Implantação da Incubadora Amazonas Indígena Criativa AmIC:

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Transcrição:

Implantação da Incubadora Amazonas Indígena Criativa AmIC: Uma abordagem acerca do processo de sensibilização da comunidade parintinense Raí Alves Fragata 1 Mírian de Araújo Mafra Castro 2 Sandra Helena da Silva 3 Resumo: Este estudo teve como objetivo caracterizar o processo de implantação da Incubadora Amazonas Indígena Criativa AmIC, com ênfase na sensibilização da comunidade para a participação nos projetos e ações da incubadora. A incubadora é uma organização de aprendizagem ligada a Universidade Federal do Amazonas, tendo como objetivo o assessoramento as iniciativas empreendedoras com raiz cultural indígena nas cidades da mesorregião do Baixo Amazonas. A incubadora AmIC desde seu processo de criação e ao longo de suas iniciativas de sensibilização junto à comunidade local tem buscado contribuir para o desenvolvimento da economia regional, atuando prioritariamente com empreendimentos individuais ou coletivos indígenas e não indígenas, localizados na área urbana e rural, cujo enfoque seja na valorização da cultura amazônica. Palavras-chave: Incubadora; Economia Criativa; Sensibilização. Abstract: This study aimed to characterize the implementation of the Indigenous Amazon Incubator Creative process - AmIC, with an emphasis on community outreach for participation in the incubator projects and actions. The incubator is a learning organization linked to the Federal University of Amazonas, with the objective of advising entrepreneurial initiatives with indigenous cultural roots in the cities of the middle region of the lower Amazon. AMIC incubator since its creation process and throughout their awareness initiatives with the local community has sought to contribute to the development of the regional economy, working primarily with individual or collective indigenous and non-indigenous enterprises, located in urban and rural areas, which focus is on the value of Amazonian culture. Keywords: Incubator; Creative economy; Awareness.

1 Acadêmico de Administração, Incubadora Amazonas Indígena Criativa, ICSEZ-UFAM, Rua 06 Quadra 19 Casa 31 Residencial Vila Cristina, (92)99200-3662, rai.fragata@outlook.com 2 Bacharel em Serviço Social e Licenciada em História, Incubadora Amazonas Indígena Criativa, ICSEZ- UFAM, Rua Tomazinho Meireles nº4071 - Itaúna I, (92) 99236-9388, mirianaraujo2233@gmail.com 3 Doutora em Ciências Ambientais e Sustentabilidade na Amazônia, Incubadora Amazonas Indígena Criativa, ICSEZ-UFAM, Rua Pecuarista Osmar Farias s/n Jacareacanga, (92) 99180-6088, sandrahsf@gmail.com Introdução A Incubadora Amazonas Indígena Criativa (AmIC) é vinculada a Universidade Federal do Amazonas, campus Parintins. Atua no sentido de potencializar e assessorar iniciativas empreendedoras criativas e inovadoras da região do Baixo Amazonas. Essa região apresenta uma reconhecida bio-sócio-diversidade, própria de seu ecossistema, necessitando de estratégias para ser valorizada e inserida no modelo da economia criativa. No cenário contemporâneo são inúmeras as ferramentas e conteúdos teóricos a serem aplicados na criação e desenvolvimento de projetos visando à criação de incubadoras nos mais diversos setores. No setor de economia criativa são recentes as propostas de criação e estruturação de incubadoras, em geral encontram-se essas ações voltadas aos setores da tecnologia, design e multissetoriais. A incubadora AmIC pretende se fortalecer no segmento da economia criativa visto o grande potencial criativo do município de Parintins/AM, reconhecido pela valorizada produção artística gerada pelo Festival Folclórico dos Bois Garantido e Caprichoso. Um ponto de destaque na incubadora AmIC é a atuação junto aos povos indígenas, os quais apresentam uma dinâmica e lógica organizacional totalmente diferente dos empreendedores em sua maioria. Esses povos desenvolvem sua organização produtiva em um tempo e espaço diferenciados, necessitando de estratégias próprias para a produção de sua arte. Nessa perspectiva, destacamos que a missão da AmIC tem sido o fortalecimento e valorização do empreendedorismo criativo, cultural e sustentável no Baixo Amazonas. Conceituando a Economia Criativa Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a Economia Criativa se classifica como um termo destinado a nomear modelos de negócio ou gestão que se originam em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos com vistas à geração de

trabalho e renda. Neste contexto, a incubadora AmIC atua no fortalecimento desse viés como mecanismo incentivador ao desenvolvimento econômico local. De acordo com os enunciados da UNESCO (2008) a economia criativa refere-se ao setor econômico cuja produção está totalmente associada à aplicação da criatividade e apresenta um valor agregado pelo conteúdo simbólico e imaterial. As primeiras discussões sobre a temática da economia criativa no Brasil ocorreram somente a partir de 2004, contudo, esse tema já é alvo de planos e estratégias políticas para o desenvolvimento econômico e social desde os anos de 1994 na Austrália. As Organizações Internacionais multilaterais como as agências das Nações Unidas, a OMPI, o PNUD, a UNESCO, Banco Mundial e o BID têm elaborado documentos, acionados programas, organizado estatísticas e eventos, evidenciando a importância dessa temática em suas agendas politicas institucionais. (MIGUEZ, 2007). Metodologia Para Sensibilização e Prospecção da Comunidade Um aspecto fundamental da incubadora AmIC é ser reconhecida como uma organização de aprendizagem, visto tratar de uma proposta formada por acadêmicos, técnicos administrativos e professores, associando os conteúdos de sala de aula e a prática com os incubados. Na incubadora AmIC procura-se associar em suas ações o empírico, a pesquisa e extensão, com o objetivo de promover uma formação mais completa de seus participantes, cumprindo, dessa forma, um dos princípios fundamentais da universidade pública. O planejamento estratégico adotado para o processo de implantação, partindo da definição da missão do projeto da AmIC foi fundamental para dar sequência as demais atividades e para reavaliação dos processos empregados, conforme ilustrado na figura 01. Figura 01 Esquema representativo da metodologia de criação e planejamento estratégico da AmIC

Fonte: Projeto de Implantação AmIC, 2015. A incubadora AmIC no seu processo de organização e estruturação desenvolveu uma série de atividades, sendo a sensibilização da comunidade como a parte mais relevante para a execução de suas ações. A sensibilização foi o momento de apresentação à comunidade as propostas e objetivos da AmIC, e esse novo segmento da economia o criativo. Como metodologia inicial para sensibilização da comunidade acerca da implantação da incubadora primeiro foi realizado a capacitação da equipe acerca dos temas e objetivos delimitados no projeto para melhor conhecimento acerca dos conceitos a serem trabalhados nas ações da AmIC. Este processo foi realizado por meio de palestras e mini cursos ministrados por profissionais ligados a universidade. Num primeiro momento foram realizados levantamentos nas instituições públicas procurando identificar o público alvo a ser contemplado em nossa proposta, como os artesãos, artistas plásticos, empreendedores com ideias inovadoras e criativas. Foram realizadas divulgações das ações da incubadora AmIC nas rádios, programas de televisão regional, palestras nas Universidades da região, no Sesc,

Senac, associações de artesãos e artistas da cidade de Parintins. Nesse momento foi reforçado o convite aos empreendedores da região para participação nas oficinas referentes a divulgação da proposta da incubadora. Para esta etapa foram definidas três oficinas de capacitação amplamente voltadas para os empreendedores da área urbana, tais como Economia Criativa, empreendedorismo e empreendimentos criativos, tendo como participação total aproximadamente 50 empreendedores ativos ligados aos segmentos de artesanato, biojóias, turismo. Quanto à sensibilização da comunidade na área rural, primeiramente foi realizado um levantamento geral acerca das atividades com potencial para receber a assessoria da incubadora AmIC. Nesse processo foram identificadas duas localidades, Comunidade de Nazaré com alto potencial turístico e Comunidade da Valéria onde são produzidos artefatos tendo como base a cerâmica. Ambas comunidades são reconhecidas pelo seu trabalho na divulgação da cultura amazônica, contudo, ainda são escassos os conhecimentos referentes a gestão de seus negócios, em especial o financeiro, sendo esse um dos maiores gargalos para os empreendedores. A sensibilização da comunidade acerca da implantação foi realizada no primeiro semestre do ano de 2015. As oficinas contribuíram para uma melhor apreensão da organização produtiva, principais gargalos, segmentos criativos e inovadores de cada empreendedor participante. Assim, entende-se que esta fase foi realizada e concluída conforme os objetivos propostos, proporcionando uma maior compreensão do ecossistema local no contexto de produção e de representatividade econômica das atividades, bem como possibilitou a prospecção dos possíveis empreendedores a serem incubados. Conclusão O processo de sensibilização da comunidade proposto pela AmIC se estendeu por todo o primeiro semestre de 2015. Nestas atividades, tanto internas quanto externas, foi possível evidenciar ao público alvo qual era o papel da Incubadora na sociedade, bem como explanar os conceitos e aplicabilidades acerca da economia criativa.

A partir das oficinas Economia Criativa, empreendedorismo e empreendimentos criativos, foi possível explanar de forma ampla qual a finalidade da incubadora e qual a seria sua representatividade no cenário econômico local. As oficinas possibilitaram visualizar os empreendimentos que características necessárias para serem incubados, foram selecionados 04 (quatro) empreendimentos situados na área urbana e 02 (dois) na área rural. Nestes destacam-se empreendimentos dos ramos de turismo rural, biojóias e miniaturas. Atualmente a incubadora está atuando junto aos empreendedores na fase de pré-incubação, nesta fase destaca-se principalmente a capacitação acerca dos processos de gestão e cadeia produtiva. Referências CERNE Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos /Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. Manual de implantação Cerne 1 e 2 3. ed. Brasília: ANPROTEC, 2014.3 v.: Color. MIGUEZ, Paulo. Repertório de fontes sobre Economia Criativa. Projeto de Pesquisa. Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (UFBA), 2007. UNESCO. Creative Economy: report 2008. Nova York: United Nations, 2008.