuada nos termos dos artigos 755 do Código do Processo Civil (CPC), e do artigo 231 do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT) por este Serviço de Finanças, no âmbito do processo de execução fiscal supra identificado que corre aqui termos, para cobrança da divida abaixo melhor identificada. Mais fica notificado que foi nomeado fiel depositário, do bem cuja penhora ora se notifica, dele não podendo dispor sem consentimento do Órgão de Execução Fiscal, sob pena de ficar sujeito às penalidades cominadas para os infiéis depositários (artigos 233 do CPPT e 771 do CPC). Da penhora, ora notificada, poderá querendo, apresentar reclamação para o Tribunal Administrativo e Fiscal (276 CPPT) no prazo de 10 dias, contados da presente notificação. Caso não tenha sido anteriormente, fica igualmente, por este meio citado(a), nos termos dos artigos 189 e 190 do CPPT, quanto à instauração, neste Serviço de Finanças, do(s) processo(s) de execução fiscal infra identificado(s), para cobrança da dívida abaixo identificada. No prazo de 30 dias, a contar da presente citação, deverá proceder ao pagamento da dívida e acréscimos legais. No mesmo prazo, poderá, querendo, requerer a dação em pagamento, nos termos do artigo 201 do CPPT, ou

3 de 5 23-11-2015 14:51 deduzir oposição, com os fundamentos previstos no artigo 204 do CPPT. Até à marcação da venda dos bens penhorados poderá, ainda, querendo requerer o pagamento em prestações, nos termos do artigo 196 do CPPT (189 /1 CPPT). Decorrido o prazo antes referido, sem que a dívida exequenda e os acréscimos legais tenham sido pagos, ou tenha sido prestada garantia que suspenda a execução, nos termos dos artigos 169 e 199 do CPPT, poderá a execução prosseguir para a penhora de outros bens ou direitos existentes no seu património, podendo ainda vir a ser incluído na lista de contribuintes devedores, sujeita a divulgação pública (64 /5ª Lei Geral tributária] Poderá efectuar o pagamento junto de qualquer Serviço de Finanças, na rede Multibanco, nos Bancos, nos CTT ou através de homebanking. Poderá igualmente extrair as guias de pagamento no Sítio da AT na internet (www.portaldasfinancas.gov.pt), onde também pode consultar os elementos do processo. Mais, poderá querendo, obter esclarecimentos adicionais junto de qualquer Serviço de Finanças ou do número 707 206 707 (Centro de Atendimento Telefónico CAT). De direito Perante a factualidade dada como provada o Mº Juiz a quo passou a conhecer da reclamação e designadamente da invocada nulidade da penhora por falta de despacho prévio fundamentado a determiná-la. Considera que não resulta do artigo 150 do CPPT que cada acto de execução seja precedido de despacho fundamentado e que resulta também do disposto no artigo 215 nº 1 do CPPT que prescreve que findo o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento se procede à penhora, não ser legalmente exigível a existência de despacho ou acto a ordenar a penhora. Consequentemente julgou a reclamação improcedente. A recorrente como se vê das suas conclusões de recurso não se conforma com o decidido e entende ser legalmente exigível despacho ou acto prévia não só a ordenar a penhora mas também a fundamentar as razões de tal acto. E porque não foi notificada do despacho que instaurou a execução e a citação enfermava de nulidade e também porque mesmo a liquidação dos juros se não mostra fundamentada, deveriam estas nulidades ter sido conhecidas "ex officio" face ao direito que tem a uma tutela judicial e efectiva e atentos os princípios de economia e celeridade processuais em conformidade com o disposto no artigo 97 da LGT. Porque não conheceu de tais questões a sentença enferma de erro de julgamento por violação dos artigos 74, 77 e 97 da LGT 125 do CPA 150 do CPPT e 268 da CRP. Mas não tem razão a recorrente. No caso em apreço a única questão que importa decidir e que foi objecto da decisão reclamada é saber se o acto da penhora tem ou não de ser precedido de despacho fundamentado a ordená-lo. Entende a recorrente que tal necessidade resulta da imposição legal decorrente do nº 2 do artigo 150 do CPPT que expressamente prescreve: Competência territorial 1 - É competente para a execução fiscal a administração tributária. (Redacção dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro) 2 - A instauração e os actos da execução são praticados no órgão da administração tributária designado,

4 de 5 23-11-2015 14:51 mediante despacho, pelo dirigente máximo do serviço. (Redacção dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro) 3 - Na falta de designação referida no número anterior, os actos da execução são praticados no órgão periférico local da sede do devedor, da situação dos bens ou da liquidação, salvo tratando-se de coima fiscal e respectivas custas, caso em que é competente o órgão periférico local da área onde tiver corrido o processo da sua aplicação. (Redacção dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro) 4 - (Revogado.) (Redacção dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro) Todavia não se questionando a redacção expressa no inciso em causa tal não significa que cada um dos actos praticados no decorrer da execução fiscal tenham sempre de ser precedido de despacho a fundamentá-lo. A necessidade de despacho fundamentado só se mostra legalmente exigível se a lei o exigir ou se se enquadrarem no elenco daqueles que o artigo 124 do CPA (hoje 152) discrimina nas várias alíneas do seu nº 1. E a penhora muito embora não contenda com o direito de propriedade, cria contudo um vínculo de carácter processual e faz perder ao executado o poder de fruição e produz um direito real de garantia a favor do exequente e dos credores concorrentes. Neste sentido José Alberto dos Reis in Processo de Execução Vol. 2º pp\103/106. Nessa medida pareceria que o acto da penhora enquadrando-se na categoria de acto administrativo previsto na alínea a) do artigo 152 do CPA deveria ser acto fundamentado ex vi do preceito em causa. Todavia sendo o acto da penhora um acto meramente instrumental inserido no processo de execução fiscal execução, esta motivada no título em que se alicerça nos termos do preceituado no artigo 45 do CPC e 162 do CPPT, tal exigência legal não se mostraria justificada porque não sendo a penhora acto final essa motivação seria repetitiva e redundante. E nessa medida em afronto com o princípio da celeridade cf. Alfredo José de Sousa e José da Silva Paixão in CPT anotado Almedina pp 564. Por outro lado há que ter em conta o artigo 215 do CPPT que respeitando especificamente à penhora e no seguimento do estatuído no artigo 297 do CPT, na redacção da lei nº 67 /A /2007 de 31 12 estabelecia já no seu nº 1 que findo o preceito posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento procede-se à penhora. E a dispensa do despacho é agora reiterada na redacção em vigor do artigo 215 do CPPT que se transcreve: 1 - Findo o prazo posterior à citação sem ter sido efectuado o pagamento, o funcionário, independentemente de despacho, passará mandado para penhora, que será cumprido no prazo de 15 dias se outro não for designado pelo órgão da execução fiscal ao assinar o mandado. 2 - Se, no acto da penhora, o executado ou alguém em seu nome declarar que os bens a penhorar pertencem a terceiros, deve o funcionário exigir-lhes a declaração do título por que os bens se acham em poder do executado e a respectiva prova, efectuando-se a penhora em caso de dúvida. 3 - O direito de nomear bens à penhora considera-se sempre devolvido ao exequente, mas o órgão da execução fiscal poderá admiti-la, nos termos da lei, nos bens indicados pelo executado, desde que daí não resulte prejuízo. Ora sendo os processos executivos regidos, face à data da sua instauração posterior a 2008, pelo artigo 215 do CPPT em vigor, a efectuação da penhora sem que houvesse despacho prévio a ordená-la não enferma de ilegalidade alguma. Por último e no que concerne às questões relativas à irregularidade ou falta de citação no processo de execução fiscal tais questões não podem ser directamente ser conhecidas do tribunal sem que sejam previamente arguidas no órgão de execução fiscal competente cabendo dessa decisão administrativa reclamação para o Tribunal nos termos do artigo 276 do CPPT. Neste sentido veja-se o acórdão do STA de 08 01 2014 in processo 032/13, de que se transcreve o sumário na parte que ao caso interessa: A execução fiscal é um processo de natureza judicial (art. 103.º da LGT), motivo por que os interessados que se sintam lesados por algum acto ou omissão do órgão da execução fiscal têm a possibilidade de suscitar a intervenção do juiz do processo. III - A jurisprudência consolidada vai no sentido de que a nulidade do processo executivo por falta de citação do executado nos termos do n.º 6 do art. 190.º do CPPT tem de ser primariamente arguida perante o órgão de execução fiscal, intervindo o tribunal na apreciação da questão se, na sequência do indeferimento dessa arguição, a sua intervenção for requerida através de reclamação judicial deduzida nos termos dos arts. 276.º e seguintes do CPPT. IV - A inércia da Administração tributária na apreciação da nulidade por falta de citação arguida perante o órgão da execução fiscal permite que o executado solicite a intervenção do tribunal, através de incidente inominado da execução fiscal, pedindo ao juiz que conheça da nulidade arguida. No caso dos autos a questão da reclamação objecto do recurso respeita apenas à necessidade de despacho prévio e fundamentado ao mandado da penhora e sua execução que como deixámos dito não é legalmente exigível nem se justifica: Decisão

5 de 5 23-11-2015 14:51 Face ao exposto acordam os juízes da Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo em negar provimento ao recurso. Custas pela recorrente. Lisboa, 11 de Novembro de 2015. Fonseca Carvalho (relator) Isabel Marques da Silva Pedro Delgado.