1. O processo legislativo compreende a elaboração, entre outros, de propostas de emenda à Constituição, projetos de lei complementar, projetos de lei

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PL 5067/2013 Projeto de Lei

Transcrição:

1. O processo legislativo compreende a elaboração, entre outros, de propostas de emenda à Constituição, projetos de lei complementar, projetos de lei ordinária e projetos de resolução. 2. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos e resoluções. 3. Nos termos de um mandamento expresso na Constituição, uma lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 4. O STF admite a legitimidade do parlamentar e somente do parlamentar para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo. 5. A Constituição poderá ser emendada, exclusivamente, mediante proposta de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do Presidente da República; de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 6. De acordo com o entendimento do STF, o início da tramitação de proposta de emenda à Constituição no Senado Federal está em desacordo com o disposto no art. 60, I, da CF. 7. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, isto é, as chamadas limitações formais ao poder constituinte reformador. 8. O projeto de emenda à Constituição será discutido e votado em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovado se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros, e será promulgado pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 9. As limitações materiais ao poder constituinte reformador abrangem a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias individuais. 10. A matéria constante proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, o que também se aplica ao substitutivo rejeitado, o qual, de acordo com o STF, é uma subespécie do projeto originariamente proposto, incidindo, em ambos os casos, o princípio da irrepetibilidade. 11. A iniciativa das proposições legislativas cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador- Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 12. Compete ao Presidente da República fixar ou modificar os efetivos das Forças Armadas mediante decreto.

13. A criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração pode se operar mediante projeto de lei de iniciativa parlamentar. 14. São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração da União e dos Territórios. 15. As leis de organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como as normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, são de iniciativa concorrente do Presidente da República, do Procurador-Geral da República e do Defensor Público- Geral Federal. 16. A criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, bem como militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva são matérias reservadas a lei de iniciativa do Presidente da República. 17. Conforme o entendimento do STF, a sanção do projeto supre a falta de iniciativa do Poder Executivo. 18. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 19. O STF somente admite o exame jurisdicional dos requisitos de relevância e urgência na edição de medida provisória em casos excepcionalíssimos, em que a ausência desses pressupostos seja evidente. 20. As limitações materiais aplicáveis às medidas provisórias abrangem a disposição sobre nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; direito penal, processual penal e processual civil; organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvada a abertura de créditos extraordinários. 21. A revogação da medida provisória por outra apenas suspende a eficácia da norma ab-rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste para apreciação, caso caduque ou seja rejeitada a medida provisória ab-rogante. 22. Em casos excepcionais, admite-se a edição de medida provisória que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro. 23. É vedada a edição de medida provisória sobre matéria reservada a lei complementar ou já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 24. Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, em qualquer hipótese, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

25. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável uma vez, por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por resolução, as relações jurídicas delas decorrentes. 26. O prazo de vigência das medidas provisórias é suspenso durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. 27. A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias independerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. 28. Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas. 29. A vigência de medida provisória poderá ser prorrogada, sucessivamente, pelo prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, até que a sua votação seja encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. 30. As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal, alternativamente. 31. Conforme o entendimento assentado pelo STF, é indispensável o parecer da comissão mista de Deputados e Senadores designada para examinar as medidas provisórias, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 32. É vedada a reedição, na mesma legislatura, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 33. Em qualquer hipótese, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 34. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. 35. Somente é vedado o aumento de despesa, mediante emenda parlamentar, na hipótese de projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República e nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. 36. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores poderão ter início na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal. 37. O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de quaisquer projetos de seu interesse. 38. Na hipótese de solicitação de urgência constitucional, caso a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas

da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. 39. Na tramitação em regime de urgência constitucional, a apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias úteis. 40. O Presidente da República poderá, excepcionalmente, solicitar a aplicação o regime de urgência constitucional aos projetos de código. 41. Os projetos de lei serão sempre submetidos a um só turno de votação e discussão, em ambas as casas do Congresso Nacional. 42. O retorno do projeto de lei à Casa iniciadora só é necessário na hipótese de a emenda parlamentar introduzida pela Casa revisora acarretar modificação no sentido da proposição jurídica. 43. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que o sancionará no prazo de quinze dias úteis, sob pena de crime de responsabilidade. 44. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso, de alínea ou de item. 45. Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção tácita do projeto de lei. 46. O veto será apreciado em sessão unicameral, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. 47. Esgotado sem deliberação o prazo de trinta dias, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições das duas Casas, até sua votação final. 48. Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República, que terá o prazo de vinte e quatro horas para fazê-lo. 49. A aplicação da regra da preclusão ao processo legislativo impede a retratação do veto aposto pelo Presidente da República a projeto de lei. 50. A matéria constante de projeto de lei rejeitado ou havido por prejudicado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. 51. O presidente da República, sob pena de ofensa ao princípio da separação de poderes e de transgressão à integridade da ordem democrática, não pode valer-se de medida provisória para disciplinar matéria que já tenha sido objeto de projeto de lei anteriormente rejeitado na mesma sessão legislativa. 52. O postulado da irrepetibilidade não impede o presidente da República de submeter, à apreciação do Congresso Nacional, reunido em convocação extraordinária, projeto de

lei versando, total ou parcialmente, a mesma matéria que constitui objeto de medida provisória rejeitada pelo Parlamento, em sessão legislativa realizada no ano anterior. 53. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional, sendo lícita a subdelegação aos Ministros de Estado ou ao Advogado-Geral da União. 54. Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal e a matéria reservada à lei complementar. 55. É vedado às leis delegadas tratar de matéria relativa a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros. 56. É vedado às leis delegadas tratar de matéria relativa a nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; direito penal, processual penal e processual civil; planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento. 57. A delegação legislativa ao Presidente da República terá a forma de resolução do Senado Federal, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 58. O ato autorizativo da delegação legislativa poderá determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, que a fará em votação única, admitindo-se a apresentação de emendas de redação. 59. As leis complementares serão aprovadas pelo voto da maioria absoluta dos presentes.