Sem lucro, Topper vai deixando futebol

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1 O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO QUINTA-FEIRA, 23 / MAIO / ,7 mi de reais foi o lucro líquido do Palmeiras no ano de 2018; o clube teve ainda faturamento recorde de R$ 688,6 milhões Sem lucro, Topper vai deixando futebol Há cerca de um ano, a Topper sonhava em voltar a ser uma das principais protagonistas do mercado de fornecimento de material esportivo no futebol brasileiro. Em maio de 2018, a marca estava presente em cinco times da Série A, atrás apenas da Umbro como maior fornecedora do mercado. Um ano depois, o cenário é bem diferente. A marca encolheu a participação no mercado e, aos poucos, vai novamente deixando de lado o investimento em clubes. POR ERICH BETING O problema, naturalmente, é a lucratividade da operação. Como ocorrido com diversas marcas no mercado, a incapacidade de atender aos diversos clubes patrocinados gerou enorme insatisfação do consumidor, pressão dos dirigentes e o negócio começou a andar para trás. Em março de 2018, o então CEO da Topper disse à Máquina do Esporte que a operação do futebol não era lucrativa, mas estava 1

2 dentro dos planos da marca. Sem resultados, a empresa agora deixa o mercado. No último final de semana, o Paraná, que joga a Série B, anunciou que usará a pausa da Copa América para lançar a marca própria do clube. O Botafogo negocia com outras fornecedoras e em breve deve anunciar a saída da Topper, que só no começo deste ano perdeu os contratos com Náutico, Vitória e Atlético-MG, sendo que esse último cobra da marca na Justiça um ressarcimento de R$ 3,4 milhões. A marca ainda tem sete clubes para tentar atender. Goiás, Ceará, Guarani, Ponte Preta, Figueirense e Brasil de Pelotas usam a Topper. Todos, porém, ainda estão com as camisas de 2018, sem previsão de mudança. O único que teve uma camisa apresentada ao mercado este ano é o Remo. Mesmo assim, o clube paraense já estuda alternativas para fornecimento em 2020, quando o contrato se encerra. Mesmo assim, a marca da Topper ainda estará em evidência. A empresa é a fornecedora das bolas usadas nas Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro. A derrocada da Topper é a repetição de velhos erros cometidos no mercado de material esportivo pelas marcas. Na pressa para se popularizar, as empresas fecham com diversos times e não conseguem atender à demanda para abastecer o mercado. Além disso, a operação é de baixa ou nenhuma lucratividade. Essa situação já ocorreu no passado recente com marcas tradicionais, como Penalty e Puma, e com outras que tentavam ganhar mercado, como Lupo e Champs. Desde 2016, os clubes com força regional começaram a ver no lançamento de marcas próprias uma saída para conseguir atender ao mercado e também ter algum lucro com o fornecimento de camisas. O Paysandu puxou a fila que hoje tem times mais populares como Bahia e Fortaleza. O Paraná agora se une a esse grupo.

3 OPINIÃO DAZN medirá agora o mercado de OTT POR DUDA LOPES diretor de novos negócios da Máquina do Esporte Nesta quinta-feira (23), a plataforma esportiva DAZN terá um momento importante para a consolidação do sistema no Brasil: a partida entre Corinthians e Desportivo Lara, da Venezuela, terá transmissão exclusiva no streaming. Desta vez, não haverá o suporte da RedeTV; quem quiser assistir à partida terá que recorrer ao serviço. Será um momento ideal para medir a temperatura desse mercado, aquecido muito graças à chegada da nova marca. Serão dois momentos cruciais. O primeiro se refere ao hábito de assistir a uma partida pela internet. Somente em São Paulo, a RedeTV conseguiu chegar a mais de 3 milhões de pessoas com a partida entre Racing e Corinthians, pela fase anterior da Copa Sul-Americana. A convergência desse público, interessado na disputa, para um sistema fechado de internet poderá ser medida na prática. E há alguns desafios para isso se configurar em números razoáveis. O primeiro deles está na promoção do sistema. Para os mais fanáticos, há informações sobre a transmissão do jogo, mas essa é uma fatia menor. Quantas pessoas sabem que deverão acessar a uma plataforma online para ver o Corinthians? Depois, está no próprio hábito de consumo. Mesmo com a informação, quantos estão dispostos a conhecer um sistema novo, fazer um cadastro e assistir a uma partida de futebol pela internet? Passada essa primeira fase, o DAZN terá que convencer o torcedor a permanecer no sistema após o período de 30 dias de gratuidade. Hoje, a catálogo de conteúdo da plataforma é honesto, com o Italiano, o Francês, a MLS entre outros. A pergunta que fica é se será suficiente para manter um número significativo de assinantes. Observando os comentários de torcedores em redes sociais, o principal problema está na mensalidade, de R$ 37,90. Sem dúvida, o DAZN é caro. No entretenimento, o valor é mais alto do que sistemas como o HBO Go e a Netflix. O Esporte Interativo Plus, com jogos do Brasileirão e Liga dos Campeões, tem plano de R$ 13,90. No esporte, o Premiere tem política oposta a R$ 79,90 ao mês. Mas, nesse caso, é estratégico para a Globo manter a ferramenta como produto premium. Com a Sul-Americana, o Dazn terá o primeiro produto de maior apelo fechado para a internet. Para o mercado, será um período para observar a plataforma. As dificuldades e os sucessos que a marca do Grupo Perform terá nos próximos meses serão fundamentais para entender o momento do streaming esportivo no Brasil. Plataforma terá jogo do Corinthians com exclusividade e tentará atrair os assinantes do mercado brasileiro

4 Golfe recorre à Marvel para se conectar ao jovem POR REDAÇÃO MASTERCARD PATROCINA TIMES DE LYON, ARSENAL E JOGADORAS A MasterCard ampliou suas ações no futebol feminino com dois novos patrocínios aos times do Arsenal, campeão inglês, e do Lyon, atual tetracampeão europeu. A ideia da empresa é usar os patrocínios para ampliar a conscientização do mercado sobre o futebol feminino. Além do aporte aos clubes, a MasterCard anunciou um time de embaixadoras da marca. O destaque é a norueguesa Ada Hegerberg, considerada a melhor jogadora da Europa. A Associação Americana de Golfe (USGA, na sigla em inglês) decidiu recorrer à gigante do entretenimento Marvel, recém-comprada pela Disney, para se aproximar do jovem. A USGA fechou um acordo para que o Homem de Ferro e outros heróis ensinem golfe para as crianças. Durante o US Open, no próximo mês de junho, a parceria terá início, com o lançamento online de uma história em quadrinhos em Tony Stark e outros personagens ensinarão aos jovens heróis as regras e técnicas para jogar golfe. Além disso, pôsteres com os heróis praticando lances do esporte serão distribuídos no "Junior Day", no dia 9 de junho, na disputa que acontece em Pebble Beach (Califórnia). A ideia de se juntar à Marvel surgiu para dar uma repaginada no projeto da USGA para as crianças. Há 30 anos que a entidade entregava um livro de regras do golfe protagonizados pelo personagem Snoopy e seu amigo Amendoim. Com o sucesso estrondoso da franquia Vingadores nos cinemas, a entidade entendeu ser melhor agora se juntar com a Marvel. Estamos entusiasmados com a chance de apresentar e ensinar o golfe para nossa audiência jovem de uma forma completamente única. Nós conseguimos usar o poder desse Universo Marvel não só para alcançar novos golfistas, mas também para ajudar nossos jogadoras a ter um novo e divertido jeito de aprender", disse o CEO da USGA, Mike Davis. O US Open é uma das principais e mais midiáticas competições de golfe que acontece na temporada nos EUA. JUVENTUS QUER FAZER ESTÁDIO SÓ PARA SEU TIME FEMININO Neste ano, a Juventus levou 39 mil torcedores ao Allianz Stadium para acompanhar a vitória do time feminino sobre a Fiorentina. O sucesso de público na partida decisiva da temporada levou o clube a levar adiante o projeto de criar um estádio menor, com capacidade para 5 mil pessoas, para abrigar o time feminino e categorias de base. O estádio próprio seria a forma de abraçar as mulheres, que hoje jogam a 90km de Turim nos torneios europeus ou num estádio de apenas 400 lugares na própria cidade. A ideia é fazer o estádio anexo ao Allianz Stadium e, assim, começar a levar mais gente para os jogos do time feminino da Vecchia Signora.

5 Renata usa jogos para reforçar ação no vôlei POR POR ERICH BETING REDAÇÃO A tual campeã olímpica, a seleção brasileira masculina de vôlei fez na noite de quarta-feira o primeiro de dois amistosos contra o Canadá em Campinas, interior de São Paulo, como preparação para a Liga das Nações. Os dois amistosos estão sendo usados como uma forma de a fabricante de alimentos Selmi, dona da marca Renata, reforçar sua participação na modalidade. A empresa, que patrocina os times Vôlei Renata e Renata Valinhos/Country nas Superligas masculina e feminina, foi quem decidiu ceder a estrutura do ginásio do Taquaral, em Campinas, para abrigar as partidas preparatórias da seleção. "É uma honra receber a seleção brasileira no ginásio do Vôlei Renata. A Selmi apoia a prática de esportes e sabe a importância deles para o país. Somos aqui da região e sabemos o quanto a cidade de Campinas é apaixonada por vôlei, então é um prazer para nós podermos presentear os cidadãos com jogos tão importantes como estes", declarou em nota Marcelo Guimarães, diretor comercial da Selmi. A delegação da seleção brasileira foi recepcionada pela empresa de alimentos com um jantar, na última segunda-feira (20), num hotel da cidade. O evento serviu para divulgar o macarrão da marca Renata, principal bandeira da Selmi. Além disso, a marca da Renata está presente com placas de publicidade na quadra. A empresa também usou os amistosos para realizar uma ação social na região. Para assistir aos jogos, os fãs interessados precisavam levar um quilo de alimento não perecível até o Ginásio do Taquaral. Todos os ingressos já se esgotaram. De 2015 a 2017, o Taquaral havia sido usado para a realização da Copa Banco do Brasil. Além disso, o ginásio foi a base do time feminino da Argentina no Rio