XXI REUNIÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA. Anais da XXI Reunião da ABA, 1998, p.45 POR FALAR EM CULTURA EMPRESARIAL:

Documentos relacionados
ESTOU QUENTE OU FRIO? RELAÇÕES DE TEORIA, PESQUISA E ENSINO ENTRE ANTROPOLOGIA E CULTURA EMPRESARIAL

PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA. ; Nome da Disciplina: ADMINISTRAÇÃO INTRODUÇÃO E TEORIAS Curso:

FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESCOLAR: AS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO PEDAGOGO ENQUANTO GESTOR

A Sociologia Econômica STEINER, Philippe. São Paulo: Atlas, 2006.

Ensinar e aprender História na sala de aula

Atribuições do professor-tutor da Seed/PR

Administração. Arte, Ideologia, Ciência ou Costume Moral

Resenha / Critical Review

Curso de Especialização Lato Sensu - Ensino de Ciências - EaD

ASSUNTOS DA DISCIPLINA COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

O PAPEL DO TCC NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

Resenha. Olhares diferenciados x coesão conceitual. Ana Maria Dantas de Maio. Jornalista, doutoranda em Comunicação

Lista de TCC da Licenciatura em Educomunicação ECA USP

Representação vetorial e grandezas físicas: uma convergência para além da Matemática.

M. A. Moreira Grupo de Ensino, Instituto de Física UFRGS. 1

Assinalar a importancia da proximidade do académico do estudo da filosofía do direito;

Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Comunicação Social

Universidade Federal de Roraima Departamento de matemática

ENSINO DE LÍNGUA E ANÁLISE LINGUÍSTICA: PRESCRUTANDO OS DOCUMENTOS OFICIAIS

METODOLOGIA DA PESQUISA I. Marinês Steffanello

TENDÊNCIAS DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NO BRASIL DE 2000 A 2013: EVENTOS CIENTÍFICOS

Curso de Administração a distância UFPR

EMENTA OBJETIVOS DE ENSINO

PLURIATIVIDADE AGRÍCOLA E AGRICULTURA FAMILIAR II. META Mostrar o processo de inserção da agricultura familiar na economia brasileira.

Metodologia da Pesquisa. (Etapas do procedimento de pesquisa)

CIBERCULTURA, VAZIO EXISTENCIAL E SUBJETIVIDADE: Um novo modo de existir

Em seguida, propõe uma análise da contribuição da obra de Maurice Halbwachs no movimento dos Annales. Para ele, Diogo da Silva Roiz *

Teoria Básica da Administração. Teoria Clássica. Professor: Roberto César

DESAFIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO CONTEXTO ATUAL

CURSO: ADMINISTRAÇÃO

OPERADORES MODAIS (NA INTERFACE LÓGICA E LINGUAGEM NATURAL)

XVII S U M Á R I O Capítulo 1 Técnicas de Estudo e Aprendizagem...29 Capítulo 2 Conhecimento...49 Introdução

RESENHA: O Patrimônio como Categoria do Pensamento, de José Reginaldo Santos.

A CONTEXTUALIZAÇÃO COMO AGENTE FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

A era da Mediatização e suas implicações no campo da Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL

Os conceitos geográficos fundamentais

Metodologia Científica. Prof. Igor Assaf Mendes

1. A comunicação e a argumentação em sala de aula

Plano de Ensino Docente

Palavras-chave: Deficiência visual. Ensino-aprendizagem.

As tendências contemporâneas no ensino de Matemática e na pesquisa em Educação Matemática: questões para o debate i

Aula 1 Aula 2. Ana Carolina Boero. Página:

Controle Academico PPGI

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO - GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA FAEL ANO LETIVO 2016

UNIVERSIDADE E ESCOLA: DESPERTANDO O INTERESSE PELA CIÊNCIA AERONÁUTICA

O ENSINO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA: PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA ATENDIDA PELO PIBID BIOLOGIA

TEORIA DA HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA

Sumário. BD Orientado a Objetos

DEPTO. CIÊNCIAS SOCIAIS

Texto produzido a partir de interações estabelecidas como bolsistas do PIBID/UNIJUÍ 2

Download livro didático sociologia Ensino Médio

Resumo Aula-tema 03: Currículo integrado.

O TEMA MEIO AMBIENTE NAS COLEÇÕES DE CIÊNCIAS RESUMO

OS JOVENS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM BUSCA DA SUPERAÇÃO NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO

PROJETO ARARIBÁ. Um projeto que trabalha a compreensão leitora, apresenta uma organização clara dos conteúdos e um programa de atividades específico.

REFLEXÕES SOBRE METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA DISCIPLINAS DE PESQUISA PROF. DR. LUÍS EDUARDO ALMEIDA

Colégio Santa Dorotéia

Material Didático Estratégias de Ensinagem. Método do Caso e Workshop

Direito do Trabalho Porque Educação Executiva Insper Cursos de Curta e Média Duração Educação Executiva

David Ausubel ( )

1. IDENTIFICAÇÃO CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 PERÍODO: 1º

Resumo Aula-tema 01: Definindo o conhecimento e aprendizagem organizacional.

METODOLOGIA TIPOS DE PESQUISA

A FORMAÇÃO DOCENTE, SUAS FRAGILIDADES E DESAFIOS

OS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA NO PROCESSO DE ENSINO DE COORDENADAS POLARES 1. Angeli Cervi Gabbi 2, Cátia Maria Nehring 3.

Metodologia da Pesquisa

Indisciplina na Escola: Desafio para a Escola e para a Família

Aspectos da leitura - uma perspectiva da psicolinguística Vilson J.Leffa

METODOLOGIA CIENTÍFICA

Teoria da Atividade: Um Paradigma Possível para Elicitação de Requisitos de Software. Luiz Eduardo Galvão Martins

PLANO DE CURSO. Bases históricas. Abordagens clássica, neoclássica, humanista, estruturalista, sistêmica e contingencial das

Conteúdos e Didática de Língua Portuguesa e Literatura

Vídeo-aulas de resoluções de questões PETROBRAS (Unidade I)

FACULDADE DE CIÊNCIAS PLANO DE ENSINO

Formulação De Estratégias Para A Inovação Sustentável: Contribuindo À Competitividade Nas Organizações Prestadoras De Serviços

II.2 GESTÃO AMBIENTAL Função: Estudos e Pesquisas

Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc

Teoria Básica da Administração. Teoria Clássica. Professor: Roberto César

FORMAÇÃO INICIAL NOS CURSOS DE LICENCIATURA E PEDAGOGIA: QUAL O SEU IMPACTO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE UM BOM PROFESSOR?

Índice. 1. Práticas de Administração Gestão Escolar Administração, Gestão, Direção: Resgatando Alguns Conceitos Introdução...

Universidade e Sociedade, v. 12, n. 16, p , 1997 ISSN:

Professores do PED criam Mestrado Profissional em Educação: Formação de Formadores. Marli Eliza Dalmazo Afonso de André

MARCELO CARLOS DA SILVA FUNÇÃO QUADRÁTICA: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA O ESTUDO DOS COEFICIENTES

Conteúdo de Aquecimento N 2

OS TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

Pedagogia. 1º Semestre. Biologia Educacional EDC602/ 60h

Editorial. capital específico.

Faculdades Integradas Teresa D Ávila

Modelo fix, flex e free na gestão da Rede Marista de Colégios

História e Cultura Indígenas na Escola: Subsídios Sócio-Antropológicos para Professores da Educação Básica

CIÊNCIA POLÍTICA Prof. André Terça 05/02/2013 e 19/02/2013

Humanismo e a Nova Administração Pública

Governança universitária em questão: panorama das tendências internacionais

pag.03 pag.04 pag.06. pag.07.. pag.08 pag.09.. pag.10 pag.11 pag.12 pag.13. pag.14 pag.15. pag.16. pag pag.18

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução

Curso: Filosofia Licenciatura Grau acadêmico: Graduação Turno: Noturno Currículo: 2014

PROJETO DE PESQUISA GUIA PARA CONSULTA

A DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR BRASILEIRA: AÇÃO GESTOR DEMOCRÁTICO DENTRO DA ESCOLA

Transcrição:

XXI REUNIÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA Anais da XXI Reunião da ABA, 1998, p.45 POR FALAR EM CULTURA EMPRESARIAL: NOTAS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE ANTROPOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO Francisco Giovanni David Vieira 1 Resumo: Trata-se de ensaio de natureza provocativa, que reflete a visão de um administrador de empresas diante da proposta de se ter um Grupo de Trabalho sobre Cultura Empresarial na Associação Brasileira de Antropologia. Através de breves notas procura-se assinalar aspectos e implicações acadêmico-científicas da relação entre Antropologia e Administração. O objetivo maior é chamar a atenção para as possibilidades de contribuição da Antropologia para com a Administração em um momento em que se amplia tal relação no Brasil. Palavras-Chave: Administração, Antropologia, Cultura Empresarial, Ensino de Antropologia. 1 Professor Assistente do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá - UEM, Paraná. Doutorando em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. E-mail: fgdvieira@wnet.com.br Homepage: http://www.geocities.com/vienna/4718

A criação de um Grupo de Trabalho sobre cultura empresarial no âmbito da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) é por demais sintomática. Antes de mais nada, revela uma perceptível insatisfação ou incômodo dos antropólogos com o tratamento que tem sido dispensado ao termo cultura - e ao conjunto de significados a ele circunscritos - por parte dos administradores de empresa. É como se fosse criada uma oportunidade para se tentar corrigir alguns equívocos cometidos por "teorias ditas objetivas para a compreensão do universo empresarial". Um passo anterior nesse sentido, porém ainda tímido, talvez até mesmo por haver se inserido em um fórum estranho, foi o trabalho apresentado por Ruben et al. (1995) no Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (ENANPAD) de 1995, em João Pessoa - PB. Ao abordarem a complementaridade entre a teoria da administração e a antropologia, Ruben et. al. (1995) tiveram a cultura organizacional como o fio condutor de suas reflexões teóricas e assinalaram o possível uso inadequado do conceito de cultura. É provável que esse trabalho tenha funcionado como ponto de partida para uma observação mais próxima e, sobretudo, mais sistemática e organizada na área de administração acerca das relações entre antropologia e administração.

Ratificando a perspectiva de se observar resíduos e complementaridade entre administração e antropologia, Jaime Jr. (1996) realizou um estudo de campo em São Paulo, meca do business brasileiro, cujas preocupações variaram do entendimento da construção de representações entre administradores e antropólogos, à visão de mundo, método empregado e objetivos buscados pelos mesmos. Embora beba na mesma fonte, aparentemente Jaime Jr. (1996) esteve mais intencionado em estabelecer as diferenças entre administração e antropologia, remetendo o leitor à idéia da diferença de status existente entre elas. Sob esse aspecto em si, é inegável que do ponto de vista epistemológico a antropologia destaque-se diante da administração. O objeto de estudo da antropologia está muito mais próximo da unicidade do que o da administração - isso sem levar em consideração que alguns estudiosos até desconhecem ou pelo menos negam que a administração tenha de fato um objeto de estudo e caracterize-se de fato como ciência. Além disso, a tradição da pesquisa antropológica é maior e mais ampla, para não dizer mais universalmente aceita que a da administração. Como que sendo uma espécie de resposta, administradores brasileiros com larga experiência em estudos organizacionais publicaram recentemente um livro sobre cultura organizacional e cultura brasileira, organizado por

Motta e Caldas (1997). Nesse livro, onde busca-se compreender a cultura organizacional brasileira a partir da realidade cultural do país, evita-se uma análise direta da relação entre administração e antropologia. Pelo contrário, sem dedicar nenhum espaço significativo para tal análise, vai-se direto ao ponto central da questão em si: a cultura organizacional e brasileira. Naturalmente, a definição de resíduos e complementaridade entre áreas de conhecimento e/ou atuação científica, ajuda a sistematizar e organizar o conhecimento, evitando produções acadêmicas que mais obscurecem que esclarecem e, assim, mais atrapalham que ajudam. Entretanto, há que se assinalar, também, aspectos acadêmico-científicos e/ou didático pedagógicos que estejam imbricados nos resíduos e/ou na complementaridade entre tais áreas. É isso que se procura fazer nesse pequeno ensaio. 01. Por quê a opção de se estudar e debater exclusivamente a cultura dita empresarial? A Administração tem um escopo muito mais amplo que o restrito às grandes empresas. A realidade empresarial brasileira, por exemplo, é sabidamente composta por uma maioria absoluta de micro e pequenas empresas que empregam a maior parte da população economicamente ativa do país. Do ponto de vista da inserção cultural dos membros de tais organizações, e tomando-se como base a tradição dos estudos antropológicos, a Antropologia não pode eximir-se da

responsabilidade de conduzir estudos junto a tal categoria de organização empresarial. Ao fazer isso a Antropologia estará mais próxima da cultura e da realidade empresarial brasileira. 02. As empresas brasileiras, em qualquer categoria, refletem o processo de globalização pelo qual passa a economia mundial. Estudar a cultura empresarial em organizações brasileiras, sobretudo aquelas de atuação mercadológica mais ampla, é estudar a cultura gerencial relativa ao business internacional. Pois, independentemente de se tentar responder à pergunta clássica sobre se é a cultura empresarial que determina os objetivos da empresa ou se são os objetivos da empresa que determinam a cultura empresarial, não há como obscurecer o fato de que as ações organizacionais tendem a aproximar-se cada vez mais de um padrão global de sobrevivência (nichos de mercado, qualidade, redução de custos, etc.). 03. Como o objeto de estudo da administração mais aceitável é a ação organizacional, talvez seja mais relevante para os antropólogos estudarem a estrutura e o padrão cultural dessa ação. Assim, como decorrência, podem imprimir uma maior consistência à tentativa de criar uma tradição de estudos e reflexões acerca da cultura empresarial. Tal procedimento, se usado como método de ensino, por exemplo, pode tornar mais visível a composição da noção de cultura empresarial para

estudantes de administração. Ao se estabelecer os pressupostos, ou seja, as condições materiais, bem como as relações e interações sociais da ação organizacional (Figura 1), acredito que estar-se-ia mais próximo de uma explicação da cultura empresarial tendo como base o universo de referências de um estudante de administração. Ação Condições Materiais Comportamento Relações e Interações Sociais Valores Atitudes Figura 1 - Esquema gráfico para a ação organizacional 04. Se os trabalhos que tratam dos resíduos e complementaridade entre a administração e a antropologia abordam o caráter sinuoso da evolução da administração, é bom lembrar que isso reflete apenas o caráter complexo do próprio capitalismo, não sendo mérito apenas da teoria da administração - nesse sentido ela é mais produto e menos produtora. A crise ou a sinuosidade, aliás, não é de um paradigma em si. A crise, hoje, é ampla, geral e convida todas as áreas do conhecimento a refazerem os seus itinerários. Portanto, para desfrutar dessa visão crítica é

relevante assegurar que a administração continue sendo estudada por não-administradores, assim como tem sido desde a sua origem. 05. O debate que a antropologia pretende travar acerca da relação com a administração não deve ser feito de forma unilateral. Os antropólogos devem ter os administradores como seus melhores interlocutores em questões circunscritas à cultura empresarial. Assumir uma posição contrária a essa é lançar mão do argumento da autoridade científica, conforme lembra Demo (1989), como se apenas a Antropologia fosse legítima para desempenhar papel semelhante. 06. Não se trata de posicionar-se à distância, mantendo uma relação meramente crítica. Hoje em dia a antropologia faz parte da formação do administrador de empresas, assim como a matemática o faz. O que não deve acontecer, entretanto, é que os professores de antropologia teimem em falar apenas de "índios" para os estudantes de graduação em administração. Se a Antropologia anseia por delimitar fronteiras ou assinalar claramente o que são resíduos e o que é complementaridade, desembocando numa adequada utilização do conceito de cultura empresarial, entre outras coisas, cabe aos próprios cursos de pós-graduação em antropologia - seja antropologia social ou não -, ofertarem disciplinas apropriadas e dedicarem uma preocupação mínima à formação de professores capazes de estabelecer uma interface acadêmico-científica com a

administração, particularmente no que se refere à questão da cultura organizacional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. JAIME Jr., Pedro. Ligações perigosas: breves reflexões sobre as relações entre antropologia e administração. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 30, n. 4, p. 108-137, jul./ago. 1996. MOTTA, Fernando C. P. e CALDAS, Miguel P. (Orgs.) Cultura organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas, 1997. 325p. RUBEN, Guilhermo; SERVA, Maurício; e CASTRO, Marco Luiz de. Resíduos e complementaridade: das relações entre a teoria da administração e a antropologia. In: XIX ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO. João Pessoa. 1995. Anais... Organizações. v. 6. Rio de Janeiro, Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Administração, 1995. p. 205-217.