Maio 2017 1. APRESENTA EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em maio/17 apresenta acréscimo de 1,8% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de abril/17, registra variação negativa de 1,0%. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação positiva de 0,6% em relação ao mesmo período anterior. Apresentam-se na tabela a seguir os dados de carga, assim como seus valores ajustados, visando a exclusão dos efeitos de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga, como o efeito calendário (diferença no número de dias úteis), variações de temperatura diferentes das esperadas e perdas na Rede Básica. Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de fevereiro/17. Após os três primeiros meses do ano com taxas positivas e taxa negativa no mês de abril, a carga do SIN voltou a apresentar, em maio/17, taxa de variação positiva (1,6%) em relação ao mesmo período do ano anterior. Ressalta-se que o mês de maio/17 registrou maior número de dias úteis do que o mesmo mês do ano anterior e as temperaturas na região Sul foram superiores às de maio/16. O resultado da carga ajustada corrobora as afirmações acima, indicando que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 0,9% para a taxa de variação da carga em maio/17. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 1,1 ponto em maio de 2017, para 92,3 pontos, maior nível desde abril de 2014 (97,0 pontos). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) manteve-se constante em maio, em 74,7%, ficando ligeiramente acima do registrado em janeiro deste ano e sendo o maior nível deste indicador desde janeiro/16. Conforme divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o superávit da Balança Comercial em maio/17 foi o maior superávit mensal já registrado. Na comparação com maio de 2016, o saldo positivo apresentou um crescimento de 19%.
No mês, em relação a maio de 2016, cresceram as exportações de semimanufaturados (+16,4%) e básicos (+11,6%), enquanto retrocederam as vendas de produtos manufaturados (-1,2%). Entre os semimanufaturados, aumentaram as vendas de semimanufaturados de ferro e aço (+63,7%), açúcar em bruto (+46%), ferro fundido (+42,1%), celulose (+29%), madeira serrada (+22,5%) e couros e peles (+3,5%). Nos básicos, cresceram as vendas de milho em grão (+922,3%), petróleo em bruto (+94,2%), minério de cobre (+62,5%), minério de ferro (+17,5%), café em grão (+17,2%) e soja em grão (+7,7%). Nos manufaturados, caíram as vendas de motores e geradores elétricos (-22,5%) e polímeros plásticos (- 4,4%). Por outro lado, cresceram as vendas principalmente de tratores (+91,4%), laminados planos (+68,3%), açúcar refinado (+53,1%), e automóveis de passageiros (+53%), entre outros. O gráfico a seguir apresenta uma comparação entre as taxas de variação da Carga Verificada e da Carga Ajustada do SIN. O comportamento da carga de energia do SIN ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte.
2. SUBSISTEMA SUDESTE/CENTRO-OESTE Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a carga de energia verificada em maio/17 apresenta acréscimo de 1,1% em relação à carga observada no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de abril/17, verifica-se uma variação negativa de 2,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentou uma variação negativa de 0,4%, em relação ao mesmo período anterior. O modesto crescimento da carga do subsistema Sudeste/CO no mês de maio/17 é decorrente do fraco desempenho que a economia vem apresentando. Por outro lado, está influenciado pelo maior número de dias úteis em maio/17 relativamente ao mesmo mês do ano anterior. O resultado da carga ajustada corrobora essa afirmação, indicando que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 0,6% para a variação da carga em maio/17. O comportamento da carga de energia do Sudeste/Centro-Oeste ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte. 3. SUBSISTEMA SUL A carga de energia verificada em maio/17, no subsistema Sul, indica variação positiva de 3,2%, em relação à carga observada no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de abril/17, verifica-se uma variação negativa de 0,6%. No acumulado dos últimos 12 meses, o subsistema Sul apresentou variação positiva de 1,9%, em relação ao mesmo período anterior. A ocorrência, em maio/17, de temperaturas mais altas do que as verificadas no mesmo mês do ano anterior, associada ao efeito calendário já mencionado, contribuiu para o resultado da carga no subsistema Sul. A variação de 0,1% da carga ajustada, em relação ao mesmo período do ano anterior, demonstra que os fatores fortuitos contribuíram positivamente com 3,1% em maio/17. Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), o Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) em maio mostrou que a confiança, depois de um início de ano em ascensão, passa por um período de ajuste. O índice alcançou 55,6 pontos no mês, o que representou redução de 1,0 ponto na comparação com abril. Apesar disso, foi o maior patamar para o período desde 2010 (64,7
pontos), 13,5 pontos acima de maio de 2016. O comportamento da carga de energia do Sul ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte. 4. SUBSISTEMA NORDESTE No subsistema Nordeste, a carga de energia verificada em maio/17 indica acréscimo de 1,2% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. Com relação a abril/17, verifica-se uma variação negativa de 0,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Nordeste apresentou variação positiva de 3,0%, em relação ao mesmo período anterior. As fortes chuvas que atingiram a região, principalmente os estados de Pernambuco e Alagoas, nos últimos dias do mês de maio contribuíram para significativa redução da carga nesse período. A variação positiva de 1,0% na carga ajustada do subsistema Nordeste em maio/17, quando comparada a maio/16, demonstra que os fatores fortuitos contribuíram positivamente com apenas 0,2%, sendo o efeito calendário atenuado pela ocorrência de chuvas fortes no final do mês. O comportamento da carga de energia do Nordeste ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte.
5. SUBSISTEMA NORTE No subsistema Norte, o valor da carga de energia verificado em maio/17 indica crescimento de 5,2% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior. A carga ajustada apresentou também variação positiva de 5,0%. Com relação ao mês de abril/17, verifica-se uma variação positiva de 4,6%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Norte apresentou uma variação positiva de 0,7% em relação ao mesmo período anterior. O crescimento da carga do subsistema Norte está influenciado pela variação da carga de alguns consumidores livres da rede básica e pela baixa precipitação associada a temperaturas relativamente altas no período. O comportamento da carga de energia do Norte ao longo do ano pode ser observado no gráfico seguinte. (1) Carga Ajustada Os ajustes realizados de forma a excluir o efeito de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga são: Temperaturas atípicas. A carga ajustada é estimada utilizando as temperaturas típicas para a época do ano em cada subsistema e não as temperaturas efetivamente verificadas. Assim, em um mês excepcionalmente quente a carga ajustada é menor que a carga verificada, o oposto ocorrendo em um mês com temperaturas atipicamente amenas. Calendário. A carga ajustada é estimada usando um calendário normalizado. Isto permite compensar as variações no número de dias de carga normalmente baixa (sábados, domingos e feriados) ao longo dos meses, tornando os dados mais facilmente comparáveis. Perdas na rede básica. As perdas na rede básica são calculadas pelo ONS, decorrem da forma como o sistema é operado, e não têm qualquer implicação econômica. Por isso são excluídas da carga ajustada. Obs: O Boletim com os valores definitivos será disponibilizado no site do ONS.