Prof. Mauricio de Cunto - Perito Forense



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Transcrição:

À Rede Globo de Televisão Ref: Laudo Pericial Em 21 de Outubro de 2010, às 15h41m, a Rede Globo de Televisão recebeu um e-mail do Grupo Folha contendo um arquivo de vídeo anexado de nome Serra.mp4. Este e-mail foi encaminhado a este perito às 20h21m do dia 22 de Outubro de 2010. Este vídeo, produzido pelo vídeo-reporter Italo Nogueira do Grupo Folha, é o alvo desta análise pericial. Este vídeo, de nome Serra.mp4 possui 4,19 MB, tem 01m17s de duração e foi gravado pelo vídeo-reporter Italo Nogueira do Grupo Folha, na tarde de 20 de Outubro de 2010. O vídeo foi feito por um telefone celular durante caminhada do candidato do PSDB à Presidência José Serra, no calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Este vídeo mostra cenas de confronto e empurra-empurra entre militantes do Partido dos Trabalhadores e a comitiva do candidato José Serra. Como aparece no vídeo, segundos antes do candidato chegar à sua van, José Serra coloca suas mãos na cabeça protegendo-a de objetos que estariam sendo lançados em sua direção e entra rapidamente na van. Instantes depois, o candidato citou que um objeto o atingiu na cabeça. Segundo noticiado pela imprensa, uma testemunha que estava ao lado de Serra no momento de maior conflito, afirmou que um militante petista atirou uma bobina de adesivos de papel, acertando a cabeça do candidato. Visando encontrar evidências deste objeto que como hipótese atingiu a cabeça do candidato e apurar a veracidade dos fatos apresentados neste vídeo, este perito recebeu a incumbência de analisar minuciosamente este arquivo de vídeo, verificando se o mesmo não sofreu nenhum tipo de manipulação fraudulenta em seu conteúdo. São Paulo 24 de Outubro de 2010 Prof. Mauricio de Cunto Mauricio Raymundo de Cunto é brasileiro, casado, engenheiro, professor, pesquisador, perito forense, restaurador de informações de áudio vídeo imagem documentos e informática, residente e domiciliado à Rua Dias de Toledo nº 96, casa, no bairro da Saúde, CEP 04143-030, na cidade de São Paulo/SP, RG. nº. 8.273.293 SSP/SP, CPF. nº 010.446.838-64, CREA. nº 154.048/D e é sócio-diretor da Audiolink Projetos e Serviços Ltda, CNPJ: 58.631.060/0001-92. Folha nº 1 de 17

LAUDO PERICIAL ARQUIVO DE VÍDEO: SERRA.MP4 SOLICITANTE: REDE GLOBO DE TELEVISÃO 24 de outubro de 2010 1 Identificação Do material questionado: NOME DO ARQUIVO: SERRA.MP4 TAMANHO: 4,19 MB DURAÇÃO: 01m17s (77 segundos) 2 Objetivo: Verificar se este vídeo pode ser considerado autêntico, ou seja, certificar-se que o mesmo não sofreu nenhum tipo de manipulação fraudulenta em seu conteúdo. 3 Estudo preliminar O vídeo aqui apresentado com o nome SERRA.MP4 possui apenas 1 minuto e 17 segundos de duração. Segundo me foi informado, foi gravado por intermédio de um telefone celular pelo vídeo-reporter Italo Nogueira do Grupo Folha. O telefone celular em questão, como se pode observar claramente no vídeo objeto desta perícia, não tem boa qualidade de gravação. A imagem em geral é ruim, o operador do equipamento se move muito e poucos são os momentos onde a imagem é estável. O tumulto que ocorria no momento da gravação certamente dificultou ainda mais o melhor posicionamento do operador e do aparelho celular. Além disso, o vídeo possui baixa resolução e uma taxa pequena de quadros-porsegundo, dificultando a análise. Visando melhorar as características de visualização e documentação deste vídeo, este perito utilizou algumas técnicas para viabilizar e facilitar esta análise, como segue: 3.1 Ampliação do vídeo A imagem sofreu um processo de ampliação através de interpolação matemática, onde os pontos formadores de cada um dos quadros do vídeo são afastados entre si e o espaço resultante deste afastamento é preenchido matematicamente por elementos adjacentes e semelhantes. A imagem do vídeo é do tipo bitmap, ou seja, formada por um número finito de pontos, cada um deles com uma cor específica. Uma fotografia pode conter milhares ou milhões de pontos ou pixels (PICture ELement). Nas imagens bitmap existe uma conexão imutável entre os pixels e Folha nº 2 de 17

a imagem que eles formam. Cada um deles é independente, cada um deles tem uma cor e esta conexão é responsável por alguns efeitos causados quando redimensionamos uma imagem, pois pixels não mudam de tamanho. Eles são descartados ou interpolados para preencherem a área conforme a imagem é reduzida ou ampliada. No processo de redução, pixels são descartados. Uma imagem pode ser reduzida repetidas vezes e manter a qualidade até que não haja mais espaço suficiente para os pixels exibirem a imagem corretamente. No processo de ampliação, pixels são interpolados. Este processo permite que uma imagem com área menor ocupe uma área maior sem a desagradável sensação de se notar a aparição dos pontos que a formam como um efeito de granulação. Para reduzir esta sensação desagradável, o processo de interpolação preenche matematicamente os espaços vazios com pixels idênticos aos seus adjacentes permitindo uma observação da imagem com muito maior suavidade sem adulteração do conteúdo da informação presente na imagem. O programa de computador utilizado neste processo é o Sony Vegas versão 7.0. 3.2 Reamostragem da taxa de quadros-por-segundo Este vídeo sob análise possui um número pequeno de quadros por segundo, dificultando estabelecer com maior precisão o tempo absoluto em que os fatos acontecem. Este processo de reamostragem duplica quadros adjacentes, permitindo assistir o vídeo em câmera lenta de forma mais suave, permitindo uma análise mais precisa. Este processo não adultera a relação entre o tempo e a informação presente naquele instante. A única vantagem é permitir uma visualização mais agradável, sem tantos pulos entre cada quadro do vídeo. O programa de computador utilizado neste processo é o Sony Vegas versão 7.0 (http://www.sonycreativesoftware.com/vegaspro). 3.3 Inserção de Timecode Foi adicionado ao canto inferior direito do vídeo um indicador digital do tempo corrido em segundos. A finalidade é apenas permitir e facilitar a documentação de cada cena no instante mais próximo em que ela ocorre. IMPORTANTE: Faz parte integrante deste laudo pericial um CDROM contendo dois vídeos: a) o vídeo original; b) o outro tratado sem adulteração de conteúdo, salvo os aqui expostos e justificados. O CDROM tem a assinatura deste perito. 4 Análise de autenticidade Cada quadro deste vídeo foi inspecionado. O método utilizado foi o da comparação de dois quadros adjacentes ou subseqüentes. Na comparação, quando possível, verificou-se a possível ocorrência de adição ou subtração de elementos formadores dos quadros, além da análise de granulação, contraste e brilho. Esses elementos formadores são, na verdade, imagens das pessoas, objetos, presença de luz, reflexos, sombras e demais elementos presentes na cena. Foi também analisado o continuísmo da cena, quando possível. Esta análise permite saber se o vídeo sob análise sofreu ou não cortes ou ainda Folha nº 3 de 17

edições fraudulentas. Este mecanismo de edição pode configurar a inserção ou remoção de partes de cenas inteiras ou fragmentos delas. Como este vídeo é sonoro, O áudio foi também analisado buscando-se, quando possível, identificar evidências de falhas e alterações fraudulentas. Buscando evidências científicas de uma possível edição deste documento no que se refere ao áudio, utilizei dois métodos de análise: a) análise acústica por meio de espectrografia; b) análise perceptivo-auditiva. Para a análise acústica, o áudio foi reproduzido e analisado nos programas: a) Multi-Speech modelo 3700, produzido pela empresa KAY Elemetrics / Pentax (http://www.kaypentax.com/product%20info/3700/3700.htm), líder absoluta em programas de computador para análise de voz e fala para fins forenses, práticas clínicas e em pesquisa cientifica; b) izotope RX Advanced versão 1.20.590 (http://www.izotope.com/products/audio/rx/), que produz imagens espectrográficas de grande riqueza e detalhamento gráfico. 4 Análise da hipótese de ataque ao candidato Durante a análise minuciosa dos quadros deste vídeo, um em particular mostra uma sutil existência de um volume posicionado na parte superior direita da cabeça de José Serra, na direção do telefone celular que filmava o candidato. Neste laudo o quadro é identificado por Imagem 06 em que se nota uma figura de aspecto toroidal/cilíndrico que toca a superfície da cabeça do candidato na região frontal-parietal direita. Este volume possui brilho na parte superior/posterior, o centro parece ser mais escuro e produz sombra na parte inferior, na superfície da cabeça. O reflexo da luz na parte superior deste objeto é compatível com a direção da luz solar no local bem como a posição da sombra projetada. As duas imagens identificadas por 06 - DETALHE são uma ampliação do quadro da Imagem 06 onde, somente para ilustrar, é posicionada artificialmente uma imagem de um toróide/cilindro para esclarecer esta análise pericial. 5 Análise de conteúdo Nos casos onde a imagem de um vídeo não tem boa qualidade, costumo fazer uma análise de conteúdo para melhor documentar a linha do tempo, esclarecendo melhor os fatos nele presentes. Tomando-se como base o tempo indicado no canto inferior direito do vídeo, pode-se afirmar que as situações destacadas na legenda das imagens ocorrem nos tempos em destacados e medidos em segundos absolutos: Folha nº 4 de 17

Imagem 01 [0,6] José Serra cumprimenta militantes petistas Imagem 02 [2,5] Fotógrafo com dificuldade de se locomover Folha nº 5 de 17

Imagem 03 [3,5] Serra é acompanhado/conduzido por assessores Imagem 04 [4,4] Serra caminha em direção à van Folha nº 6 de 17

Imagem 05 [4,7] Muito empurra-empurra Imagem 06 - [4,9] Serra é atingido na cabeça Folha nº 7 de 17

Imagem 07 [5,0] Serra continua se dirigindo à van Imagem 08 [5,1] Serra continua se dirigindo à van Folha nº 8 de 17

Imagem 09 [8,5] O empurra-empurra aumenta Imagem 10 [16,8] Proteção a Serra (mão na cabeça) Folha nº 9 de 17

Imagem 11 [22,5] Serra com mão na cabeça Imagem 12 [25,2] Serra com as duas mãos na cabeça se protege Folha nº 10 de 17

Imagem 13 [27,1] Serra sendo protegido/conduzido por assessores Imagem 14 [27,3] Serra é rapidamente escoltado à van Folha nº 11 de 17

Imagem 15 [27,5] Proteção a Serra correndo até a van Imagem 16 [28,0] Assessores protegem Serra Folha nº 12 de 17

Imagem 17 [31,7] Serra entrando na van Imagem 18 [33,0] Serra dentro da van, protegido Folha nº 13 de 17

Imagem 19 [51,6] Comemoração Imagem 20 [52,2] Comemoração Folha nº 14 de 17

Imagem 21 [74,2] Porta da van fecha e veículo parte Imagem 06 DETALHE - cabeça no momento que Serra é atingido Folha nº 15 de 17

Imagem 06 DETALHE - Posição mais provável do objeto que o atingiu 6 Conclusões 6.1 Após minuciosa observação e estudo deste vídeo, este perito conclui que é muito improvável que exista montagem fraudulenta no vídeo aqui citado bem como na sua faixa sonora correspondente. Desta forma e nessas bases, o vídeo identificado como SERRA.MP4 e incluso no CDROM como parte integrante deste laudo pericial é considerado como autêntico. 6.2 Segundo análise do conteúdo deste vídeo, o tempo onde os fatos mostrados no vídeo acontecem é muito curto. Para exemplificar, o período de tempo entre os eventos Serra é atingido na cabeça Imagem 06 e Proteção a Serra (mão na cabeça) Imagem 10 é de aproximadamente 12 segundos. Durante este intervalo de tempo, como o telefone celular não gravou o candidato nos segmentos 7,2 seg. a 8,4 seg. e 8,8 seg. a 16,8 seg., não há como assegurar que o candidato não levou suas mãos à cabeça por não existir esta informação neste vídeo. IMAGEM TEMPO (seg) DESCRIÇÃO Imagem 01 0,6 José Serra cumprimenta militantes petistas Imagem 02 2,5 Fotógrafo com dificuldade de se locomover Imagem 03 3,5 Serra é acompanhado/conduzido por assessores Imagem 04 4,4 Serra caminha em direção à van Imagem 05 4,7 Muito empurra-empurra Imagem 06 4,9 Serra é atingido na cabeça Imagem 07 5,0 Serra continua se dirigindo à van Folha nº 16 de 17

Imagem 08 5,1 Serra continua se dirigindo à van Imagem 09 8,5 O empurra-empurra aumenta Imagem 10 16,8 Proteção a Serra (mão na cabeça) Imagem 11 22,5 Serra com mão na cabeça Imagem 12 25,2 Serra com as duas mãos na cabeça se protege Imagem 13 27,1 Serra sendo protegido/conduzido por assessores Imagem 14 27,3 Serra é rapidamente escoltado à van Imagem 15 27,5 Proteção a Serra correndo até a van Imagem 16 28,0 Assessores protegem Serra Imagem 17 31,7 Serra entrando na van Imagem 18 33,0 Serra dentro da van, protegido Imagem 19 51,6 Comemoração Imagem 20 52,2 Comemoração Imagem 21 74,2 Porta da van fecha e veículo parte 6.3 Entre os tempos 15 seg. e 32 seg., forma-se instintivamente um forte cerco de proteção a José Serra feito por seus assessores, visando impedir que objetos pudessem atingi-lo. Deduz-se que outros objetos poderiam estar sendo lançados em direção ao candidato e aos seus assessores. 6.4 Segundo o áudio deste vídeo, no intervalo compreendido entre os tempos 30,0 seg. e 33,0 seg., ouve-se claramente uma voz masculina dizendo de forma enérgica: vai, vai, vai,...entra aí, presidente... entra, presidente... entra. No mesmo período, a imagem deste vídeo mostra momentos de pânico e pressa dos assessores quanto à segurança de José Serra. 6.5 Segundo os métodos aqui descritos e mostrados nos quadros Imagem 06 e Imagem 06 - DETALHE, posso afirmar que existem fortes indícios da presença de um volume de forma toroidal/cilíndrica posicionado na região frontal-parietal direita da cabeça de José Serra. Este objeto tem brilhos e sombras compatíveis com a iluminação local e está posicionado entre a cabeça do candidato e o telefone celular que fez este vídeo. 6.6 Devida à precariedade do equipamento utilizado nesta gravação em vídeo e da intensa movimentação do telefone celular devido ao tumulto, não se identificou vestígios da movimentação do objeto que atingiu a cabeça do candidato José Serra. 6.7 Segundo o item 6.6 e de acordo com o conteúdo mostrado neste vídeo, não há como se determinar de onde partiu o lançamento do objeto, nem o ângulo nem sua velocidade. A trajetória não foi registrada pela câmera do celular. FIM DO LAUDO PERICIAL: ARQUIVO DE VÍDEO: SERRA.MP4 São Paulo, 24 de outubro de 2010 Maurício de Cunto Folha nº 17 de 17