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UARDO SA PIUIS =gsndevrl Relator

Transcrição:

ACÓRDÃO Registro: 2013.0000166668 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0203107-50.2009.8.26.0100, da Comarca de São Paulo, em que é apelante VERSAILLES INCORPORADORA SPE LTDA, são apelados JADER VALESE MARTINS e ANDREIA VALESE MARTINS. ACORDAM, em 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOÃO CARLOS SALETTI (Presidente sem voto), CESAR CIAMPOLINI E CARLOS ALBERTO GARBI. São Paulo, 26 de março de 2013. Elcio Trujillo RELATOR Assinatura Eletrônica

10ª Câmara Seção de Direito Privado Apelação com revisão n 0203107-50.2009.8.26.0100 Comarca: São Paulo Ação: Rescisão Compromisso Compra Venda e Restituição de valores Apte(s).: Versailles Incorporadora Spe Ltda. Apdo(a)(s).: Jader Valese Martins (e outra) Voto nº 18055 COMPROMISSO DE VENDA E COMPRA Compradores inadimplentes que pleiteiam rescisão do contrato Possibilidade Restituição das parcelas pagas Admissibilidade Relação de consumo configurada - Direito da vendedora ser ressarcida pelas despesas operacionais com o negócio Previsão contratual excessiva e abusiva Entendimento jurisprudencial que o percentual da retenção já engloba tanto as despesas administrativas quanto a cláusula penal - Cláusula penal pelo inadimplemento por culpa dos consumidores com percentual de 20% (vinte por cento) sobre o montante pago, que cobre razoavelmente todas as despesas Devolução de 80% do montante pago, em única parcela, cumprindo efetiva correção dos valores a partir de cada desembolso Medidas destinadas a evitar o enriquecimento sem causa de ambas as partes - Sentença confirmada Aplicação do disposto no artigo 252 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça - RECURSO NÃO PROVIDO. Trata-se de ação de rescisão de compromisso de compra e venda e restituição de valores julgada parcialmente procedente pela r. sentença de fls. 136/139, de relatório adotado. Apela a ré alegando, em resumo, ter direito à retenção em proporção maior sobre o montante pago pelos autores, com exclusão do valor pago a título de comissão, no valor de R$ 8.730,70 que pertence à intermediadora, sendo que foram os autores que deram causa à rescisão do compromisso de venda e compra (fls. 150/155). Pede o provimento do recurso. 162/169). Recurso recebido (fls. 161) e impugnado (fls. Apelação nº 0203107-50.2009.8.26.0100 2

É o relatório. O recurso não comporta provimento. Consiste o contrato em compromisso de venda e compra do apartamento nº 64 do Bloco III do Edifício Azaleia, situado no Condomínio Reserva das Flores, em Guarulhos, mediante pagamento parcelado, materializado às fls. 11/36. Em razão das dificuldades financeiras, insuportabilidade do pagamento das demais prestações e resistência da ré em solucionar o conflito, foi proposta a demanda, com vistas à rescisão do compromisso de venda e compra e à restituição das parcelas pagas. A r. sentença julgou a ação parcialmente procedente para declarar rescindido o contrato entre as partes, ficando a ré, contudo, obrigada a restituir aos autores as parcelas pagas, de uma só vez, autorizada a retenção de 20% (vinte por cento) sobre o montante pago a título de cobertura dos prejuízos suportados com a rescisão, tudo devidamente corrigido a partir de cada desembolso e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês a partir da sentença, estando incluso no montante o valor pago à corretora, pois que a quitação seria dada pela proprietária do imóvel, não se caracterizando pagamento à título de comissão pela corretagem, arcando a ré com 2/3 das custas e despesas processuais e também com os honorários advocatícios dos patronos dos autores em 10% sobre o valor atualizado da condenação. Daí o apelo da ré. Conforme disposto pelo artigo 252, do Regimento Interno desta Corte, em vigor desde 04 de novembro de 2.009, Nos recursos em geral, o relator poderá limitar-se a ratificar os fundamentos da decisão recorrida, quando, suficientemente motivada, houver de mantê-la. No caso em análise, a r. decisão constante de fls. 136/139 analisou de forma objetiva todos os pontos controvertidos do conflito instaurado bem como as provas apresentadas e produzidas, chegando à bem fundamentada conclusão de parcial procedência dos pedidos dos autores. O valor pago pelos autores à intermediadora Del Forte, de R$ 10.930,70 (fls. 66), integra o preço do imóvel, pois o próprio recibo indica que a quitação seria dada pela proprietária do imóvel. Assim, não há qualquer cabimento a apelante se isentar de restituir o valor pago diretamente à intermediadora, pois eles compõem o preço do imóvel. Portanto, verificando-se que nas razões da Apelação nº 0203107-50.2009.8.26.0100 3

apelação não há elementos novos, mas, tão somente, a reiteração de questões já debatidas e enfrentadas pela r. sentença de primeiro grau, forçoso concluir pela aplicabilidade do disposto pelo artigo 252, supra transcrito, para negar provimento ao recurso, ratificando-se os termos da decisão ora combatida. Referente ao tema posto em debate, este Egrégio Tribunal de Justiça vem assim decidindo: COMPROMISSO DE VENDA E COMPRA Imóvel Desistência por parte da compradora Ação de rescisão cumulada com pedido de devolução de valores pagos Reconvenção de uma das rés Pedido de condenação da autora ao pagamento de comissão de corretagem Sentença de procedência parcial da ação e de procedência da reconvenção Contrato rescindido Condenação da autora ao pagamento da comissão à intermediadora da venda Apelação da autora Restituição das quantias pagas pela compradora Pedido exigível Procedência da ação em maior extensão Descumprimento do dever de informação acerca da natureza dos valores pagos pela autora Conduta incompatível com a boa-fé Direito do consumidor de obter a devolução das parcelas pagas, admitida a retenção no percentual de 20% a título de perdas e danos Inteligência do artigo 53 do Código de Defesa do Consumidor Entendimentos pacificados por súmulas deste Tribunal de Justiça Ação procedente Improcedência da reconvenção Apelação provida. (4ª Câmara de D. Privado, Apelação cível nº 0229846-60.2009.8.26.0100, Rel. Des. Carlos Henrique Miguel Trevisan, j. 15.03.2012, v.u.); Ação cominatória para restituição de valores. Instrumento particular de promessa de venda e compra de imóvel. Questão inerente à rescisão contratual, formalizada por meio de distrato. Acordo judicial homologado por sentença que restou irrecorrida, onde estabelecida a restituição dos valores a título de sinal envolvendo a Autora e a Incorporadora do empreendimento. Persistência da pretensão à devolução da comissão de corretagem pelo desfazimento do negócio. Possibilidade. Verba que integra o preço do negócio. Precedentes da jurisprudência. Sentença reformada. Preliminar de negativa de prestação jurisdicional rejeitada e recurso provido em parte. (3ª Câmara D. Privado, Apelação cível nº 0113555-80.2009.8.26.0001, Rel. Des. João Pazine Neto, j. 24.01.2012, v.u.); CONTRATO IMOBILIÁRIO Rescisão por inadimplemento Possibilidade, requerida também pelos próprios devedores em reconvenção Dedução Apelação nº 0203107-50.2009.8.26.0100 4

de 20% do que chegou a ser pago, nos termos do contrato Apelo contra a devolução dos 80% restantes, determinada pela sentença Afirmação da vendedora de que os importes pagos diriam respeito à comissão de corretagem com que arcou, não demonstrada Correção da sentença, apelo improvido. (8ª Câmara D. Privado, Apelação cível nº 9124646-51.2008.8.26.0000, Rel. Des. Luiz Ambra, j.09.11.2011, v.u.); Rescisão de compromisso de compra e venda. Inadimplência dos compradores. Circunstância que não impede a devolução das parcelas pagas e que se faz necessária, sob pena de ferir o art. 53 do CDC. Direito do Consumidor de obter a devolução imediata das parcelas pagas, admitindo-se a retenção de percentual de 20% a título de perdas e danos, incluída a comissão de corretagem. Entendimentos pacificados por súmulas deste Tribunal de Justiça. Devido o pagamento pelo longo período de ocupação do imóvel por parte dos compradores. IPTU e despesas condominiais a cargo dos adquirentes. Juros de mora devidos. Sucumbência recíproca. Recurso parcialmente provido. (8ª Câmara D. Privado, Apelação cível nº 9278514-49.2008.8.26.0000, Rel. Des. Fortes Barbosa, j. 23.02.2011, v.u.). E quanto ao ônus de sucumbência, há posição consolidada pela jurisprudência que, aquele que deu causa à propositura da ação responde pelo ônus da sucumbência, cabendo, portanto, à ré, com relação à verba honorária e, em maior proporção, com relação às custas e despesas processuais, por resistir em restituir o montante devido. Pelo princípio da causalidade, a atividade jurisdicional não deve representar prejuízo para a parte que tem sua pretensão garantida em lei, e a ausência de culpa do sucumbente não interfere na sua responsabilidade em arcar com o ônus da sucumbência. Desta forma, a r. sentença deu adequada e correta solução ao conflito, eis que não superada pelas razões do recurso, merecendo confirmação por seus próprios e bem deduzidos fundamentos. recurso. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao ELCIO TRUJILLO Relator Assinado Digitalmente Apelação nº 0203107-50.2009.8.26.0100 5