Fique Legal Seus Negócios e os Tributos



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Transcrição:

Fique Legal Seus Negócios e os Tributos Carmen Figueiredo Volume 1

1ª Edição 2005 Fique Legal Seus Negócios e os Tributos Volume 1 Realização: Apoio:

Créditos Realização: Instituto Internacional de Educação do Brasil IEB >> iieb@iieb.org.br Produção: Ethnos Estratégias Socioambientais >> ethnosconsultoria@uol.com.br Concepção Metodológica e Texto: Carmen Figueiredo > > mcgfig@uol.com.br Ilustrações: Eduardo (Edu) Oliveira >> lizedu@terra.com.br Design Gráfico: Anticorp Design Família Design >> www.anticorpdesign.com Revisão: Rodrigo Balbueno Copyright 2005 by Instituto Internacional de Educação do Brasil. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) F475f Figueiredo, Carmen Fique Legal: seus negócios e os tributos. 1. ed. Brasília: IEB, 2005. 37 p.: il. color., 2 v.; 21x28 cm. v. 1 Tributos. ISBN 85-901337-4-5 1. Tributos definição e causa. 2. Atividades econômicas associação, cooperativa, microempresa e empresa de pequeno porte. 3. Legislação tributária. 4. Informação tributária. I. Título CDU 336.22

Sumário 1) Apresentação...5 2) O que são tributos?...6 3) Por que pagamos tributos?...8 4) Quem deve pagar?...10 5) Como saber que tipo de personalidade jurídica é mais adequado à atividade econômica pretendida? Associação, cooperativa, microempresa ou empresa de pequeno porte?...11 6) Quais são os principais tributos?...16 7) Procedimentos para pagamento...24 Responsabilidade: quem paga o quê? Como pagar? 8) Quem pode me ajudar a manter os tributos em dia e nos informar sobre alterações e novas legislações relativas aos tributos?...26 9) Mas afinal, por que devemos saber tudo isso?...28 10) Passo a Passo...31

1. Apresentação Se você está pensando em começar, ou já começou um negócio, fique atento, pois precisa saber algumas coisas importantes para não ter surpresas que podem tirar o seu sono. Uma delas é que toda atividade econômica, como por exemplo, a produção e a comercialização de polpa de frutas, castanha, artesanato ou madeira deve pagar tributos federais, estaduais e municipais. Se você ou sua comunidade não conhecem a carga tributária relativa ao seu negócio, isso pode ser um grande problema e uma das razões para o fracasso do empreendimento. Como ninguém que começa um negócio quer fracassar e perder tempo e dinheiro, então deve ser feito um planejamento que leve em consideração os tributos obrigatórios e para isso você deve conhecê-los. No momento, sabemos da existência de centenas de iniciativas de pequenos empreendimentos de manejo florestal comunitário para comercialização de produtos madeireiros e não-madeireiros espalhados pela Amazônia e demais regiões do Brasil. Por essa razão, o Instituto Internacional de Educação do Brasil IEB resolveu elaborar esta cartilha. Nela são encontradas informações valiosas de como se organizar para fazer atividades comerciais, além de contribuir para que se conheçam os principais tributos e como eles podem afetar sua vida e seus negócios e assim fazer as escolhas e o planejamento adequados para ter sucesso em sua atividade econômica. FIQUE LEGAL e bons negócios para sua comunidade! Maria José Gontijo Secretária Executiva do IEB 5

2. O que são tributos? Em primeiro lugar é importante saber o que são os TRIBUTOS. Os tributos são impostos, taxas e contribuições que pagamos à administração pública, por força de lei. Normalmente se acha complicado falar sobre isso e por essa razão desconhecemos coisas muito importantes que afetam diariamente nossas vidas e nossos negócios. Em tudo que compramos, seja alimentos, equipamentos eletrônicos e até mesmo um brinquedo para as crianças, estamos pagando tributos. Nos serviços que recebemos como luz, água e telefone, também estão embutidos os tributos. Esses são os tributos indiretos, ou seja, estamos pagando através dos produtos que compramos e serviços que recebemos e, por essa razão, muitas vezes não nos damos conta do quanto eles afetam nosso bolso. Para ter uma idéia, veja o peso dos tributos no preço de um pacote de açúcar e café que compramos: 6

Outras vezes pagamos tributos de forma direta. Por exemplo, o Imposto de Renda (IR) ou Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) que são tributos federais, ou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que é um tributo estadual ou ainda o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) ou o Alvará de Funcionamento de um estabelecimento comercial, que são tributos municipais. Como vimos, existem tributos federais, estaduais e municipais. Os tributos federais valem para todo o país. Já os estaduais e municipais variam de acordo com a legislação local. Por essa razão, é muito importante que você procure se informar sobre os tributos específicos em seu estado e município. Lembre-se de que existem leis que determinam os tipos e o valor dos tributos a serem pagos, dependendo do produto ou do serviço e que, como toda lei, deve ser cumprida. 7

3. Por que pagamos Tributos? Quando nos damos conta do quanto pagamos de tributos, a primeira pergunta é: Mas por que pagamos tantos impostos, taxas e contribuições? Antes de ficar nervoso ou nervosa e desanimar vamos entender as razões pelas quais pagamos os tributos e nosso papel enquanto cidadãos em discutir essa questão. Mas para isso, mais uma vez estamos percebendo como é importante conhecer os tributos. Os tributos têm vários destinos e depende do tipo, por exemplo: 1. Impostos: No caso dos impostos, o que se arrecada vai para o caixa do setor público para o pagamento das contas da administração pública em geral, como os salários dos funcionários públicos que nos atendem e da própria estrutura, como aluguel e computadores. 2. Taxas: O que se arrecada com a cobrança de taxas é destinado à manutenção do serviço que a gerou, como por exemplo, a taxa de limpeza urbana, cobrada para garantir esse serviço à população. Dessa forma, as taxas somente podem ser cobradas sobre um serviço público existente. Se no seu município ou no seu bairro não existe o serviço de limpeza, então não se pode cobrar essa taxa. 8

3. Contribuições: Existem vários tipos de contribuições. As que mais conhecemos são as contribuições sociais, como por exemplo, a feita para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição Sindical. Nesses casos, os recursos arrecadados são destinados a orçamentos específicos, mas diferentemente das taxas, não para serviços específicos. Por exemplo: o INSS e o PIS destinamse ao orçamento da Previdência Social e a contribuição sindical destina-se às atividades dos sindicatos. Como você pode ver, temos a obrigação de pagar os tributos, porém temos o direito de ter serviços de qualidade em troca. Por isso, é muito importante que estejamos conscientes de nossas obrigações, mas também de nosso direitos para lutarmos por eles. 9

4. Quem deve pagar? Todas as pessoas devem pagar tributos, sejam elas pessoas físicas ou pessoas jurídicas. Para fins tributários, as Pessoas Físicas são todas as pessoas portadoras de Cadastro de Pessoa Física (CPF). As Pessoas Jurídicas são pessoas que assumem formas jurídicas previstas em lei, como, por exemplo, empresas, associações, cooperativas e outros tipos de organizações que são obrigadas legalmente a ter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CPNJ). Aqui vamos nos dedicar aos tributos das Pessoas Jurídicas que exercem qualquer atividade comercial ou de prestação de serviços, como por exemplo, uma cooperativa ou microempresa que produza e comercialize castanha do pará, verduras, artesanatos como cestas ou ainda que preste serviço de assistência técnica. 10

5. Como saber que tipo de personalidade jurídica é mais adequado à atividade econômica pretendida? Associação, cooperativa, microempresa ou empresa de pequeno porte? Se você ou sua comunidade está pensando em começar um negócio, é necessário formalizar uma personalidade jurídica como a lei determina. O primeiro passo para saber ao certo qual a carga tributária relativa à atividade econômica pretendida é procurar saber quais são as opções de tipo societário e enquadramentos existentes para atender aos objetivos de sua comunidade ou daqueles que com você pretendem começar um negócio. A legislação apresenta muitas possibilidades para cada situação diferente, cabendo ao empreendedor, no caso você e seu grupo, decidir qual a melhor opção para o seu caso específico. Isso significa que o recurso arrecadado com as vendas deverá ser aplicado nas atividades da própria associação, não podendo ser distribuído entre seus associados. O mesmo acontece com uma Organização não Governamental (ONG) sem fins lucrativos. Porém, participar de uma associação ou de uma ONG pode ajudar muito no planejamento de uma atividade econômica, pois é um espaço democrático e organizado de discussão do grupo, o que é fundamental para iniciar um negócio. Por exemplo, se você ou sua comunidade já estão organizados através de uma associação, preste muita atenção: Uma Associação é uma entidade de direito privado, dotada de personalidade jurídica e caracteriza-se pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns, mas sem finalidade econômica. As associações somente poderão ser constituídas sem fins lucrativos. 11

Para comercializar seus produtos ou prestar serviços com fins lucrativos, existem várias opções. Vamos apresentar a seguir algumas possibilidades, mas é muito importante que você pesquise em sua cidade e estado qual a melhor opção para o seu caso, pois como já mencionamos, a carga tributária a ser paga depende do tipo de negócio, do tipo de sociedade estabelecida e também das leis específicas de cada estado e município. unem voluntariamente para satisfazer necessidades e interesses econômicos do grupo, por intermédio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida, com o objetivo de prestar serviços aos seus sócios. Ela é uma empresa com dupla natureza, que contempla o lado econômico e o social de seus associados. O cooperado é ao mesmo tempo dono e usuário da cooperativa: enquanto dono ele vai administrar a empresa e enquanto usuário ele vai utilizar os serviços. Em uma Cooperativa os associados não são empregados e não existe um chefe. Todos tem os mesmos direitos e a direção é escolhida democraticamente e deve ser exercida de forma rotativa. Cooperativa A legislação específica para as Cooperativas é muito ampla e com muitos pontos ainda em discussão. Por essa razão, vamos aqui apresentar os principais pontos sobre a Sociedade Cooperativa. Para informações mais detalhadas sobre o seu caso, você poderá consultar a Organização das Cooperativas de seu estado. A Cooperativa é uma sociedade de no mínimo 20 pessoas físicas, que se Toda cooperativa deve registrar-se na Organização Cooperativa de seu estado a fim de atender ao disposto na Lei n 5.764/71 que regulamenta esse setor, integrando-se ao Cooperativismo Estadual e participando do processo de autogestão do sistema. Esse sistema, entre outras coisas, permite que sua Cooperativa receba apoio para capacitações e para o seu desenvolvimento. Com relação aos tributos, existem diferenças entre as cooperativas de trabalho, como no caso de uma cooperativa de prestação de serviços de assistência técnica, e cooperativas de produção. As cooperativas de trabalho não têm quase nenhuma exclusão 12

tributária permitida, enquanto as cooperativas de produção ligadas à atividade rural são as que mais têm deduções permitidas. Independente da carga tributária aplicada às cooperativas, vale a pena registrar que esse é um modelo muito importante do ponto de vista da organização do grupo para prestar serviços, para comercializar a produção e ainda para lutar por leis que beneficiem esse modelo. O sistema cooperativo também contribui para que seus associados venham a alcançar melhores condições de compra e venda de produtos, uma vez que o volume é maior e permite uma melhor negociação. Além disso, contribui para o desenvolvimento dos associados, pois o trabalho de grupo facilita uma troca de experiências constantes através de cursos e treinamentos. 13

Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) Para abrir uma Microempresa existem duas condições: 1. O tipo de negócio; 2. A receita bruta anual. O Decreto n 5.028, de 31 de março de 2004, determina que uma microempresa deve ter receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14. O mesmo Decreto também determina a receita mínima e máxima para o enquadramento como Empresa de Pequeno Porte, sendo ela: 1. Receita bruta anual superior a R$ 433.755,14 e igual ou inferior a R$ 2.133.222,00. Regime Simples de Tributação Com relação aos tributos, as microempresas e empresas de pequeno porte têm tratamento diferenciado em nível Federal, podendo beneficiar-se de um regime diferenciado de tributação. A Lei n 9.317, de 5 de dezembro de 1996, institui o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, conhecido como SIMPLES. Não basta ser uma Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte para se beneficiar do regime tributário SIMPLES. É necessário fazer uma solicitação e atender às regras específicas, entre elas, estar na faixa de receita bruta anual e tipo de negócios permitidos. 14

Tributos e Contribuições Abrangidos pelo SIMPLES A inscrição no SIMPLES implica pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuições: a) Imposto de Renda Pessoa Jurídica IRPJ; b) Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público PIS/PASEP; c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL; d) Contribuição para Financiamento da Seguridade Social COFINS; e) Imposto sobre Produtos Industrializados IPI; f) Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que tratam o art. 22 da Lei n 8.212/1991 e o art. 25 da Lei n 8.870/1994. Os estados e municípios podem firmar convênio com a União para adoção do Simples em suas competências tributárias ou também implantar regimes tributários simplificados próprios. Faça uma consulta para saber qual a situação em seu estado. Vale registrar que o Governo Federal tem linhas de crédito destinadas ao apoio e desenvolvimento das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. É uma boa idéia fazer uma consulta para saber se seu negócio se enquadra na categoria de Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte e quais as vantagens tributárias específicas em seu estado e município para que você possa tomar uma decisão responsável com relação à escolha do tipo societário, de forma a não se surpreender mais tarde com a carga tributária. Isso é muito importante, pois assim como existem custos para abrir uma empresa, cooperativa ou associação, existem custos para fechá-la. 15

6. Quais são os principais tributos? Como já registramos, os tributos e os percentuais a serem pagos dependem, principalmente, das seguintes condições: a) Tipo Societário, ou seja, se é uma microempresa, empresa de pequeno porte ou uma cooperativa e se foi enquadrada no regime Simples, e assim por diante. b) Das legislações específicas de cada estado e município que podem fornecer incentivos fiscais para algum setor ou atividades específicas. c) Se existem pessoas empregadas, pois nesse caso, por exemplo, o empregador é obrigado a recolher o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no valor de 8,5% sobre o salário. Esses 8,5% não são descontados do salário do empregado, sendo total responsabilidade do empregador arcar com essa despesa. Como existem muitas legislações específicas nos diferentes estados e municípios brasileiros com relação à carga tributária, vamos a seguir apresentar uma tabela com os Tributos Federais que valem para todo país, referentes aos tipos societários que mencionamos acima. As leis que regulamentam esses tributos podem sofrer alterações e por essa razão é sempre recomendável consultar um profissional qualificado ou instituição competente para atualizar a tabela e poder fazer um bom planejamento. No caso específico das cooperativas, como existem variações de tributação dependendo da atividade a ser realizada, registramos na tabela os tributos relativos as Cooperativas de Produção e para atos cooperativos e não cooperativos. É importante que você saiba o que são atos cooperativos e não cooperativos, pois isso também pode influenciar na carga tributária a ser paga. Quando a Cooperativa comercializa os produtos de seus associados ela está realizando um Ato Cooperativo. 16

Porém, a Cooperativa também pode comprar e comercializar produtos de não associados, desde que sejam produtos que tenham relação com seus objetivos, mas quando ela faz isso está realizando um ato Não Cooperativo. Diante das especificidades tributárias relativas às Cooperativas, existem na tabela espaços para que você possa preencher após consultar a Organização das Cooperativas de seu estado, que poderá ajudar a identificar e explicar os tributos relativos a sua situação específica. 17

Tributos Federais Enquadramento: Microempresa regime SIMPLES Tributos Receita/ano Até R$ 60.000,00 R$ 60.000,01 a R$ 90.000,00 R$ 90.000,01 a R$ 240.000,00** IRPJ* PIS* CSLL* CONFINS* INSS* Sub-total IPI* Total 0% 0% 0% 1,80% 1,20% 3% 0,5% 3,5% 0% 0% 0,40% 2,00% 1,60% 4% 0,5% 4,5% 0% 0% 1,0% 2,00% 2,00% 5% 0,5% 5,5% * IRPJ: Imposto de Renda Pessoa Jurídica PIS: Programa de Integração Social CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CONFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social INSS: Contribuição Previdenciária IPI: Imposto sobre Produto Industrializado (caso se aplique ao seu negócio) ** Consultar legislação resultante da MP 255/2005 Fonte: SEBRAE, 2005.

Enquadramento: Empresa de Pequeno Porte regime SIMPLES Tributos Receita/ano IRPJ PIS/ PASEP CSLL CONFINS INSS Sub-total IPI* Total Até R$ 240.000,00 0,13% 0,13% 1,0% 2,00% 2,14% 5,4% 0,5% 5,9% R$ 240.000,01 a R$ 360.000,00 R$ 360.000,01 a R$ 480.000,00 R$ 480.000,01 a R$ 600.000,00 R$ 600.000,01 a R$ 720.000,00 R$ 720.000,01 a R$ 840.000,00 R$ 840.000,01 a R$ 960.000,00 R$ 960.000,01 a R$ 1.080.000,00 0,26% 0,26% 1,0% 2,00% 2,28% 5,8% 0,5% 6,3% 0,39% 0,39% 1,0% 2,00% 2,42% 6,2% 0,5% 6,7% 0,52% 0,52% 1,0% 2,00% 2,56% 6,6% 0,5% 7,1% 0,65% 0,65% 1,0% 2,00% 2,70% 7,0% 0,5% 7,5% 0,65% 0,65% 1,0% 2,00% 3,10% 7,4% 0,5% 7,9% 0,65% 0,65% 1,0% 2,00 % 3,50% 7,8% 0,5% 8,3% 0,65% 0,65% 1,0% 2,00% 3,90% 8,2% 0,5% 8.7% R$ 1.080.000,01 a R$ 2.400.000,00** 0,65% 0,65% 1,0% 2,00% 4,30% 8,6% 0,5% 9,1% * IPI: Imposto sobre Produto Industrializado (caso se aplique ao seu negócio). ** Consultar legislação resultante da MP 255/2005 Fonte: SEBRAE, 2005.

Tipo Societário: Cooperativa de Produção Data da informação: Quem forneceu as informações (nome e instituição): Tributos IRPJ PIS (consultar) CSL (consultar) CONFINS (consultar) INSS (consultar) IPI* (consultar) Total Atos cooperativos 0% % 0% % % % % Atos não cooperativos 1,5% % % % % % % * IPI: Imposto sobre Produto Industrializado. Aplicado caso sua Fonte: OCERGS, 2005. cooperativa se enquadre nessa situação LEMBRETE: Todas as Pessoas Físicas e Jurídicas que possuem conta em Bancos pagam 0,38% de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira CPMF. Isso quer dizer que toda vez que você der um cheque ou sacar dinheiro do banco será descontado 0,38% do valor movimentado. 20

Agora, cabe a você e seu grupo procurar se informar sobre a carga tributária específica em seu estado e município. Para ajudar, a seguir você encontrará tabelas para preencher com os tributos específicos de seu estado e de seu município. Identificamos na tabela alguns tributos comuns a todos os estados e municípios e deixamos espaço para que possa identificar outros, se for o caso. Após ter todas as tabelas atualizadas e preenchidas, será possível avaliar e discutir com seu grupo se vocês têm condições técnicas e financeiras para iniciar o negócio pretendido e planejar quando e o quê precisam para isso. Procure os órgãos competentes em seu município e em seu estado ou um profissional qualificado para buscar informações. 21

Tributos Estaduais Tipo Societário/enquadramento: Data da informação: Quem forneceu as informações (nome e instituição): Tributos ICMS* Total Observações % % % % % * ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Tributos Municipais Tipo Societário/enquadramento: Data da informação: Quem forneceu as informações (nome e instituição): Tributos ISSQN* IPTU* Total Observações % % % % % * ISSQN: Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza IPTU: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 22

Agora some todos os tributos para que possa avaliar qual o impacto dos mesmos sobre sua atividade econômica. Tributos Federais + Tributos Estaduais + Tributos Municipais = % IMPORTANTE: Não se esqueça de que além do pagamento dos tributos existirão outras despesas como aluguel ou compra de sede, conta de telefone, água, luz, compra de equipamentos, material de escritório, e assim por diante. 23

7. Procedimentos para pagamento a) Responsabilidade: quem paga o quê? Normalmente se usa a palavra RECOLHIMENTO quando se trata de pagamento de tributos. A legislação determina quem deve recolher cada um dos tributos, a depender da situação, ou seja, quais os tributos a serem recolhidos por quem vendeu o produto ou prestou o serviço e quais devem ser recolhidos pelo comprador. Para não correr o risco de deixar de recolher algum tributo e ser multado por isso, SEMPRE consulte o seu contabilista para poder se planejar. b) Como se paga? Os tributos Federais são recolhidos através do Documento de Arrecadação Federal, conhecido como DARF. As contribuições Federais para a Previdência Social se recolhem através da Guia da Previdência Social GPS. Tanto o DARF como a GPS podem ser emitidas pela Internet ou seu contabilista pode providenciar para você. Esses tributos podem ser recolhidos nas agências bancárias. Já os tributos estaduais e municipais podem ser recolhidos através de carnê, como é o caso do IPTU, ou através de guias próprias e também podem ser pagas nas agências bancárias. 24

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8. Quem pode ajudar a manter os tributos em dia e nos informar sobre alterações e novas legislações relativas aos tributos? Ninguém é obrigado a entender de tudo e por essa razão quem não conhece muito bem a área contábil pode se atrapalhar na organização dessa parte. Quando você e seu grupo decidirem iniciar um negócio e passarem a ter uma personalidade jurídica, é uma boa idéia contratar um CONTABILISTA. Um contabilista é um profissional da área de contabilidade. Quando ele ou ela tem nível superior é um Contador. Quando ele ou ela tem nível técnico é um Técnico Contábil. É importante que vocês contratem um profissional qualificado. Sempre pergunte se ele ou ela tem registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) de seu estado. O contabilista é obrigado, por lei, a registrar, no seu cartão de visita e em todos os documentos que assinar, o seu número de inscrição no CRC e também declarar a sua categoria de contador ou técnico contábil. 26

Após vocês decidirem quem contratar, sua cooperativa, microempresa ou empresa de pequeno porte deve assinar um contrato com o contabilista, conforme determina o Código Civil de 2002. Entre as responsabilidades do contabilista está, por exemplo, a emissão das guias para pagamento dos tributos, informar alguma alteração na legislação tributária ou mesmo uma nova lei que afete diretamente seu negócio e a elaboração da declaração anual de Imposto de Renda de sua empresa, que deve obrigatóriamente ser assinada por um contabilista. Ele também pode lhe ajudar a manter em dia as declarações referentes aos impostos pagos e devidos que todas as pessoas jurídicas são obrigadas, por lei, a apresentar ao governo. Esse tipo de declaração chama-se Obrigações Acessórias. Caso sua empresa ou cooperativa deixe de apresentar alguma declaração ao governo, vocês serão multados por isso. Dessa forma, é recomendável consultar um contabilista para ajudar na organização da documentação tributária em caso de uma fiscalização. Isso mesmo, se uma fiscalização bater a sua porta e não encontrar a documentação completa e em dia, aí vem mais uma despesa: Multas. Para tanto, vocês devem enviar ao contabilista toda a documentação necessária e manter contato freqüente para acompanhar se está tudo como a lei determina. 27

9. Mas afinal, por que devemos saber tudo isso? Existem vários motivos para você se informar sobre os tributos. Em primeiro lugar é uma questão de cidadania, pois você deve conhecer suas obrigações legais para com os governos federal, estaduais e municipais e também deve conhecer seus direitos e lutar por eles. Outro motivo bem importante é que para comercializar qualquer produto ou prestar qualquer serviço e ter uma situação regular perante a lei, você precisa manter o pagamento dos tributos em dia e somente poderá fazer isso se conhecer quais são eles e qual o seu valor para fazer um planejamento adequado. Você já começa a ter despesas e pagar tributos mesmo antes de abrir sua empresa ou cooperativa. O processo para a constituição de uma pessoa jurídica tem taxas a serem pagas, cópias de documentos, a contratação de um contabilista e assim por diante. Tudo isso são despesas e é necessário dinheiro e planejamento para pagar tudo direitinho. Para poder calcular o preço de venda de seu produto ou de seu serviço, é fundamental conhecer muito bem os custos de produção e também o valor dos tributos a serem pagos, a chamada carga tributária, que sendo uma carga ela tem um peso. 28

Se você e seu grupo não conhecerem esses custos, como vão conseguir os recursos financeiros para pagar? É muito importante que todos saibam que as conseqüências por não pagar os tributos são muito sérias e podem prejudicar seus negócios e também sua vida. Imagine, por exemplo, se você não puder mais ter acesso aos diversos créditos disponíveis para sua atividade econômica ou tiver sua conta bancária bloqueada. 29

Por essa razão FIQUE ATENTO, SEJA INTELIGENTE, PROCURE INFORMAR-SE E FAZER UM BOM PLANEJAMENTO DE SEU NEGÓCIO. 30

10. Passo a Passo 1 Discutir muito com seu grupo sobre o negócio que pretendem começar ou regularizar, seja de produção e comercialização ou de prestação de serviços. 2 3 4 5 6 7 31

Procurar as instituições competentes em seu estado e município ou um profissional qualificado para se informar sobre todo o procedimento para começar ou regularizar seu negócio e a carga tributária a ele relacionada. 2 3 4 5 6 7 32

Discuta as informações recolhidas com seu grupo para decidir se vocês têm condições técnicas e financeiras de assumir as responsabilidades legais que envolvem o negócio. 3 4 5 6 7 33

Caso decidam continuar, façam um planejamento considerando todos as despesas envolvidas, sejam elas de manutenção do escritório, da equipe, de produção, de comercialização e a carga tributária. 4 5 6 7 34

Contratar um contabilista e assinar um contrato de responsabilidade com ele, conforme determina a lei. 5 6 7 35

Conversem e dividam as responsabilidades de cada um no empreendimento. Quem faz o quê? 6 7 36

Se foi tudo bem planejado, vocês podem investir toda a energia no trabalho. 7 37

Produção: Agradecimentos especiais aos profissionais e instituições que forneceram valiosas contribuições: André Bittencourt, Gustavo Krause, Rubem Carpes Balbueno, Ruy Coutinho do Nascimento, Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul OCERGS, Usina São Luiz S/A. Contatos IEB: IEB Brasília (Sede) SHIS QI 05, Bloco F, sala 101 Centro Comercial Gilberto Salomão 71606-900 Brasília, DF Telefone: (61) 3248-7449 Fax: (61) 3248-7440 E-mail: iieb@iieb.org.br www.iieb.org.br IEB Belém (Escritório Regional) Rua Tiradentes, 67 Edifício Tiradentes, Sala 202 Reduto CEP: 66053-330 Belém, PA Telefone: (91) 3222-9363 E-mail: belem@iieb.org.br

O Instituto Internacional de Educação do Brasil - IEB é uma associação civil brasileira, sem fins lucrativos, que tem como missão capacitar, incentivar a formação, disseminar conhecimentos e fortalecer a articulação de atores sociais para o desenvolvimento sustentável. Sediada em Brasília, a instituição desenvolve atividades voltadas ao apoio técnico, científico e acadêmico na área de meio ambiente através de seus programas e cursos de capacitação. Capital Humano: Base para uma Sociedade Sustentável. www.iieb.org.br Realização: Apoio: