Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS LEI 12.305 / 08/ 2010 DECRETO 7.404/ 12/ 2010

Documentos relacionados
BR 448 RODOVIA DO PARQUE GESTÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL MÓDULO II EDUCADORES

2 Encontro de Lideranças para Sustentabilidade Territorial de Influência de ITAIPU Binacional e Yacyretá. Política Nacional de Resíduos Sólidos

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA

Desafios na Implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Ricardo S. Coutinho Eng. Sanitarista e Ambiental Técnico Pericial Ambiental do MP-GO

COLETA SELETIVA PRATIQUE ESTA IDEIA

PROGRAMA DE COLETA SELETIVA

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA

RESÍDUOS SÓLIDOS : as responsabilidades de cada Setor

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LEI Nº N /2010 DECRETO Nº N 7.404/2010

Prof. Paulo Medeiros

POLÍTICA E PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS - RJ

Reciclagem de Materiais COLETA SELETIVA

Lei /10 Decreto 7.404/10

LOGÍSTICA REVERSA A INICIATIVA DO SETOR DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS

A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL INCENTIVA MUDANÇAS E CRIA OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

É o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 001/2015

é lei Agora Política Nacional de Resíduos Sólidos poder público, empresas, catadores e população Novos desafios para

Planos de Resíduos Sólidos: conteúdo mínimo, implantação e deficiências. Compatibilidade dos contratos. Porto Alegre, 21 de agosto de 2015.

RESÍDUOS SÓLIDOS : as responsabilidades de cada Setor

Programa de Gestão. Ambiental. Cartilha. Ambiental

PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PMGIRS

ESTRATÉGIAS E DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS LEI / 08/ 2010 DECRETO 7.404/ 12/ 2010

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Pernambuco - PE

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Porto Alegre RS

Política Nacional de Resíduos Sólidos e Logística Reversa

"PANORAMA DA COLETA SELETIVA E RECICLAGEM NO BRASIL"

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU

Sustentabilidade: A Visão do Ministério Público

"PANORAMA DA COLETA SELETIVA DE LIXO NO BRASIL"

Logística Reversa. Guia rápido

Departamento de Meio Ambiente DMA/FIESP. Política Nacional de Resíduos Sólidos

POLÍTICA NACIONAL DE

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: Potencialidades, Desafios e sua repercussão nos Estados e Municípios MARIA DIAS

O PAPEL DO MUNICÍPIO NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Mensagem do Ministério Público do Estado de Goiás

PMGIRS e suas interfaces com o Saneamento Básico e o Setor Privado.

POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS : Responsabilidade de cada Setor

A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a questão dos Resíduos Sólidos Urbanos no Estado do Rio de Janeiro. Quanto à origem Sujeitos à lei

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO CIM-AMAVI. Audiencia Pública - Prognóstico

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS e SUA

Do lixo ao valor. O caminho da Logística Reversa

Ref.: Lei Estadual-RJ nº 6.805, de 18 de junho de 2014 DOERJ

RESÍDUO SÓLIDO: UM PROBLEMA SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO.

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. - Instrumento da PNRS -

SERVIÇOS DE SAÚDE MOSSORÓ

Política Nacional de Resíduos Sólidos: perspectivas e soluções

EXPO a. Feira Internacional de Equipamentos e Soluções para Meio Ambiente

A implantação da PNRS na visão da Abralatas

POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Ministério Público do Trabalho Procuradoria Regional do Trabalho da Nona Região.

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

SUSTENTABILIDADE NO SÉCULO XXI

1º SEMINÁRIO DA AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO

é lei Agora Política Nacional de Resíduos Sólidos poder público, empresas, catadores e população Novos desafios para

MARCO LEGAL. I) Elaboração do Plano Estadual de ResíduosSólidos. III) Melhoria de Gestão dosresíduossólidos. IV) Educação Ambiental

RESPEITO E CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Normatização e legislação aplicada: diretrizes e parâmetros de licenciamento e controle no estado de São Paulo

MMA. D i r e t o r a d e A m b i e n t e U r b a n o S e c r e t a r i a d e Re c u r s o s H í d r i c o s e M e i o U r b a n o

Incentivo à compostagem como estratégia de aumento da reciclagem de resíduos orgânicos: aspectos regulatórios

A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA IMPLANTAÇÃO DA LEI 12305/10

Orientações aos geradores interessados

RES E ÍD Í U D OS O SÓL Ó I L D I O D S O NA A AT A UA U L A I L D I A D D A E D

São José dos Campos e a Política Nacional de Resíduos Sólidos

Gestão dos Resíduos em Florianópolis - COMCAP. Florianópolis, 03 setembro de 2011

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL

ULTRAVIOLETA DESINFECÇÃO DE ÁGUA E EFLUENTES COM RAIOS. Sistema de decantação. Fenasan tratamento de água e efluentes

Políticas Públicas Resíduos e Reciclagem. Sérgio Henrique Forini

REDUZIR REUTILIZAR RECICLAR. O caminho para um futuro melhor.

GESTÃO ESTADUAL DE RESÍDUOS

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS. Coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos. Desafio para os Municípios

Projeto Piloto Gerenciamento de Resíduos Sólidos ( Sairé)

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA

Contextualização Constituição Federal de Constituição Federal 1988: de 1988:

Política Estadual de Resíduos Sólidos: Ações e Perspectivas em São Paulo com ênfase na logística reversa

Política Estadual de Resíduos Sólidos: Panorama Geral e Desafios da Logística Reversa -As ações do governo do Estado de São Paulo-

Gestão de Resíduos Secos IV CMMA

ECONOMIA VERDE A Nova Economia Desafios e Oportunidades FACULDADE FLAMINGO

LEI FEDERAL 12305/2010 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

LEI Nº DE 08 DE MAIO DE 2013

AUDIÊNCIA PÚBLICA Política Nacional de Resíduos Sólidos Plano Nacional de Resíduos Sólidos

PROGRAMA COOPERAÇÃO TÉCNICA FUNASA. twitter.com/funasa

10/8/2013. Para se alimentar, o ser humano abate animais, colhe frutos, sementes, etc, recursos naturais que podem ser repostos;

Palestrante: Alessandra Panizi Evento: Resíduos Sólidos: O que fazer?

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2014.

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS A responsabilidade do setor público frente à geração de resíduos sólidos

TESTE SELETIVO PARA CONTRATAÇÃO DE ESTAGIÁRIO Nº 001/2014 DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS MUNICÍPIO DE MARMELEIRO-PR

Coleta Seletiva PRATIQUE ESTA IDEIA

VAMOS FAZER MENOS LIXO: REDUÇÃO REUTILIZAÇÃO REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM

PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS A atuação do TCE-RS. Arq. Andrea Mallmann Couto Eng. Flavia Burmeister Martins

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (Módulo: Resíduos Sólidos) Rio Claro SP

Curso sobre a Gestão de resíduos sólidos urbanos

Gestão de Resíduos Sólidos no Brasil: Situação e Perspectivas. Odair Luiz Segantini ABRELPE

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LEI Nº / DECRETO NO /2010

Políticas Públicas de Resíduos Sólidos e. Alexandre Magrineli dos Reis Fundação Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte, outubro de 2011

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CIDADE DE POÁ, SP.

Transcrição:

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS LEI 12.305 / 08/ 2010 DECRETO 7.404/ 12/ 2010

Cenário brasileiro de resíduos sólidos Aumento da: População nas cidades 50% mundial 85% Brasil (IBGE, 2010). Geração de resíduos perigosos. Geração de resíduos domiciliares - 188.000 toneladas/dia (Plano Nacional de Resíduos Sólidos setembro 2011-Versão preliminar). Geração de resíduos domiciliares por habitante de 1kg a 1,2 kg/dia (Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento -SNIS, 2008; IBGE, 2010).

O que é isso?

O Brasil tem mais celulares (202,94 milhões*) do que habitantes (190 milhões). Quantos são descartados em lixões, aterros controlados e aterros sanitários? E os outros resíduos perigosos (eletrônicos, computadores, Ipods, televisores, lâmpadas fluorescentes, eletrodomésticos, embalagens de agrotóxicos, pneus, remédios)? *Revista Época, janeiro 2011.

Disposição final de resíduos domiciliares Desperdício de R$ 8 bilhões com recicláveis depositados em lixões e aterros. (IPEA, 2010) Existência de milhares de catadores em condições precárias de trabalho.

Diversidade de resíduos Resíduos da construção civil Resíduos urbanos Resíduos agro-pastoris Resíduos da indústria Resíduos perigosos Resíduos da mineração Resíduos de serviços da saúde Resíduos domésticos

Prioridades na PNRS NÃO GERAÇÃO REDUÇÃO REUSO RECICLAGEM TRATAMENTO Aterro

Impactos da gestão inadequada de resíduos sólidos Poluição do ar: metano. Poluição do solo: áreas degradadas e contaminadas por resíduos tóxicos. Enchentes: lixo jogado na rua. Poluição da água: chorume, assoreamento dos reservatórios. Saúde: vetores de transmissão de doenças roedores e insetos.

Planos de Resíduos Sólidos PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS PLANOS ESTADUAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS PLANOS MICRO REGIONAIS E DE REGIÕES METROPOLITANAS PLANOS INTERMUNICIPAIS PLANOS MUNICIPAIS PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Ações do governo federal Elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos - em consulta pública. Implementação da Logística Reversa. Apoio aos Estados para elaboração de estudos de regionalização para a gestão de RSU. Programa Pró-catador (Brasil Sem Miséria). Perspectivas de investimentos (PAC 2): infraestrutura.

PNRS - Responsabilidades do Município Elaboração e implantação de Plano Municipal; Implantação da coleta seletiva, prioritariamente com catadores; Atendimento da coleta regular e seletiva nas áreas rurais e urbanas; Eliminação dos lixões até agosto de 2014; Implantação de aterros sanitários, preferencialmente consorciados; Aterramento apenas de rejeitos, a partir de agosto de 2014. O acesso aos recursos financeiros do governo federal dependerá da apresentação dos Planos Municipais de Resíduos Sólidos.

Municípios de pequeno porte Dificuldades técnicas para o gerenciamento integrado de resíduos; Alta cobertura de coleta de lixo nas áreas urbanas e baixa nas rurais; Baixa cobertura de coleta seletiva; Ausência de compostagem (3% no Brasil); Dificuldades políticas para compor consórcios intermunicipais.

O que era lixo virou resíduo e rejeito http://blogdosargentotavares.blogspot.com Resíduos sólidos Têm valor econômico e podem ser aproveitados, gerando trabalho e renda. A maioria dos tipos de embalagens, papéis, papelões, vidros, plásticos, metais, longa vida, isopor, frascos em geral de molhos, condimentos, remédios, perfumes, produtos de limpeza, potes de produtos alimentícios, dentre outros. Rejeitos Aqueles para os quais não há aproveitamento e têm que ser enterrados. Etiquetas, fita crepe, papel carbono, fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis e guardanapos engordurados, papéis metalizados, parafinados ou plastificados,clipes, grampos, esponjas de aço, latas de tintas e de combustível, pilhas, cabos de panela, tomadas, isopor, adesivos, espuma, teclados de computador, acrílicos, espelhos, cristal, ampolas de medicamentos, cerâmicas e louças, lâmpadas, vidros temperados planos.

Composição dos resíduos sólidos domiciliares 17% 32% reciclável orgânico outros 51% Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos - Versão Preliminar 2011.

Qual a diferença? Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente separados, conforme sua constituição ou composição; Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes; Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem a sua transformação biológica, física ou físico-química.

Prioridade de integração de catadores de materiais recicláveis na coleta seletiva 800 mil catadores; 35 mil organizados em associações e cooperativas; Mais de 30% em situação de extrema pobreza.

Novidades da PNRS RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA pós-consumo entre fabricantes, comerciantes importadores e consumidores. LOGÍSTICA REVERSA: retorno das embalagens e produtos para os fabricantes.

Produtos obrigados à logística reversa (art. 33) Agrotóxicos seus resíduos e embalagens Pneus Medicamentos

A Política de resíduos sólidos demorou 20 anos para ser aprovada. Agora, para que ela aconteça, também depende de cada um de nós. Vamos repensar nossos hábitos e atitudes, reduzir, reutilizar, reciclar e recusar produtos que agridem o ambiente e a nossa saúde! Contato Gina Rizpah Besen Coordenadora de Comunicação e Programas do Instituto 5 Elementos rizpah@elementos.org.br Fone: (11) 38711944 / (11) 66323705

Obrigada! www.5elementos.org.br