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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.213.300 - PR (2010/0178781-0) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES RECORRENTE : SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL ADVOGADO : SÉRGIO HENRIQUE CABRAL SANT'ANA E OUTRO(S) RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282/STF. PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA. SÚMULA 7/STJ. FUNDAMENTO SUFICIENTE INATACADO. SÚMULA 283/STF. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. 1. Ante a ausência de prévio debate deste tema no acórdão recorrido, a análise da incidência, ou não, da Súmula n. 323 do STF à hipótese dos autos não pode ser efetivada na presente via, tendo em vista o óbice previsto na Súmula n. 282/STF, aplicado de forma analógica ao recurso especial. 2. Hipótese em que as instâncias ordinárias reconheceram que os bens apreendidos em poder da recorrente não enquadravam-se no conceito de bagagem, devendo, portanto, submeter-se ao procedimento administrativo para a regularização da importação. Essa conclusão afigura-se inalterável na via eleita, em razão do conteúdo da Súmula n. 7 desta Corte. Precedente citado: AgRg no REsp 1.217.326/PR, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 21.10.2011. 3. A falta de impugnação, no recurso especial, da assertiva, contida no acórdão recorrido, de que a imunidade fiscal não desobriga a comprovação da regular internação de produtos no país inviabiliza o conhecimento da tese recursal de ilegalidade do ato de retenção de mercadorias efetivado sob a justificativa de descumprimento dessa obrigação acessória. 4. Recurso especial não conhecido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos esses autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, o seguinte resultado de julgamento: "A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a), sem destaque." A Sra. Ministra Diva Malerbi (Desembargadora convocada do TRF da 3a. Região), os Srs. Ministros Castro Meira, Humberto Martins e Herman Benjamin (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 07 de março de 2013. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES, Relator Documento: 1215351 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/03/2013 Página 1 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 1.213.300 - PR (2010/0178781-0) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES RECORRENTE : SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL ADVOGADO : SÉRGIO HENRIQUE CABRAL SANT'ANA E OUTRO(S) RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): Trata-se de recurso especial interposto pela Sociedade Bíblica do Brasil, com fundamento no art. 105, III, a, da Constituição da República, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região assim ementado (e-stj, fl. 164): TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PENA DE PERDIMENTO. IMUNIDADE. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA. 1. A imunidade fiscal que aproveitará impetrante, não a desobriga de comprovar a regular internação das mercadorias no País, conforme dispõe o art. 411 do Regulamento Aduaneiro e art. 44 do Decreto-Lei n 37/66. 2. Com exceção das malas diplomáticas, e do despacho aduaneiro simplificado de bens de pessoas físicas, que enquadrem-se no conceito, de bagagem, o que não se apresenta no caso em tela, todos os demais bens que adentrarem ao território brasileiro, necessitam passar pelo crivo do procedimento administrativo competente, qual seja, despacho de importação, tendo em vista a necessidade de regular controle do comércio internacional, com finalidade de verificação das formalidades legais. 3. A obrigação acessória é autônoma, decorre de lei no interesse da administração tributária; e'não tem sua observância vinculada à existência de qualquer obrigação principal, o que significa que remanesce mesmo com a imunidade da impetrante. 4. Apelação improvida. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. A parte recorrente, em suas razões, aponta os artigos 155 e 157 do Decreto 6.759/2009 como violados. Alega, em síntese, que os bens apreendidos são bagagens pessoais em trânsito interno no país, de sorte que não deveria ser exigida a comprovação de que houve internação regular por meio de despacho aduaneiro. Sustenta, ainda, que é entidade beneficiente, imune portanto à cobrança de impostos. Afirma, outrossim, que o acórdão recorrido teria decidido em Documento: 1215351 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/03/2013 Página 2 de 7

contrariedade ao disposto na Súmula 323 do Supremo Tribunal Federal. Apresentadas as contrarrazões (e-stj, fls. 221/223), o recurso especial foi admitido na origem (e-stj, fls. 235/236). É o relatório. Documento: 1215351 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/03/2013 Página 3 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 1.213.300 - PR (2010/0178781-0) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282/STF. PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA. SÚMULA 7/STJ. FUNDAMENTO SUFICIENTE INATACADO. SÚMULA 283/STF. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. 1. Ante a ausência de prévio debate deste tema no acórdão recorrido, a análise da incidência, ou não, da Súmula n. 323 do STF à hipótese dos autos não pode ser efetivada na presente via, tendo em vista o óbice previsto na Súmula n. 282/STF, aplicado de forma analógica ao recurso especial. 2. Hipótese em que as instâncias ordinárias reconheceram que os bens apreendidos em poder da recorrente não enquadravam-se no conceito de bagagem, devendo, portanto, submeter-se ao procedimento administrativo para a regularização da importação. Essa conclusão afigura-se inalterável na via eleita, em razão do conteúdo da Súmula n. 7 desta Corte. Precedente citado: AgRg no REsp 1.217.326/PR, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 21.10.2011. 3. A falta de impugnação, no recurso especial, da assertiva, contida no acórdão recorrido, de que a imunidade fiscal não desobriga a comprovação da regular internação de produtos no país inviabiliza o conhecimento da tese recursal de ilegalidade do ato de retenção de mercadorias efetivado sob a justificativa de descumprimento dessa obrigação acessória. 4. Recurso especial não conhecido. VOTO O SENHOR MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): A irresignação não preenche os requisitos de admissibilidade. Em primeiro lugar, da leitura atenta do acórdão combatido, depreende-se que a discussão a respeito da incidência, ou não, da Súmula 323 do STF à hipótese em análise não foi travada na instância ordinária, circunstância essa que atrai a aplicação da Súmula n. 282/STF, inviabilizando o conhecimento do especial no ponto por ausência de prequestionamento. Se, no caso, entendesse a recorrente que o acórdão fora omisso em qualquer dos pontos suscitados na ocasião da apelação, deveria ter apresentado Embargos de Declaração, para que o Tribunal a quo pudesse sanar possível omissão, e, se essa persistisse, imprescindível que fosse o recurso fundamentado em violação ao artigo 535 do Código de Processo Civil, o que não ocorreu. No que diz respeito à alegação de que o acórdão recorrido teria ofendido os artigos 155 Documento: 1215351 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/03/2013 Página 4 de 7

e 157 do Decreto 6.759/2009, para o acolhimento da tese recursal seria necessário reconhecer como verdadeira a alegação, contida nas razões do recurso especial, de que ficou "comprovado na espécie que não se tratava de irregularidade de internação de mercadoria no País e sim, trânsito de bagagem em viagem dentro do território nacional" (e-stj, fls. 172/173). Essa assertiva, entretanto, vai de encontro com a premissa fática estabelecida pela Corte de origem, conforme consta do excerto transcrito a seguir, de que os bens trazidos pela impetrante não enquadravam-se no conceito de bagagem (e-stj, fl. 162): Com exceção das malas diplomáticas, e do despacho aduaneiro simplificado de bens de pessoas físicas, que enquadrem-se no conceito, de bagagem, o que não se apresenta no caso em tela, todos os demais bens que adentrarem ao território brasileiro, necessitam passar pelo crivo do procedimento administrativo competente, qual seja, despacho de importação, tendo em vista a necessidade de regular controle do comércio internacional, com finalidade de verificação das formalidades legais. A conclusão a que chegou o Tribunal a quo a respeito desse ponto afigura-se inalterável na via eleita, em razão do conteúdo do Enunciado n. 7 da Súmula desta Corte, cujo teor é o seguinte: "a pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial" (nesse sentido, confira-se o seguinte julgado proferido em hipótese semelhante: AgRg no REsp 1.217.326/PR, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 21.10.2011). Frise-se, por oportuno, que a pretensão recursal não circunscreve-se ao campo da valoração de provas, tendo em vista que não depende apenas da avaliação do valor das provas abstratamente considerados pelo julgador. Pressupõe, como visto, a desconstituição do juízo de valor efetuado na origem quanto a estar comprovado determinado fato, providência vedada em sede de recurso especial, por força do óbice citado acima (a propósito: AgRg no AREsp 81.066/MG, Rel. Min. Sidnei Beneti, DJe 29.8.2012). No que se refere a alegação de que a recorrente era, à época, entidade imune à cobrança de impostos, verifica-se que o recurso especial não combateu a tese, estabelecida pelo acórdão recorrido, de que "(...) a imunidade fiscal que aproveita à impetrante, não a desobriga de comprovar a regular internação das mercadorias no País (...)". Destarte, a falta de impugnação de fundamento suficiente, por si só, para manter o acórdão recorrido atrai a aplicação analógica da Súmula 283 do STF, cujo teor estabelece que "é Documento: 1215351 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/03/2013 Página 5 de 7

inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles". Enfim, sob qualquer ângulo, afigura-se inviável a análise do mérito recursal. À vista do exposto, o recurso especial não deve ser conhecido. É como voto. Documento: 1215351 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/03/2013 Página 6 de 7

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2010/0178781-0 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.213.300 / PR Números Origem: 200070020021229 9600040788 PAUTA: 07/03/2013 JULGADO: 07/03/2013 Relator Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA VASCONCELOS Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI AUTUAÇÃO RECORRENTE : SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL ADVOGADO : SÉRGIO HENRIQUE CABRAL SANT'ANA E OUTRO(S) RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Procedimentos Fiscais - Perdimento de Bens CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a), sem destaque." A Sra. Ministra Diva Malerbi (Desembargadora convocada do TRF da 3a. Região), os Srs. Ministros Castro Meira, Humberto Martins e Herman Benjamin votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: 1215351 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/03/2013 Página 7 de 7