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Transcrição:

RFAI Regime Fiscal de Apoio ao Investimento PSZ CONSULTING 2016

1 RFAI 1.1 O Que é? O Regime Fiscal de Apoio ao Investimento é um benefício fiscal, previsto no Decreto-Lei nº 162/2014 de 31 de Outubro, que permite às empresas deduzir à coleta apurada uma percentagem do investimento realizado em ativos não correntes (tangíveis e intangíveis). 1.2 Beneficiários São beneficiários do RFAI os sujeitos passivos de IRC que exerçam uma atividade nos seguintes setores: Indústria extrativa e indústria transformadora; Turismo; Atividades e serviços informáticos; Atividades agrícolas, aquícolas, piscícolas, agro-pecuárias e florestais; Atividades de Investigação & Desenvolvimento e de alta intensidade tecnológica; Tecnologias de informação e produção de audiovisual e multimédia; Defesa, ambiente, energia e telecomunicações; Atividades de centros de serviços partilhados. 1.3 Condições de Acesso Podem beneficiar dos incentivos fiscais previstos no presente capítulo os sujeitos passivos de IRC que preencham cumulativamente as seguintes condições: Disponham de contabilidade organizada regularmente organizada; O seu lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos; Mantenham na empresa os bens objeto de investimento: a) Durante um período mínimo de três anos, no caso de PME; b) Durante cinco anos nos restantes casos; c) Quando inferior, durante o respetivo período de mínimo vida útil; d) Até ao período em que se verifique o respetivo abate físico, desmantelamento, abandono ou inutilização; PSZ Consulting A informação presente neste documento tem natureza geral e não se aplica a nenhuma entidade ou situação particular. 1

Não sejam devedora ao Estado e à segurança social de quaisquer contribuições, impostos ou quotizações, ou tenham o pagamento desses débitos devidamente assegurado; Não sejam consideradas empresas em dificuldades nos termos da comunicação da Comissão; Efetuem investimento relevante que proporcione a criação de postos de trabalho e a sua manutenção até ao final do período mínimo de manutenção dos bens objeto de investimento. 1.4 Despesas Elegíveis Consideram-se aplicações relevantes, e por isso, são despesas elegíveis no âmbito do RFAI, os investimentos nos seguintes ativos, desde que afetos à exploração da empresa: 1. Ativos fixos tangíveis, adquiridos em estado novo, com exceção de: Terrenos, salvo no caso de se destinarem à exploração de concessões minerais, águas minerais naturais e de nascente, pedreiras, barreiros e areeiros em investimentos na indústria extrativa; Construção, aquisição, reparação e ampliação de quaisquer edifícios, salvo se forem instalações fabris ou afetos a atividades turísticas, de produção de audiovisual e administrativas; Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas; Mobiliário e artigos de conforto ou decoração, salvo equipamento hoteleiro afeto a exploração turística; Equipamentos sociais; Outros bens de investimento que não estejam afetos à exploração da empresa. 2. Ativos intangíveis, constituídos por despesas com transferência de tecnologia, nomeadamente através da aquisição de direitos de patentes, licenças, know-how ou conhecimentos técnicos não protegidos por patente, as quais não podem exceder 50 % das aplicações relevantes, no caso de sujeitos passivos de IRC que não se enquadrem na categoria das micro, pequenas e médias empresas. PSZ Consulting A informação presente neste documento tem natureza geral e não se aplica a nenhuma entidade ou situação particular. 2

1.5 Taxas de Apoio Aos sujeitos passivos de IRC são concedidos os seguintes benefícios fiscais: 1. Dedução à coleta de IRC das seguintes importâncias das aplicações relevantes: No caso de investimentos realizados nas regiões Norte, Centro, Alentejo, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira, 25% das aplicações relevantes, para o investimento realizado até ao montante de 5.000.000, e de 10% das aplicações relevantes, relativamente à parte excedente; No caso de investimentos nas regiões do Algarve e Grande Lisboa, 10% das aplicações relevantes. 2. Isenção ou redução de IMI, por um período até 10 anos a contar do ano de aquisição ou construção do imóvel, relativamente aos prédios utilizados no âmbito dos investimentos que constituam aplicações relevantes; 3. Isenção ou redução do IMT relativamente às aquisições de prédios que constituam aplicações relevantes; 4. Isenção de Imposto de Selo relativamente às aquisições de prédios que constituam aplicações relevantes. 1.6 Limites da Dedução A dedução à coleta deverá respeitar os seguintes limites: Até à concorrência do total da coleta de IRC: no caso de investimentos realizados no período de tributação do início de atividade e nos dois períodos de tributação seguintes, exceto quando a empresa resultar de cisão. Até à concorrência de 50% da coleta do IRC: nos restantes casos. Nota: Este documento foi elaborado com base no Decreto-Lei n.º 162/2014 de 31 de outubro. PSZ Consulting A informação presente neste documento tem natureza geral e não se aplica a nenhuma entidade ou situação particular. 3

PSZ Consulting A informação presente neste documento tem natureza geral e não se aplica a nenhuma entidade ou situação particular. 1