Janeiro Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de janeiro/18.
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- Raíssa Alcântara Leveck
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1 Janeiro EVOLUÇÃO DA CARGA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL E SUBSISTEMAS 1.1. Sistema Interligado Nacional A carga de energia do SIN verificada em janeiro/18 apresenta variação positiva de 0,7% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. Com relação ao mês de dezembro/17, verifica-se uma variação positiva de 3,0%. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação positiva de 1,1% em relação ao mesmo período anterior. A Tabela 1, a seguir, apresenta os dados de carga, assim como seus valores ajustados, visando a exclusão dos efeitos de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga, como o efeito calendário (diferença no número de dias úteis), variações de temperatura diferentes das esperadas e perdas na Rede Básica. Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de janeiro/18. O comportamento da carga de energia é afetado diretamente pelo desempenho da economia, que vem apresentando sinais mais consistentes de recuperação. Após dois anos seguidos de queda na atividade econômica, e a se confirmar o resultado positivo do Índice (IBC-Br), divulgado pelo BC, que registrou uma expansão de 1,04% em 2017 na comparação com 2016, configura-se o fim da pior recessão da história do país. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas fechou janeiro de 2018 em 99,4 pontos, estável em relação ao mês anterior, quando havia registrado o maior nível desde janeiro de 2014 (99,6). Na métrica de médias móveis trimestrais, o ICI manteve a tendência de alta, ao avançar 1,2 ponto, para 98,8 pontos. Influenciado pela melhora dos indicadores que medem a satisfação com a situação atual, sustentada por fatores como a inflação baixa, recuperação gradual do mercado de trabalho e evolução da confiança dos consumidores, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas
2 avançou 0,2 ponto em janeiro, para 95,1 pontos, maior nível desde julho de 2014 (95,4). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu pelo quinto mês consecutivo (0,9 ponto). Assim como ocorreu com o ICI, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou estável entre dezembro e janeiro, em 74,7%, o maior desde dezembro de 2015 (75,0%). Na métrica de médias móveis trimestrais, o NUCI avançou 0,1 ponto percentual, também para 74,7%. Ressalta-se que nas duas primeiras semanas do mês de janeiro, a temperatura máxima diária nas principais capitais das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, registrou, em geral, valores inferiores aos observados no mesmo período do ano anterior. Contudo, esse comportamento se inverteu ao longo da terceira semana, com a elevação das temperaturas, principalmente nas regiões Sudeste e Centro- Oeste. O resultado da carga ajustada indica que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram negativamente com 0,7% para a taxa de crescimento da carga do SIN em janeiro/18. O Gráfico 1, a seguir, apresenta uma comparação entre as taxas de variação da Carga Verificada e da Carga Ajustada do SIN. O comportamento da carga de energia do SIN ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 2, a seguir.
3 1.2. Subsistema Sudeste/Centro-Oeste Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a carga de energia verificada em janeiro/18 apresentou uma variação positiva de 0,6% em relação à carga verificada no mesmo mês do ano anterior. Apesar da melhora de alguns indicadores da economia, a ocorrência de temperaturas amenas, inferiores às ocorridas no mesmo período do ano anterior, influenciou negativamente o desempenho da carga do subsistema Sudeste/Centro-Oeste em janeiro/18. O resultado da carga ajustada corrobora a afirmação acima indicando que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram negativamente com 0,7% para a taxa de crescimento da carga do Sudeste/Centro-Oeste em dezembro/17. Ressalta-se que avanços como o apresentado pelo indicador de confiança da indústria de janeiro, explicam uma parcela significativa do desempenho da carga desse subsistema, cuja carga demandada pelo setor industrial representa cerca de 60% da carga industrial do SIN. Com relação ao mês de dezembro/17, verifica-se uma variação positiva de 4,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentou uma variação positiva de 0,6%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sudeste/Centro-Oeste ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 3, a seguir Subsistema Sul A carga de energia verificada em janeiro/17 no subsistema Sul indica variação positiva de 0,3%, em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. Essa variação é explicada principalmente pela ocorrência de temperaturas inferiores às verificadas no mesmo mês do ano anterior. A variação positiva de 1,6% da carga ajustada, em relação ao mesmo período do ano anterior, corrobora a afirmação acima, demonstra que os fatores fortuitos contribuíram negativamente com 1,3% em dezembro/17.
4 O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), segue em alta em janeiro. Aumentou 0,9 ponto em relação a dezembro, alcançando 61 pontos, a sétima expansão consecutiva é o maior nível desde junho de Essa expansão é sustentada pela melhora gradual da economia, especialmente com a retomada da demanda interna, com a inflação e os juros em queda e o cenário externo favorável. Com 55,6 pontos, o Índice de Condições Atuais (ICA) revelou que os empresários perceberam melhora no cenário nos últimos seis meses. Em relação a dezembro/17, verifica-se uma variação positiva de 3,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Sul apresentou um crescimento de 2,4%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Sul ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 4, a seguir Subsistema Nordeste No subsistema Nordeste, a carga de energia verificada em janeiro/18 indica acréscimo de 0,4% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. No mês de janeiro/18, o comportamento da carga do subsistema Nordeste, é explicado, principalmente, pela redução temporária do consumo de um consumidor industrial conectado na Rede Básica. A variação positiva de 0,5% na carga ajustada do subsistema Nordeste em janeiro/18, quando comparada ao mesmo mês do ano anterior, demonstra que os fatores fortuitos contribuíram negativamente com apenas 0,1%. Com relação a dezembro/17, verifica-se uma variação nula. No acumulado dos últimos 12 meses, o Nordeste apresentou uma variação positiva de 0,6%, em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Nordeste ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 5, a seguir.
5 1.5. Subsistema Norte No subsistema Norte, o valor da carga de energia verificado em janeiro/18 indica uma variação positiva de 3,8% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior. A ocorrência temperaturas superiores às ocorridas no mesmo período do ano anterior, principalmente em Manaus e Belém, contribuíram para o desempenho da carga desse subsistema. A carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema Norte conectados à Rede Básica, que passou por expressiva contração ao longo dos últimos anos, mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de Com relação ao mês de dezembro/17, verifica-se uma variação negativa de 1,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Norte apresentou uma variação positiva de 2,4% em relação ao mesmo período anterior. O comportamento da carga de energia do Norte ao longo do ano pode ser observado no Gráfico 6, a seguir.
6 (1) Carga Ajustada Os ajustes realizados de forma a excluir o efeito de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga são: Temperaturas atípicas. A carga ajustada é estimada utilizando as temperaturas típicas para a época do ano em cada subsistema e não as temperaturas efetivamente verificadas. Assim, em um mês excepcionalmente quente a carga ajustada é menor que a carga verificada, o oposto ocorrendo em um mês com temperaturas atipicamente amenas. No momento o efeito da temperatura ainda não está sendo expurgado do Subsistema Norte. Calendário. A carga ajustada é estimada usando um calendário normalizado. Isto permite compensar as variações no número de dias de carga normalmente baixa (sábados, domingos e feriados) ao longo dos meses, tornando os dados mais facilmente comparáveis. Perdas na rede básica. As perdas na rede básica são calculadas pelo ONS, decorrem da forma como o sistema é operado, e não têm qualquer implicação econômica. Por isso são excluídas da carga ajustada. Obs: O Boletim com os valores definitivos será disponibilizado no site do ONS.
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