OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 607mil Reais foi a receita bruta do Bragantino no duelo contra o Corinthians, que foi no Pacaembu; foi a maior arrecadação do Braga no Paulistão EDIÇÃO 962 SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018 Ainda no prejuízo, Topper sonha com 100% da Série A Há quase dois anos, quando a Topper foi vendida pela Alpargatas para o grupo de investimento Sforza, do bilionário Carlos Wizard, a marca voltou a avançar sobre o mercado de patrocínio a times de futebol, que desde 2006 havia deixado de ser prioridade. Hoje, dez times vestem a marca, sendo cinco na Série A do Campeonato Brasileiro. O sonho da marca, porém, é crescer. Em fevereiro, por pouco não anunciou POR ERICH BETING Palmeiras e São Paulo como novos times. A tarefa, porém, ainda passa em colocar o plano do futebol no azul. "Queremos estar presentes nas principais vitrines. Estamos hoje trabalhando para pegar outros clubes, com propostas razoáveis para não ferir a saúde financeira da Topper. Hoje é uma operação que trabalha em parceria com os clubes para ter bons resultados de venda e tentar fazer com que seja su- Em fevereiro de 2016, Topper fechou com Botafogo e iniciou a volta ao patrocínio a clubes de futebol no Brasil; marca já tem cinco times na Série A e sonha com a totalidade dos clubes, mas operação ainda está no prejuízo em dois anos de contratos 1
peravitária. O investimento é variável conforme o resultado de vendas, mas ainda não é uma operação superavitária", diz Leonardo Chamsin, CEO da Topper, em entrevista exclusiva. A operação ainda no vermelho com o futebol faz parte do plano da Topper de investir mais de R$ 30 milhões no reposicionamento da marca, além do desenvolvimento de produtos. Em 2017, cresceu 26%. Para 2018, a expectativa é entre 25 e 30%. IBRA FECHA COM SAMSUNG O ídolo sueco Zlatan Ibrahimovic é o novo embaixador da Samsung no mercado da Escandinávia. Pelo acordo, Ibrahimovic protagornizará a nova campanha da empresa, intitulada de What s Next?. O objetivo é que ele promova a nova linha de produtos da marca. Atualmente no Manchester United, Ibra vem sendo alvo de polêmica na Suécia. O motivo é sua ausência da Copa do Mundo da Rússia. SÉRVIA TROCA UMBRO POR PUMA "As multinacionais estão mais seletivas e correndo menor risco. Isso abre oportunidade para as marcas nacionais", diz Chamsin. Com isso, a Topper fez essa reinvestida no futebol e lançou, na semana passada uma campanha nova para impulsionar a venda de bolas. As séries B, C e D do Brasileirão usarão a marca. "Hoje a gente entende que, para ser forte no mercado, é preciso ter um portifólio de produtos. O varejo caminha para marcas com atuação 360. É preciso ter o enxoval completo. Ter ainda a seleção brasileira de futsal e atletas usando nossas chuteiras cria uma perspectiva aspiracional para o produto", afirma Chamsin. O foco de vendas são as classes B e C. Para isso, além de ter o produto aspiracional, a Topper crê na relação custo/benefício. "Com os clubes, trabalhamos todas as classes sociais e as faixas etárias. Agora estamos diversificando o portifólio e indo atrás de categorias rentáveis, como a de bolas". Para este ano, a Topper quer ainda elevar para 13 o número de times patrocinados. Chamsin despista sobre qual seria o número ideal de equipes. Ele diz que não há um limite, mesmo que a operação ainda não consiga deixar as contas no azul. "Este ano pretendemos ter mais três clubes. E a ideia é crescer mais a cada ano. Adoraria ter 100% da Série A", diz, aos risos. Sonhar não custa nada. Mas a realidade ainda não se paga. Adversária do Brasil na Copa, a Sérvia terá novo patrocinador. A Puma substituirá a Umbro e será a fornecedora do uniforme dos sérvios no Mundial. Essa é a segunda seleção que fecha com a marca alemã depois da definição dos 32 classificados (o time de Senegal foi quem trocou). Com as duas seleções, a Puma vai a quatro times na Copa. Os outros são Suíça e Uruguai. O Mundial ainda tem outras sete fornecedoras. MCDONALD'S USA NEYMAR E FILHO O McDonald's usará as imagens de Neymar e David Lucca, seu filho, para a campanha de Copa do Mundo que levará 11 torcedores brasileiros para serem acompanhantes do time do Brasil no jogo contra a Costa Rica na primeira fase da Copa do Mundo. Neymar e seu filho reproduzirão a emoção do "player escort", nome da propriedade que o McDonald's ativa durante a Copa. As escolhidas terão entre 6 e 10 anos de idade. 2
OPINIÃO Futebol é vitrine essencial para marca esportiva no Brasil A retomada do investimento da Topper em clubes de futebol escancara uma realidade complexa do mercado brasileiro para as marcas esportivas. Para ter sucesso em vendas, o futebol precisa ser parte do investimento de uma marca, mesmo que a conta não feche, como mostra a entrevista que fiz com Leonardo Chamsin, CEO da BR Sports, empresa dona da Topper. Se o objetivo da marca é vender mais e para todo tipo de público, ela precisará gastar alguns milhões para ter uma operação dentro do futebol. E o caso da Olympikus é emblemático para mostrar essa realidade. A marca, que por décadas foi patrocinadora do Comitê Olímpico Brasileiro e do vôlei, entrou no Flamengo em 2009. O negócio impulsionou de tal forma a marca da Olympikus que ela passou a desbancar Nike e Adidas em pesquisas de lembrança de marca durante os dois anos de parceria com o clube. O problema foi que, além de o negócio não ser rentável, a marca fez uma série de outras escolhas infelizes, não relacionadas ao patrocínio esportivo, e inviabilizou a manutenção do investimento no esporte como um todo. POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte E é exatamente isso que as marcas precisam ficar atentas, especialmente as de origem 100% brasileira. Todas foram fortes nas décadas de 80 e 90, quando a concorrência com as grandes marcas internacionais não existia, bem como o negócio clube de futebol. O futebol é uma vitrine essencial para a marca, mas ele não pode representar um risco para a saúde financeira da empresa. Resta saber qual batalha perder. A de ter um clube grande ou de ter a empresa menor, mas saudável. IMAGEM DA SEMANA O ala Gui Bento, do Pinheiros, prepara-se para "enterrar" a bola durante o Torneio de Enterradas do Jogo das Estrelas do NBB. Evento no ginásio do Ibirapuera contou com 10 mil pessoas, teve show do cantor Thiaguinho e ativações de sete patrocinadores, consolidando o Jogo das Estrelas 4
Nike inova e faz parceria com aplicativo de paquera Happn POR REDAÇÃO Como parte do lançamento de seu mais recente tênis de corrida, o Epic React Flyknit, a Nike inovou e fechou uma parceria com o aplicativo de paquera Happn. A ideia da fabricante norte-americana de artigos esportivos é estimular "crushes" entre corredores de rua, criando um primeiro encontro diferente. Tudo começa com o patrocínio da opção "Estou a fim de" do Happn. Na primeira tela do aplicativo, o usuário recebe a mensagem para clicar em um ícone de "Correr com a Nike". A partir dali, o corredor deixa claro que está disponível para fazer uma atividade específica nas próximas seis horas. Há a opção "Correr com a Nike", mas também outras como "Dar uma caminhada", "Beber alguma coisa" ou "Sair por aí". Os usuários que derem "crush" na opção da Nike recebem uma mensagem para participar de um treino especial "Nike+ Run Club x Happn". O treino será realizado no dia 5 de abril, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Na ocasião, os participantes terão a oportunidade de testar o Epic React Flyknit ao lado de treinadores. "Como parte do lançamento do tênis, temos convidado paulistanos a correrem pelas ruas da cidade. Essa parceria com o Happn surgiu exatamente para dar um empurrãozinho para aquelas pessoas que já têm interesse pelo esporte a participarem de um primeiro encontro totalmente diferente. Se depender da gente, ficará mais fácil encontrar o par perfeito", diz Renata Romanholi, gerente de marca para corrida da Nike Brasil. O Happn possui 6,5 milhões de usuários no Brasil, dos quais 2 milhões estão em São Paulo. A cada semana, são feitas 75 mil ativações da opção do aplicativo "disponíveis para corrida. Crise interna faz Nike demitir o presidente global O mandato de Trevor Edwards como presidente da Nike acabará em agosto. O executivo, no cargo desde 2013, mas que trabalha na empresa desde 1992, dará lugar, ao menos temporariamente, ao atual CEO, Mark Parker, que acumulará os cargos. De acordo com a imprensa dos EUA, a decisão veio após uma série de reclamações de funcionários sobre o comportamento de alguns gerentes e atitudes consideradas incorretas nas relações trabalhistas. Embora as reclamações não fossem diretamente sobre Edwards, a Nike decidiu tomar a atitude por achar que se tratava de uma mudança necessária para que a empresa possa evoluir e crescer. O próprio Edwards aceitou pedir renúncia. 5