OS BENEFÍCIOS DE UM PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO NA MELHORA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: ESTUDO DE CASO

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Transcrição:

1 OS BENEFÍCIOS DE UM PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO NA MELHORA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: ESTUDO DE CASO Autores: 1- BRANCALHAO, C.A.; 2-RODRIGUES, P.C.T.N RESUMO: A incontinência urinária (IU), é definida pela International Continence Society (ICS) como uma condição na qual ocorre a perda involuntária de urina, que gera um problema social ou higiênico. Este estudo teve por objetivo avaliar a eficácia de um protocolo de atendimento fisioterapêutico na melhora da paciente com incontinência urinária de esforço, onde analisou a melhora da força muscular de assoalho pélvico após a implantação do mesmo. Concluiu-se que a atuação da fisioterapia na incontinência urinária de esforço demonstrou eficácia na melhora da sintomatologia. Palavras chave: Incontinência urinária de esforço, cinesioterapia e ginástica hipopressiva. Abstract: Urinary incontinence (UI) is defined as a condition in which there is involuntary urine leakage by the International Continence Society (ICS). The aim of this study is to assess efficiency of one physiotherapy treatment protocol in improving an effort incontinence patient condition. Physiotherapy in effort urine incontinence was effective in relieving symptoms. Key-words: effort urinary incontinence, kinesiotherapy and hypopressive gymnastic. Introdução: A incontinência urinária, é definida pela International Continence Society (ICS) como uma condição na qual ocorre a perda involuntária de urina, que gera um problema social ou higiênico. São classificadas de forma geral como incontinência urinária de esforço, de urgência e mista.

2 A incontinência urinária acomete indivíduos de ambos os sexos, porém é mais comum em mulheres, cerca de 50% delas pode ter incontinência em alguma fase da vida. Ocorre o impacto psicológico, pois as pessoas ficam envergonhadas, inseguras no convívio com outras pessoas, pois as mesmas tem de lidar constantemente com o receio e o constrangimento da perda involuntária da urina, do uso de fraldas, de roupas úmidas e o odor desagradável da urina, consequentemente ocorre o isolamento social, afetando a autoestima e a qualidade de vida (BARACHO, 2007). A incontinência urinária de esforço é de causa multifatorial, sendo que nas pesquisas ocorrem associações frequentes como: o tabagismo, as cirurgias ginecológicas, constipação, levantamento constante de peso, deficiência hormonal, fatores neurológicos, defeitos congênitos ou adquiridos (CARRARO, et al,2007). Este estudo teve por objetivo avaliar a eficácia de um protocolo de atendimento fisioterapêutico na melhora de uma paciente portadora da incontinência urinária de esforço, e analisou a melhora da força muscular de assoalho pélvico após a implantação do mesmo e avaliou a eficácia da cinesioterapia no tratamento da incontinência urinária de esforço. Referenciais teórico- metodológicos: O presente estudo é caracterizado como estudo de caso, sendo uma pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, considerado representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo (SEVERINO, 2011). A amostra do estudo é do tipo não-casual, por conveniência, composta por uma paciente do gênero feminino com diagnóstico clínico de incontinência urinária de esforço, em acompanhamento no setor de fisioterapia em ginecologia e obstetrícia da Clínica Escola da Fap Sônia Gusman localizada na Rua Osvaldo de Oliveira, 600- Jardim Flamingos, Apucarana- PR. A mesma foi submetida a um protoco de exercícios específicos para incontinência urinária de esforço realizado pelo pesquisador. Foi composta por 10 sessões, com 50 minutos de duração cada sessão, 2x por semana.

3 Os critérios de inclusão para a participação na pesquisa foram: diagnóstico clínico de incontinência urinária de esforço, sem associação a outras patologias, idade de 20 a 60 anos, sexo feminino, e que aceitasse a participação no estudo, e como critério de exclusão: diagnóstico diferencial de incontinência urinária de esforço, idade inferior ou superior a desejada e patologias associadas que impedem a evolução clínica. Foram realizadas duas avaliações do aparelho geniturinário pela escala de Ortiz, que utiliza a seguinte escala: grau 0 - sem função perineal objetiva, nem mesmo à palpação; grau 1 - função perineal objetiva ausente, reconhecida somente à palpação; grau 2 - função perineal objetiva débil, reconhecida à palpação; grau 3 - função perineal objetiva e resistência opositora, não mantida à palpação; grau 4 - função perineal objetiva e resistência opositora mantida à palpação por mais de 5 segundos (SILVA et.al, 2011). Foram realizados também exame físico e avaliação do assoalho pélvico, realizado por avaliador cego onde foi observado: trofismo, presença de prolapso, contração visual do assoalho pélvico e reflexo da tosse na contração do assoalho pélvico. A paciente foi avaliada no início e no final do tratamento a fim de conhecer os resultados para posterior tabulação de dados. Foi utilizado também um questionário de impacto de incontinência urinária (ICIQ - SF), já validado por Tamanini et al, 2004), que contem 5 (cinco) perguntas sendo 1 (uma) pessoal e as outras 4 (quatro) referente a perda urinária tendo escore 6 (seis) no início do tratamento e escore final 5 (cinco). Como método de tratamento foi utilizado a cinesioterapia e a ginástica hipopressiva que consiste em exercício em três fases: inspiração diafragmática lenta e profunda, expiração completa e aspiração diafragmática, podendo ser realizada nas mais diversas posições como por exemplo: decúbito dorsal, quatro apoios, sentado e em pé. A aspiração diafragmática promove pressão negativa na cavidade abdominal e ativação reflexa dos músculos do assoalho pélvico através da tração da fáscia abdominal, que é conectada a fáscia endopélvica. Assim, essa ativação reflexa dos músculos do assoalho pélvico facilitaria o aprendizado da correta contração (COSTA et.al, 20011).

4 Na cinesioterapia foi realizado exercícios de percepção do assoalho pélvico em decúbito dorsal, decúbito lateral, sentado e em pé. A cinesioterapia para o fortalecimento do assoalho pélvico representa uma opção simples e de baixo custo, que têm como objetivo aumentar a resistência uretral e melhorar os elementos de sustentação dos órgãos pélvicos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA, 2006). Conclusão A paciente relatou que após o tratamento não foi necessário a utilização de forros diários, apenas noturno, caracterizando a melhora da perda urinária ao esforço. Através da avaliação do assoalho pélvico foi possível observar a melhora da força muscular passando de grau 3 (três) para grau 4 (quatro) segundo a escala de Ortiz. Com o presente estudo foi possível observar que a melhora da incontinência urinária de esforço utilizando como tratamento conservador a fisioterapia, baseandose em exercícios terapêuticos, é considerada eficaz na melhora da sintomatologia e nas alterações do assoalho pélvico. Portanto pode-se concluir que o tratamento conservador da incontinência urinária de esforço é um grande aliado na recuperação da mesma, podendo assim protelar a necessidade de correção cirúrgica e até a cura da incontinência urinária de esforço. Referências: BARACHO,E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4 ed.rio de Janeiro: Editora Guanabara koogan, 2007. SILVA, M.N.A; Oliva L. M.P. Exercícios de Kegel associados ao uso de cones vaginais no tratamento da urinária: estudo de caso, 2011. CARRARO, M; SERRA E. Análise de prontuários, entre sintomatologia de incontinência urinária de esforço, tratamentos utilizados e sua relação com o exame afa em pacientes do setor de uroginecologia das faculdades assis gurgacz (fag), nos anos de 2004 a 2007.

5 COSTA, F,T; RESENDE, M, P, A; SELEME, R,M ; STUPP,L; CASTRO, A,R; BERGHMANS, B; SARTORI,, M; Ginástica hipopressiva como recurso proprioceptivo para os músculos do assoalho pélvico de mulheres incontinentes, 2011. Rett M.T, Simões J.A, Herrmann V, Gurgel M.S.C, Morais S.S. Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de esforço com fisioterapia. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. Vol. 29, pp. 134-140,2007. SEVERINO.J.A. Metodologia do trabalho científico 23.ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2011. SOARES. C; SCHERER, N; IRBER,P; FRIGO,L; GASPARETTO, A. Efeito de um programa de cinesioterapia na força muscular do assoalho pélvico em mulheres idosas com incontinência urinária de esforço estudo de caso, 2007. Sociedade Brasileira de Urologia. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Incontinência Urinária de Esforço: Tratamento Não Cirúrgico e Não Farmacológico, 2006). TAMANINI, J. T. N; DAMBROS M; D'ANCONA L,A,C; PALMA, R, C,P; NETTO, R, N. Validação para o português do International Consultation oncontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF). Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 3, jun. 2004.