UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO RELATÓRIO TÉCNICO DE ATIVIDADES

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO RELATÓRIO TÉCNICO DE ATIVIDADES PREDIÇÃO DE ADUBAÇÃO EM VIDEIRAS VISANDO UVAS E VINHOS DE QUALIDADE NA REGIÃO SUL DO BRASIL Bolsa de Pós-Doutorado - PNPD Pós-Doutorando: Dr. Gustavo Trentin Supervisor: Prof. Dr. Carlos Alberto Ceretta Santa Maria, 13 de novembro de 2010. 1

O presente relatório apresenta as atividades de pesquisa, ensino e publicações desenvolvidas pelo Pós-Doutorando Gustavo Trentin, Bolsista Pós-Doutorado do Plano Nacional de Pós-Doutorado (PNPD), instituído pelo Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por intermédio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). O Pós-Doutorando realizou as atividades do projeto Predição de adubação em videiras visando uvas e vinhos de qualidade na região Sul do Brasil, no Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com supervisão do Professor Dr. Carlos Alberto Ceretta durante o período de março de 2009 até outubro de 2010. A partir do mês de dezembro de 2010 um novo pós-doutorando dará continuidade as atividades que não foram concluídas nestes primeiros dois anos de execução do projeto. A seleção do novo pós-doutorando ocorrerá dentro de um prazo de 60 dias. Até o momento, as atividades do Estudo de Disponibilidade de nitrogênio derivado da decomposição de resíduos culturais de plantas que co-habitam com a videira (Estudo I) foram concluídas as atividades realizadas no vinhedo o próximo bolsista continuará com as atividades de laboratório e a redação dos resultados. Para o Estudo II (Aproveitamento e distribuição, na videira, do nitrogênio derivado do fertilizante mineral ou orgânico) as atividades de campo tem previsão de conclusão para 2011. Já para os Estudos III (Produção e qualidade da uva e do vinho em videiras submetidas à adubação com fertilizante nitrogenado mineral ou orgânico) e Estudo IV (Estabelecimento, na videira, do nível crítico de nutrientes no tecido vegetal e no solo, em relação ao rendimento relativo e indicadores de qualidade da uva) as atividades possuem maior duração porque a resposta da videira a fertilização do solo 2

demora alguns ciclos de crescimento para ocorrer, dessa forma a previsão de conclusão dos experimentos está prevista para julho de 2013. ATIVIDADES DE PESQUISA DESENVOLVIDAS O projeto Predição de adubação em videiras visando uvas e vinhos de qualidade na Região Sul do Brasil é composto por quatro Estudos. O Estudo I trata da Disponibilidade de nitrogênio derivado da decomposição de resíduos culturais de plantas que co-habitam com a videira. O Estudo II consiste do Aproveitamento e distribuição, na videira, do nitrogênio derivado do fertilizante mineral ou orgânico. O Estudo III compreende a Avaliação da produção e qualidade da uva em videiras submetidas à adubação de fertilizante nitrogenado mineral ou orgânico. O Estudo IV trata do Estabelecimento, na videira, do nível crítico de nutrientes no tecido vegetal e no solo, em relação ao rendimento relativo e indicadores de qualidade da uva. A seguir, serão relatadas as atividades realizadas pelo Pós-Doutorando em cada Estudo, previstas no cronograma do projeto. Estudo I - Disponibilidade de nitrogênio derivado da decomposição de resíduos culturais de plantas que co-habitam com a videira. O Estudo I é composto por dois experimentos. O experimento 1 foi realizado para avaliar a taxa de decomposição e liberação de nitrogênio de resíduos culturais de plantas que co-habitam com a videira e, o experimento 2, foi conduzido para estimar o aproveitamento, pela videira, do nitrogênio derivado destes resíduos. 3

Experimento 1 - Decomposição e liberação de nitrogênio de resíduos culturais de plantas que co-habitam com os vinhedos. Neste experimento o delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados, com três repetições, e cada parcela foi formada por quatro bolsas (litter bags), sendo duas com plantas de centeio e duas com plantas de ervilhaca, destas, uma instalada na linha e outra na entrelinha, para cada espécie (Anexo 2). Os fatores avaliados consistiram em épocas de coleta aos 33, 58, 76 e 110 dias após a instalação(dai); localização da amostra (linhas e entrelinhas) e espécie utilizada, centeio (Secale cereale) e a ervilhaca (Vicia villosa). Para avaliar a taxa de decomposição e liberação de nutrientes, foram confeccionadas bolsas teladas de nylon ( litter bags ), com malha de 1 mm e dimensões de 0,4 x 0,4 m, ocupando uma área de 0,16 m². Em cada litter bag foram colocadas 120,44 g de matéria seca (MS) de centeio equivalente a 845,48 g de massa verde correspondente á 7.527,5 kg de MS ha -1. As bolsas de ervilhaca possuíam 31,63 g de matéria seca equivalente a 210,48 g de massa verde que correspondeu a 1.977 kg de MS ha -1. Posteriormente, 24 bolsas com massa verde de centeio e 24 com massa verde de ervilhaca (quatro bolsas em cada planta, duas com centeio e duas com ervilhaca), foram depositadas sobre a superfície do solo, na projeção da copa das videiras. A cada coleta, seis litter bags com resíduos de centeio e seis com ervilhaca foram coletados, destes, três localizados na linha e três na entrelinha. Em seguida, os resíduos vegetais foram encaminhados até o Laboratório de Química e Fertilidade do Solo da Universidade Federal de Santa Maria para análise química. Os resíduos foram lavados com água destilada. Posteriormente, foram secados em câmara de secagem, pesados, moídos e 4

reservados, para posterior análise química do total de N, e outros nutrientes, como P, K, Ca e Mg. Com os resultados obtidos foram calculados os totais de N, P, K, Ca, e Mg liberados durante a decomposição dos resíduos culturais de centeio e ervilhaca. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e, quando significativo foram submetidos ao teste de comparação de médias Tukey, ao nível de probabilidade (p<0,05). Para a época de coleta foi utilizada a análise de regressão quando significativo ao nível de (p<0,05). Os resíduos de centeio apresentaram uma decomposição mais lenta que a ervilhaca. Após 33 dias da sua deposição no solo, coincidindo com o início do florescimento da videira, para o centeio, no qual a quantidade inicial adicionada foi de 120,44 g de MS, restavam 21,35% (25,71 g) da quantidade inicial na entrelinha e 13,52% (16,42 g) da adicionada na linha. Enquanto para a ervilhaca foi adicionado 33,66 g de MS, restavam 10,58% (3,35 g) e 12,82% (4,06 g) na entrelinha e na linha respectivamente. A degradação da ervilhaca tendeu a se manter mais rápida que a do centeio durante todo o período de avaliação. Na última coleta (09/02/09), 110 dias após a deposição da palhada no solo, restavam 4,05% (1,28 g) e 3,81% (1,21 g) de ervilhaca na entrelinha e na linha respectivamente. Para o centeio restavam 9,23% (11,12 g) na entrelinha e 10,14% (12,21g) na linha. Consequentemente a quantidade de nutrientes que permaneceu em cada amostra de resíduo de ervilhaca foi menor do que a remanescente para o centeio (Tabela 1). Na tabela 1 é possível observar que a maioria das amostras depositadas na linha e entrelinha diferem entre si pelo teste tukey (α =0,05) de probabilidade, ou seja, a velocidade de decomposição e liberação de nutrientes para os resíduos depositados na linha e na entrelinha foi diferente, sendo que a quantidade maior de matéria seca ou nutrientes, com exceção do N, foi maior na entrelinha do que na linha. A quantidade de MS remanescente para a ervilhaca não diferiu para linha e entrelinha. 5

As equações apresentadas na Tabela 2 foram geradas de partir dos 0 aos 110 dias. Na Tabela 1 o valor inicial de matéria seca na linha é maior do que na entrelinha, como se pode perceber no dia 33 para o resíduo da cultura do centeio na linha, o valor foi de 13,52% do valor inicial, enquanto para a entrelinha o valor foi de 21,35%. O mesmo pode ser percebido para a ervilhaca, que na linha restavam 12,82% do material adicionado e na entrelinha 10,58%. A partir da coleta realizada aos 33 dias a taxa de liberação é maior para o resíduo na linha como se pode observar na Tabela 4. O centeio apresentou uma liberação de P diária semelhante, de 0,047 kg ha -1 na entrelinha e de 0,046 kg ha -1 na linha. Para a ervilhaca a liberação de P diária foi de 0,080 kg ha -1 na entrelinha e 0,100 kg ha -1 na linha (Tabela 2). O N é o nutriente presente em maior quantidade e consequentemente o que possui uma taxa de liberação maior. Se observa ainda que o centeio libera uma quantidade de nutrientes superior a da ervilhaca, por exemplo, enquanto a ervilhaca liberou 2,04 kg ha -1 de N na entrelinha, o centeio liberou 0,6 kg ha -1 de N. 6

Tabela 1. Quantidade de matéria seca, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e percentual do valor remanescente em resíduos de centeio e ervilhaca em diferentes dias após a data de instalação (Dai), depositados em um vinhedo da cultivar Niágara, em Bento Gonçalves. Resíduo Posição Dai MS N P K Ca Mg kg ha -1 (%) 0 7527,5 (100) 263,5 (100) 58,2 (100) 21,1 (100) 17,3 (100) 6 (100) 33 1716,9 (21,3) 1 a²a 3 51,6 (15,7) AA 5,6 (9,6) aa 1,4 (6,6) aa 0,8 (4,8) ba 0,4 (6,3) aa Entrelinha 58 1010,83 (18,9) aa 41,4 (12,6) AA 1,9 (3,2) aa 1,2 (5,6) aa 0,6 (3,4) ba 0,2 (4) aa 76 853,3 (11,7) aa 21,8 (6,6) BA 1,1 (1,8) aa 0,7 (3,6) aa 0,3 (1,5) aa 0,2 (2,8) ba Centeio 110 678,3 (9,2) aa 16,7 (5,1) BA 0,8 (1,4) aa 0,4 (1,9) ba 0,1 (0,8) aa 0,1 (2,4) ba 33 2727,9 (13,5) ba 37,1 (11,3) BA 3,6 (6,1) ba 1,3 (6,2) aa 1,3 (7,7) aa 0,4 (6,8) aa Linha 58 1978,33 (12,5) ba 31,5 (9,6) BA 1,9 (3,3) ba 0,8 (3,8) ba 0,7 (4,2) aa 0,3 (4,6) aa 76 1642,08 (10,4) ba 25,8 (7,8) BA 1,1 (1,9) ba 0,6 (2,8) ba 0,3 (1,5) aa 0,2 (4,2) aa 110 1555,6 (10,1) ba 24,6 (7,5) BA 0,7 (1,2) ba 0,5 (2,4) ba 0,2 (1) aa 0,2 (2,8) aa 0 2287 (100) 75,71 (100) 10,28 (100) 6,13 (100) 3,76 (100) 1,38 (100) 33 20,9 (10,6) ab 6,8 (9,0) ab 0,7 (7) ab 0,2 (3,7) bb 0,2 (5,5) bb 0,05 (3) bb Entrelinha 58 16,3 (8,2) ab 4,7 (6,2) ab 0,2 (1,8) ab 02 (2,5) bb 0,1 (2) ab 0,03 (2,2) bb 76 12,3 (6,2) ab 3,2 (4,3) ab 0,1 (1,4) ab 0,1 (1,5) ab 0,05 (1,2) ab 0,02 (1,6) bb Ervilhaca 110 8,0 (4,1) ab 1,4 (1,8) ab 0,1 (0,6) ab 0,05 (0,8) ab 0,03 (0,7) ab 0,02 (1,3) bb 33 25,4 (12,8) ab 8,1 (10,7) ab 0,9 (9,2) ab 0,3 (5,4) ab 0,3 (7,8) ab 0,1 (7,9) ab 58 19,9 (10,1) ab 5,7 (7,5) ab 0,3 (2,9) ab 0,2 (3,2) ab 0,1 (2,6) ab 0,1 (4,5) ab Linha 76 12,1 (6,1) ab 3,4 (4,4) ab 0,2 (1,5) ab 0,1 (1,8) ab 0,05 (1,1) ab 0,04 (2,8) ab 110 7,5 (3,8) ab 2,1 (2,7) ab 0,05 (0,5) ab 0,04 (0,07) ab 0,02 (0,6) ab 0,03 (1,9) ab (1) Valores entre parênteses referem-se ao percentual de material remanescente à quantidade de quantidade de resíduos depositados. (2) Médias seguidas da mesma letra minúscula na mesma coluna não diferem a posição entre si pelo teste Tukey (α =0,05). (3) Médias seguidas da mesma letra maiúscula na mesma coluna não diferem o tipo de resíduo entre si pelo teste Tukey (α =0,05). 7

Tabela 2- Modelos de regressão de liberação de nutrientes de resíduos de planta de cobertura colocada na linha e na entrelinha de um vinhedo sem cobertura plástica, Bento Gonçalves, RS. Resíduo de plantas de cobertura Centeio Ervilhaca Posição Nutriente Equação (kg ha -1 ) R² Entrelinha Linha Entrelinha Linha N N = 194.4-2.04.dai 0.68 P P = 40.21-0.47.dai 0.62 K K = 14.38-0.17.dai 0.60 Ca Ca = 11.63-0.14.dai 0.59 Mg Mg = 4.05-0.05.dai 0.58 N N = 185.95-1.92.dai 0.60 P P = 39.45-0.46.dai 0.60 K K = 14.27-0.16.dai 0.59 Ca Ca = 11.86-0.14.dai 0.61 Mg Mg = 4.07-0.05.dai 0.59 N N = 51.64-0.60.dai 0.61 P P = 6.9-0.08.dai 0.60 K K = 4-0.05.dai 0.57 Ca Ca = 2.52-0.03.dai 0.59 Mg Mg = 0.9-0.01.dai 0.55 N N = 56.34-0.74.dai 0.67 P P = 7.6-0.10.dai 0.67 K K = 4.42-0.06.dai 0.65 Ca Ca = 2.79-0.04.dai 0.67 Mg Mg = 1.04-0.01.dai 0.68 Experimento 2 - Aproveitamento pela videira do nitrogênio derivado de resíduos culturais em decomposição que co-habitam com os vinhedos. Neste experimento foram avaliados o aproveitamento e a distribuição do nitrogênio, na videira, derivado de resíduos culturais da cultura do centeio. Para isso, a massa verde da parte aérea do centeio, marcada com 15 N, foi depositada sobre a 8

superfície do solo na projeção da copa de videiras no mesmo vinhedo do experimento 1 do Estudo I (Anexo 3). Em seguida, uma tela de nylon foi colocada sobre os resíduos culturais para evitar possíveis perdas provocadas pelo vento. Em janeiro de 2009, no período de maturação da uva, foram contados o número de ramos do ano em cada videira. Em seguida, foram coletados três ramos em cada planta. Logo após, foram retiradas todas as folhas dos ramos coletados e os dois órgãos foram reservados. Posteriormente, foi mensurado o comprimento e circunferência dos ramos de mais de um ano. Amostras de bagas e ráquis foram coletadas e reservadas. Em seguida, no Laboratório de Solos e de Fisiologia Vegetal da Embrapa Uva e Vinho, todos os órgãos das plantas foram secos em câmara de secagem, a matéria seca foi determinada, posteriormente foram moídos e reservados. No Laboratório de Química e Fertilidade do Solo da UFSM, as amostras foram preparadas para as análises dos totais de N e 15 N. No mês de janeiro de 2010 foram coletadas as raízes, caule, ramos de ano, ramos do ano, folhas, bagas e ráquis (Anexo 4). O material foi reservado para análise no laboratório de Química e Fertilidade do Solo da UFSM. No momento um trabalho científico está sendo elaborado, com estes dados, para publicação um em periódico científico. 9

Estudo II - Aproveitamento e distribuição, na videira, do nitrogênio derivado do fertilizante mineral ou orgânico. Este Estudo é composto por dois experimentos, sendo que, no experimento 1, será realizada a avaliação do aproveitamento e da distribuição, na videira, do N derivado do fertilizante mineral e, no experimento 2, para avaliar o aproveitamento e a distribuição do N derivado do fertilizante orgânico, foi implantado no mês de setembro de 2009 (Anexo 5 e 6). Isso devido ao atraso dos recursos financeiros disponibilizados pela CAPES, para a compra do fertilizante mineral enriquecido com 15 N. Convém relatar que o atraso na implantação do Estudo não comprometerá a qualidade das informações a serem obtidas e o término do Estudo ocorrerá durante os cinco anos do projeto, como estabelecido no cronograma. No primeiro ciclo, duas semanas antes da colheita as plantas foram ensacadas com tela para não ocorrer a queda das folhas no solo. No período da colheita da uva foram contados e pesados os cachos de cada planta. Após a queda total das folhas abriuse as telas e as folhas foram coletadas. Depois da coleta, as folhas foram armazenadas, secas e pesadas. Em julho de 2010 no período de poda da videira, os ramos foram coletados pesados e secados para posteriormente, pesar os ramos secos. Após a secagem as folhas e/ou os ramos foram misturadas, uma amostra foi retirada, moída e armazenada no laboratório de Química e Fertilidade do Solo da UFSM para posterior envio para o CENA, onde foram submetidas à analise dos totais de 15 N e N. Cada tratamento foi composto por seis plantas, destas três plantas foram coletados os ramos de mais de um ano, caule e raízes. Em seguida, coletaram-se amostras de solo nas camadas de 0 5, 5 10 e 10 20 cm. Esta coleta foi realizada com a abertura de pequenas 10

trincheiras. Na oportunidade, também, foi realizada a coleta de solo nas mesmas camadas, com o auxílio de um anel volumétrico, para determinação da densidade de solo. O solo foi coletado na área onde o fertilizante nitrogenado marcado com 15 N foi aplicado. O solo das camadas foi seco em câmara de secagem, moído e armazenado para posterior envio ao CENA, onde foram submetidos à analise dos totais de 15 N e N. No segundo ciclo que inicia em agosto de 2010 no período do florescimento e na mudança da cor das bagas (nas três plantas restantes do experimento) foram coletadas as folhas. Na colheita da uva, que está prevista para março de 2011, será realizado o mesmo procedimento adotado no primeiro ciclo. Estudo III - Produção e qualidade da uva e do vinho em videiras submetidas à adubação com fertilizante nitrogenado mineral ou orgânico. O Estudo é composto de quatro experimentos de longa duração. O experimento 1 esta sendo realizado para avaliar a produção e a qualidade da uva e do vinho em videiras submetidas à adubação de fertilizante nitrogenado mineral e o experimento 2 em videiras submetidas à aplicação de fertilizante orgânico, no município de Bento Gonçalves, região da Serra Gaúcha (RS). Já o experimento 3 esta sendo realizado para avaliar a produção e a qualidade da uva e do vinho em videiras submetidas à adubação de fertilizante nitrogenado mineral e o experimento 4 em videiras com adubação de fertilizante orgânico, ambos no município de Rosário do Sul, região da Campanha do RS. 11

Experimento 1 e 2 - Produção e qualidade da uva e do vinho em videiras submetidas à adubação com fertilizante nitrogenado mineral na Serra Gaúcha. O Experimento 1 foi realizado em um vinhedo na área experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Uva e Vinho, no município de Bento Gonçalves, região da Serra Gaúcha, Rio Grande do Sul, Sul do Brasil. Foi utilizado um vinhedo de Cabernet Sauvignon, enxertada sob o porta-enxerto SO4, na densidade de 2666 plantas por hectare, espaçamento de 1,5 m entre plantas e 2,5 m entre linhas (Anexo 7). O vinhedo foi implantado em 1986 e conduzido em sistema de condução latada. O clima da região é representado por temperaturas médias entre 12,8 C a 21, 8 C e a precipitação é bem distribuída durante o ano. O solo foi um Neossolo Litólico (Soil Survey Staff (1999): Udorthent) e na camada de 0-20 cm antes da implantação do experimento apresentava os seguintes atributos: argila 240 g kg -1, matéria orgânica 27,0 g kg -1 ; ph em água 6,3; Al trocável 0,0 cmolc dm -3 (extrator de KCl 1 mol L -1 ); Ca trocável 8,8 cmolc dm -3 (extrator de KCl 1 mol L -1 ); Mg trocável 3,3 cmolc dm -3 (extrator de KCl 1 mol L -1 ); P disponível 18,9mg dm -3 (extrator de Mehlich 1) e K disponível 188 mg dm -3 (extrator de Mehlich 1). Em agosto de 2008 e 2009 as videiras foram submetidas à aplicação de 0, 10, 20, 40 e 80 kg de N ha -1, em uma única aplicação no início da brotação das plantas, a qual será incorporada na atualização do Manual de Adubação e Calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao longo das duas safras as quantidades aplicadas em cada tratamento totalizaram 0, 20, 40 e 160 kg de N ha -1. O N foi aplicado manualmente, na forma de uréia (45% de N), na superfície do solo, sem incorporação e 12

em faixas de 0,5 m de largura na projeção da copa. Logo depois da aplicação do N, a faixa onde o nutriente foi aplicado foi submetida à aplicação do herbicida Glifosato, para evitar a incidência de plantas daninhas. Nas duas safras as videiras foram submetidas à aplicação de fósforo (P) e potássio (K), seguindo as recomendações propostas pela CQFS-RS/SC (2004). As videiras, depois da poda de inverno possuíam o mesmo número de ramos e, aproximadamente, de gemas por planta. Foi utilizado o delineamento experimental blocos ao acaso com três repetições, sendo cada parcela formada por cinco plantas, onde as três plantas centrais foram avaliadas. O experimento 2 para avaliar o composto orgânico foi implantado na mesma data em vinhedo próximo ao experimento 1, sendo aplicado as doses de 0 e 20 kg de N ha -1, na forma de composto orgânico. As aplicações foram feitas no período de brotação da videira durante dois ciclos 2008/2009 e 2009/2010. No florescimento as leituras SPAD, utilizando o medidor portátil de clorofila Minolta-SPAD-502 foram realizadas em folhas completamente expandidas, maduras e opostas ao primeiro cacho do ramo do ano. Na mudança da cor das bagas as leituras SPAD foram realizadas nas folhas completamente expandidas, maduras, localizadas no terço médio do ramo do ano. Nas duas épocas, as leituras foram realizadas em três folhas, uma em cada ramo do ano. Duas folhas foram localizadas na parte externa das plantas e uma folha foi localizada no centro da planta. As leituras foram realizadas, aproximadamente, na parte central de cada folha. Logo depois de cada leitura, nas duas épocas, a mesma folha completa submetida à leitura foi coletada e reservada. Na plena maturação todos os cachos de uva de cada planta foram coletados, pesados e, assim, determinada a produção de uva por hectare. 13

Na colheita foi determinada a produção total através do peso total dos cachos, também foi contado o número de cachos em cada planta. Após a colheita foram reservadas amostras de bagas de uva. As amostras das bagas foram armazenadas em sacos plásticos e acondicionadas em uma caixa de isopor com gelo. Posteriormente, foram levadas para o Laboratório de Enoquímica da Embrapa Uva e Vinho, para análise de ph, Sólidos solúveis totais, antocianinas, N amonical, ácido málico e ácido tartárico. Experimento 3 e 4 - Produção e qualidade da uva e do vinho em videiras submetidas à adubação com fertilizante nitrogenado mineral na Campanha. O experimento 3 foi realizado em um vinhedo de uma propriedade no município de Rosário do Sul, região da Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul, Sul do Brasil. Foi utilizado um vinhedo de Cabernet Sauvignon, enxertada sob o porta-enxerto SO4, na densidade de 3704 plantas por hectare, espaçamento de 1,0 m entre plantas e 2,7 m entre linhas. O vinhedo foi conduzido em espaldeira. O clima da região é Cfa com temperaturas médias variando de 11,9 C a 24,2 C e a precipitações anuais geralmente inferiores a região da serra gaúcha. O solo foi um Argissolo Vermelho Distrófico arênico e na camada de 0-20 cm antes da implantação do experimento apresentava os atributos: argila 70 g kg -1, matéria orgânica 10,0 g kg -1 ; ph em água 5,5; Al trocável 0,0 cmol c dm -3 (extrator KCl 1 mol L -1 ); (Ca trocável 0,9 cmol c dm -3 (extrator KCl 1 mol L - 1 ); Mg trocável 0,6 cmol c dm -3 (extrator KCl 1 mol L -1 ); P disponível 30,1 mg dm -3 (extrator Mehlich 1) e K disponível 48 mg dm -3 (extrator Mehlich 1). 14

Em agosto de 2008 e 2009 as videiras Cabernet Sauvignon foram submetidas à aplicação de 0, 10, 15, 20, 40, 80 e 120 kg de N ha -1, totalizando nas duas safras 0, 20, 30, 40, 80, 160 e 240 kg de N ha -1. A fonte de N utilizada foi a uréia (45% de N) e a época e o modo de aplicação do N foi o mesmo descrito no experimento 1. Na faixa onde o N foi utilizado foi aplicado o herbicida Glifosato, para evitar a incidência de plantas daninhas. Nas duas safras as videiras foram submetidas à aplicação de fósforo (P) e potássio (K), de acordo com as recomendações estabelecidas pela CQFS-RS/SC (2004). As videiras, depois da poda de inverno possuíam o mesmo número de ramos e, aproximadamente, o mesmo número de gemas por planta. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com três repetições, sendo cada parcela formada por cinco plantas, onde as avaliações foram realizadas nas três plantas centrais. O experimento 4 foi instalado na mesma data em linhas do vinhedo próximas ao experimento 3, sendo aplicado as doses de 0 e 20 kg de N ha -1, na forma de composto orgânico. As aplicações foram feitas no período de brotação da videira durante dois ciclos 2008/2009 e 2009/2010. Na colheita foi determinada a produção total através do peso total dos cachos, também foi contado o número de cachos em cada planta. Após a colheita foram reservadas amostras de bagas de uva. As amostras das bagas foram armazenadas em sacos plásticos e acondicionadas em uma caixa de isopor com gelo. Posteriormente, foram levadas para o Laboratório de Enoquímica da Embrapa Uva e Vinho, para análise de ph, Sólidos solúveis totais, antocianinas, N amonical, ácido málico e ácido tartárico. Os resultados do uso do equipamento SPAD para estimativa do conteúdo de nitrogênio em videiras da serra e campanha com o uso de uréia seguem a seguir. 15

Nos experimentos 1 e 3 da safra de 2008/2009 a leitura de SPAD aumentou linearmente com o aumento do teor total de N nas folhas completas de videiras (Figura 1.a). O ajuste matemático foi expresso pela equação SPAD = 2,176.N -24,277 (r² = 0,99). Nessa época, a cada 0,46 g kg -1 de N total da folha acresce uma unidade SPAD (Figura 1.b). Já no florescimento foram necessários 5 g kg -1 de N total na folha para cada unidade SPAD, sendo o ajuste matemático SPAD = 0,195.N + 28,290 (r² = 0,94). As leituras de SPAD realizadas na mudança de cor das bagas distinguem melhor a variação do teor de N total na folha. Por outro lado, no florescimento necessitam de maiores teores para pequenas variações na leitura. Por isso, essas leituras devem ser cuidadosas, são preferencialmente resultados qualitativos, embora se tenha obtido alta relação entre as leituras e o teor total de N na folha, que apresentaram para o florescimento e mudança de cor das bagas, r² de 0,94 e 0,99, respectivamente. A relação entre o teor de N total obtido no laboratório e as leituras do SPAD permitiram o ajuste de equações lineares significativas para o florescimento e para a mudança de cor. O coeficiente de relação obtido na mudança de cor das bagas foi maior no florescimento, mostrando que o melhor momento para predição do teor de N ocorre na mudança de cor das bagas. Uma boa relação entre a leitura SPAD e o teor de N total nas folhas foi encontrada para os cultivos de algodoeiro, cafeeiro e citrus (PORRO et al. 2001; GODOY et al. 2008; ARAÚJO et al., 2004). Estes autores sugerem que a leitura SPAD pode ser utilizada para determinação do estado nutricional destes cultivos. 16

50 45 SPAD = 0,195.N + 28,290 r ²=0,94 (a) 40 38 (b) SPAD = 0,250.N + 25,386 r ²=0,95 Leitura (SPAD) 40 35 30 Leitura (SPAD) 36 34 25 32 0 0 30 35 40 45 50 55 60 0 0 20 24 28 32 36 40 50 45 SPAD = 2,176.N - 24,277 r ²=0,99 (c) 40 38 (d) SPAD = 2,535.N - 19,549 r ²=0,97 Leitura (SPAD) 40 35 30 Leitura (SPAD) 36 34 25 32 0 0 25 30 35 40 45 50 55 60 0 0 20 24 28 32 36 40 Nitrogênio na folha (g kg -1 ) Nitrogênio na folha (g kg -1 ) Figura 1. Relação entre o teor total de nitrogênio na folha e medida indireta do teor de clorofila em SPAD, no florescimento (a,b) e na mudança da cor das bagas (c,d), de viníferas Cabernet Sauvignon cultivadas em Rosário do Sul (a,c) e Bento Gonçalves (b,d) (RS). No experimento 2 na safra 2008/2009 quando coletadas no florescimento, em uma proporção de uma unidade de SPAD a cada 4 g kg -1 de N total para Rosário do Sul (Figura 1). O ajuste matemático foi expresso pela equação SPAD = 0,250.N + 25,386 (r² 17

= 0,95). Por outro lado, quando as folhas foram coletadas na mudança de cor das bagas, a cada 0,4 g kg -1 de N total houve um aumento de uma unidade de SPAD (Figura 1), sendo o ajuste matemático SPAD = 2,535.N + 19,549 (r² = 0,97). Os valores da leitura de SPAD tiveram maior amplitude (maior coeficiente angular com 2,535) na mudança de cor das bagas, comparativamente aos valores obtidos no florescimento com 0,250 (Figura 1). Na mudança de cor das bagas os valores de N total variaram de 22,4 a 23,0 g kg -1 de N total, já no florescimento a variação ficou entre 30,3 a 39,1 g kg -1 de N total. Quando a leitura for realizada nas folhas completas no florescimento que parece ser a melhor época, a equação usada para estimar o total de N é SPAD = 0,250.N + 25,386. Por outro lado, quando as leituras de SPAD forem realizadas na mudança da cor, a equação usada é SPAD = 2,535.N + 19,549. A relação entre leitura de SPAD e N total na folha também foi encontrada por PORRO et al. 2001 em videira e macieira e ARAÚJO et al. 2004 em citrus. Os valores de N total medido e de N total estimado na folha completa, através da leitura do SPAD são apresentados na Figura 2. Embora as equações matemáticas que geraram as equações apresentaram grande associação das variáveis de unidades SPAD com teor de nitrogênio na folha. As equações não conseguiram abranger e determinar adequadamente o teor de nitrogênio na folha. O nitrogênio estimado apresentou pouca associação com os valores medidos na safra 2009/2010 (Figura 2). Tanto no florescimento quanto na mudança de cor, o nitrogênio estimado apresentou baixa correlação com os valores medidos, ficando distante da reta 1:1, com coeficientes de determinação de 0,65 para o florescimento as demais relações ficaram abaixo de 0,40. No florescimento os valores estimados apresentaram maior dispersão. Na mudança de 18

cor, não foi verificado ajuste e a dispersão de pontos foi pequena. Na mudança de cor e no período de florescimento em Bento Gonçalves os valores estimados de nitrogênio sempre foram superestimados comparados com os valores de nitrogênio medido na folha. É possível que exista efeito do ano de avaliação, e este cause a variação do teor de nitrogênio nas folhas dentro de um mesmo cultivar de videira podendo apresentar grandes variações nas leituras de SPAD de um ano para outro, situação semelhante a encontrada por PORRO et al. 2001. Muito embora diversos trabalhos com outras culturas, amendoim (JANGPROMMA et al., 2010), cafeeiro (GODOY et al., 2008), milho (ARGENTA et al., 2004), trigo (ARREGUI et al., 2006) e para a videira (AMARANTE et al., 2010), apresentaram grande relação entre o teor de N e a leitura SPAD, para videira os resultados indicam que modelos gerados não podem ser utilizados para estimar o teor de nitrogênio na folha, tanto no período de florescimento como na mudança de cor da baga. 19

Nitrogênio na folha estimado (g kg -1 ) 40 30 20 10 0 r = 0,65 dw = 0,62 c= 0,40 Reta 1:1 Florescimento RQME = 6,3 g kg -1 0 10 20 30 40 Nitrogênio na folha medido (g kg -1 ) Rosário do Sul Nitrogênio na folha estimado (g kg -1 ) 40 30 20 10 0 r = 0,21 dw = 0,15 c= 0,03 Reta 1:1 Mudança de cor RQME = 14,6 g kg -1 0 10 20 30 40 Nitrogênio na folha medido (g kg -1 ) Nitrogênio na folha estimado (g kg -1 ) 60 50 40 30 20 10 0 r = 0,19 dw = 0,15 c= 0,03 Reta 1:1 Florescimento RQME = 13,1 g kg -1 0 10 20 30 40 50 60 Nitrogênio na folha medido (g kg -1 ) Bento Gonçalves Nitrogênio na folha estimado (g kg -1 ) 60 50 40 30 20 10 0 r = 0,21 dw = 0,16 c= 0,03 Reta 1:1 Mudança de cor RQME = 3,8 g kg -1 0 10 20 30 40 50 60 Nitrogênio na folha medido (g kg -1 ) Figura 2. Nitrogênio na folha observado na safra 2009/2010, nitrogênio na folha estimado pelo modelo gerado com os dados da safra 2008/2009. A linha cheia é a reta 1:1, r é o coeficiente de correlação, dw é o índice Willmott, c é o índice c e RQME é a raiz do quadrado médio do erro. Embora a leitura SPAD, obtida pelo aparelho Minolta-SPAD-502 seja gerada em tempo real no campo, não destruindo a folha e com relativa simplicidade, os valores 20

estimados de N total em folhas de videiras, utilizando equações, obtidas entre as leituras de SPAD e o teor total de N, não apresentaram relação satisfatória com o teor total do nutriente obtido em análise de laboratório. O valor do RQME, para o florescimento na área de Rosário do Sul foi de 6,3 g kg -1 de nitrogênio, enquanto que na mudança de cor foi de 14,2 g kg -1. No cultivo de Bento Gonçalves o valor do RQME, para o florescimento, foi de 13,1 e 3,8 g kg -1 na mudança de cor (Figura 2). Um erro de 3,8 gramas de nitrogênio por quilo de matéria seca pode ser considerado baixo para o cultivo da videira. As estatísticas de dw e o índice c (Figura 2), confirmam que o uso das leituras de SPAD apresenta baixa precisão na determinação do teor de nitrogênio na folha. Os valores do dw e c foram maiores no florescimento da videira em Rosário do Sul, com 0,62 para o índice dw e 0,40 para o índice c, segundo o índice c o modelo é péssimo para estimar o teor de nitrogênio na folha. Os demais também foram considerados péssimos porque ficaram abaixo de 0,40. O uso de unidades SPAD foi melhor na estimativa do teor de nitrogênio das plantas de várias espécies agrícolas, como: amendoim (JANGPROMMA et al., 2010), cafeeiro (GODOY et al., 2008), milho (ARGENTA et al., 2004) e trigo (ARREGUI et al., 2006). No milho, coeficientes de determinação abaixo de 0,34 foram relatados (BLACKMER & SCHEPERS, 1995; BULLOCK & ANDERSON, 1998) nos estágios iniciais de desenvolvimento. Outros trabalhos utilizaram as leituras de SPAD para determinar o enxofre na folha, mas a precisão foi baixo para determinar o teor de enxofre nas folhas expandidas de milho (BATISTA et al. 2007). O baixo desempenho do modelo pode ser atribuído à precipitação pluvial e a temperatura do ar que podem afetar as leituras de SPAD nos diferentes anos (RASHID et al., 2005; HAWKINS et al., 21

2007, JANGPROMMA et al., 2010). Outro fator que afetou a determinação do teor de nitrogênio pode ser atribuído ao equipamento SPAD-502 que tem a sensibilidade adequada para até 300 mg m -2 de cloroplastos (STEELE et al., 2008). Acima desse nível, no entanto, a precisão do instrumento diminuiu consideravelmente. Infelizmente, esta diminuição na sensibilidade ocorre na faixa em que o conteúdo de cloroplastos é típico para a videira que possui acima de 300 mg m -2, assim, a precisão na determinação da clorofila diminui, gerando um valor impreciso do teor de nitrogênio na folha. Referências Bibliografias AMARANTE, C. V. T. do et al. Quantificação da área e do teor de clorofilas em folhas de plantas jovens de videira 'Cabernet Sauvignon' mediante métodos não destrutivos. Revista Brasileira de Fruticultura, v.31, p. 680-686, 2009. ARAÚJO, R.A. et al. Características biométricas, índice SPAD-502 e emissão da fluorescência em porta-enxertos de citros. Revista Ceres, v.51, p.189-199, 2004. ARGENTA, G. et al. Leaf relative chlorophyll content as an indicator parameter to predict nitrogen fertilization in maize. Ciência Rural, v.34, p.1379-1387, 2004. ARREGUI, L.M. et al. Evaluation of chlorophyll meters as tools for N fertilization in winter wheat under humid Mediterranean conditions. European Journal of Agronomy, v.24, p.140-148, 2006. BATISTA, K.; MONTEIRO, F.A. Nitrogen and Sulphur in Marandu Grass: relationship between supply and concentration in leaf tissues. Scientia Agricola, v.64, n.1, p.44-51, 2007. 22

BLACKMER, T.M.; SCHEPERS, J.S. Use of a chlorophyll meter to monitor nitrogen status and schedule fertigation for corn. Journal Production Agriculture, v. 8, p.56-60, 1995. BULLOCK, D.G. & ANDERSON, D.S. Evaluation of the Minolta SPAD - 502 chlorophyll meter for nitrogen management in corn. Journal Plant Nutrition, v.21, p.741-755, 1998. CQFS-RS/SC 2004. Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10 ed. Porto Alegre, SBCS - Núcleo Regional Sul/UFRGS. 2004. 400 p. GODOY, L.J.G. et al. Índice relativo de clorofila e o estado nutricional em nitrogênio durante o ciclo do cafeeiro fertirrigado. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.32, n.1, p.217-226, 2008. HAWKINS, J.A. et al. Using relative chlorophyll meter values to determine nitrogen application rates for corn. Agronomy Journal, v.99, p.1034-1040, 2007. JANGPROMMA, N. et al. Rapid assessment of chlorophyll content in sugarcane using a SPAD chlorophyll meter across different water stress conditions. Asian Journal of Plant Sciences, v.9, p.368-374, 2010. PORRO, D. et al. Use of SPAD meter in diagnosis of nutritional status in apple and grapevine. Acta Horticulturae, v.564, p.243-252, 2001. RASHID, M.T., P. et al. Predicting nitrogen fertilizer requirements for corn by chlorophyll meter under different N availability conditions. Canadian Journal Soil Science, v.85, p.149-159, 2005. STEELE, M. et al. A comparison of two techniques for non-destructive measurement of chlorophyll content in grapevine leaves. Agronomy Journal, v.100, p.779-782, 2008. 23

Estudo IV - Estabelecimento, na videira, do nível crítico de nutrientes no tecido vegetal e no solo, em relação ao rendimento relativo e indicadores de qualidade da uva. A necessidade e dose de fertilizantes nitrogenados, potássicos e fosfatados pode ser estabelecida com base no nível crítico de nutrientes no tecido ou no solo. O nível crítico é obtido pelo ajuste matemático entre o rendimento relativo o teor do nutriente no tecido ou no solo e, caso exista, a partir dele a resposta da planta a adição do nutriente é baixa ou praticamente nula. Na região Sul do Brasil trabalhos de estabelecimento de nível crítico de nutrientes no tecido ou no solo em frutíferas, como a videira são inexistentes ou escassos. A instalação de experimentos poderá estabelecer o nível crítico de nitrogênio (N), potássio (K) e fósforo (P) no tecido e de P e K no solo em viníferas cultivadas na região Sul do Brasil. No município de Santana do Livramento o experimento foi implantado em agosto de 2008, foram selecionadas nove plantas de cada cultivar, em um delineamento blocos ao acaso com três repetições, em sete vinhedos de Cabernet Sauvignon, dois de Cabernet Franc, dois de Merlot e seis de Tannat, implantados em solo Argissolo Vermelho, com níveis crescentes de P e K no solo, que foram construídos ao longo dos anos pelas adubações. Os vinhedos são comerciais e pertencentes à Vinícola Almadén, município de Santana do Livramento, região da Campanha do Rio Grande do Sul (RS), Brasil (Anexo 13 e 14). As videiras foram conduzidas em latada e submetidas ao mesmo manejo durante todas as safras. Os experimentos instalados na região serrana de Santa Catarina foram instalado na área de três produtores de uva viníferas. Abaixo seguem as atividades executadas nos dois experimentos. 24

No início de cada ciclo o solo foi coletado na camada de 0 20cm e na projeção da copa e, em seguida, foi secado em câmara de secagem, moído e submetido a análise de N total, P disponível e K trocável no Laboratório de Química e Fertilidade do Solo da UFSM. No pleno florescimento e na mudança da cor das bagas foram coletadas oito folhas inteiras por planta, opostas ao primeiro cacho do ramo do ano, secadas em câmara de secagem, moídas e submetidas à análise do total de N, P e K. Na maturação todos os cachos das plantas foram coletados e, assim, determinada a produtividade. Nos dois primeiros anos os resultados do experimento instalado nos vinhedos comerciais de viníferas, na Vinícola Almadén, no município de Santana do Livramento (RS). As folhas foram coletadas no pleno florescimento das safras 2008/2009 e 2009/2010 a posição de coleta foi no terço médio dos ramos do ano. As folhas foram secas, moídas e submetidas à análise dos teores totais de N, P e K. Na maturação todos os cachos das plantas foram coletados e determinada a produção. Em cada tratamento o rendimento relativo (rr) foi obtido usando a equação rr = (rt/rm) *100, onde rt é o rendimento do tratamento e rm é o rendimento máximo. Os resultados do rendimento relativo foram ajustados com os teores totais de N, P e K na folha completa, utilizando o x modelo de Mitscherlich yˆ a 1 b, onde ŷ representa o rendimento relativo, a e b são constantes e x é o teor do nutriente no tecido. O nível crítico na folha completa foi estimado para um rendimento relativo de 90%. O rendimento relativo de uva das viníferas não apresentou relação com o teor total de N, P e K, não permitindo estabelecer o nível crítico dos nutrientes na folha completa (Figura 3). O estabelecimento do nível crítico de nutrientes na folha ou no solo em relação à produtividade não é possível de estabelecer para o experimento nos dois primeiros anos, 25

possivelmente porque os teores nos tecidos não representem as quantidades metabolicamente ativas. Safra 2008/2009 e 2009/2010 20000 y = 4105 (1-0,9755^x) r²= 0,130 (a) 100 y = 84,66 (1-0,9753^x) r²= 0,003 (e) 16000 80 Produção (kg ha -1 ) 12000 8000 Rendimento relativo (%) 60 40 4000 20 20000 0 15 20 25 30 35 40 45 Teor de N na folha (g kg -1 ) (b) 0 15 20 25 30 35 40 45 Teor de N na folha (g kg -1 ) 100 (f) 15000 80 Produção (kg ha -1 ) 10000 5000 Rendimento relativo (%) 60 40 20 y = 17991 (1-1,0001^x) r²= 0,350 0 1 2 3 4 5 6 Teor de P na folha (g kg -1 ) y = 20,97 (1-1,0001^x) r²= 0,228 0 1 2 3 4 5 6 Teor de P na folha (g kg -1 ) 20000 y = 7461 (1-0,830^x) r²= 0,0016 (c) 100 y = 42,60 (1-0,8200^x) r²= 0,0001 (g) 16000 80 Produção (kg ha -1 ) 12000 8000 Rendimento relativo (%) 60 40 4000 20 0 8 10 12 14 16 18 20 Teor de K na folha (g kg -1 ) 0 8 10 12 14 16 18 20 Teor de K na folha (g kg -1 ) Figura 3. Relação da produção (a,b,c) com o teor de nitrogênio (a), fósforo (b) e potássio (c), relação entre o rendimento relativo (d,e,f) e o teor de nutriente de nitrogênio (d), fósforo (e) e potássio (f) na folha de videiras vinícolas 26

cultivadas na região da Campanha do Rio Grande do Sul safras 2008/2009 e 2009/2010. PUBLICAÇÕES REALIZADAS No período de vigência da bolsa o Pós-Doutorado PNPD realizou as seguintes publicações relacionadas ao projeto: Artigo enviado para publicação 1. TRENTIN, Gustavo; BRUNETTO, Gustavo; CERETTA, Carlos Alberto; KAMINSKI, João; MELO, George Wellington De Melo; GIROTTO, Eduardo; LORENSINI, Felipe; MOSER, Glaucia Regina Zaferi; CONTI, Lessandro De; TIECHER, Tadeu; MIOTTO, Alcione. Adubação nitrogenada da videira com o uso de método não destrutivo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. (enviado para publicação) (Anexo 15). Resumos Expandidos Publicados 1. BRUNETTO, Gustavo ; TRENTIN, Gustavo ; CERETTA, Carlos Alberto ; Kaminski, João ; Silva, Leandro Souza da ; GIROTTO, Eduardo ; LOURENZI, Cledimar Rogério ; LORENSINI, Felipe ; DE CONTI, Lessandro ; TIECHER, Tadeu Luis ; CELLA, Cesar ; MIOTTO, Alcione. Estimativa do teor de nitrogênio total em folhas de videiras na região da 27

campanha do Rio Grande do Sul usando o SPAD. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009. 2. BRUNETTO, Gustavo ; TRENTIN, Gustavo ; CASALI, Ângela Valéria ; RHEINHEIMER, Danilo dos Santos ; Kaminski, João ; GIROTTO, Eduardo ; LORENSINI, Felipe ; LOURENZI, Cledimar Rogério ; MOSER, Glaucia Regina Zaferi ; MELO, George Wellington Bastos de ; CHAVARRIA, Geraldo. Avaliação do teor de nitrogênio, aminoácidos e proteínas em folhas e ramos do ano de macieiras submetidas a aplicaçao foliar de nitrogênio.. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009. 3. TRENTIN, Gustavo ; BRUNETTO, Gustavo ; CERETTA, Carlos Alberto ; Kaminski, João ; MELO, George Wellington Bastos de ; GIROTTO, Eduardo ; LORENSINI, Felipe ; LOURENZI, Cledimar Rogério ; MOSER, Glaucia Regina Zaferi ; DE CONTI, Lessandro ; TIECHER, Tadeu Luis ; MIOTTO, Alcione. Uso do Spad no diagnóstico do teor total de nitrogênio na folha em videiras submetidas à adubaçào nitrogenada na Serra Gaúcha do Rio Grande do Sul. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009, Fortaleza. Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009. 4. LORENSINI, Felipe ; CERETTA, Carlos Alberto ; BRUNETTO, Gustavo; LOURENZI, Cledimar Rogério ; TRENTIN, Gustavo ; TIECHER, Tadeu Luis; DE CONTI, Lessandro. Perdas de nitrogênio por lixiviação em 28

vinhedo submetido a adubação nitrogenada na campanha do Rio Grande do Sul. In: Fertibio 2010, 2010, Guarapari (ES). Anais do Fertibio 2010, 2010. 5. DE CONTI, Lessandro; BRUNETTO, GUSTAVO; CERETTA, Carlos Alberto ; TRENTIN, Gustavo ; TRINDADE, Mateus M.; KAMINSKI, João; MOSER, Glaucia Regina Zaferi. Teor de nitrogênio total em folhas de videira estimado pela leitura do SPAD. In: Fertibio 2010, 2010, Guarapari (ES). Anais do Fertibio 2010, 2010. 6. DE CONTI, Lessandro; GIROTTO, Eduardo ; CERETTA, Carlos Alberto ; BRUNETTO, Gustavo; MIOTTO, Alcione; TIECHER, Tales; TRENTIN, Gustavo. Acúmulo de cobre e crescimento de aveia preta em solos de vinhedos da Serra Gaúcha e Campanha Gaúcha do Rio Grande do Sul. In: Fertibio 2010, 2010, Guarapari (ES). Anais Fertibio 2010, 2010. 7. BRUNETTO, Gustavo; TRENTIN, Gustavo ; CERETTA, Carlos Alberto ; KAMINSKI, João; MIOTTO, Alcione ; GIROTTO, Eduardo ; LOURENZI, CLEDIMAR ROGÉRIO ; LORENSINI, Felipe ; MOSER, Glaucia Regina Zaferi; MELO, George Wellington Bastos de. Nível crítico de nitrogênio, fósforo e potássio na folha completa de videira. In: XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura, 2010, Natal, RN. Anais do XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura, 2010. 8. BRUNETTO, Gustavo; TRENTIN, Gustavo ; CERETTA, Carlos Alberto ; KAMINSKI, João; MIOTTO, Alcione ; GIROTTO, Eduardo ; TIECHER, Tadeu Luis; DE CONTI, Lessandro; TRINDADE, Mateus M.; MELO, George Wellington Bastos de. Nível crítico de nutrientes no solo para a 29

videira. In: XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura, 2010, Natal, RN. Anais do XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura, 2010. 9. MIOTTO, Alcione ; CERETTA, Carlos Alberto ; KAMINSKI, João; BRUNETTO, Gustavo; GIROTTO, Eduardo ; TRENTIN, Gustavo ; TIECHER, Tadeu Luis; DE CONTI, Lessandro; TRINDADE, Mateus M.. Acumulação e distribuição de cobre em videiras cultivadas em solos arenosos com histórico de aplicação de fungicidas cúpricos foliares. In: XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura, 2010, Natal, RN. Anais do XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura, 2010. Resumos 1. LORENSINI, Felipe ; CERETTA, Carlos Alberto ; BRUNETTO, Gustavo ; TRENTIN, Gustavo ; GIROTTO, Eduardo ; LOURENZI, Cledimar Rogério ; MIOTTO, Alcione ; TIECHER, Tadeu Luis ; DE CONTI, Lessandro ; TRINDADE, Mateus M. ; MOSER, Glaucia Regina Zaferi ; CELLA, Cesar ; Kaminski, João ; MELO, George Wellington Bastos de. Resposta da videira à adubação nitrogenada na forma de composto orgânico e mineral na Região da Campanha do Rio Grande do Sul. In: 7 Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós-Graduandos, 2009, Bento Gonçalves. Anais do 7 Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós-Graduandos, 2009. p. 20. 2. MOSER, Glaucia Regina Zaferi ; CERETTA, Carlos Alberto ; BRUNETTO, Gustavo ; TRENTIN, Gustavo ; GIROTTO, Eduardo ; LOURENZI, 30

Cledimar Rogério ; MIOTTO, Alcione ; LORENSINI, Felipe ; DE CONTI, Lessandro ; TRINDADE, Mateus M. ; TIECHER, Tadeu Luis ; Kaminski, João ; MELO, George Wellington Bastos de ; Domingues, Fabricio. Nível crítico de nutrientes em videiras cultivadas na região da Campanha do Rio Grande do Sul. In: 7 Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós- Graduandos, 2009, Bento Gonçalves. Anais do 7 Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós-Graduandos, 2009. p. 24. 3. DE CONTI, Lessandro ; CERETTA, Carlos Alberto ; BRUNETTO, Gustavo; TRENTIN, Gustavo ; GIROTTO, Eduardo ; LOURENZI, Cledimar Rogério ; MIOTTO, Alcione ; LORENSINI, Felipe ; TIECHER, Tadeu Luis ; TRINDADE, Mateus M. ; MOSER, Glaucia Regina Zaferi ; Kaminski, João ; MELO, George Wellington Bastos de ; CHAVARRIA, Geraldo. Teor de nitrogênio total em folhas de videira usando o SPAD. In: 7 Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós-Graduandos, 2009, Bento Gonçalves. Anais do 7 Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós-Graduandos, 2009. p. 31. 4. TIECHER, Tadeu Luis ; CERETTA, Carlos Alberto ; BRUNETTO, Gustavo; TRENTIN, Gustavo ; GIROTTO, Eduardo ; LOURENZI, Cledimar Rogério ; MIOTTO, Alcione ; LORENSINI, Felipe ; DE CONTI, Lessandro ; TRINDADE, Mateus M. ; MOSER, Glaucia Regina Zaferi ; Kaminski, João ; MELO, George Wellington Bastos de. Resposta da videira à adubação nitrogenada na Campanha do Rio Grande do Sul. In: 7 Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós-Graduandos, 2009, Bento 31

Gonçalves. Anais do 7 Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós- Graduandos, 2009. p. 52. Comunicados Técnicos 1. BRUNETTO, Gustavo; TRENTIN, Gustavo; MELO, George Wellington Bastos de; CERETTA, Carlos Alberto; KAMINSKI, João; GIROTTO, Eduardo; LOURENZI, Cledimar Rogério ; LORENSINI, Felipe; MOSER, Glaucia Regina Zaferi. Estimativa do estado nutricional de videiras no Rio Grande do Sul usando o SPAD (Enviado para publicação em 2009). Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, (Comunicado técnico, enviado para publicação). DEMAIS ATIVIDADES REALIZADAS Atividades Docentes Proferi aulas teóricas sobre Nutrição e Manejo da adubação em Frutíferas Perenes na disciplina de Fertilidade do Solo, ofertada para os alunos de Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria. Revisor de periódico 32

1. Ciência e Natura - 2009 Atual, Regime: Parcial 2. Revista de Ciências Agroveterinárias (UDESC) - 2009 Atual, Regime: Parcial Participação em bancas examinadoras Dissertação 1. CERETTA, Carlos Alberto; Claudir José Basso; TRENTIN, Gustavo; BRUNETTO, Gustavo. Participação em banca de Nathalia Haydee Riveros Ciancio. Produção de grãos, matéria seca e acúmulo de nutrientes em culturas submetidas à adubação orgânica e mineral. 2010. Dissertação (Mestrado em Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo) - Universidade Federal de Santa Maria. Tese de doutorado 1. CERETTA, Carlos Alberto; Sandro José Giacomin; Frederico C. B. Vieira; SILVA, Leandro Sousa; TRENTIN, Gustavo; BRUNETTO, Gustavo. Participação em banca de Cláudio Fioreze. Liberação de nitrogênio de adubos orgânicos em solos e cultivos de batata na primavera e outono. 2010. Tese (Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo) - Universidade Federal de Santa Maria. 33

Trabalhos de Conclusão de Curso de graduação 1. CERETTA, Carlos Alberto; TRENTIN, Gustavo; BRUNETTO, Gustavo. Participação em banca de Glaucia Regina Zaferi Moser. Decomposição e liberação de nutrientes de resíduos de cobertura em vinhedo. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) - Universidade Federal de Santa Maria. Congressos e reuniões técnicas 1. XXXII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo. Fortaleza-CE. 2009. (Congresso). 2. XII Congreso Latinoamericano de Viticultura y Enologia. Montevideo, Uruguay. 2009. (Congresso). 3. 7º Encontro de Iniciação Científica e 3 Encontro de Pós-Graduandos, 2009, Embrapa Uva e Bento Gonçalves-RS. (Encontro). Apresentação de trabalho em congresso ou seminário científico-acadêmico 1. TRENTIN, Gustavo. Uso do SPAD no diagnóstico do teor total de nitrogênio na folha em videiras submetidas à adubação nitrogenada na serra gaúcha do Rio Grande do Sul, 2009. (Congresso,Apresentação de Trabalho) 34

2. TRENTIN, Gustavo. Uso do SPAD na estimativa do estado nutricional de videiras no Rio Grande do Sul, Brasil, 2009. (Congresso,Apresentação de Trabalho) Ministração de ensino não regular (cursos, palestras, conferências) 1. TRENTIN, Gustavo. Balanço hídrico no Brasil e fatores que afetam a absorção de água pelas plantas, 2009. (Palestra) 2. TRENTIN, Gustavo. Geadas: Princípios e condição de ocorrência, 2009. (Palestra) Organização de eventos 1. BRUNETTO, Gustavo; GIROTTO, Eduardo ; MIOTTO, Alcione ; TRENTIN, Gustavo ; KAMINSKI, João; CERETTA, Carlos Alberto. Workshop: Nutrição e manejo da adubação em frutíferas temperadas. 2009. (Outro). Aprovação de projeto de pesquisa 1. Projeto de pesquisa aprovado pela Fundação de apoio a Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERS). 2009. Edital 03/2009. 35

Outras atividades Durante o período de pós-doutoramento participei de atividades de pesquisa em projetos de estudantes de graduação e Pós-Graduação vinculados ao grupo de pesquisa do CNPq Ciclos biogeoquímicos e produtividade do solo. As atividades que auxiliei o grupo foram referentes as análises estatísticas de trabalhos que foram publicados e outros que estão em processo de elaboração submissão em periódicos científicos, nestes trabalhos foram avaliados a aplicação de dejetos suínos e de peru em cultivos de lavouras de inverno e verão. Outra atividade que foi desenvolvida foi a elaboração de protocolos para o estudo dos efeitos do cobre em plantas de cobertura de vinhedos e no cultivo da videira. Além disso, colaborei na organização de dados de trabalhos de pesquisa realizados no setor de Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral de Frutíferas da Embrapa Uva e Vinho. 36

Anexos 37

Anexo 1 - Plantas de cobertura cultivadas e marcadas com 15 N (Estudo I). 38

Anexo 2 Litter bags de decomposição depositadas na superfície do solo (Experimento 1 do Estudo I). 39

Anexo 3 - Deposição, na superfície do solo, de resíduos de centeio marcado com 15 N (Experimento 2 do Estudo I). 40

Anexo 4 Videira utilizada no experimento de deposição, na superfície do solo, de resíduos de centeio marcado com 15 N (Experimento 2 do Estudo I). 41

Anexo 5 Plantas utilizadas no estudo de aproveitamento e distribuição, na videira, do nitrogênio derivado do fertilizante mineral em Santana do Livramento, RS (Estudo II). 42

Anexo 6 Aplicação de nitrogênio marcado em planta utilizada para o estudo de aproveitamento e distribuição, na videira, do nitrogênio derivado do fertilizante mineral em Santana do Livramento, RS (Estudo II). 43

Anexo 7 - Videiras submetidas à aplicação de nitrogênio em Bento Gonçalves (RS), região da Serra Gaúcha (Estudo III). 44

Anexo 8 - Coletas de folhas em videiras submetidas à aplicação de nitrogênio em Bento Gonçalves (RS) (Estudo III). 45

Anexo 9 Equipamento Minolta-SPAD-502, utilizado no experimento de videiras submetidas à aplicação de nitrogênio em Rosário do Sul (RS) (Estudo III). 46

Anexo 10 - Videiras submetidas à aplicação de nitrogênio em Rosário do Sul (RS) (Estudo III). 47

Anexo 11 Produção de uma planta utilizada no experimento de videiras submetidas à aplicação de nitrogênio em Rosário do Sul (RS) (Estudo III) 48

Anexo 12 Colheita de uva no experimento de videiras submetidas à aplicação de nitrogênio em Rosário do Sul (RS) (Estudo III) 49

Anexo 13- Videiras novas selecionadas na Vinícola Almadén, no município de Santana do Livramento (RS), para estabelecimento do nível crítico de nutrientes na planta (Estudo IV). 50

Anexo 14 - Videiras antigas selecionadas na Vinícola Almadén, no município de Santana do Livramento (RS), para estabelecimento do nível crítico de nutrientes na planta (Estudo IV). 51