Regiões Em 2003, a taxa de analfabetismo na Região Nordeste era 3,4 vezes maior que no Sudeste.



Documentos relacionados
Analfabetismo no Brasil

Amazônia Legal e infância

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Taxa de analfabetismo

Estatísticas do Registro Civil 2013

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2011

MAIOR POPULAÇÃO NEGRA DO PAÍS

Censo Demográfico Trabalho e Rendimento Educação e Deslocamento

PNAD - Segurança Alimentar Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

Estudo Estratégico n o 4. Como anda o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro? Valéria Pero Adriana Fontes Luisa de Azevedo Samuel Franco

2A educação é o principal catalisador para

3Apesar dos direitos adquiridos pelas

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer

Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012

Saúde Suplementar em Números

Avanços da Educação no Brasil. Brasília, 29 de janeiro

MAIS EDUCAÇÃO PARA OS JOVENS COM IGUALDADE DE GÊNERO E RAÇA

F.19 - Cobertura de coleta de lixo

na região metropolitana do Rio de Janeiro

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS

ANEXO X - Indicadores para monitoramento e avaliação da evolução das metas do PME

Pnad: Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional

Pesquisa Nacional de Saúde Módulo de Cobertura de Plano de Saúde Notas Técnicas

EQUILÍBRIOS E ASSIMETRIAS NA. distribuição da população e do pib. entre núcleo e periferia. nas 15 principais regiões. metropolitanas brasileiras

Governo de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral Superintendência de Planejamento Coordenadoria de Avaliação

Dimensão social. Educação

Boletim PNAD Resultados da PNAD 2011 Educação Junho de 2013

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS

Briefing. Boletim Epidemiológico 2010

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Esta síntese apresenta a linha de base dos indicadores referentes às metas do PNE. O documento consiste em análises descritivas das séries históricas

Censo Demográfico Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência

Estudo Estratégico n o 5. Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural PROJETO FIP-ABC. Produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário (com base no Plano ABC)

SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS

A Contribuição da Educação para o Desenvolvimento Social

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

PNAD Primeiras análises: Situação da educação brasileira - avanços e problemas

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Nº 23 Março Perfil da Raça da População Cearense

Pesquisa Mensal de Emprego

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011.

RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ *

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE A INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE

Caracterização do território

Caracterização do território

A política de seguro desemprego no contexto do mercado de trabalho brasileiro

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil,

Meta 2 EDUCAÇÃO E POPULAÇÃO

Políticas de Educação de Jovens e

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada

Caracterização do território

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO (SEPLAN) Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE)

mhtml:file://e:\economia\ibge Síntese de Indicadores Sociais 2010.mht

Plano Nacional de Educação. Programa Bolsa Família e MDS

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese

DA INDÚSTRIA NOS ESTADOS

ESTRUTURA DOS ENCONTROS

Panorama Municipal. Município: Aliança / PE. Aspectos sociodemográficos. Demografia

ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA /COR

SIPS. Paulo Corbucci

Caracterização do território

Caracterização do território

Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da Educação Superior 2013

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Diretoria de Estatísticas Educacionais

LOCALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO NA ESCALA SUBNACIONAL: ÁGUA E ESGOTO

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Sublimites estaduais de enquadramento para. Nacional 2012/2013. Vamos acabar com essa ideia

Aluno(a): Nº. Professor: Anderson José Soares Série: 7º Disciplina: Geografia. Pré Universitário Uni-Anhanguera

Caracterização do território

Nº 19 Novembro de A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços?

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014

Censo Demográfico 2010 Retratos do Brasil e do Piauí

O Brasil e as Metas de Desenvolvimento do Milênio

A MULHER EMPREENDEDORA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ

Munic 2014: 45% dos municípios tinham política de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica

Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas 2013

Censo Demográfico Resultados gerais da amostra

Boletim Econômico. Federação Nacional dos Portuários. Sumário

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Ensino Médio 3ª Série.

Relatório Técnico da Palestra: Diagnóstico da Situação Educacional no Espírito Santo

Regiões Metropolitanas do Brasil

V Pedreiros e Vendedores. 1 Introdução

Informações sobre salários e escolaridade dos professores e comparativo com não-professores

Realização: Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UFSC, em convênio com a Federação Nacional dos Jornalistas FENAJ

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS

MIGRAÇÃO MIGRAÇÃO INTERNA

Dinâmica demográfica e qualidade de vida da população brasileira Parte II

ESTUDO TEMÁTICO SOBRE O PERFIL DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA CAPACITAÇÃO OCUPACIONAL NO MUNICÍPIO DE OSASCO

Síntese de Indicadores Sociais 2003

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Hanseníase no Brasil DADOS E INDICADORES SELECIONADOS

Evolução demográfica

Plano Nacional de Educação

Especial Prova ABC. Olho nas Metas 2012Resultados e. análise dos itens da Prova ABC 2012

Transcrição:

A Evolução da Alfabetização de Jovens e Adultos e o Programa Brasil Alfabetizado A divulgação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2003 (PNAD) 1 pelo IBGE possibilita uma avaliação inicial do impacto do Programa Brasil Alfabetizado após um ano de seu lançamento pelo Governo Lula sobre o número de jovens e adultos matriculados em classes de alfabetização por todo o Brasil. A análise dos dados de analfabetismo e matrículas em classes de alfabetização entre 1992 e 2003 permite identificar qual o alcance dos avanços proporcionados pelo programa. A taxa de analfabetismo apurada em 2003 foi de 11,6%, o que demonstra uma queda de 32% desde 1992, quando esta taxa era de 17,2%. Ainda assim, tal taxa representa um grande número de pessoas, cerca de 14,6 milhões de brasileiros. O analfabetismo no Brasil é um fenômeno cujas características podem ser delineadas com relativa precisão. A desigualdade de oportunidades no Brasil, em termos regionais, rural/urbano, gênero, faixa etária, cor e renda, está refletida limpidamente nas taxas de analfabetismo e em sua distribuição. Regiões Em 2003, a taxa de analfabetismo na Região Nordeste era 3,4 vezes maior que no Sudeste. Variação média anual do número de analfabetos por Grandes Regiões Porcentagem (%) 35 30 25 20 15 10 5 0 Ano Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD/IBGE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003. Tabulações DAIE/SE CAD/ME C 1 Cabe lembrar que a PNAD não abrange a área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Deve-se ter presente que os resultados referentes à Região Norte e a esses seis estados não refletem a influência da sua expressiva componente rural, o que afeta a comparação com as demais regiões e Unidades da Federação.

Área Na área rural, a taxa de analfabetismo era 3 vezes maior que na área urbana. Evolução da Taxa de Analfabetismo por Área 40 35 30 25 20 3 5,8 3 4,4 3 2,6 3 1,1 3 2,0 3 0,2 2 9,0 2 8,7 2 7,7 2 7,2 15 10 12,4 11,9 10,7 17,2 16,4 15,5 14,6 14,7 13,8 13,3 12,4 11,8 11,6 10,0 5 11,4 10,7 9,7 9,5 9,1 8,9 0 Ano Brasil Área Rural Área Urbana Fonte: P esquisa Nacional por Amostra de Domicí lios P NAD/IB GE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003. Gênero Na segunda metade da década de noventa, pela primeira vez, a taxa de analfabetismo feminina passou a ser inferior à masculina. Evolução da Taxa de Analfabetismo por sexo 18 17 16 15 14 13 12 11 Ano Brasil Feminino Masculino Fonte: P esquisa Nacional por Amostra de Domicí lios P NAD/IB GE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003.

Faixa Etária A distribuição do número de analfabetos mostra que entre a população de 50 a 64 anos, havia cerca de sete vezes mais analfabetos do que entre jovens de 15 a 24 anos. Distribuição do Número de Analfabetos por Faixa Etária porcentagem (%) 100,0 90,0 80,0 46 46 48 70,0 49 49 51 53 53 54 55 60,0 50,0 40,0 25 25 25 25 24 30,0 25 24 25 24 24 15 14 20,0 15 14 14 14 13 13 13 12 7 7 10,0 6 6 6 6 6 6 5 5 7 8 7 6 6 5 5 4 3 3 0,0 Ano 15 a 19 20 a 24 25 a 34 35 a 49 50 ou mais Fonte: P esquisa Nacional por Amostra de Domicí lios P NAD/IB GE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003. Tabulações DAIE/S ECAD/MEC Raça A distribuição do número de analfabetos mostra que há cerca de 2,5 vezes mais negros analfabetos do que brancos, levando a que mais de 2/3 dos analfabetos no Brasil fossem negros (pretos ou pardos). 100,0 90,0 Distribuição do Número de Analfabetos por cor/raça 10 8 9 10 8 10 9 9 9 9 80,0 70,0 60,0 56 57 57 53 57 56 56 57 57 58 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 3 5 3 4 3 5 3 7 3 4 3 4 3 5 3 4 3 5 3 3 0,0 Branca Parda Preta Fonte: P esqui sa Nacional por Amostr a de Domicílios P NAD/I B GE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003. T abulações DAIE /SE C AD/M E C

Com relação à renda, os dados mostram que entre os 10% mais pobres, cerca de 25% das pessoas com idade entre 15 e 64 anos eram analfabetas. Já entre os 30% mais ricos, menos de 5% das pessoas com idade entre 15 e 64 anos eram analfabetas. Os dados da PNAD também possibilitam uma análise da relação entre o contingente de analfabetos e as matrículas em classes de alfabetização, segundo os diversos recortes, com indicações sobre o grau de eqüidade na oferta de alfabetização. Regiões A distribuição do analfabetismo por região se manteve relativamente constante durante a década analisada, com 65% dos analfabetos concentrados nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Por sua vez, a distribuição regional de matrículas em cursos de alfabetização de adultos tornou-se mais equânime na última década. Enquanto às três regiões com 65% da demanda correspondia apenas metade dos alunos matriculados do país em 1992, esta proporção subiu para 64% em 2002 e, no primeiro ano do atual governo, alcançou a maior proporção de matrículas: 72%. Distribuição do Número de Alunos de Alfabetização de Adultos por Grandes Regiões porcentagem (%) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 6 7 3 9 7 4 5 9 7 6 7 9 8 8 9 9 12 8 10 9 23 19 30 28 22 26 41 38 43 31 61 59 49 52 54 52 38 42 37 42 7 5 8 6 5 4 6 7 5 7 Norte Nordeste Ano Sudeste Sul Centro-Oeste Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD/IB GE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003.

Área A proporção de analfabetos na área urbana oscilou entre 60 e 65% ao longo da década, enquanto a proporção da cobertura de alfabetização oscilou entre 55 e 79%, sendo de 72% em 2003. 800 Evolução do número de alunos de Alfabetização de Adultos 786 700 600 528 522 500 400 300 200 100 0 373 384 564 251 130 129 132 154 350 362 204 89 95 109 41 35 104 28 45 231 222 172 168 154 178 160 80 Brasil Área Rural Área Urbana Fonte: P esquisa Nacional por Amostra de Domicí lios P NAD/IB GE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003. Faixa Etária A proporção de analfabetos com 35 anos ou mais aumentou de 71% em 1992 para 79% em 2003. Pode-se dizer que a oferta tornou-se mais equânime, pois esta faixa etária compunha 45% das matrículas em 1992, 51% em 1997 e 71% em 2003. 100 D ist rib uição d o N úmero d e A luno s d e A lf ab et ização d e A d ult o s p o r F aixa Et ária 90 19 14 18 21 24 23 28 31 33 35 80 70 60 50 40 30 20 10 0 23 26 29 26 27 32 31 20 31 16 35 16 18 36 8 10 18 10 9 23 19 11 21 21 23 19 17 20 9 9 18 15 11 8 9 11 9 10 10 4 2 3 6 6 7 1 1 4 14 A no 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 34 35 a 49 50 ou mais Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD/IBGE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003.

Raça Negros e pardos correspondem a 70% dos analfabetos e 70% dos matriculados durante todo o período analisado, demonstrando uma representação consistente das matrículas, mas também a perenidade e resistência de uma enorme desigualdade. porcentagem (%) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Distribuição do Número de Alunos de Alfabetização de Adultos por cor/raça 9 9 13 11 7 10 8 8 7 9 55 55 50 50 64 58 36 35 37 39 56 29 32 36 60 58 31 34 Ano Branca Parda Preta Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD/IBGE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003. 62 29 Gênero Finalmente, a diferença da cobertura do programa apresenta uma variância de 5 a 20 pontos percentuais em favor do público feminino. 100 90 80 70 60 50 38 Distribuição do Número de Alunos de Alfabetização de Adultos por Sexo 45 41 45 41 42 38 37 47 48 40 30 20 62 55 59 53 55 52 59 58 62 63 10 0 Feminino Fonte: P esquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD/IBGE 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2003. A no Masculino

A prioridade concedida à educação de jovens e adultos pelo governo eleito em 2002 torna-se evidente pelo aumento absoluto de 264 mil matrículas em classes de alfabetização entre 2002 e 2003. Este crescimento mostra-se muito significativo, principalmente quando comparado ao reduzido incremento de 392 mil matrículas entre 1992 e 2002. Ou seja, nos 10 anos anteriores, o aumento foi em média de apenas 43,55 mil alunos por ano. No primeiro ano do novo governo ele foi 6 vezes maior que a média anual da década que o antecedeu Para tanto, o Programa Brasil Alfabetizado proporcionou a inscrição de 1.668.253 alfabetizandos em 2003, efetuando repasses que totalizaram cerca de R$162 milhões. Em 2004, após alguns ajustes no desenho do programa tais como a ampliação do período de alfabetização de seis para até oito meses, o aumento de 50% nos recursos para a formação dos alfabetizadores, o estabelecimento de um piso para a bolsa do alfabetizador, aumentando a quantidade de turmas em regiões com baixa densidade populacional e em comunidades populares de periferias urbanas, e a implantação de um sistema integrado de monitoramento e avaliação do programa houve a inscrição de 2.001.248 alfabetizandos, para um total estimado de recursos da ordem de R$168 milhões 2. O Inep mostra que em 2003 havia, no Brasil, 1.551.018 alunos matriculados em classes dedicadas à Educação de Jovens e Adultos. No ano de 2004, os dados preliminares indicam que tal número pouco se alterou, pois foram identificadas cerca de 1.553.329 matrículas. Os dados demonstram, assim, que o desafio da educação de jovens e adultos continua sendo enorme, e que a Política de Educação de Jovens e Adultos do Governo Lula, integrando o programa Brasil Alfabetizado com a continuidade nos estudos tem uma importância primordial na inclusão educacional e no combate à desigualdade. 2 A discrepância existente entre os dados da PNAD (número de alunos de Alfabetização de Adultos) e do Programa Brasil Alfabetizado (número de alfabetizandos inscritos) pode ser creditada ao fato de a coleta dos dados pela PNAD ocorrer durante o mês de setembro, o que impede uma real cobertura da atuação das turmas vinculadas ao Brasil Alfabetizado, cujo tempo médio de duração é de 6 meses.

DISTRITO FEDERAL O Distrito Federal possui uma taxa de analfabetismo de 4,4% de acordo com os dados da PNAD 2003 relativos à população com 15 anos ou mais de idade, abaixo da média da Região Centro-Oeste (9,5%) e inferior à metade da taxa brasileira, de 11,6%. Em números absolutos, o Distrito Federal possuía 71.368 analfabetos. População Total, População Analfabeta e Taxa de Analfabetismo 2003 Região/ Unidade da Federação População 10 anos ou mais de idades 15 anos ou mais de idades Analfabetos Taxa de Analfabetismo População Analfabetos Taxa de Analfabetismo Região Centro-Oeste 10 065 379 856 723 8,5 8 888 976 840 855 9,5 Mato Grosso do Sul 1 797 792 156 057 8,7 1 585 322 152 211 9,6 Mato Grosso 2 119 625 201 629 9,5 1 849 341 197 885 10,7 Goiás 4 350 824 427 044 9,8 3 849 583 419 391 10,9 Distrito Federal 1 797 138 71 993 4,0 1 604 730 71 368 4,4 Brasil 142 943 090 15 207 489 10,6 126 656 958 14 635 519 11,6 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2003 No Distrito Federal, o Programa Brasil Alfabetizado inscreveu 8.488 alfabetizandos em 2003 e 9.421 alfabetizandos em 2004. Com relação à continuidade de estudos, os dados do Inep mostram que em 2003 houve 15.898 matrículas na Educação de Jovens e Adultos (Ensino Fundamental) no Distrito Federal, enquanto que em 2004 os dados indicam a existência de 14.268 alunos matriculados em tal modalidade de ensino.

O mapa abaixo, baseado nos dados do Censo Demográfico de 2000, mostra que a taxa de analfabetismo do Distrito Federal encontra-se em um nível (5-10%) inferior à média brasileira. Taxa de Analfabetismo Distrito Federal Fonte: Censo Demográfico 2000 IBGE, Tabulações SECAD /MEC

Municípios Atendidos pelo Brasil Alfabetizado 2003 Em 2003, o Distrito Federal foi atendido pelo Programa Brasil Alfabetizado. 2004 Em 2004, o Distrito Federal continuou a ser atendido pelo Programa Brasil Alfabetizado. Fonte: Sistema Brasil Alfabetizado, Tabulações SECAD /MEC

Taxa de Cobertura - Brasil Alfabetizado 2003 Em 2003, a taxa de cobertura do Programa Brasil Alfabetizado (percentual de analfabetos existentes atendidos) localizou-se na faixa de 10 a 30%. 2004 Em 2004, a taxa de cobertura do Programa Brasil Alfabetizado (percentual de analfabetos existentes atendidos) continuou a se localizar na faixa de 10 a 30%. Fonte: Censo Demográfico 2000 IBGE/ Sistema Brasil Alfabetizado - SBA, Tabulações SECAD /MEC

Código Município Percentual de pessoas de 15 anos ou mais analfabetas, 2000 Número de analfabetos, 2000 Alfabetizandos inscritos no Brasil Alfabetizado, 2003 Alfabetizandos inscritos no Brasil Alfabetizado, 2004 530010 Brasília (DF) 5,68 83.378 8.488 9.421 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, IBGE, SBA-MEC/SECAD LISTA DE PARCEIROS DA SOCIEDADE CIVIL Associação de Apoio ao Programa Alfabetização Solidária Dirigente: Regina Célia Vasconcelos Esteves Tel: (61) 319-3802 Fax: (61) 319-3854 E-mail: regina@alfabetizacao.org.br SAS QD.05 Lt. 04 12 andar - Edifício OK Office Tower Bl. K Brasília DF CEP: 70070-050 Responsável pedagógico: Érica Alessandra Alves Tel: (19) 3404-4729 Fax: (19) 3404-4708 E-mail: alfabetizacao@alie.br Asa Sul Associação Nacional de Cooperação Agrícola Dirigente: Luís Antônio Paquetti Tel: (11) 3361-3866 Fax: (11) 3361-3866 E-mail: educacaobsb@terra.com.br Alameda Barão de Limeira, 1232 0 São Paulo SP CEP: 01202-002 Responsável pedagógico: Marcilei/Mari Tel (61) 3225-035/8118-1340 Fax: (61) 322-5035 E-mail: anca-nac@uol.com.br; ancabsb@terra.com.br

Centro de Educação Paulo Freire Dirigente: Osmar de Oliveira Aguiar Tel: (61) 435-2037/9978-1150 E-mail: cepafre@bol.com.br;osmar.aguiar@pop.com.br CNN 01 Bloco E Sala 32 Brasília DF CEP: 72225-500 Responsável pedagógico: Osmar de Oliveira Aguiar Tel: (61) 435-2037/9978-1150 E-mail: cepafre@bol.com.br;osmar.aguiar@camara.gov.br Central Única dos Trabalhadores Dirigente: Luiz Marinho Tel: (11) 2108-9200/3272-9608 Fax: (11) 2108-9310/3272-9601 E-mail: cut@cut.org.br; marinho@cut.org.br Rua Caetano Pinto, 575 Brás São Paulo SP CEP: 03041-100 Responsável pedagógico: Maristela Miranda Bárbara Tel: (11) 2108-9280/9958-0727 Fax: (11) 3272-9601 E-mail: maristela@cut.org.br Fundação Renascer Dirigente: José Antônio Bruno Tel: (11) 5087-5800/2288-9597 E-mail: renascer@renascer.com.br; bispozebruno@renascer.com.br Rua Apeninos 1088-2 andar Paraíso São Paulo SP CEP: 04104-021 Responsável pedagógico: José Ronildo Cury Sachetto Tel: (11) 5087-5845 0 E-mail: alfabetizacao@igospel.com.br; prronildo@igospel.com.br

Instituto Técnico para Educação e Cultura Dirigente: Claúdia Maria Moretzsonh Hott Tel: (31) 3284-1357 E-mail: itec.mg@uol.com.br Rua Oriente, 171 Serra Belo Horizonte MG CEP: 30220-270 Responsável pedagógico: Elaine Laguardia Nascimento Instituto do Trabalho Dante Pellacani Dirigente: Nilson Araújo Souza Tel: (11) 5588-3297 Fax: (11) 5027-4506 E-mail: itdp@terra.com.br Rodovia dos Imigrantes, Km 11,5 - Centro Cultural de Esporte - Parque Reidi São Paulo SP CEP: 04329-000 Responsável pedagógico: Ilza Rosa de Senna 11 Tel: (11) 5581-3604/9624-9772 Fax: (11) 5588-0764 E-mail: irsenna@terra.com.br Instituto Agostin Castejon Dirigente: Sandra Maria Rodrigues Lobo Tel: (61) 326-7022/5406 Fax: (61) 326-7022 E-mail: agostin@castejon.org.br; sandra.lobo@castejon.org.br SCLN 204 Bloco C - Entrada 51 - Asa Norte Brasília DF CEP: 70842-530 Responsável pedagógico: Maria das Graças Dantas de Melo Tel: (61) 326-7022/5406 Fax: (61) 326-7022 E-mail: graca.melo@castejon.org.br

Serviço Social da Indústria SESI Dirigente: Armando Monteiro Neto Tel: (61) 317-9528/9526 Fax: (61) 3179527/9500 E-mail: presidente@cni.org.br SBN Quadra.01 - Bloco C Ed. Roberto Simonsen - 8 andar Brasília DF CEP: 70040-903 Responsável pedagógico: Eliane Cruz de Pinho Martins Tel: (61) 317-9979/9980/9984-1801 Fax: (61) 317.9380 E-mail: eliane.martins@sesi.org.br