Anonáceas Annona cherimola Mill. Annona cherimola Mill. x Annona squamosa L. Annona muricata L. Annona squamosa L.

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Transcrição:

ISSN 2237-6666 V. 11 N.1 2013 Anonáceas Annona cherimola Mill. Annona cherimola Mill. x Annona squamosa L. Annona muricata L. Annona squamosa L. PROGRAMA DE ADESÃO VOLUNTÁRIA 9 772237 666007 > N O R M A S D E C L A S S I F I C A Ç Ã O

Classificação Garantia de transparência na comercialização O Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura, criado em 1997, por iniciativa das Câmaras Setoriais de Frutas e a de Hortaliças da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, é operacionalizado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP, desde a sua criação. É um programa de adesão voluntária e de auto regulamentação setorial que visa diminuir a fragilidade comercial do produtor e garantir a transparência na comercialização pela adoção de uma linguagem mensurável de descrição do produto na comercialização - as normas de classificação. A cartilha de classificação de Anonáceas é o nosso 37 lançamento. Algumas cartilhas como a do morango, do tomate e do pêssego já passaram por revisão e foram reeditadas. Já foram disponibilizadas, impressas ou em formato digital, normas de classificação para 18 frutas e 13 hortaliças. Frutas: abacaxi, anonáceas, banana, caqui, figo, goiaba, laranja, limão Tahiti, mamão, manga, maracujá azedo, melancia, melão, morango, pêssego e nectarina, tangerina, uva americana, uva européia. Hortaliças: alface, batata, berinjela, cebola, cenoura, chuchu, couve-flor, mandioquinhasalsa, pepino, pimentão, quiabo, tomate e vagem. A norma de classificação do repolho será o próximo lançamento do Programa Brasileiro para Modernização da Horticultura. Classificação é a separação do produto em lotes visualmente homogêneos e a sua descrição através de características mensuráveis, obedecendo a padrões préestabelecidos. Os lotes são caracterizados por grupo, classe e categoria. Rótulo Garantia de rastreabilidade O rótulo identifica o produto e o seu responsável. A rotulagem é obrigatória e regulamentada pelo Governo Federal. O rótulo deve conter a descrição do produto de acordo com as regras estabelecidas pelas normas de classificação. Produtor: Endereço: Takanole Muricata Sítio das Anonas Município: Águas de São Pedro Estado: CEP: Atemoia Thompson 13525-000 CNPJ: 074.642.201-20 IP: P-0454.101910-119 Localização Geográfica: 22 35'58.26"S 47 52'56.47"O Classe (peso médio do fruto): 320 g Número de frutos: 6 Categoria: Extra I X II SP N842 Ficha Catalográfica Normas de Classificação Normas de Classificação Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura. - v. 1, n. 1 (2003-). São Paulo: PBMH, 2003- Data da embalagem: Peso Líquido: 16/03/2013 1,9 kg Número do lote: L01 v. 11, n. 1, jan./jun. 2013 8 p. :il. ; 30 cm. Semestral ISSN 2237-6666 1. Classificação - Normas. 2. Padronização. I. Título. Design: Lisandro Michel Barreiros Ilustrações: Bertoldo Borges Filho Fotos: Helio Satoshi Watanabe Centro de Qualidade em Horticultura - CEAGESP Tel.: (11) 3643-3825 / 3643-3827 e-mail: cqh@ceagesp.gov.br Tiragem: 15.000 - Distribuição gratuita Data de publicação: Março de 2013 CDU 635.05 ( 01) 97898357410018( 13) 130316( 3100) 000002( 10) 01 Identificação de produtos e logística O código de barras é fundamental para a captura dos dados e automação do processo. A GS1 Brasil, organização que administra o código de barras no Brasil, coordena o grupo de FLV (frutas e hortaliças) com o objetivo de padronizar a identificação destes produtos e

implantar sistemas de rastreabilidade, melhorando significativamente a precisão e a velocidade de acesso às informações sobre a produção e a origem dos alimentos. Na identificação de frutas e hortaliças é possível utilizar o GS1 DataBar, bem menor que os atuais códigos de barras, que pode carregar além da identificação do produto, muito mais informações como lote e data de validade. Para identificação logística, o padrão GS1 disponibiliza o GS1-128. É uma codificação que permite informações adicionais como número de lote, data de validade, quantidade, número de pedido do cliente, etc. Conheça mais sobre o código e suas aplicações www.gs1br.org. Grupo Organização por espécie Existem diferentes espécies da familia botânica Annonaceae. As anonáceas mais comercializadas são: Atemoia - resultado da hibridação entre as espécies Annona cherimola Mill. x Annona squamosa L., Cherimoia - Annona cherimola Mill., Graviola - Annona muricata L. e Pinha Annona squamosa L. Classe Garantia de homogeneidade de tamanho A classe caracteriza o tamanho dos frutos e garante a sua homogeneidade visual na e m b a l a g e m. O t a m a n h o d o f r u t o é caracterizado pelo peso médio dos frutos na caixa e pelo número de frutos contidos numa caixa de peso líquido conhecido. A garantia da homogeneidade visual de tamanho exige uma tolerância máxima de 10% de variação dos pesos do maior e do menor fruto da caixa, em relação ao peso médio dos frutos na caixa. A informação do peso médio e do número de frutos contidos na embalagem é obrigatória no rótulo. Categoria Garantia de padrão mínimo de qualidade A categoria caracteriza a qualidade do lote, que determina a sua competitividade no m e r c a d o, o s e u m e l h o r n i c h o d e c o m e r c i a l i z a ç ã o e a s a t i s f a ç ã o d o consumidor. O parâmetro de diferenciação da qualidade é o limite de tolerância de cada categoria aos defeitos muito graves, graves e leves. Limite de tolerância aos defeitos muito graves, graves e leves, por categoria, em % dos frutos do lote. Defeito Categoria Extra I II Atemoia Cherimoia Muito Graves 0 1 5 Graves 0 3 100 Graves e muito graves 0 3 100 Leves 5 20 100 Injúria por frio 0 100 100 Total 5 100 100 Graviola Pinha

Defeitos muito graves Os defeitos muito graves inviabilizam o consumo e a comercialização. Os frutos com defeitos muito graves devem ser descartados pelo produtor no momento do embalamento. São defeitos muito graves: defeito muito grave de polpa, imaturo, passado e podridão. Defeitos graves Os defeitos graves prejudicam o consumo e a comercialização. São defeitos graves: dano mecânico grave, defeito grave de casca, defeito grave de formação e defeito grave de polpa. Os frutos com defeitos graves não devem ser enviados para comercialização in natura. Defeito muito grave de polpa Dano mecânico grave Imaturo Defeito grave de casca Passado Defeito grave de formação Podridão Defeito grave de polpa

Defeitos leves Os defeitos leves depreciam o produto e prejudicam a sua comercialização. São defeitos leves: dano mecânico leve, defeito leve de casca, defeito leve de formação e injúria por frio. Glossário Dano mecânico leve Defeito leve de casca Defeito leve de formação Injúria por frio Vocabulário Classificação: comparação dos atributos do produto com os padrões pré-estabelecidos, de maneira clara e mensurável. O julgamento obtido d e s s a c o m p a r a ç ã o p e r m i t e f a z e r o enquadramento do produto em grupo, classe, categoria e uma interpretação única do tamanho e da qualidade do lote. Padrão: modelo estabelecido em função dos limites dados aos atributos do produto. Os padrões servem como ponto de referência ou modelo para a avaliação do grau de semelhança ou de afastamento em relação a outros exemplares do mesmo produto. P a d r o n i z a ç ã o : O p r o d u t o a g r í c o l a é caracterizado por uma série de atributos quantitativos e qualitativos. Os quantitativos referem-se ao seu tamanho e os qualitativos à sua forma, turgidez, coloração natural, grau de maturação, sinais de danos mecânicos, fisiológicos, de pragas, presença de resíduos de produtos químicos e de sujidades. A padronização pode abranger além do produto, a sua embalagem, terminologia, apresentação, identificação e outros aspectos. Defeito: alteração das características do produto, por fatores de natureza patológica, fisiológica, mecânica, que compromete a qualidade e causa a perda do seu valor comercial. Os defeitos são caracterizados de acordo com sua gravidade e intensidade de ocorrência em muito graves, graves e leves. Dano mecânico: dano por impacto ou compressão, considerado grave quando provoca o rompimento da casca, atingindo a polpa do fruto e leve quando não atinge a polpa. Defeito de casca: alteração na casca da fruta que não atinge a polpa e que não permite a visualização da cor da casca do fruto. A proporção da área afetada da superfície do fruto define a gravidade do defeito, que será grave quando a área com defeito for superior ou mais evidente que a área não afetada pelo defeito. Defeito de formação: alteração do formato do fruto que pode ser grave ou leve. Será grave quando atingir as duas extremidades do fruto e leve quando atingir uma só parte do fruto. Defeito de polpa: alteração ou deterioração da polpa, considerada muito grave quando causada por ataque de broca da polpa ou da semente, visível pela ocorrência de galerias, escurecimento e deterioração da polpa e grave na ocorrência de pontos escuros e duros (empedramento). Injúria por frio: escurecimento da casca por exposição a temperaturas baixas na produção e que não afeta a polpa. É defeito leve. Imaturo: fruto colhido antes do ponto correto de maturação e que não consegue atingir no ponto de consumo o conteúdo mínimo de sólidos solúveis de 13 Brix na graviola e 22º Brix na atemoia, na pinha e na cherimoia. Passado: fruto que apresenta estágio avançado de maturação ou senescência, apresentando perda de firmeza da polpa e odor característico. Podridão: dano patológico e ou fisiológico que implique em deterioração da polpa ou da casca.

Produção Integrada de Anonáceas O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos o Programa de Produção Integrada Agropecuária PI Brasil, que visa a adoção pelo produtor do melhor sistema agronômico de produção, colheita e pós-colheita, o seu atendimento às exigências legais de respeito ao meio ambiente e ao trabalhador e de garantia da qualidade e da segurança do produto. As Normas Técnicas Específicas NTE são o resultado da parceria entre pesquisa, extensão, ensino e produtores rurais e dos recursos disponibilizados pelo MAPA. A sua obediência garante além de um produto diferenciado, a redução dos custos de produção e maior rentabilidade para o produtor. A NTE da Produção Integrada de Anonáceas está sob a coordenação do Comitê de Produção Integrada de Anonáceas, composto por técnicos de universidades, instituições de pesquisa, extensão e de mercado. O s i n t e r e s s a d o s p o d e m p r o c u r a r a Coordenadoria Geral de Sistemas de Proteção e Rastreabilidade da Secretaria de D e s e n v o l v i m e n t o A g r o p e c u á r i o e Cooperativismo do MAPA no telefone ( 6 1 ) 3 2 1 8-3 2 9 0 o u n o e - m a i l producaointegrada@agricultura.gov.br. Anonáceas Algumas considerações Anonácea é o nome genérico das plantas da família botânica Annonaceae, que abrange cerca de 120 gêneros e 2.300 espécies. As suas espécies comestíveis mais conhecidas e de maior importância econômica são a graviola (A. muricata L.), a pinha, ata ou fruta-do-conde (A. squamosa L.), a cherimoia (A. cherimola Mill.) e a atemoia (híbrido de A. cherimolia x A. squamosa). Elas produzem frutos aromáticos, de sabor agradável, açucarados e ligeiramente ácidos, com grande aceitação pelo consumidor. As estimativas de área de produção do IBGE mostram 5.000 hectares de graviola (BA), 8.000 de pinha (BA, PE, AL) e 2.000 de atemoia (SP e MG). Não existe registro da produção ou da área de cherimoia nas estatísticas de produção agrícola publicadas pelo IBGE. A comercialização das anonáceas, registrada pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado - PROHORT, mostra concentração em duas grandes ceasas brasileiras - CEAGESP (61%) e Ceasa do Rio de Janeiro (29%). O volume de anonáceas na Ceasa de São Paulo está crescendo 27% entre 2007 e 2012, quando alcançou 6.400 toneladas. A principal espécie comercializada é a atemoia (54%), seguida pela pinha (41%) e pela graviola (5%). As outras anonáceas têm volume pequeno e não são registradas pelo Sistema de Informação e Estatística de M e r c a d o d a C E A G E S P. E l a s s ã o comercializadas por 99 atacadistas e três estados dominam a sua oferta: Bahia (39%), São Paulo (30%) e Minas Gerais (29%). Existe grande diferenciação de valor por tamanho e por qualidade na venda do atacado para o varejo. Estudos da comercialização da atemoia na ceasa de São Paulo mostram 100% de diferença de valor entre o tamanho mais e o menos valorizado e 51% de diferença de valor por qualidade entre lotes de maior e menor valor do mesmo tamanho. As maiores causas de diferenciação de valor são, em ordem de importância, baixa homogeneidade de tamanho entre as frutas da mesma caixa, ocorrência de defeito de casca, colheita do fruto imaturo, ocorrências de defeito mecânico, defeito de polpa e baixa sanidade. O sucesso das anonáceas exige um grande investimento em pesquisa agronômica. Um levantamento preliminar feito na CEAGESP mostrou que a ocorrência de encaroçamento ou empedramento da polpa é muito comum, tendo sido observado em 27 % das 282 frutas de atemoia avaliadas entre julho de 2012 e março de 2013. É impossível determinar a sua ocorrência sem abrir o fruto. É preciso investir na determinação das suas causas na sua prevenção. O frio na produção e a utilização da refrigeração causam o desenvolvimento de pontos escuros e manchas na casca, que desvalorizam muito o fruto e impedem a utilização da refrigeração na conservação da fruta. A ocorrência de rachaduras no pedúnculo e no fruto e o desprendimento da casca na pós-colheita são fenômenos que precisam ser compreendidos e resolvidos. Um outro grande desafio é a previsão da doçura da fruta no consumo, a medida da sua doçura potencial na colheita e durante o processo de comercialização.

Morfologia O nome certo para cada parte das anonáceas Araticum, Ata, Cabeça de Negro, Coração de Rainha, Fruta de Condessa, Fruta do Conde, Attes, Attiei, Cachiman, Catoche, Custard Apple, Guanabara, Huanaba, Sanaralla, Sour Apple, Zuurzak, Atemoia, Cherimoia, Pinha e Graviola são algumas das denominações das anonáceas no Brasil e no mundo. Os frutos das espécies comestíveis da família botânica Anonaceae são do tipo carnoso composto, sincárpico ou gomocarpelar, resultado da fecundação de uma inflorescência, com flores muito próximas uma das outras, dispostas em torno de um eixo. Eles são frutos com alto conteúdo de amido, que se transforma em açúcar com o amadurecimento. Uma fruta suculenta e saborosa exige colheita no ponto certo, após o seu desenvolvimento completo. Pedúnculo Sutura Casca Carpelo Semente Base Polpa Eixo Carpelo Ápice

PATROCÍNIO (11) Produção Integrada de Anonáceas - Processo 403363/2008-0 - CNPq/MAPA/EMBRAPA (11) 3643-8723 frutasprevitali@terra.com.br Via Pomme O Caminho da Qualidade www.facebook.com/viapomme APOIO A S S O C I A Ç Ã O B R A S I L E I R A D E PRODUTORES DE ANONÁCEAS Atemoia, Cherimoia, Pinha e Graviola