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Transcrição:

ANO XXVII - 2016 5ª SEMANA DE DEZEMBRO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 52/2016 IPI BASE DE CÁLCULO DO IPI... Pág. 310 ICMS - RS PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS OPERAÇÕES COM CARTÓES DE CRÉDITO, DÉBITO E AFINS... Pág. 313

IPI BASE DE CÁLCULO DO IPI Sumário 1. Introdução 2. Incidência Do IPI 3. Base De Cálculo DO IPI 3.1. Valor Tributável 3.2. Descontos, diferenças ou abatimentos 3.3. Consignação mercantil 3.4. Exclusão da base de cálculo 3.5. Industrialização por encomenda 3.6. Valor Tributável 3.6.1. Valor Tributável Saída de produtos do estabelecimento importador em arrendamento mercantil 3.7. Produtos usados 3.8. Valor Tributável Mínimo 3.9. Arbitramento do Valor Tributável 1. INTRODUÇÃO O IPI Imposto sobre Produto Industrializado está regulamentado pelo Decreto nº 7.212/2010 e tem como fato gerador a circulação de produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados TIPI. Na presente matéria iremos explicar sobre esse imposto de competência federal, assim como a formação da base de cálculo deste, conforme previsto nesse regulamento. 2. INCIDÊNCIA DO IPI Conforme informado no início desta matéria, o IPI incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados TIPI. O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a notação NT (não tributado). 3. BASE DE CÁLCULO DO IPI 3.1. Valor Tributável Salvo disposição em contrário do Regulamento do IPI, constitui valor tributável: I. dos produtos de procedência estrangeira: o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento equiparado a industrial; ou II. dos produtos nacionais, o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. Ressalte-se que o valor da operação referente à saída de produtos estrangeiros efetuada pelo equiparado à industrial, e o valor da operação referente à saída dos produtos nacionais efetuada pelo industrial ou equiparado à industrial, compreende o preço do produto, acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário. Será também considerado como cobrado ou debitado pelo contribuinte, ao comprador ou destinatário para fins do dispsto acima, o valor do frete, quando o transporte for realizado ou cobrado por firma controladora ou controlada, coligadas ou interligada, do estabelecimento contribuinte ou por firma com a qual este tenha relação de interdependência, ainda que o frete seja subcontratado. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS RIO GRANDE DO SUL DEZEMBRO - 52/2016 310

3.2. Descontos, diferenças ou abatimentos Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente. 3.3. Consignação mercantil Nas saídas de produtos a título de consignação mercantil, o valor da operação referente à saída de produtos estrangeiros efetuada pelo equiparado à industrial, e o valor da operação referente à saída dos produtos nacionais efetuada pelo industrial ou equiparado à industrial, será o preço de venda do consignatário, estabelecido pelo consignante. 3.4. Exclusão da base de cálculo Poderão ser excluídos da base de cálculo do imposto os valores recebidos pelo fabricante ou importador nas vendas diretas ao consumidor final dos veículos classificados nas Posições 87.03 e 87.04 da TIPI, por conta e ordem dos concessionários de que trata a Lei nº 6.729/1979, a estes devidos pela intermediação ou entrega dos veículos, nos termos estabelecidos nos respectivos contratos de concessão. Nota: Os valores referidos acima não poderão exceder a nove por cento do valor total da operação. 3.5 Industrialização por encomenda Nos casos de produtos industrializados por encomenda, será acrescido, pelo industrializador, ao valor da operação, salvo se se tratar de insumos usados, o valor das matérias-primas, dos produtos intermediários e dos materiais de embalagem, fornecidos pelo encomendante, desde que este não destine os produtos industrializados: a comércio; a emprego, como matéria-prima ou produto intermediário, em nova industrialização; ou a emprego no acondicionamento de produtos tributados. 3.6. Valor Tributável Considera-se valor tributável o preço corrente do produto ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente, a saída do produto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, quando a saída se der a título de locação ou arrendamento mercantil ou decorrer de operação a título gratuito, assim considerada também aquela que, em virtude de não transferir a propriedade do produto, não importe em fixar-lhe o preço. 3.6.1. Valor Tributável Saída de produtos do estabelecimento importador em arrendamento mercantil Na saída de produtos do estabelecimento do importador, em arrendamento mercantil, o valor tributável será: o preço corrente do mercado atacadista da praça em que o estabelecimento arrendador estiver domiciliado, ou; o valor que serviu de base de cálculo do imposto no desembaraço aduaneiro, se for demonstrado comprovadamente que o preço dos produtos importados é igual ou superior ao que seria pago pelo arrendatário se os importasse diretamente. 3.7. Produtos usados O imposto incidente sobre produtos usados, adquiridos de particulares ou não, que sofrerem o processo de industrialização, ou seja, renovação ou recondicionamento, será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisição e a revenda. 3.8. Valor Tributável Mínimo O valor tributável não poderá ser inferior: a) ao preço corrente no mercado atacadista da praça do remetente quando o produto for destinado a outro estabelecimento do próprio remetente ou a estabelecimento de firma com a qual mantenha relação de interdependência; IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS RIO GRANDE DO SUL DEZEMBRO - 52/2016 311

b) a noventa por cento do preço de venda aos consumidores, não inferior ao acima, quando o produto for remetido a outro estabelecimento da mesma empresa, desde que o destinatário opere exclusivamente na venda a varejo; Nota: No caso da alínea b, sempre que o estabelecimento comercial varejista vender o produto por preço superior ao que haja servido à determinação do valor tributável, será este reajustado com base no preço real de venda, o qual, acompanhado da respectiva demonstração, será comunicado ao remetente, até o último dia do período de apuração subsequente ao da ocorrência do fato, para efeito de lançamento e recolhimento do imposto sobre a diferença verificada. c) ao custo de fabricação do produto, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, bem como do seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação, no caso de produtos saídos do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, com destino a comerciante autônomo, ambulante ou não, para venda direta a consumidor, e; Nota: No da alínea c, o preço de revenda do produto pelo comerciante autônomo, ambulante ou não, indicado pelo estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, não poderá ser superior ao preço de aquisição acrescido dos tributos incidentes por ocasião da aquisição e da revenda do produto, e da margem de lucro normal nas operações de revenda. d) a setenta por cento do preço da venda a consumidor no estabelecimento moageiro, nas remessas de café torrado a estabelecimento comercial varejista que possua atividade acessória de moagem. Para efeito de aplicação do disposto nas alínea a e b acima, será considerada a média ponderada dos preços de cada produto, em vigor no mês precedente ao da saída do estabelecimento remetente, ou, na sua falta, a correspondente ao mês imediatamente anterior àquele. Ressalte-se que inexistindo o preço corrente no mercado atacadista, para aplicação do disposto neste artigo, tomar-se-á por base de cálculo: no caso de produto importado, o valor que serviu de base ao Imposto de Importação, acrescido desse tributo e demais elementos componentes do custo do produto, inclusive a margem de lucro normal, e; no caso de produto nacional, o custo de fabricação, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, bem como do seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação, ainda que os produtos hajam sido recebidos de outro estabelecimento da mesma firma que os tenha industrializado. 3.9. Arbitramento do Valor Tributável Ressalvada a avaliação contraditória, decorrente de perícia, o Fisco poderá arbitrar o valor tributável ou qualquer dos seus elementos, quando forem omissos ou não merecerem fé os documentos expedidos pelas partes ou, tratando-se de operação a título gratuito, quando inexistir ou for de difícil apuração o valor. Salvo se for apurado o valor real da operação, nos casos em que este deva ser considerado, o arbitramento tomará por base, sempre que possível, o preço médio do produto no mercado do domicílio do contribuinte, ou, na sua falta, nos principais mercados nacionais, no trimestre civil mais próximo ao da ocorrência do fato gerador. Na impossibilidade de apuração dos preços, o arbitramento será feito conforme a média ponderada citada no item 3.8 desta matéria. Ressalte se que na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, a base de cálculo do Imposto de Importação será arbitrada em valor equivalente à média dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas a título definitivo, pela mesma via de transporte internacional, constantes de declarações registradas no semestre anterior, incluídas as despesas de frete e seguro internacionais, acrescida de duas vezes o correspondente desvio padrão estatístico, aplicando assim a alíquota de 50% para cálculo do IPI. Nota: Na falta de informação sobre o peso da mercadoria, adotar-se-á o peso líquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS RIO GRANDE DO SUL DEZEMBRO - 52/2016 312

ICMS - RS PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS OPERAÇÕES COM CARTÓES DE CRÉDITO, DÉBITO E AFINS Sumário 1. Introdução 2. Obrigatoriedade De Uso Das Tecnologias De Controle De Varejo 3. Informação A Ser Prestada 4. Prazo Para Repasse Das Informações Às Unidades Federadas 5. Unidade Federada À Qual As Informações Devem Ser Prestadas 6. Formato Das Informações 7. Base Legal 1. INTRODUÇÃO A presente matéria dispõe sobre o fornecimento de informações prestadas por instituições financeiras e de pagamento, integrantes ou não do Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB, relativas às transações com cartões de débito, crédito, de loja (private label) e demais instrumentos de pagamento eletrônicos, realizadas, a partir de 1º de fevereiro de 2016, por pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ ou pessoas físicas inscritas no Cadastro de Pessoa Física - CPF, ainda que não inscritas no cadastro de contribuintes do ICMS. 2. OBRIGATORIEDADE DE USO DAS TECNOLOGIAS DE CONTROLE DE VAREJO Os estabelecimentos que exerçam a atividade de venda ou revenda de mercadorias ou bens, ou de prestação de serviços em que o adquirente ou tomador seja pessoa física ou jurídica não contribuinte do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS -, estão obrigados ao uso das tecnologias de controle de varejo estabelecidas na legislação tributária da respectiva unidade federada. 3. INFORMAÇÃO A SER PRESTADA A emissão do comprovante de pagamento de operação ou prestação efetuada com cartões de débito, crédito, de loja (private label) e demais instrumentos de pagamento eletrônico deve estar vinculada ao documento fiscal emitido na operação ou prestação respectiva, conforme disposto na legislação pertinente. O comprovante da transação, impresso ou emitido por meio digital, relativo ao uso dos instrumentos de pagamento de que trata esta matéria deverão conter, no mínimo: I - dados do beneficiário do pagamento: a) no caso de Pessoa Jurídica, o CNPJ e o nome empresarial; b) no caso de Pessoa Física, o CPF e o respectivo nome cadastral; II - número da autorização junto a instituição de pagamento; III - identificador do terminal em que ocorreu a transação; IV - data e hora da operação; V - valor da Operação. A critério da unidade federada, poderá ser exigida a emissão e a impressão do comprovante em equipamento que atenda a tecnologia de controle de varejo definida em sua legislação, bem como poderá ser vedada a utilização, no recinto de atendimento ao público, de equipamento que possibilite o registro ou o processamento de dados relativos a operações com mercadorias ou com a prestação de serviços que não satisfaça os requisitos estabelecidos na legislação aplicável. 4. PRAZO PARA REPASSE DAS INFORMAÇÕES ÀS UNIDADES FEDERADAS IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS RIO GRANDE DO SUL DEZEMBRO - 52/2016 313

As instituições financeiras e de pagamento, integrantes ou não do Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB, fornecerão às unidades federada alcançadas por esta matéria, até o último dia do mês subsequente, todas as informações relativas às operações realizadas pelos beneficiários de pagamentos que utilizem os instrumentos de pagamento de que trata esta matéria, conforme leiaute previsto no Protocolo ECF 04/01, de 24 de setembro de 2001. 5. UNIDADE FEDERADA À QUAL AS INFORMAÇÕES DEVEM SER PRESTADAS As informações serão enviadas, em função de cada operação ou prestação, sem indicação do consumidor da mercadoria ou serviço, exceto nos casos de importação respeitando a territorialidade dos beneficiários de pagamento. A Secretaria da Receita Federal do Brasil e as Secretarias de Estado da Fazenda, Receita, Finanças ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal, em virtude de procedimento administrativo, poderão solicitar, independente da territorialidade, em arquivo impresso ou eletrônico, as informações dispostas na presente matéria, bem como poderão solicitar informações complementares dos beneficiários de pagamento. A obrigação poderá ser transferida a instituição ou arranjo distinta daquela responsável pelo cadastramento do estabelecimento ou prestador de serviço, visando agrupar ou simplificar os procedimentos, desde que seja mantida a segurança e a inviolabilidade do sigilo das informações. 6. FORMATO DAS INFORMAÇÕES A Secretaria da Receita Federal do Brasil e as unidades federadas estabelecerão novo formato e leiaute para o fornecimento das informações das transações realizadas a partir de janeiro de 2018. Até o final do ano de 2017, as informações serão prestadas conforme leiaute previsto no Protocolo ECF 04/01, de 24 de setembro de 2001. 7. BASE LEGAL As informações tratadas na presente matéria está regulamentadas no Convênio ICMS 134, de 09 de dezembro de 2016. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS RIO GRANDE DO SUL DEZEMBRO - 52/2016 314