Brasil terá pronto o novo estaleiro de submarinos em 2018 Por Peter Watson Durante o III Simpósio Internacional de Segurança e Defesa do Peru, realizado em Lima, o almirante Oscar Moreira Da Silva, atual comandante da Força de Submarinos da Marinha do Brasil, disse que o novo estaleiro que está sendo construído Brasil para reforçar a sua arma submarina, estará pronto em 2018. A este respeito, vale lembrar que o alto comando da Marinha e o Ministério da Defesa, decidiram que a FORSUB combine unidades de propulsão convencional e unidades de propulsão nuclear, que podem permanecer submersos por mais tempo, que de acordo com o almirante Moreira, permite uma negação do uso do mar mais eficaz para um inimigo em
potencial. A Marinha do Brasil contratou o estaleiro DCNS para construir quatro submarinos Scorpene, e auxilio na construção do nuclear, cujo design é baseado no Scorpene, implementando um estaleiro moderno e uma nova base naval. Este projeto segue o que foi determinado pela estratégia naval da marinha para otimizar o uso de novos ativos na proteção do mar e Moreira, atribui grande importância à força submarina. Moreira revelou que, além do novo estaleiro, a primeira seção do primeiro submarino estará concluída em abril de 2017 e o lançamento desta unidade está prevista para julho de 2018. Este primeiro submarino Scorpene Riachuelo deverá estar operacional no segundo semestre de 2020. As unidades seguintes devem ser incorporadas em 2022, 2023 e 2024. Além disso, a fase de desenvolvimento do projeto do submarino de propulsão nuclear termina em janeiro de 2017 e está programado o início da fase de construção em outubro do mesmo
ano. Em 2025 deverá estar concluído e iniciar os testes de aceitação para incorporar o primeiro submarino nuclear no Brasil em 2027. O almirante indica ainda que a assistência técnica francesa não se estende para o desenvolvimento de reator nuclear que irá equipar o submarino, trabalho este que corre por conta de técnicos brasileiros. A indústria local tenta dominar o ciclo completo do combustível nuclear a partir de finais dos anos setenta, que tem sido utilizado em usinas nucleares Angra I e Angra II, usadas para geração de energia comercial. Neste sentido, Morerira disse que o submarino de propulsão nuclear é melhor do que um equipado com sistema AIP, onde os meios equipados com o mesmo, podem permanecer submersos por mais tempo.
A demanda histórica Nos últimos anos, o Ministério da Defesa do Brasil tem enfatisado publicamente sobre a necessidade de as Forças Armadas estarem devidamente equipadas para garantir uma proteção adequada dos recursos naturais que abriga o território e águas territoriais do gigante sul-americano. O almirante Moreira destaca o fato por indicação dos aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados de águas (incluindo a plataforma continental) e os 7.500 quilômetros de costa que devem ser vigiados pela Marinha do Brasil, de acordo com o direito internacional dos mares. Força submarina centenária A força submarina centenária do Brasil, usou unidades de várias origens: Italiano (FOCA e Classe Humaitá), Americana (Fleet Tipo I e II, Guppy II e III), Inglês (Oberon), Alemão (209) e Francês (Scorpene), embora em 1994, o primeiro submarino construído no país foi comissionado, um Tipo 209-1400, Tamoio S-31, fabricado no Arsenal do Rio de Janeiro AMRJ, um submersível moderno, e o segundo de sua classe após o Tupi S-30, que foi fabricado pela HDW na cidade alemã de Kiel. No total, existem cinco unidades 209 1400, e o último um 209-1500 é o Tikuna S-34, e o navio de apoio submarino NSS Felinto Perry (K-11).
A Marinha do Brasil também tem um simulador de submarinos, com graus de liberdade e movimento, no Centro de Instrução e Formação Almirante Monteiro Attila Aché, onde os submarinistas brasileiros são treinados no uso de seus navios, incluindo simulações de manobras avançadas. Lá também se treina operações de salvamento submarino (SarSub), o que na prática significa uma campanha de pesquisa, posicionando o navio de resgate sobre a posição do submarino designado, operação remota de inspeção de veículos submersíveis e ligação a um sino de salvamento ao casco do submarino para evacuar a tripulação. TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN FONTE: Infodefensa