PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM DIADEMA-SP

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Transcrição:

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME - MDS FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R.G.SUL - FAURGS REDE INTEGRADA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - R E D E S A N CURSO DE FORMAÇÃO DE GESTORES PÚBLICOS DE SAN FGP-SAN-2010 MÓDULO III E MODULO IV PAA E SISAN PRODUÇÃO TEXTUAL FINAL ARQUIVO DISPONIBILIZADO NA BIBLIOTECA VIRTUAL DO PROJETO REDESAN Título: Programa de Aquisição de Alimentos e Implantação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional em Diadema - SP. Autor: Cristiane Ferreira da Silva; Érika Mayumi Higuchi; George Franklin do Carmo Figueiredo; Maria José Lima de Aragão Silva. Palavras Chave: PAA; SISAN; Diadema/SP. PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM DIADEMA-SP CRISTIANE FERREIRA DA SILVA ÉRIKA MAYUMI HIGUCHI GEORGE FRANKLIN DO CARMO FIGUEIREDO MARIA JOSÉ LIMA DE ARAGÃO SILVA DIADEMA - SP NOVEMBRO DE 2010

2 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME - MDS FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R.G.SUL - FAURGS REDE INTEGRADA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - R E D E S A N CURSO DE FORMAÇÃO DE GESTORES PÚBLICOS DE SAN FGP-SAN-2010 MÓDULO III E MODULO IV PAA E SISAN PRODUÇÃO TEXTUAL FINAL (MB) PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM DIADEMA-SP CRISTIANE FERREIRA DA SILVA Diadema/SP (11) 4057-8003 cristiane.ferreira@diadema.sp.gov.br ÉRIKA MAYUMI HIGUCHI Diadema/SP (11) 4056-7436 emayumih@hotmail.com GEORGE FRANKLIN DO CARMO FIGUEIREDO Diadema/SP (11) 9514-9990 - (11) 4057-7436 george.franklin@diadema.sp.gov.br MARIA JOSÉ L. ARAGÃO SILVA Diadema/SP (11) 4057-7436 lita.mj@hotmail.com Trabalho apresentado como requisito de conclusão do Curso de Formação de Gestores Públicos de SAN-2010 [O conteúdo e forma do trabalho são de responsabilidade do(s) autor (es)]

3 Sumário 1. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)... 4 1.1. Introdução... 4 1.2. Atividades desenvolvidas... 6 1.3. Público alvo... 6 1.3.1 Produtores... 6 1.3.2 Consumidores... 6 1.3.3 O que se conhece desses produtores... 7 1.4. Parcerias internas... 7 1.5. Parcerias externas... 7 1.6. Pontos fortes... 7 1.7. Pontos fracos... 8 1.8. Proposta para o Conselho de Segurança Alimentar de Diadema... 8 1.9. Convênios firmados... 8 1.10. Metas Atuais... 9 2. Sistema de Segurança Alimentar Processo de Implantação... 10 2.1. Minuta do Projeto de Lei... 11 3. Considerações Finais... 17 4. Referencias Bibliográficas... 18 5. Anexos... 19

4 1. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) 1.1. Introdução As primeiras idéias sobre o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar - PAA surgiram durante a formulação do Programa Fome Zero, lançado em outubro de 2001 pelo Instituto de Cidadania. Logo no início do Governo Lula, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) passou a discutir as diretrizes que orientariam o Programa. Em 02 de julho de 2003, o PAA foi oficialmente instituído pela Lei nº. 10.696, artigo 19 que diz: Fica instituído o Programa de Aquisição de Alimentos com a finalidade de incentivar a agricultura familiar, compreendendo ações vinculadas à distribuição de produtos agropecuários para pessoas à situação de insegurança alimentar e à formação de estoques estratégicos. Com essa Lei instituída o objetivo do Programa tornou-se garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional; contribuir para formação de estoques estratégicos; permitir aos agricultores familiares que estoquem seus produtos para serem comercializados a preços mais justos; promover a inclusão social no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar. A operacionalização do Programa é feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MDS e Companhia Nacional de Abastecimento- CONAB, em parceria com Governos Estaduais e Municipais, organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Um grupo gestor coordenado pelo MDS e com representantes do Ministério da Fazenda, Ministério do Desenvolvimento Agrário MDA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão faz o acompanhamento do Programa, definindo as normas para a sua implementação.

5 Com o processo de concentração urbana na Região Metropolitana de São Paulo, assim como a forte industrialização de seus municípios, a produção agrícola se distanciou do centro do consumidor, situação agravada em Diadema em razão de sua posição geográfica nesta região. A distância dos locais de produção e demanda concentrada tornam o preço dos alimentos muito altos e inacessíveis à parte da população mais carente, diminuindo tanto a quantidade quanto a qualidade de sua alimentação. O município de Diadema insere-se no até então Programa Compra Direta da Agricultura Familiar - CDLAF de acordo com a lei 10.696/2003. A isenção do CDLAF em relação à lei 8.666/93 possibilita que os municípios e estados comprem direto da agricultura familiar, agilizando o processo da aquisição dos alimentos que serão distribuídos aos programas de segurança alimentar (alimentação escolar, restaurantes populares, bancos de alimentos e entidades beneficentes e assistenciais). A implementação da Compra para Doação Simultânea Municipal, nome hoje atualizado em relação ao Programa de Aquisição de Alimentos Municipal, é um importante passo para o fortalecimento do sistema local de segurança alimentar e a manutenção de um elo entre os produtores de municípios do interior do estado e os consumidores da região metropolitana. O objetivo do Programa Compra para Doação Simultânea Municipal, é fortalecer o agricultor, seja ele local ou de outra região, utilizando os seus produtos para a execução das demandas dos Restaurantes Populares Municipais, onde são oferecidas no mínimo duas mil e duzentas refeições por dia, propiciar que parte desta produção seja enviada para o Banco Municipal de Alimentos para serem distribuídos às Entidades parceiras para atendimento da população em situação de vulnerabilidade social e para demais Programas municipais visando o enriquecimento das refeições preparadas de forma direta pela prefeitura para atendimento de usuários da rede pública municipal de Assistência Social.

6 1.2. Atividades desenvolvidas Intercambio entre Prefeitura, Sindicato de Agricultores e Casa do Agricultor; Cadastramento de produtores; Reunião com produtores para discutir comercialização direta; Compra de alimentos e distribuição para o Banco de Alimentos, Restaurante Popular e Alimentação Escolar. 1.3. Público alvo 1.3.1 Produtores O PAA é voltado para agricultores familiares enquadrados no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), bem como aqüicultores, pescadores artesanais, silvicultores, extrativistas, indígenas, quilombolas, atingidos por barragens, membros de comunidades remanescentes de quilombos e agricultores assentados. O limite de aquisições é definido pelo Decreto que regulamenta o Programa. Atualmente, o valor máximo é de R$ 4.500,00, por agricultor familiar/ano, exceto o Programa de Incentivo ao Consumo e à Produção do Leite cujo teto é semestral. 1.3.2 Consumidores Populações em situação de insegurança alimentar. Em Diadema, esses alimentos são encaminhados para os Restaurantes Populares e o Banco de Alimentos onde encaminham para entidades cadastradas.

7 1.3.3 O que se conhece desses produtores São agricultores que tinham dificuldades de comercializar seus produtos de forma direta e por este motivo eram explorados por atravessadores. A partir deste programa, passaram a se organizar para viabilizar a comercialização direta. 1.4. Parcerias internas Secretaria de Finanças Secretaria de Educação Secretaria de Comunicação Secretaria de Assuntos Jurídicos Banco de Alimentos Restaurante Popular 1.5. Parcerias externas MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome Sindicato dos Trabalhadores Rurais Casas de Agricultura 1.6. Pontos fortes Preços de referência para a agricultura familiar; Garantia de renda e sustentação de preços aos agricultores familiares Aquisição de produtos diretamente da agricultura familiar, sem a necessidade de licitação, através do mercado institucional; Aquisição de produtos diretamente sem a ação dos atravessadores; Fortalecimento do associativismo e do cooperativismo; Fortalecimento dos Sindicatos; Promoção de segurança alimentar e nutricional das populações urbanas e rurais;

8 Formação de estoques estratégicos; Melhoria da qualidade dos produtos da agricultura familiar; Incentivo à organização dos produtores dando foco a comercialização direta dos seus produtos; Reforço à estruturação de circuitos locais e regionais de abastecimento; Incentivo ao manejo agroecológico dos sistemas produtivos e ao resgate e preservação da biodiversidade; Redução do subsídio repassado para os Restaurantes Populares do município; Reforço nas distribuições dos alimentos para o Banco de Alimentos e no cardápio da Alimentação Escolar; Permanência do produtor no campo evitando o êxodo rural. 1.7. Pontos fracos Despreparo dos produtores para comercializar seus produtos. Insegurança dos produtores em vender seus produtos para a Prefeitura. Falta de divulgação do programa. 1.8. Proposta para o Conselho de Segurança Alimentar de Diadema Participação ativa dos Conselheiros na execução do programa, bem como nas visitas aos Produtores Rurais, organizações e Sindicatos. Acompanhamento da prestação de contas do programa. 1.9. Convênios firmados Convênio firmado em 2004: Repasse MDS: R$ 167.138,00; 178 toneladas de alimentos adquiridos; 65 agricultores familiares dos municípios de Ibiúna, Pilar do Sul, Barra do Turvo todos no estado de São Paulo.

9 Convênio firmado em 2007: Repasse MDS: R$ 314.219,67; 283 toneladas de alimentos adquiridos; 101 agricultores familiares dos municípios paulistas de Ibiúna, Pilar do Sul, Barra do Turvo, Jacupiranga, São Paulo e Miracatu além de Itinga em Minas Gerais. Convênio firmado em 2010 (em execução): Repasse MDS: R$ 1.035.000,00 para aquisição de alimentos; 450 toneladas de alimentos deverão ser adquiridos; 230 agricultores familiares beneficiados em fase de cadastramento. 1.10. Metas Atuais Complementar a alimentação oferecida pelos restaurantes populares municipais para produção de 2200 refeições/dia; Distribuir produtos adquiridos para 76 entidades sociais através do Banco Municipal de Alimentos para atendimento de 16.000 pessoas em situação de vulnerabilidade social, alimentar e nutricional. Complementar a alimentação oferecida aos usuários das instituições de assistência social do município.

10 2. Sistema de Segurança Alimentar Processo de Implantação Em outubro de 2010, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação iniciamos um processo de muita importância para o Município de Diadema, que é a discussão a cerca da implantação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional SISAND. Foi assim que no dia 27 de outubro, organizamos uma planária com a participação de mais ou menos 350 pessoas, lançando essa discussão. Dando continuidade no processo de Implantação do Sistema que se iniciou com esse evento, estamos em processo de organização de 5 Plenárias Regionais de acordo com as datas e locais abaixo relacionados: Região Sul Data: 17/11/ 2.010 às 14:00h Local: Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes Av. Nossa Senhora dos Navegantes,144 Eldorado Região Leste Data: 19/11/ 2.010 às 14:00h Local: Paróquia Menino Jesus Rua Luis de Vasconcelos, 100, J. Marilene Região Oeste Data: 22 /11/ 2.010 às 14:00h Local: TABEA - Sociedade Batista de Beneficiencia Av. Dona Ruyce Ferraz Alvin, 1.385, Serraria Região Norte Data: 24/11/ 2.010 às 14:00h Local: Restaurante Popular Campanário Rua Luis Carlos Prestes, 606 J. São Judas

11 Região Centro Data: 26/11/ 2.010 às 14:00h Local: Paróquia Imaculada Conceição Rua Manoel de Nóbrega, 150 Centro O objetivo dessas plenárias é a publicização do Sistema Nacional de SAN, os avanços no município e a discussão acerca da elaboração da minuta do projeto de Lei que cria o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional de Diadema SISAND, conforme deliberação da II Conferência Municipal de SAN realizada em outubro do ano passado 2.1. Minuta do Projeto de Lei CONSIDERANDO o Fundamento da dignidade da pessoa humana expresso na Constituição Federal e o artigo 6º do texto constitucional, que inclui a alimentação como um direito social. CONSIDERANDO a Lei Federal 11.346/2006, que Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. CONSIDERANDO a Lei Orgânica do Município de Diadema, em especial o Capítulo X, Seção I, artigos 270 e 271 e a Lei Complementar 282/2008. Propõe a aprovação de Lei Orgânica Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional que Cria o Sistema Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Diadema SISAND com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências.

12 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1o Esta Lei estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do Sistema Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional SISAND, por meio do qual o poder público municipal, com a participação da sociedade civil organizada, formulará e implementará políticas, planos, programas e ações com vistas a assegurar o direito humano à alimentação adequada. Art. 2º A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, conforme garantido pelo artigo 6º da Constituição Federal devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. 1o A adoção destas políticas e ações deverá levar em conta as dimensões ambientais, culturais, econômicas, regionais e sociais. 2o É dever do poder público respeitar, proteger, promover, prover, informar, monitorar, fiscalizar e avaliar a realização do direito humano à alimentação adequada. 3º- É dever do município a formulação de políticas públicas específicas com a finalidade de assegurar à população a realização do direito de que trata esta Lei, sendo vedada a utilização dos alimentos como instrumento de pressão política, social e econômica. CAPÍTULO II DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Art. 3o A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Art. 4o A segurança alimentar e nutricional abrange: I a ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, em especial da agricultura tradicional e familiar, do processamento, da industrialização, da comercialização, dos acordos internacionais, do abastecimento e da distribuição

13 dos alimentos, incluindo-se a água potável, da geração de emprego e trabalho e da distribuição da renda. II. a conservação da biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos; III. a promoção da saúde, da nutrição e da alimentação da população, incluindo-se grupos populacionais específicos e população em situação de vulnerabilidade social; IV. a garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos, bem como seu aproveitamento, estimulando práticas alimentares e estilos de vida saudáveis que respeitem a diversidade étnico- racial, cultural religiosa e de orientação sexual da população ; V. a produção de conhecimento e o acesso à informação; e VI. a implementação de políticas pública e estratégias sustentáveis e participativas de produção, comercialização e consumo de alimentos. CAPÍTULO III DO SISTEMA MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Art. 5º O Sistema Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional será integrado por um conjunto de órgãos e entidades do Município, e em parceria com instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, afetas à segurança alimentar e nutricional e que manifestem interesse em integrar o Sistema, respeitada a legislação aplicável, com vistas em garantir o direito humano à alimentação adequada à população de Diadema. Art. 6o O SISAND reger-se-á pelos seguintes princípios: V. universalidade e eqüidade no acesso à alimentação adequada, sem qualquer espécie de discriminação; VI. preservação da autonomia e respeito à dignidade da pessoa humana; VII. participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento e controle das políticas e dos planos de segurança alimentar e nutricional na esfera municipal; e VIII. transparência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e dos critérios para sua concessão. Art. 7º O SISAND tem como base as seguintes diretrizes: VII. promoção da intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não-governamentais; VIII. descentralização das ações e articulação entre as secretarias de governo;

14 IX. monitoramento da situação alimentar e nutricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para o município; X. conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à alimentação adequada, com ações que ampliem a capacidade de subsistência autônoma da população; XI. articulação entre orçamento e gestão; e XII. estímulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos humanos. Art. 8º. O SISAND tem por objetivos formular e implementar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional, estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil, bem como promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da segurança alimentar e nutricional da população de Diadema. Art. 9º São objetivos específicos do SISAND: I fomentar, na Cidade, o debate sobre a questão nutricional e de segurança alimentar, bem como criar ações articuladas com o Poder Público, a sociedade civil organizada e os grupos socialmente vulneráveis, visando ao desenvolvimento de múltiplas ações integradas para enfrentar o problema; II criar canais para o exercício de atuação integrada dos órgãos públicos municipais que interagem com a matéria, visando à transversalização do tema no desenvolvimento das políticas públicas municipais correlatas; III desenvolver estratégias para atuação articulada com a sociedade civil, o setor produtivo, as associações de agricultores, as empresas e outros setores interessados, visando ao envolvimento desses com a questão; IV fomentar a responsabilidade social nas empresas e o compromisso de todos os atores, do mercado, da sociedade civil organizada e dos grupos socialmente vulneráveis, com vistas à realização progressiva do direito das pessoas a uma alimentação adequada, no contexto da segurança alimentar nutricional sustentável; V estimular a consecução do direito humano à alimentação adequada por meio de parcerias entre o Poder Público, as entidades privadas e as entidades da sociedade civil; VI considerar as necessidades alimentícias e nutricionais de pessoas ou grupos populacionais afetados direta e indiretamente por agravos epidemiológicos, endêmicos e/ou genéticos. Art. 10º Integram o SISAND:

15 VI. a Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, instância responsável pela avaliação da implementação da política municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Diadema, assim como pela indicação de diretrizes e prioridades para esta política, em consonância com o CONSEAD e indicação de delegados para as conferências regionais e/ou estaduais, de acordo com o calendário estabelecido por estes órgãos. VII. o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Diadema- CONSEAD, órgão consultivo, com representação de 2/3 da sociedade civil e um 1/3 da administração direta e indireta com objetivo de propor diretrizes gerais da Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional bem como, articular, acompanhar e monitorar, em regime de colaboração com os demais integrantes do Sistema, a implementação e a convergência de ações inerentes a esta Política, no âmbito de sua competência estabelecida na Lei Municipal nº 2230/2003. VIII. a Câmara Intersecretarial de Segurança Alimentar e Nutricional, órgão governamental integrado por representantes das Secretarias Municipais e Autarquias responsáveis pelas pastas afetas à consecução da Segurança Alimentar e Nutricional com atribuição de elaborar, a partir das diretrizes emanadas do CONSEAD, a Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, assim como coordenar a execução desta Política. IX. os órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional do Município de Diadema, do Estado de São Paulo e da União; e X. as instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do SISAND. 1o A participação de entidades e instituições privadas no SISAND deverá obedecer aos princípios e diretrizes do Sistema e será definida a partir de critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Diadema CONSEAD e pela Câmara Intersecretarial de Segurança Alimentar e Nutricional. 2o Os órgãos responsáveis pela definição dos critérios de que trata o 1o deste artigo poderão estabelecer requisitos distintos e específicos para os setores público e privado. 3o Os órgãos e entidades públicos ou privados que integram o SISAND o farão em caráter interdependente, assegurada a autonomia dos seus processos decisórios.

16 4o O dever do poder público não exclui a responsabilidade das entidades da sociedade civil integrantes do SISAND. 5º Os órgãos da administração direta ou indireta poderão firmar convênios com entidades e instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, para execução de ações e programas relacionados à Política de Segurança Alimentar e Nutrição. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 11º. Ficam mantidas as atuais designações dos membros do CONSEAD com seus respectivos mandatos. Parágrafo único. O CONSEAD deverá, no prazo do mandato de seus atuais membros, definir a realização da próxima Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, a composição dos delegados, bem como os procedimentos para sua indicação, conforme o disposto no 2o do art. 11 desta Lei. Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

17 3. Considerações Finais A promoção da intersetorialidade é tarefa desafiadora que exige a confluência de distintos mecanismos, processos e instrumentos institucionais. O balanço entre a autonomia dos subsistemas e sua integração é especialmente complexo no campo da SAN. Por ser uma política supra-setorial, abarca ações de subsistemas com estruturas institucionais próprias e robustas, como o próprio SUS, e também de políticas setoriais como a Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, dentre outras. O progressivo fortalecimento e ampliação do conceito de SAN até consolidarse em Lei Orgânica com uma Política e um Sistema Nacional em curso vêm favorecendo a promoção da intersetorialidade no âmbito da histórica atuação do governo federal na área de alimentação e nutrição. Ainda que este princípio já estivesse presente na política de alimentação e nutrição desde seus primórdios, dificilmente se realizou a partir de mecanismos e estratégias setoriais e a SAN reforçou o caráter supra-setorial desta institucionalidade. Assim, o desafio é constante também para os municípios e estados, acerca dessa política, uma vez que é algo ainda novo e que vai sendo construido conjuntamente com a participação da comunidade.

18 4. Referencias Bibliográficas DA SILVA, LUIZ INÁCIO LULA. Lei 10.696 de 02 de Julho de 2003: Dispõe sobre a repactuação e alongamento de dividas oriudas de operações de crédito rural, e dá outras providências. Disponível em: www.leidireto.com.br. Acesso em 15 de Novembro de 2010. FRANCO, ITAMAR. Lei 8666 de 21 de Junho de 1993: Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm. Acesso em 15 de Novembro de 2010. Oficina de Documentação Participativa do PAA Região Sudeste RELATÓRIO Iperó, 21-23 de Junho de 2006 Promoção: CONAB/MAPA. Disponível em: www.conab.gov.br/conabweb/download/paa/5_relatorio_oficina_paa_sudeste.pdf Acesso em 15 de Novembro de 2010.

19 5. Anexos CONVITE UNIDOS CONTRA A FOME é o tema do Dia Mundial da Alimentação 2010, comemorado no dia 16 de outubro. Para comemorar essa data, Diadema inicia o processo de implantação do Sistema Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. Você é o nosso convidado á participar do ato de lançamento. Dia: 22 de outubro de 2010 - (sexta-feira), ás 18h. Câmara Municipal de Diadema Avenida Antonio Piranga, 474 Centro Diadema. Sua presença é muito importante! Prefeitura de Diadema Secretaria de Segurança Alimentar Maiores informações: (11) 4057-7436