MOTIVAÇÕES E ATITUDES QUANTO AO CONSUMO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS EM BELO HORIZONTE-MG

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Transcrição:

MOTIVAÇÕES E ATITUDES QUANTO AO CONSUMO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS EM BELO HORIZONTE-MG Luísa Mol Senna Andrade- Bolsista de Iniciação Científica Michele Corrêa Bertoldi-Orientadora DEALI/ENUT/UFOP

Alimentos orgânicos no Brasil Crescimento do mercado: 20% ao ano Brasil é o segundo maior produtor de alimentos orgânicos certificados (FAOSTAT). Políticas públicas governamentais e incentivos ao consumo pela legislação nacional - Programa de Desenvolvimento da Agricultura Orgânica (Pró-Orgânico) MAPA (2003) - Lei Federal 11.974 (2009) -Merenda Escolar na rede pública

Por que conhecer o consumidor? Direcionar as políticas públicas governamentais; Verificar a necessidade e o tipo de informações a serem disponibilizadas aos consumidores; Previsões de demanda de mercado; Direcionar o mercado às expectativas e necessidades do consumidor de modo a estimular o consumo e promover a expansão do mercado; Conhecer os fatores que motivam ou limitam o consumo dos produtos e são importantes para a decisão de compra

OBJETIVO GERAL Caracterizar o mercado consumidor de alimentos orgânicos na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais

OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Caracterizar o perfil socioeconômico dos consumidores de alimentos orgânicos; - Avaliar a percepção e o conhecimento sobre alimentos orgânicos; - Identificar o comportamento e as atitudes destes consumidores; - Identificar as principais motivações e limitações em relação ao consumo de alimentos orgânicos.

MATERIAL E MÉTODOS - Pesquisa descritiva direta e estruturada (survey); - Entrevistas com consumidores de frutas e hortaliças orgânicas em supermercados e feiras de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, em julho/agosto de 2011; - Amostra: n= 400 (nível de confiança de 95%, margem de erro de 4,9% e variabilidade máxima de 50%); - Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (SISNEP/CAAE 2011 0069.0.238.000-10). - Análise descritiva; programa estatístico IBM SPSS versão 19.0 (licenciado).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

PERFIL SOCIOECONÔMICO Sexo Faixa etária Masculino Feminino 25-30 31-40 41-50 acima de 51 Estado civil Solteiro União estável Divorciado/viúvo Escolaridade Até 2º grau completo Superior completo Pós-graduação Profissão Func. público Func. empresa privada Autônomo Dona de casa Outros Renda Familiar 6 a 9 SM 9 a 12 SM 12 a 18 SM 18 a 21 SM Acima de 21 SM N filhos Nenhum Um Dois Três ou mais 3,7% 9,7% 10,5% 8,2% 16,7% 18,5% 18,7% 24,0% 20,8% 28,3% 12,0% 24,0% 9,0% 15,1% 17,4% 19,2% 33,3% 16,8% 19,7% 30,3% 33,2% 40,3% 50,5% 62,8% 76,0% 81,3% Mulheres; Idade acima de 31 anos União estável; Grau de escolaridade e renda familiar elevados; Filhos, com idade até 18 anos (65,5%) Figura 1- Perfil socioeconômico dos consumidores de alimentos orgânicos em Belo Horizonte.

COMPORTAMENTO E ATITUDES 88,3% dos entrevistados mostraram interesse moderado a grande no consumo; A maioria (80,5%) praticava atividade física ; Metade deles (49,2%) já fizeram/faziam algum tipo de dieta ou receberam/recebiam orientações nutricionais; Apenas 8,3% deles tinham algum tipo de restrição alimentar; Para a maioria (98,8%) dos entrevistados, não houve um evento decisivo que os levou a consumir alimentos orgânicos; Em se tratando de alimentos orgânicos, a maioria (83,8%) só consumia frutas e hortaliças.

COMPORTAMENTO E ATITUDES Frutas e hortaliças orgânicas mais consumidas em Belo Horizonte Tabela 1- Distribuição de frequência relativa de frutas e hortaliças orgânicas consumidas com maior frequência em Belo Horizonte. Frutas Frequência relativa (%) Hortaliças Frequência relativa (%) Banana 46,5 Alface 69,3 Tomate 12,5 Couve 15,3 Morango 12,3 Brócolis 7,0 Laranja 10,8 Almeirão 3,3 Maçã 7,5 Salsa 1,5 Limão 5,5 Acelga 1,5 Uva 2,3 Cebolinha 1,0 Outros alimentos orgânicos consumidos além de frutas e hortaliças Grãos, cereais e derivados 21,5% Derivados de hortaliças 1,5% Produtos apícolas 9,2% Derivados de frutas 67,8% Figura 2- Distribuição de frequência relativa de outros alimentos orgânicos consumidos com maior frequência, além de frutas e hortaliças orgânicas.

COMPORTAMENTO E ATITUDES Frequência de consumo de frutas e hortaliças orgânicas Elevada Uma a duas vezes no mês 1,3% Todos os dias 5,3% Uma a duas vezes na semana 41,5% Quatro a cinco vezes na semana 51,9% Figura 3 Frequência relativa de consumo de alimentos orgânicos pelos consumidores, em Belo Horizonte, M.G. A maioria (81,5%) considerou a frequência de consumo SATISFATÓRIA.

Frequência relativa (%) COMPORTAMENTO E ATITUDES Período de consumo de alimentos orgânicos 40 35 30 25 20 15 10 5 0 45,5% 1 mês 6 meses 1 a 2 anos 3 a 4 anos 5 a 10 anos Há mais de 10 anos 59,0% Tempo de consumo Figura 4 Distribuição de frequência relativa do tempo de consumo de alimentos orgânicos pelos consumidores, em Belo Horizonte, M.G.

COMPORTAMENTO E ATITUDES Atitudes no momento da compra de um alimento orgânico A maioria (67,5%) NÃO tinha hábito de ler o rótulo dos alimentos Para a minoria (32,5%) que lia o rótulo dos alimentos... Tabela 2- Distribuição de frequência relativa da informação que deve estar presente no rótulo dos alimentos de modo a determinar a sua compra pelo consumidor Informação essencial para a decisão de compra Frequência relativa (%) Informações de benefícios à saúde 26,9 Selo de certificação 17,7 Presença de nutrientes adicionais ou em maior quantidade 15,4 Marca 14,6 Valor calórico 13,1 Origem do produto 7,7 Selo de qualidade 3,1 Ausência ou redução de constituintes específicos 1,5

Frequência relativa (%) COMPORTAMENTO E ATITUDES Atitudes no momento da compra de um alimento orgânico Uma parcela significativa (42,5%) preferia adquirir o alimento orgânico, mesmo que sua qualidade fosse inferior à do produto convencional, em termos de cor, aparência e textura. PREÇO DO PRODUTO 60 50 40 30 20 10 0 Nada a mais 10% a 20% a mais 30% a 40% a mais 50% a 60% a mais compra a qualquer preço Preço máximo pago pelo consumidor Figura 5 Distribuição de frequência relativa dos preços máximos pagos pelo consumidor por alimentos orgânicos em relação àqueles pagos em alimentos convencionais.

FORMA DE AQUISIÇÃO COMPORTAMENTO E ATITUDES Atitudes no momento da compra de um alimento orgânico Tabela 3- Distribuição de frequência relativa da forma de aquisição de frutas e hortaliças orgânicas pelos consumidores. Forma de aquisição de frutas e hortaliças orgânicas Frequência relativa (%) Compra direta do produtor 7,8 No local de venda; gostaria de receber em casa e pagaria pelo serviço de entrega 19,5 No local de venda; gostaria de receber em casa, mas NÃO pagaria pelo serviço 72,8 Entrega em domicílio,com pagamento pelo serviço de entrega 0,0 Entrega em domicílio, sem pagamento pelo serviço de entrega 0,0 Oportunidade de mercado!!!!

COMPORTAMENTO E ATITUDES Atitudes no momento da compra de um alimento orgânico LOCAL DE COMPRA Feiras ou locais específicos de venda desse produto 69,9% Grandes supermerca dos 14,8% Mercados de médio o pequeno porte 15,3% Figura 6 Distribuição de frequência relativa dos locais de compra utilizados pelo consumidor de alimentos orgânicos em Belo Horizonte, M.G.

COMPORTAMENTO E ATITUDES Principais razões para a escolha do estabelecimento Tabela 5- Distribuição de frequência relativa da principal razão para a escolha do estabelecimento pelos consumidores. Principal razão para a escolha do estabelecimento Frequência relativa (%) Facilidade de acesso 29,5 Costume 18,3 Oferece maior variedade de produtos orgânicos 15,0 Comodidade 9,8 Confiança no estabelecimento 9,0 Produtos orgânicos de melhor qualidade 8,3 Preço mais acessível 5,5 Melhores condições higiências do estabelecimento 3,0 Falta de opção 1,3 Compra para agradar o dono 0,5

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO Conhecimento sobre o conceito de alimento orgânico Sem produtos químicos 14,5% Mais saudáveis 0,5% Natural 12,0% Sem conservantes 2,3% Sem agrotóxico ou pesticida 69,7% Plantio diferenciado 1,0% Figura 7 Distribuição de frequência relativa das definições fornecidas pelos consumidores sobre alimento orgânico.

100,0% 80,0% 60,0% 40,0% CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO Percepção sobre o cultivo orgânico quando comparado ao convencional 75,0% 86,0% Não são usados Encontrados em menor quantidade Encontrados em quantidade igual ou superior Desconhece a informação 20,0% 0,0% 13,3% 10,0% 13,0% 1,8% 0,0% Organismos Geneticamente Modificados Produtos químicos sintéticos * 1,0% Figura 8 Distribuição de frequência relativa da percepção dos consumidores sobre o uso de organismos geneticamente modificados e produtos químicos sintéticos em alimentos orgânicos quando comparados aos convencionais.* Defensivos agrícolas, agrotóxicos e pesticidas

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO Percepção sobre o cultivo orgânico quando comparado ao convencional 60,0% 40,0% 38,8% 47,5% (A) 51,8% 30,5% (B) 20,0% 13,8% 0,0% 16,5% 1,3% 0,0% Não polui o meio ambiente Polui menos Polui igualmente ou mais Desconhece a informação Pequeno produtor Grandes produtores Ambos os pequenos e grandes produtores Desconheço esta informação Figura 9 Distribuição de frequência relativa da percepção dos consumidores sobre A) o impacto da agricultura orgânica ao meio ambiente e B) dos maiores beneficiados pelo sistema orgânico, em relação ao sistema convencional.

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO Percepção sobre o cultivo orgânico quando comparado ao convencional 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% 4,5% 82,0% 0,5% 12,3% 0,8% Igual Maior Menor Pode ser maior, igual ou menor Desconheço esta informação TODOS acreditam nos benefícios à saúde advindos de alimentos orgânicos A MAIORIA (98,8%) já percebeu melhoria considerável em sua saúde Figura 10 Distribuição de frequência relativa da percepção dos consumidores sobre o nível de nutrientes em alimentos orgânicos quando comparados ao dos convencionais.

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO Formas utilizadas para identificação dos alimentos orgânicos pelos consumidores no momento da compra Produtor 13,5% Preço 16,5% Selo de certificação 7,5% Marca 2,5% Tipo de embalagem 0,8% Local da compra 59,2% Figura 11 Distribuição de frequência relativa das formas utilizadas pelos consumidores para identificar os alimentos orgânicos.

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO Conhecimento sobre a existência do selo de certificação em alimentos orgânicos Frutas e hortaliças orgânicas Outros produtos orgânicos 76,0% 50,5% 26,3% 23,3% 16,3% 7,8% Apresentam selo Não apresentam selo Não sabe; não conhece o selo Figura 12 Distribuição de frequência relativa do conhecimento sobre a existência de selo de certificação em frutas e hortaliças orgânicas e outros alimentos orgânicos pelos consumidores, em Belo Horizonte, M.G.

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO Disponibilidade, oferta e variedade de alimentos orgânicos no mercado em Belo Horizonte,M.G. A maioria (86,8%) considerou a disponibilidade de estabelecimentos que comercializam alimentos orgânicos SATISFATÓRIA; A maioria (84,3%) considerou a oferta de alimentos orgânicos REGULAR; A maioria (92,8%) classificou a variedade de alimentos orgânicos disponibilizadas no mercado como GRANDE a MODERADA;

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO Volume, acesso, tipo e confiabilidade dos meios de comunicação TELEVISÃO (70,0%), INTERNET (18,0%) e MATERIAL ACADÊMICO (7,0%) foram apontados como os meios de comunicação mais utilizados; Cerca da metade (53,0%) considerou o acesso a informações sobre alimentos orgânicos SUFICIENTE; A maioria (85,8%) mostrou confiança PLENA a RAZOÁVEL nos meios de comunicação; A maioria (60,5%) considerou o volume de informações SATISFATÓRIO;

MOTIVAÇÕES PARA O CONSUMO CONSCIÊNCIA AMBIENTAL: Influência da sustentabilidade do sistema de cultivo orgânico na decisão de compra 60,0% 40,0% 32,3% 40,3% A sustentabilidade influencia na decisão de compra Não leva o fato em consideração Nunca refletiu sobre o assunto Outros fatores mais importantes são considerados 27,0% 20,0% 0,5% 0,0% Figura 13 Distribuição de frequência relativa da influência da sustentabilidade do sistema de cultivo orgânico na decisão de compra.

MOTIVAÇÕES PARA O CONSUMO Principais razões para o consumo de alimentos orgânicos 40,0% 37,8% 22,5% Preocupação com a saúde Maior conteúdo de nutrientes Sabor mais pronunciado A novidade é principal motivação Comodidade, facilidade Melhor qualidade 20,0% 0,0% 15,0% 10,0% 8,9% 5,8% Figura 14 Distribuição de frequência relativa da principal razão para o consumo de alimentos orgânicos. A contribuição para preservação ambiental e para ajudar os pequenos produtores NÃO foram mencionadas por NENHUM dos consumidores entre as TRÊS principais razões de consumo!!!

LIMITAÇÕES PARA O CONSUMO Principais dificuldades para a compra de frutas e hortaliças orgânicas Tabela 6 - Distribuição de frequência relativa da principal dificuldade encontrada para a compra de frutas e hortaliças orgânicas. Principal dificuldade para compra de frutas e hortaliças orgãnicas Frequência relativa (%) Preço elevado 47,5 Baixa qualidade 16,0 Oferta irregular 14,5 Pouca disponibilidade de tempo para a compra 7,5 Dificuldade de acesso ao estabelecimento de venda 7,5 Baixa disponibilidade de estabelecimentos para a compra 6,8 Não encontra dificuldades 0,2

LIMITAÇÕES PARA O CONSUMO Fatores que limitam a compra de outros alimentos orgânicos, além de frutas e hortaliças 83,5% dos entrevistados (não consomem outros alimentos orgânicos além de frutas e hortaliças) Tabela 7 - Distribuição de frequência relativa da principal razão pela qual os entrevistados não consomem outros alimentos orgânicos além de frutas e hortaliças. Principal fator que limita a compra de outros alimentos orgânicos Frequência relativa (%) Preço muito elevado 64,7 Falta de interesse 18,6 Qualidade inferior dos alimentos orgânicos ofertados 10,5 Outro motivo 4,2 Baixa variedade dos alimentos 1,2 Falta de confiabilidade de que o alimento seja realmente orgânico 0,6 Distância entre a residência e os locais de venda é elevada 0,3

LIMITAÇÕES PARA O CONSUMO Razões para a insatisfação quanto à frequência de consumo 16,5% dos entrevistados estão insatisfeitos Outros 13,6% Baixa qualidade dos alimentos 25,8% Preço muito elevado 60,6% Figura 15 Distribuição de frequência relativa da principal razão de insatisfação quanto à frequência de consumo de alimentos orgânicos.

CONCLUSÃO Perfil dos consumidores: mulheres com escolaridade e poder aquisitivo e elevados, em união estável, que praticam exercícios físicos regularmente e com pelo menos um filho Conhecimento: necessidade de maiores esclarecimentos sobre o assunto, além de orientações sobre a forma de identificação de um produto orgânico Percepção: acreditam em seus benefícios e percebem melhorias em sua saúde Principais motivações: preocupação com a saúde, maior conteúdo de nutrientes e sabor mais pronunciado Principais fatores limitantes: preço e baixa qualidade

AGRADECIMENTOS - À Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Ouro Preto - Aos estabelecimentos e feiras comerciais onde as entrevistas foram realizadas - À Comissão do 4 Simpósio de Segurança Alimentar - A todos presentes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANKOMAH, B. S.; YIRIDOE, E. K. Organic and Conventional Food: A Literature Review of the Economics of Consumer Perceptions and Preferences. Final report submitted to Organic Agriculture Center of Canada in Nova Scotia Agricultural College, Nova Scotia, Canada, 2006. ENDO,E. BERTOLDI, M. C. ; PINHEIRO, N.M.S.; ARRUDA, A.C.; MINIM,V.P.R. Caracterização do mercado consumidor de água aromatizada da cidade de Juiz de Fora/MG. Ciênc.Tecnol. Aliment., v. 29, p. 1-6, 2009. GUIVANT, J. S. Os supermercados na oferta de alimentos orgânicos: apelando ao estilo de vida ego-trip. Ambient.Soc., Campinas, v.6, n. 2, 2003. MAGNUSSON, M. K. et al. Choice of organic foods is related to perceived consequences for human health and to envinronmentally friendly behaviour. Appet., v. 40, n. 2, p. 109-117, 2003. MEI-FANG, C. Consumer attitudes and purchase intentions in relation to organic foods in Taiwan: moderating effects of food-related personality traits. Food Qual. Prefer., v. 18, n. 7, p. 1008-1021, 2007. NESS, M. R. et al. Modelling consumer behavioral intentions towards food with implications for marketing quality lowinput and organic food. Food Qual. Prefe., v. 21, n. 1, p. 100-111, 2010. PIMENTA, Márcio Lopes. Comportamento do consumidor de alimentos orgânicos na cidade de Uberlândia: um estudo com base na cadeia de meios e fins. 2008. 125 f. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2008. SCIALABBA, N.E. Global Trends in Organic Agriculture Markets and Countries demand for FAO assistance. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Roma, 2005. SILVA, D. M. Produtos orgânicos: Uma análise do varejo e do consumidor nos supermercados de Londrina, PR. 149 f. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2003. VILAS BOAS, S. H. T., SETTE, R. S., M. J. Comportamento do consumidor de produtos orgânicos: uma aplicação da cadeia de meios e fins. Org. & Agro., Lavras, v. 8, n. 1, p. 25-39, 2006.