V CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO - 29 DE AGOSTO A 01 DE SETEMBRO DE 2005

Documentos relacionados
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DA BAHIA DIRETORIA DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL DDSV. Luís Eduardo Magalhães, BA 30 de Julho de 2013

É POSSÍVEL TER SUCESSO NA PRODUÇÃO DO ALGODÃO NÃO BT? Eng.º Agr.º Ezelino Carvalho GBCA / EQUIPE Consultoria Agronômica

Fazenda Triunfo Integração Lavoura-Pecuária Safrinha de Boi. Diversificação da produção em larga escala em clima tropical (Oeste da Bahia)

Manejo de plantas de cobertura para sistemas agrícolas de alta produtividade

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA- PESCA E AQUICULTURA FUNDAÇÃO AGRISUS RELATÓRIO PARCIAL-01/10/2016

Sistema Plantio Direto e Integração Lavoura-Pecuária em Mato Grosso do Sul

Avaliação econômica do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária

SISTEMAS DE CONSÓRCIO EM MILHO SAFRINHA. Gessi Ceccon 1 1.INTRODUÇÃO

Cobertura do solo e ocorrência de plantas daninhas em área com diferentes rotações entre soja, milho, pastagem e Sistema Santa-fé

NOTA TÉCNICA N 01/2012

Diversificação para a sustentabilidade da produção

VIABILIDADE ECONÔMICA DO MILHO SAFRINHA E DA BRAQUIÁRIA EM SISTEMAS INTEGRADOS. Alceu Richetti (1), Gessí Ceccon (2)

VIABILIDADE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE CULTIVO DE MILHO SAFRINHA

Bonito, MS 19 a 22 de setembro de 2006

MILHO SAFRINHA EM CONSÓRCIO COM ALTERNATIVAS DE OUTONO- INVERNO PARA PRODUÇÃO DE PALHA E GRÃOS, EM MS, EM 2005

1O que é. A adubação verde é uma prática agrícola utilizada há

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta* Introdução

ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA EM CULTIVO CONSORCIADO

Diversificação de atividades na propriedade rural. 30 de junho de 2011 Uberlândia - Minas Gerais

Fernando Penteado Cardoso Ondino Cleante Bataglia Giseli Brüggemann Antonio Roque Dechen

VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO SOJA- MILHO SAFRINHA 1.INTRODUÇÃO

MANEJO DE NUTRIENTES NO ALGODOEIRO Solos de Goiás

TECNOLOGIAS PARA UMA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

Eng. Agr. Ederson A. Civardi. Bonito MS 2014

Banco do Brasil e o Agronegócio. Fevereiro 2012

INTEGRAÇÃO LAVOURA- Prof. Dr. Gelci Carlos Lupatini. UNESP Campus Experimental de Dracena 8200

Produção de sementes Espaçamento entre as linhas (cm)

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO

FUNDAMENTOS EM AGROECOLOGIA

Consórcio Milho-Braquiária

Empresa Brasileria de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

BENEFICIAMENTO DE ALGODÃO ORGÂNICO NO AGRESTE PARAIBANO

Carteira de projetos Manejo da cultura do feijão-comum

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1815

POPULAÇÃO DE PLANTIO DE ALGODÃO PARA O OESTE BAIANO

Ações e atuação da Abapa 2016

PLANTIO CONSORCIADO DE PIMENTA DEDO-DE-MOÇA COM ADUBOS VERDES: PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO E OCORRÊNCIA DE PRAGAS PROJETO DE PESQUISA

Características Agrônomicas e Produção de Massa Seca no Cultivo Consorciado de Milho e Urochloa ruziziensis Inoculados com Azospirillum brasiliense

CULTIVO SIMULTÂNEO DE MILHO COM CAPINS, NA SAFRINHA, PARA PRODUÇÃO DE GRÃOS E DE FORRAGEM

Dirceu Luiz Broch e Gessi Ceccon

Efeito de Arranjos Plantio na Produtividade do Milho Consorciado com Brachiaria brizantha

ANÁLISE DO EFEITO DA ROTAÇÃO DE CULTURAS E AGRICULTURA DE PRECISÃO NO ÂMBITO DA GESTÃO AMBIENTAL

Departamento do Agronegócio Segurança Alimentar: O Desafio de Abastecer o Mundo com Sustentabilidade

SAFRA 2014/15 ORIENTAÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA

Implicações da compactação sobre o crescimento de raízes

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Dezembro de Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas no ano civil

ATER em Feijão e Milho desenvolvida no Estado do Paraná. Germano do R. F. Kusdra Eng. Agrônomo Emater

GRAU DE PUREZA DE SEMENTES FORRAGEIRAS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE POMBAL-PB 1

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

7 Consórcio. Dino Magalhães Soares Tomás de Aquino Portes

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

REPENSANDO A ADUBAÇÃO NPK EM SISTEMAS DE ALTA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS. Álvaro V. Resende

GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Produção com Sustentabilidade

RUI MANGIERI A AGROPECUÁRIA NO MUNDO

ARRANJOS ESPACIAIS NO CONSÓRCIO DA MANDIOCA COM MILHO E CAUPI EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, BAHIA INTRODUÇÃO

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA: benefícios produtivos, econômicos e ambientais

INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS PARA A PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DE CANA-DE-AÇÚCAR EM SOLOS ARENOSOS. Eng o. Agr o. Dr. Tedson L F Azevedo

Dispêndios com Inseticidas, Fungicidas e Herbicidas na Cultura do Milho no Brasil,

ADOÇÃO DE MELHORES PRÁTICAS AGRONÔMICAS

Desempenho do Consórcio Milho-braquiária: Populações de Plantas e Modalidades de Semeadura de Urochloa brizantha cv. Piatã

A Mamona ainda pode funcionar no PNPB?

Serviços Técnicos e Gestão Ambiental no Agronegócio Diretoria de Agronegócios

MESA DE CONTROVÉRSIAS SOBRE AGROTÓXICOS EDSON GUIDUCCI FILHO EMBRAPA

COMPARATIVO DE LUCRATIVIDADE ENTRE O PLANTIO DE MILHO SEQUEIRO/SOJA E O ARRENDAMENTO DA ÁREA

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Relatório sobre a Avaliação de Safra de Grãos do RN 10º Levantamento da Safra Brasileira de Grãos Período: 20 a 24 de junho de 2016 Por telefone

Superintendência Regional do Rio Grande do Norte Gerência de Operações e de Suporte Estratégico Setor de Apoio à Logística e Gestão da Oferta

BALANÇO DE NUTRIENTES NA AGRICULTURA DO CERRADO. Dr. Eros Francisco Diretor Adjunto do IPNI

Uma Avaliação do Plantio Direto no Brasil. Guilherme Bastos Fo., Douglas Nakazone, Giseli Bruggemann e Heloisa Melo 1

Resultados de Pesquisa dos Ensaios de Melhoramento de Soja Safra 2008/09

MANEJO DAS PLANTAS INFESTANTES EM PLANTIOS DE ABACAXI EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, MESORREGIÃO DO SUL BAIANO

Culturas de cobertura e de rotação devem ser plantas não hospedeiras de nematóides

Responsabilidade ambiental na produção agropecuária

Consórcio de milho com braquiária: produção de forragem e palhada para o plantio direto

Avaliação da Cobertura do Solo em Sistemas de Produção de Milho e Soja em Sergipe Utilizando Imagens Aéreas

GASTOS COM INSETICIDAS, FUNGICIDAS E HERBICIDAS NA CULTURA DO MILHO SAFRINHA, BRASIL,

MULTI PLANTIO CATÁLOGO DE HÍBRIDOS VERÃO REGIÃO NORTE 2014/2015 REFÚGIO E COEXISTÊNCIA

Construindo pontes entre saberes

BENEFÍCIOS DO SISTEMA DE ROTAÇÃO DE CULTURAS. Autores: Mariel Fernando Arnhold¹. Ariel Fernando Schoenhals Ritter². Marciano Balbinot³.

CULTIVARES DE ALGODOEIRO AVALIADAS EM DIFERENTES LOCAIS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2007/08 1. INTRODUÇÃO

Degradação de pastagem: Como evitar e potencializar a produtividade? - Portal Agropecuário

Produção de milho (Zea mays) sob três arranjos estruturais do eucalipto (Eucalyptus spp.) no Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Diretoria de Agronegócios. BB e o Agronegócio

1 - INTRODUÇÃO 2 - METODOLOGIA

VP Negócios Emergentes SN Agronegócios. Crédito Rural

"Economia Verde nos Contextos Nacional e Global" - Desafios e Oportunidades para a Agricultura -

BRASIL: ESPAÇO AGRÁRIO E PROBLEMAS SÓCIOAMBIENTAIS

POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DO PANTANAL POR PESTICIDAS UTILIZADOS NA BACIA DO ALTO TAQUARI, MS. INTRODUÇÃO

Grãos no Brasil Desafios e Oportunidades Futuros Luiz Lourenço. Maringá (PR) Agosto 2012

Agenda de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Cerrados

Agronego cio ALTERNATIVAS PARA MANTER E AMPLIAR A COMPETITIVIDADE DO AGRONEGÓCIO GAÚCHO

Produção de Sementes de Adubos Verdes e de Forragem em Cultivo Consorciado com Milho em Pequenas Propriedades

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta Produção com Sustentabilidade

SUPRESSÃO DE PLANTAS DANINHAS EM SISTEMAS DE CULTIVO DE MILHO SAFRINHA

AGRICULTURA CONSERVACIONISTA E EMERGÊNCIA DE FERTILIDADE EM SOLO

Manejo de Doenças do Solo

AGRONEGÓCIO CAFÉ EM GOIÁS

ISSN Circular Técnica, 2 SOJA RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA MATO GROSSO DO SUL E MATO GROSSO

Transcrição:

V CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO - 29 DE AGOSTO A 01 DE SETEMBRO DE 2005 EVOLUÇÃO DO SISTEMA PLANTIO DIRETO (SPD) DE ALGODÃO NO OESTE DA BAHIA: EM BUSCA DA SUSTENTABILIDADE Valmor dos Santos. Eng. Agrônomo / Consultor em SPD / Diretor Administrativo da AGROLEM, Caixa Postal 798, 47850-000, Luís Eduardo Magalhães BA. E-mail: valmorsantos@uol.com.br. 1. BREVE HISTÓRICO: O Sistema Plantio Direto (SPD), constitui-se em uma tecnologia 100% brasileira. Sendo que através do uso desta tecnologia obtém-se um equilíbrio entre questões sócio-econômicas e agro-ecológicas. O SPD para as culturas de milho e soja nos parece mais simples, mas no que se refere a cultura do algodão os resultados positivos não apareceram da noite para o dia, mas sim devido ao trabalho incansável de diversos representantes da cadeia produtiva do algodão. Os primeiros trabalhos positivos obtidos a nível de propriedade são da safra 1.999/2000, onde produziu-se 257 @ / ha de algodão em caroço na Faz. Catarinense São Desidério BA. Sendo que naquela ocasião o proprietário da fazenda. Engº Agrônomo Marcos Júnior Beck, aceitou o desafio de plantar algodão pela primeira vez em sua propriedade e acima de tudo teve a coragem e ousadia de conduzir a lavoura em SPD. Sendo que desde esta data o referido produtor tem cultivado o algodão em SPD, com resultados altamente positivos no que se refere a produtividade, qualidade e ganhos ambientais. A partir da safra 2003/2004, outros empresários da mesma região começaram a cultivar o algodão tanto em Sistema de Cultivo Convencional (SCC) como em Sistema Plantio Direto (SPD), em algumas propriedades temos lado a lado os dois sistemas de plantio, objetivando avaliar a performance dos mesmos. As produtividades obtidas na referida safra foram altas em ambos os sistemas, oscilando entre 270 @ / ha a 330 @ de algodão em caroço / ha. Nesta safra 2004/2005, deu-se continuidade as mesmas estratégias de trabalho e estamos começando a quantificar os primeiros resultados, mas acredita-se que as produtividades serão positivas, devendo oscilar entre 270 @ / ha a 360 @ de algodão em caroço / ha. Levando-se em conta a complexidade da tecnologia de plantio direto do algodoeiro, procurou-se verificar quais as condições reuniu-se para obtenção destes resultados altamente positivos. Sendo que pode-se dizer que as condições fundamentais são: Solos com perfil melhorado nos aspectos químicos, físicos e biológicos, rotação anual de cultura, plantio de espécies que produzam resíduos suficientes em quantidade e de qualidade e pessoas qualificadas e motivadas.

2.CONSEQÜÊNCIAS DA MONOCULTURA E MANEJO INADEQUADO DO SOLO: Erosão eólica, laminar e em sulcos, degradando os solos e as coleções de água; Redução da Matéria Orgânica do Solo; Maior incidência de plantas invasoras, pragas e doenças; Elevação dos custos de produção; Redução da produtividade; Aumento dos riscos de exclusão de produtores do processo produtivo. 3. ALGUNS QUESTIONAMENTOS: 3.1 COMO PRATICAR UMA AGROPECUÁRIA ONDE CONCILIA-SE QUESTÕES SÓCIO-ECONÔMICAS E AGRO-ECOLÓGICAS? Através do Sistema Plantio Direto ( SPD) e Integração Lavoura Pecuária (ILP) 3.2 QUAIS OS PRINCIPAIS GANHOS DO SPD E ILP PARA A SOCIEDADE EM GERAL? Preservação dos recursos naturais; Melhora a produtividade e estabilidade dos cultivos; Aumenta a geração e distribuição de renda; Reduz custos de produção; Cria novas possibilidades de empregos para mão-de-obra qualificada; Melhora a imagem do agricultor frente a sociedade brasileira e do mundo todo. 3.2 QUAIS SÃO AS BASES FUNDAMENTAIS DO SPD? Solos com perfil melhorado nos aspectos químicos, físicos e biológicos; Plantio de espécies para formação de palha (proteção dos solos); Ausência de preparo do solo e fogo; Obrigatoriedade da rotação anual de culturas. Sendo assim todo e qualquer sistema de plantio que desrespeitar qualquer um dos fundamentos acima não se constitui em SPD. Tendo em vista a problemática histórica da monocultura em nosso País. Surge mais uma questão, ou seja, como implantar o SPD nas propriedades rurais, respeitando-se as bases fundamentais do sistema? Os empresários rurais do oeste baiano estão destinando uma parte da sua área para implantação do SPD. Nessas glebas adota-se os fundamentos básicos do sistema, fazendo-se o monitoramento em um prazo mínimo de execução de 06 anos.

3.3 QUAL É O PRINCIPAL GARGALO PARA ADOÇÃO DO SPD E ILP? Entendimento e capacitação das pessoas. 3.4 QUAIS SÃO AS ALTERNATIVAS EXISTENTES ATÉ O MOMENTO PARA FORMAÇÃO DE PALHA NOS CERRADOS? As principais alternativas econômicas e agronômicas viáveis são: Rotação de culturas introduzindo as culturas de milho, sorgo e arroz nos sistemas de produção; Consorciação de cultivos (Milho + gramíneas, Sorgo + Gramíneas, Arroz + gramíneas e Soja + Gramíneas); Integração lavoura-pecuária (ILP) pastagens; Sobressemeadura. 4. POSSÍVEIS SEQÜÊNCIAS DE ROTAÇÕES DE CULTURAS NO SPD E ILP (INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA) 4.1 Seqüência 01: Área dividida em 02 lotes para um ciclo de rotação anual, utilizando-se as culturas de milho consorciado com Brachiaria ruziziensis e soja: Área Rotação Lote Fração Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 01 1/2 M + B S M + B S M + B S M + B S M + B 02 1/2 S M + B S M + B S M + B S M + B S Legenda: - M+ B = Milho consorciado com Brachiara ruziziensis. - S = Soja. 4.2 Seqüência 02: Área dividida em 03 lotes para um ciclo de rotação anual, utilizando-se as culturas de algodão, milho consorciado com Brachiaria ruziziensis e soja: Área Rotação Lote Fração Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 01 1/3 M + B S A M + B S A M + B S A 02 1/3 S A M + B S A M + B S A M + B 03 1/3 A M + B S A M + B S A M + B S Legenda: - M + B = Milho consorciado com Brachiara ruziziensis. - S = Soja. - A = Algodão

4.3 Seqüência 03: Área dividida em 04 lotes para um ciclo de rotação anual, utilizando-se as culturas de algodão, milho consorciado com B. brizanthas, pastagem (ILP) e soja. Área Rotação Lote Fração Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 01 1/4 M + B P S A M + B P S A M + B 02 1/4 P S A M + B P S A M + B P 03 1/4 S A M + B P S A M + B P S 04 1/4 A M + B P S A M + B P S A Legenda: - M + B = Milho consorciado com Brachiara brizantha. - P = Pastagem - A = Algodão - S = Soja. 5. PRINCIPAIS AÇÕES REALIZADAS NO OESTE BAIANO REFERENTES AO SPD E ILP*: 1º EPDOB (Encontro de Plantio Direto do Oeste Baiano), realizado em junho de 2001 pela AGROLEM**; 2º EPDOB (Encontro de Plantio Direto do Oeste Baiano), realizado em junho de 2002 pela AGROLEM; Fundação do CPD***, criado em junho de 2002 pela AGROLEM e outras entidades do agronegócio; Dias de Campo realizados anualmente a partir de 2002 iniciativa do CPD com o apoio de outras entidades do agronegócio; Lançamento do PAS (Programa de Agricultura Sustentável para o Oeste da Bahia) outubro de 2004 iniciativa da AGROLEM e outras entidades e instituições. * ILP Integração Lavoura-pecuária. ** AGROLEM - Associação dos Engenheiros Agrônomos de Luís Eduardo Magalhães BA. *** CPD Clube de Plantio Direto do Oeste Baiano sediado em Luís E. Magalhães BA.

6. ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS DE PRÁTICAS AGRÍCOLAS EQUIVOCADAS: SCC* algodão erosão em sulco em área 345 terraceada imagem 46. Erosão eólica imagem

SCC algodão baixa infiltração de água apesar SCC algodão perca de água e solo - do preparo profundo do solo imagem 387 imagem 541

SCC após chuva torrencial imagem 717 eólica - SCC algodão erosões: laminar e imagem 940

7. EXPERIÊNCIAS POSITIVAS EM SPD NO OESTE DO ESTADO DA BAHIA: Associação de práticas mecânica e biológica para SPD de soja sobre palha de milho + Brachiaria conservação dos solos e estradas imagem 133 ruziziensis imagem 826

SPD de feijão sobre palha de milho imagem 608 de milho SPD de algodão sobre palha Figura 01 imagem 864

SPD de algodão sobre palha de milho figura 02 Trincheira em SPD de algodão imagem 563 imagem 809

SPD de milho sobre socas de algodão manejadas manejadas com herbicidas figura 01 imagem 171 487 SPD de milho sobre socas de algodão com herbicidas figura 02 imagem

SPD de soja sobre socas de algodão manejadas SPD de soja sobre socas de algodão manejadas com herbicidas figura 01 - imagem 515 com herbicidas figura 02 imagem 434 NOTA: Nos casos de Sistema Plantio Direto (SPD) de milho ou soja sobre socas de algodão manejadas com herbicidas, observar o controle exemplar tanto das socas como das tigüeras de algodão. Desta forma fica demonstrado que existe tecnologia agronômica para destruir as socas e controlar eficazmente as tigüeras de algodão nas culturas de soja ou milho plantadas em rotação com o algodão.

8. ALTERNATIVAS AGRONÔMICAS E ECONÔMICAS PARA FORMAÇÃO DE RESÍDUOS EM SPD NA FRANJA LESTE DOS CERRADOS: Sobressemeadura imagem 507 Consorciação de milho + Brachiaria Ruziziensis imagem 633

Consorciação de soja + Brachiaria ruziziensis Consorciação de soja + B. ruziziensis Figura 01 imagem 876 figura 02 imagem 650 NOTA: Com relação as possibilidades para formação de palha em Sistema Plantio Direto (SPD), entende-se que para a franja leste dos cerrados a melhor alternativa consiste na consorciação de culturas, precisamente a cultura do milho consorciado com gramíneas, tendo em vista que através desta tecnologia produz-se a palha concomitantemente com a produção de grãos de milho. Vale a pena lembrar que as braquiárias utilizadas consorciadas com o milho, não afetam negativamente a produtividade da cultura principal, pois esta tecnologia foi validada cientificamente pela EMBRAPA em 1988.

9. CONCLUSÃO: Entende-se que o principal desafio que nosso País terá que enfrentar nos próximos anos, será conciliar o crescimento econômico da nossa agropecuária com as questões sociais e ambientais. Sendo assim a prática de uma agricultura cada vez diversificada, adotando-se o SPD e a ILP em larga escala na região dos cerrados brasileiros, nos tornará mais competitivos frente a globalização econômica, bem como será possível preservar a natureza e criar novos postos de trabalho para pessoas qualificadas. Acredita-se na capacidade e criatividade de todas as pessoas envolvidas nos diversos segmentos do agronegócio brasileiro, mas penso que está destinado um papel e responsabilidade cada vez maior aos profissionais da engenharia agronômica frente aos novos desafios, que estão exigindo novas atitudes. Entende-se também que Deus nos criou a sua imagem e semelhança, portanto por natureza somos criativos e capazes de contribuir com o progresso da humanidade. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Coleção Sistema Plantio Direto: Palha: Fundamento do Plantio Direto. Dourados MS. 2002. KLUTHCOUSKI, J. et al. Sistema Santa Fé - Tecnologia Embrapa: Integração lavourapecuária: Santo Antonio de Goiás: (Embrapa Arroz e Feijão. 2000. 28p. Circular Técnica, 38). PLATAFORMA PLANTIO DIRETO. Sistema Plantio Direto. http://www.embrapa.br/plantiodireto/introducaohistorico/sistemaplantiodireto.htm. 2000. Disponibilizada em 13.4.2000 SÉGUY, L.; BOUZINAC, S.; MARONEZZI, A.C. Um Artigo do Plantio Direto: Sistemas de Cultivo e Dinâmica da Matéria Orgânica. Goiânia-GO. Fevereiro de 2001.