ARTIGO CIENTÍFICO Avaliação de bebês portadores de fissura labiopalatina em relação à higiene oral Evaluation babies with cleft lip and/or palate related to the oral hygiene Agda Maria de MOURA* Marcia ANDRE** Juliana O. R. Abi FARAJ*** Reinaldo BRITO E DIAS**** RESUMO Avaliou-se a prevalência de cárie relacionada à ausência de higiene oral, em bebês portadores de fissura labiopalatina, na faixa etária entre 6 e 36 meses. As crianças eram atendidas no Ambulatório da Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial, do Depto. de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo Faciais da FOUSP. Profilaxia prévia ao exame clínico foi realizada para aumentar a confiabilidade do diagnóstico de cárie, o qual foi obtido por meio da inspeção visual e tátil, sob iluminação artificial. Selecionou-se 143 crianças sem distinção de gênero, distribuídas em 5 faixas etárias: 06-12; 13-18; 19-24; 25-30 e 31-36 meses. A análise estatística utilizou o Teste Qui-quadrado, ajustado pela Estatística de Fisher. Ao ser analisada a ausência de higiene oral em relação à experiência de cárie, não se observou significância estatística (p=0,626). Quando se avaliou a prevalência de cárie frente ao aumento da idade e a ausência de higienização houve associação estatísticamente significante (p< 0,001). Concluiu-se que, para esta amostra, a ausência de higiene oral não foi fator de incremento na manifestação da cárie. Palavras-chave: Fenda Labial ; Higiene Bucal; Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância. ABSTRACT The study evaluated the caries prevalence related to the lack of oral hygiene in babies aged 6 to 36 months, with cleft lip and/or palate. Those children were treated in the Ambulatory of the Discipline of Bucco-Maxillo-Facial Prostheses, from the Department of Surgery, Prostheses and Maxillo-Facials Traumatology of the FOUSP. Before the clinical exam, prophylaxis was done to increase reliability of the visual and tactile inspection under artificial light. Were selected 143 children regardless of gender, distributed into 5 age groups: 06-12; 13-18; 19-24; 25-30 e 31-36 months old. The statistical analysis used the Q-Square-Test, adjusted by the Fischer s Statistic. The analysis of the lack of oral hygiene correlated with the caries experience was not statistically significant (p=0,626). When the prevalence of caries was evaluated front to the increase of the age and the lack of oral hygiene, a statistical significant association was found (p< 0,001). The findings of the research didn t show, in the sample, the lack of oral hygiene as a factor to increase the caries presence. Keywords: Cleft Lip ; Oral Hygiene; Integrated Management of Childhood Illness. * Mestre em Odontologia pela FOUSP - área de concentração Prótese Buco Maxilo Facial ** Mestre e Doutora em Odontologia pela FOUSP - área de concentração Prótese Buco Maxilo Facial *** Mestre em Odontologia pela FOUSP - área de concentração Prótese Buco Maxilo Facial **** Mestre e Doutor em Odontologia pela FOUSP - área de concentração Prótese Buco Maxilo Facial 64 Revista Odonto v. 17, n. 34, jul./dez. 2009, São Bernardo do Campo, SP, Universidade Metodista de São Paulo
MOURA, A. M.; ANDRE, M.; FARAJ, J. O. R. A.; BRITO E DIAS, R. INTRODUÇÃO A visão contemporânea da cárie dental se insere no contexto de uma doença bio-social 14, em que a multiplicidade de variáveis extraodontológicas condiciona a existência ou não da doença, influindo no ritmo e na velocidade em que ela se expande de tal forma que o desenvolvimento econômico, a forma de organização do governo e ideologia do Estado, padrões de cultura, tradição e nível educacional popular, regulam a formação de hábitos alimentares e as condutas de higiene pessoal e coletiva; sendo todas partes integrantes do processo sáude-doença, determinando a qualidade de vida do índividuo 7. A higiene oral é um dos procedimentos que participam da higiene pessoal, e particularmente interessa ao cirurgião dentista, por atuar como medida de prevenção individual na doença cárie. Mesmo que a cárie esteja sujeita à nova visão de doença, a higiene oral e o uso de incrementos fluorados ainda são medidas preventivas relevantes no ciclo bioquímico da instalação da cárie 7,9. As fissuras labiopalatinas podem vir acompanhadas de anomalias dentais, em especial na área da fissura, como dentes em T ou X, giroversões, hipoplasias de esmalte 8, fusões e geminações 5, as quais promovem dificuldade adicional durante a limpeza diária da cavidade oral, algumas por aumentarem a sensibilidade do elemento dental e/ou por dificultarem a visualização, outras ainda por reterem mais alimentos na região. Uma dificuldade adicional na higienização são as erupções ectópicas 5, que não raro ocorrem no fundo de sulco. Decorrente das anomalias acima citadas, alguns autores 5,11 afirmaram que o risco de cárie é alto, assim como o risco de cáries rampantes. A presença de fístulas provoca um maior acúmulo de fluídos nasais, retendo alimentos e placa na cavidade oral, facilitando maior aderência do biofilme dental 4. A higienização da cavidade oral é um procedimento que elimina o biofilme espesso e eleva o ph, prevenindo a manifestação de lesões cariosas. MATERIAL E MÉTODOS Após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FOUSP, com parecer de número 93/ 95, se deu inicio a esta pesquisa. Foram incluídos bebês portadores de fissuras de lábio e/ou palato na faixa etária entre 6 e 36 meses, que estavam registrados no Ambulatório da Disciplina de PBMF desde os primeiros meses de vida, apresentando pelo menos dois elementos dentais erupcionados e utilizando água de abastecimento público fluoretada. Um único examinador coletou os dados, no período de agosto de 2005 a junho de 2007. A ficha de coleta de dados continha odontograma, onde se anotou o estado dos elementos dentais e questionário investigativo sobre hábitos de higiene oral. Após o consentimento dos pais, por escrito, selecionou-se 143 crianças. Profilaxia prévia ao exame clínico foi realizada para aumentar a confiabilidade do diagnóstico de cárie que foi obtido por meio da inspecção visual e tátil, com sonda exploradora de ponta romba, sob iluminação artificial. Aplicou-se questionário sob forma de diálogo, averiguando-se a realização da higiene oral, quanto ao modo e a frequência. Repetiram-se as perguntas de forma diversa, visando avaliar se as respostas recebidas referiamse aos procedimentos que os pais efetivamente executavam. Os dados foram tabelados e submetidos à análise estatística aplicando-se o Teste de Quiquadrado, ajustado pela Estatística de Fischer. RESULTADOS Os resultados são mostrados nas tabelas 1-3. Revista Odonto v. 17, n. 34, jul./dez. 2009, São Bernardo do Campo, SP, Universidade Metodista de São Paulo 65
TABELA 1 Números absoluto e percentual das crianças com cárie segundo a ausência de higiene oral p = 0,626 Ausência de higiene oral sim não Total com cárie 2 (1,39%) 25 (17,48%) 27 (18,88%) sem cárie 11 (7,69%) 105 (73,42%) 116 (81,12%) Total 13 (9,09%) 130 (90,90%) 143 (100,0%) TABELA 2 Números absoluto e percentual das crianças segundo a experiência de cárie e ausência de higiene oral nas faixas etárias Ausência de higiene oral Meses sim não Total com cárie sem cárie com cárie sem cárie 06-12 0 (0,00%) 5 (3,49%) 0 (0,00%) 20 (13,98%) 25 (17,48%) 13-18 1 (0,69%) 4 (2,79%) 0 (0,00%) 25 (17,48%) 30 (20,97%) 19-24 0 (0,00%) 2 (1,39%) 4 (2,79%) 24 (16,78%) 30 (20,97%) 25-30 0 (00,0%) 0 (00,0%) 10 (6,99%) 17 (11,88%) 27 (18,88%) 31-36 1 (0,69%) 0 (0,00%) 11 (7,69%) 19 (13,28%) 31 (21,67%) Total 2 (1,39%) 11 (7,69%) 25 (17,48%) 105 (73,42%) 143 (100,0%) * faixa etária agrupada em meses p < 0,001 TABELA 3 Números absoluto e percentual das crianças segundo a experiência de cárie, freqüência diária e tipo de higienização frequência cárie tipo de higienização diária sim não gase/fralda escova/dedeira Σ indivíduos 0 2 (1,39%) 11 (7,69%) 0 (0,00%) 0 (0,00%) 13 (9,09%) 1 4 (2,79%) 21 (14,68%) 4 (2,79%) 21 (14,68%) 25 (17,48%) 2 8 (5,59%) 39 (27,27%) 10 (6,99%) 37 (25,87%) 47 (32,86%) 3 13 (9,09%) 38 (26,57%) 3 (2,90%) 48 (33,56%) 51 (35,66%) 4 0 (0,00%) 7 (4,89%) 5 (3,49%) 2 (1,39%) 7 (4,89%) Total 27 (18,88%) 116 (81,12%) 22 (15,38%) 108 (75,52%) 143 (100,0%) DISCUSSÃO A instalação da doença cárie depende dos fatores primários (hospedeiro, microbiota e ambiente) associados aos fatores secundários (classe social, renda familiar, conhecimento, atitude, comportamento e educação) 7,14.. As crianças avaliadas neste estudo pertenciam a uma classe social que dependia de uma assistência institucional. A microflora bucal apresenta bactérias cariogênicas e não cariogênicas, sendo que as desmineralizações ocorrem quando as condições orais 66 Revista Odonto v. 17, n. 34, jul./dez. 2009, São Bernardo do Campo, SP, Universidade Metodista de São Paulo
MOURA, A. M.; ANDRE, M.; FARAJ, J. O. R. A.; BRITO E DIAS, R. favorecem as cariogênicas 10. Fatores que promovem a alteração do ph e permitem maior fermentação de carboidratos favorecem a cavitação bem como a instalação da cárie. As crianças fissuradas apresentam anomalias dentais, sobras teciduais e/ou retrações cicatriciais pós operatórias que podem dificultar a realização de adequada higiene oral. Ainda no pós-operatório, as fístulas podem facilitar o desequilíbrio do ph, promovendo ambiente favorável para a proliferação de bactérias cariogênicas, facilitando a manifestação da cárie. O questionário, sob forma de diálogo, procurou responder questões tais como se os pais ou responsáveis haviam recebido informação sobre a preservação da saúde oral, se realizavam a higiene bucal de seu bebê e se tinham algum tipo de dificuldade nesse procedimento. A maioria dos pais (92%) relataram que o cirurgião dentista do ambulatório da FOUSP foi o primeiro a orientar quanto a necessidade de higienizaçaõ oral. Um pequeno número de pais ou responsáveis afirmaram que na maternidade aprenderam a higienização bucal. As esquivas apresentadas pelos pais ou responsáveis para a não realização da higiene oral, ou uma inadequada higienização, foram o medo ou a dificuldade de manipular a cavidade fissurada, tanto no pré como no pós-operatório. Estas esquivas também foram relatadas por Neves (2002) 11, que ainda acresenta o desconhecimento dos pais quanto a necessidade de higiene oral em bebês. Aproximadamente 35%, dos 90,90% de pais ou responsáveis que realizavam a higienização afirmaram ter medo que este procedimento machucasse seu bebê. Entre as mães que não realizavam qualquer tipo de higiene oral, uma relatou repulsa devido ao aspecto da cavidade oral fissurada. Mesmo com estas dificuldades, na correta higienização da cavidade oral dos bebês desta amostra, a cárie se instalou em apenas 18,88% do grupo estudado, e conforme as definições de Krasse (1988) 9 as crianças apresentavam um alto Risco Real de Cárie, porém desenvolveram pouca cárie. A literatura é ampla e diversa, variando desde a presença do S. Mutans relacionado à higiene oral deficiente, a presença da película de biofilme espessa e o uso de flúor, entre outros. Pimentel (1986) 12 analisando o controle mecânico da placa bacteriana por meio da higiene oral, verificou que a maior presença do biofilme espesso está diretamente relacionada ao fator socioecômico. Das 143 crianças do estudo, apenas 13 referiam ausência de higiene oral, das quais somente 2 (15,38%) apresentavam cárie, enquanto 11 (84,62%) estavam livres de cárie (Tabela 1). Estatisticamente não foi significante (p=0,626), exceto quando a higiene oral foi associada à variável aumento da idade, mostrando siginificância estatística, com p<0,001 (Tabela 2). Isto faz bastante sentido porque com o aumento da idade, também o número de dentes na boca aumenta, e assim um maior número de superfícies susceptíveis à cárie. Foi avaliada também a freqüência diária de higienizações, a qual pode ser vista na tabela 3. Quando o valor da freqüência informado era zero ou uma vez/dia, esta foi considerada inadequada, para 2 ou mais higienizações/dia o procedimento foi considerado adequado. Estatisticamente observou-se que a relação da ausência de higiene oral como fator de incremento na manifestação de cárie foi negativa, porém clinicamente é possível inferir que quando a freqüência diária de higienizações atingiu 4 vezes, o índice de cárie foi zero, indicando uma menor incidência clínica de lesões cariosas. Para zero, uma, duas ou três higienizações/dia o percentual de cárie obteve uma média de 18,47%, próximo da média geral da amostra, a qual foi de 18,88%. A água do município de São Paulo apresenta um bom nível de fluoretação, sendo da ordem 0,7 mg/l F 13. Como fator de prevenção coletiva esta é uma medida eficiente, como demonstrado por Tomita et al. (1996) 15. As crianças estudadas, mesmo sendo portadoras de uma malformação congênita que colabora para a manifestação da doença, apresentaram índices aceitáveis de contaminação. Os critérios que pontuaram a inclusão das crianças neste estudo requeriam que elas fossem registradas, desde os primeiros meses de vida, no Ambulatório da Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial e utilizassem água fluoretada. Nas Revista Odonto v. 17, n. 34, jul./dez. 2009, São Bernardo do Campo, SP, Universidade Metodista de São Paulo 67
visitas ao ambulatório, no inicio semanalmente e depois com freqüência mensal, os pais ou responsáveis eram sistemáticamente orientados em relação a adequação da dieta e higiene oral de seus bebês. Estas crianças recebiam medidas preventivas coletivas e individuais quanto à prevenção da doença cárie, levando desta forma a um baixo índice de cárie. O fato destas crianças procurarem o Ambulatório da Disciplina de PBMF devido à presença da fissura e não pela contaminação por cárie também contribuíu para o baixo índice observado. Embora conclui-se que a ausência de higiene oral não incrementou a experiência de cárie nesta amostra, não significa que o trabalho de implantação de orientações básicas deva ser desestimulado, uma vez que o número de crianças sem higienização era muito pequeno e pode estar influindo nos resultados. Recomenda-se estudos com amostras mais representativas. CONCLUSÕES Com o presente estudo, pode-se concluir que: 1. os bebês portadores de fissura labiopalatinas desta amostra não apresentaram um alto índice de cárie; 2. a ausência de higine oral não se comportou como fator de incremento na manifestação da doença cárie para a faixa etária entre 6 e 36 meses. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ANKOLA A.V.; NAGESH L.; HEGDE P.; KARIBASAPPA G.N. Primary dentition status and treatament needs of children with cleft lip and/or palate. J Indian Soc Pedod Prev Dent, n. 80, v. 2, p.80-82, 2005. 2. BYAN Z, D.U. M.; BEDI R.; HOLT R.; JIN H.; FAN M.; Caries prevalence and oral health behavior in Chinese children with cleft lip and/or palate. Pediatr Dent, v. 23, n. 5, p. 431-434, Sep./Oct. 2001. 3. CASTILHO A.R.S.F.; NEVES L.T.; CARRARA C.F.R. Evolution of Oral Health Knowledge and Oral Health Status in Mothers and Their Children With Cleft Lip and Palate. Cleft Palate Craniofac J, Lewiston, v. 43, n. 6, p. 726-730, Nov. 2006. 4. Cheng L.L.; Moor S.L.; Ho C.T.C. Predisposing factors to dental caries in children with cleft lip and palate: A review and strategies for early prevention. Cleft Palate Craniofac J, n.44, v. 6, p. 67-78, 2007. 5. DALBEN G.S.; COSTA B.; GOMIDE M.R. Características Básicas do Bebê Portador de fissuras Lábio-Palatal- aspectos de Interesse para o CD. Rev Ass Paul Cirurg Dent, v.56, n. 3, p.223-226, mai./ jun., 2002. 6. DUQUE C.; DALBEN G.S.; ARANHA A.M.F.; CARRARA C.F.C.; GOMIDE M.; COSTA B. Chronology of deciduous Teeth Eruption in Children with Cleft Lip and Palate. Cleft Palate Craniofac J, Lewiston, v. 42, n. 6, p. 687-693, 2005. 7. FEJERSKOV O. Concept of dental caries and their consequences for understanding the disease. Commun Dent Oral Epidemiol, v.25, n. 1, p.5-12, 1997. 8. JOHNSEN D.C.; DIXON M. Dental caries of primary incisors in children with cleft lip and palate. Cleft Palate J, Pittsburgh, v. 21. n. 2, p. 104-109, Apr. 1984. 9. KRASSE B. Risco de Cárie - Um Guia Prático de Avaliação e Controle. Quintessence Editora, tradução: ANDRADE JLF, São Paulo, 2 ed., 113p. 10. MILGRON P.; REIDY C.A.; WEINSTEIN P.; TANNER A.C.; MANIBUSAN L.; BRUSS J. Dental caries and its relationship to bacterial infection, hypoplasia, diet and oral hygiene in 6- to 36- month-old children. Community Dent Oral Epidemiol, v. 28, v. 4, p. 295-306, 2000. 11. NEVES, L.T. Avaliação da prevalência, severidade e distribuição da doença cárie e dos fatores relacionados à higiene bucal em portadores de fissura labiopalatal nas faixas etárias de 7 a 66 meses. São Paulo, 2002. 133p. Dissertação (Mestrado em Odontopediatria) Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. 12. PIMENTEL I. J. G. Relação entre condição sócio econômica, idade e sexo com higiêne bucal e prevalência de cárie dentária em paciente portadores de fissuras lábio palatais. 1986. 32f. Monografia (Especialização em Odontopediatria) Hospital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais, Universidade de São Paulo, Bauru. 13. SABESP. Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Disponível em URL: http://www.sbaesp.com.br (Clientes e Serviços/fluoretção das águas) [18/11/2007] 14. SANT ANNA G.R.; BÖNECKER M.S.; DUARTE D.A.; SUGA S.S. Caderno de odontopediatria - cariologia diagnostico, conceito e tratamento. Ed.santos, 1 ed. São Paulo 2001 82p. 15. TOMITA N.E.; COSTA B.; SANTOS C.F.; PALMA R.G.; LOPES E.S. Prevalência de cárie dentária em crianças portadoras de fissuras lábio palatais. Rev Fac Odontol Bauru, v. 4 n. 3/4, p. 33 38, jul./dez.1996. Recebimento: 7/6/2008 Aceito: 2/3/2008 Agda Maria de Moura Av. Senador Vergueiro, 2685 Bloco 11A apto. 103 Bairro Jardim Copacabana - São Bernardo do Campo, SP Cep: 09601-000 Email: agdamoura@usp.br agdamm17@yahoo.com.br 68 Revista Odonto v. 17, n. 34, jul./dez. 2009, São Bernardo do Campo, SP, Universidade Metodista de São Paulo