DISPOSITIVOS ESPECIAIS BUFFERS/DRIVERS

Documentos relacionados
DISPOSITIVOS ESPECIAIS

AMPLIFICADORES OPERACIONAIS APLICAÇÕES LINEARES

GERADOR DE CLOCK INTRODUÇÃO TEÓRICA. Sua forma de onda é geralmente quadrada, porém, o importante é que gera dois níveis lógicos: 0 e 1.

MULTIPLEXADORES E DEMULTIPLEXADORES

INVERSOR LÓGICO INTRODUÇÃO TEÓRICA. Para a tecnologia TTL esses valores são bem definidos: Nível lógico 1 = + 5V Nível lógico 0 = 0v

PORTAS NAND (NE) INTRODUÇÃO TEÓRICA

TREINADOR LÓGICO. O treinador lógico destina-se ao desenvolvimento de experiências com circuitos digitais em Laboratório Convencional.

PORTAS NOR INTRODUÇÃO TEÓRICA

1.1 Montar o circuito de acordo com o apresentado na figura 1. Cuidado ao montar, especialmente verificando a conexão de cada um dos "jumpers".

Objetivo Geral Entender o funcionamento e as principais características do amplificador operacional ou ampop como comparador de sinais.

INTRODUÇÃO TEÓRICA. Sua forma de onda é geralmente quadrada, porém, o importante é que gera dois níveis lógicos: 0 e 1.

LABORATÓRIO CICUITOS ELÉTRICOS

Lab.04 Osciloscópio e Gerador de Funções

AMPLIFICADOR BASE COMUM

CIRCUITOS DE COINCIDÊNCIA (XNOR) OU EXCLUSIVO (XOR)

SISTEMAS DIGITAIS. Módulo 6 Prof. Celso DRIVER:

Física Experimental II - Experiência E10

PRÁTICA: 1) Levantamento das características do CI: Escolher um dos CIs acima e responder as questões a seguir em relação a ele:

TRANSISTOR DE UNIJUNÇÃO (UJT)

8.7) Tecnologia MOS. MOS metal-óxido-semicondutor: um eletrodo de metal sobre um óxido isolante sobre um substrato de semicondutor

Famílias de Circuitos Lógicos

Eletrônica (famílias lógicas) Prof. Manoel Eusebio de Lima

PORTAS OR - PORTAS AND

CURSO DE ELETRÔNICA DIGITAL OS FLIP-FLOPS E FUNÇÕES LÓGICAS EM CIRCUITOS INTEGRADOS

Portas Tristate e Coletor/ Dreno Aberto


EXPERIMENTO 5: Flip-Flop

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA INDUSTRIAL. EXPERIÊNCIA N o 6

ROTEIRO OFICIAL 12 Amplificador Operacional no Modo Sem Realimentação Comparador

2 Objetivos Verificação e análise das diversas características de amplificadores operacionais reais.

Experiência 2 Metrologia Elétrica. Medições com Osciloscópio e Gerador de Funções

Teoria: Veja [BOYLESTAD & NASHELSKY ], seção 4.3. Circuito:

Aprender a montar um circuito retificador de meia onda da corrente alternada medindo o sinal retificado;

Relatório: Experimento 1

Eletrônica (famílias lógicas) Prof. Manoel Eusebio de Lima

Introdução teórica Aula 10: Amplificador Operacional

AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

ÁLGEBRA DE BOOLE Operações Fundamentais, Autoavaliação, Indução Perfeita e Simulação

FLIP-FLOPS: RS e D (teoria)

Aula Prática 01. O Amplificador Diferencial e Aplicações

Fan Out (capacidade de acionamento) Tipos de Portas: buffer, 3-state, opencollector. » TTL: Transistor Transistor Logic» ECL: Emmiter Coupled Logic

P U C E N G E N H A R I A LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA 2 EXPERIÊNCIA 5: Amplificador com Transistor de Efeito de Campo de Junção - JFET

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

Equipe: Verificar o comportamento do Amp Op na configuração Comparador Inversor e Não Inversor.

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

ESTUDO DOS CIs 74LS90, 74LS92 e 74LS93

2 Objetivos Verificação e análise das diversas características de amplificadores operacionais reais.

LABORATÓRIO DE DCE3 EXPERIÊNCIA 3: Amplificador com Transistor de Efeito de Campo de Junção - JFET Identificação dos alunos: Data: Turma: Professor:

Leia atentamente o texto da Aula 6, Corrente alternada: circuitos resistivos, e responda às questões que seguem.

ELT703 - EXPERIÊNCIA N 3: ERROS DC (OFFSET) E SLEW RATE

Laboratório Experimental

UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA ELECTRÓNICA GERAL

AMPLIFICADOR COLETOR COMUM OU SEGUIDOR DE EMISSOR

Painel Luminoso com LEDs

Experimento #2 AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Coletores Abertos e Tri-State. Sumário. Capítulo 2

EXPERIMENTS MANUAL Manual de Experimentos Manual de Experimentos 1

Assunto : Amplificadores com configuração base comum e coletor comum.

Totem Pole, Coletor Aberto e Tristate

Experiência: CIRCUITOS INTEGRADORES E DERIVADORES COM AMPOP

EXPERIMENTO7: OSCILOSCÓPIO DIGITAL CIRCUITO RC

Famílias Lógicas I Características Gerais

1. LABORATÓRIO 1 - A FORMA DE ONDA DA CORRENTE ALTERNADA

AMPLIFICADOR PUSH-PULL CLASSE B

AULA LAB 01 PARÂMETROS DE SINAIS SENOIDAIS 2 MEDIÇÃO DE VALORES MÉDIO E EFICAZ COM MULTÍMETRO

Experimento 6 Corrente alternada: circuitos resistivos

Painel Luminoso com LEDs

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

EXPERIMENTO 2: Portas Lógicas

TRABALHO 2 Amplificadores Operacionais e Diodos

Experimento 6 Corrente alternada: circuitos resistivos

EXPERIÊNCIA 05 CIRCUITOS COM AMPLIFICADOR OPERACIONAL PROFS ELISABETE GALEAZZO, LEOPODO YOSHIOKA E ANTONIO C. SEABRA

Redes de Primeira ordem Circuitos RC e RL

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos

Introdução teórica Aula 8: Fonte de Tensão Regulada. Regulador LM7805. Fonte de tensão regulada. EEL7011 Eletricidade Básica Aula 8 EEL/CTC/UFSC

Introdução a Práticas de Laboratório em Eletricidade e Eletrônica EEX11-S72

Aula 1. Funções Lógicas. SEL Sistemas Digitais. Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira

CURSO DE ELETRÔNICA DIGITAL OS MULTIVIBRADORES ASTÁVEIS E MONOESTÁVEIS. também são muito importantes em aplicações relacionadas com a Eletrônica

Kit Educacional Multidisciplinar

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA

Experimento 6 Corrente alternada: circuitos resistivos

No. USP Nome Nota Bancada GUIA E ROTEIRO EXPERIMENTAL

3. Revisão de Eletrônica Digital

CIRCUITOS INTEGRADOS COMERCIAIS - TTL

VU DE LEDs COM O CI COMERCIAL LM3915

O TRANSISTOR COMO CHAVE ELETRÔNICA E FONTE DE CORRENTE

Universidade Federal de Juiz de Fora - Laboratório de Eletrônica - CEL037

Circuitos RC com corrente alternada. 5.1 Material. resistor de 10 Ω; capacitor de 2,2 µf.

PARTE 1. Transistores como Chave de Potência Introdução Projeto (transistor como chave de potência)

Identificação do Valor Nominal do Resistor

No. USP Nome Nota Bancada

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal

PSI LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS GUIA DE EXPERIMENTOS. EXPERIÊNCIA 2 - Medição de Grandezas Elétricas: Valor Eficaz e Potência

2º BIMESTRE. Metrologia II

Escola Secundária. tensão = número de divisões na escala vertical tensão/divisão. tensão = 4,2 10 mv = 42 mv

Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação SEL 405 Lab. de Introdução aos Sistemas Digitais I Profa. Luiza Maria Romeiro Codá PRÁTICA Nº 3:

Circuitos resistivos alimentados com onda senoidal. Indutância mútua.

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos PSI - EPUSP

ELETRÔNICA / INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EXPERIÊNCIA 10

Transcrição:

DISPOSITIVOS ESPECIAIS BUFFERS/DRIVERS TRI-STATE PORTAS EXPANSÍVEIS/EXPANSORAS SCHMITT - TRIGGER OBJETIVOS: a) Entender o funcionamento de dispositivos lógicos especiais como: Buffers, Drivers, elementos tristate; b) Entender o funcionamento e finalidade da expansão de portas lógicas; c) Entender o funcionamento de dispositivos Schmitt-Trigger e suas aplicações. BUFFERS/DRIVERS: INTRODUÇÃO TEÓRICA Os buffers/drivers diferem das portas comuns por apresentarem um fan-out bastante elevado, isto é, apresentam grande capacidade de escoamento de corrente. Quando se necessita alimentar cargas com correntes elevadas, a utilização dos buffers/drivers é indicada. São freqüentemente utilizados como interface de TTL com circuitos que requerem tensões e correntes mais elevadas do que aquelas das portas TTL. O buffer/driver inversor mais conhecido é o TTL 7406 (Hex Inverter Buffer/Driver - Open Collector) O buffer/driver não inversor mais conhecido é o TTL 7407 (Hex Inverter Buffer/Driver - Open Collector) TRI-STATE: São dispositivos que possuem três estados possíveis: a) nível lógico 0 b) nível lógico 1 c) circuito aberto (também chamado de alta impedância) Além das entradas normais, possuem uma entrada habilitadora/desabilitadora (enable/disable). Essa habilitação pode ser feita com nível lógico 0 ou 1 dependendo do circuito empregado. Veja a figura a seguir: Buffers/Drivers, Tri-State. Portas Expansoras, Schmitt-Trigger Página 1

Observa-se na tabela da verdade ao lado do dispositivo tri-state, que quando a entrada enable for igual a 0 o dispositivo comporta-se como um inversor normal. Isto significa que o mesmo deve ser habilitado com nível lógico 0. Os dispositivos tri-state também podem operar em paralelo, entretanto, somente um dispositivo pode ser habilitado por vez, caso contrário, se mais de um dispositivo for habilitado simultaneamente, poderá haver uma corrente excessiva e a queima do dispositivo. A figura ao lado mostra uma ligação básica de dispositivos tri-state em paralelo. Se nenhum dispositivo estiver habilitado, a saída apresenta uma alta impedância e sua tensão pode estar na região proibida. O termo EN (enable, do inglês, habilitar) é muitas vezes referenciado como STROBE. Vejamos um exemplo de uma porta NOR com Strobe (porta de controle): Caso tenhamos nível lógico 0 na entrada G (Strobe), a saída terá nível lógico 1 independente das demais entradas. Buffers/Drivers, Tri-State. Portas Expansoras, Schmitt-Trigger Página 2

Por outro lado, se a entrada G estiver em nível lógico 1 a saída da porta dependerá exclusivamente das variáveis A e B. Desta forma, a entrada G opera como uma entrada de controle, permitindo ou não a liberação da porta. Para o exemplo mostrado acima, a liberação da porta se dá com nível lógico 1 aplicado na entrada G. PORTAS EXPANSÍVEIS/EXPANSORAS: São pares de portas construídas para operarem em conjunto. A porta expansora possui duas saídas, conforme mostra o circuito abaixo (uma é complemento da outra). Se não houver nenhum circuito ligado a essas saídas, os níveis lógicos da entrada não aparecem na saída. Se as saídas X (normal e complementada) da porta expansora não estiverem conectadas na porta expansível, ela não atuará, pois essas saídas são simplesmente o coletor e o emissor de um transistor, daí a necessidade das duas trabalharem em conjunto. Essa é uma forma simples de se aumentar o número de entradas, com um pequeno aumento de corrente. SCHMITT - TRIGGER: A porta Schmitt-Trigger é um tipo especial de porta que apresenta a seguinte característica: só dispara ou muda de nível lógico 0 para 1 quando a tensão de entrada for maior do que um determinado nível, chamado nível de disparo (limiar de disparo) e, também, só muda de nível lógico 1 para 0 quando a tensão de entrada for menor do que o nível de corte (limiar de corte). A figura abaixo ilustra o funcionamento básico desse tipo de porta: Buffers/Drivers, Tri-State. Portas Expansoras, Schmitt-Trigger Página 3

A diferença entre o nível de disparo e o nível de corte é chamado de HISTERESE e, é essa diferença que habilita a porta Schmitt-Trigger a fornecer a forma de onda quadrada. É importante verificar nas formas de onda apresentadas acima, a base de tempo horizontal entre o sinal de entrada e o sinal de saída. É bom salientar ainda, que o sinal na entrada não precisa ser necessariamente um sinal senoidal. Qualquer tipo de sinal, no qual se possa definir o nível de disparo e o nível de corte pode ser aplicado na entrada. A representação de um dispositivo Schmitt-Trigger é mostrado ao lado. Trata-se de uma porta NAND com duas entradas. 1 - Monte o circuito abaixo: PARTE PRÁTICA MATERIAIS NECESSÁRIOS 1 - CI 74126 1 - CI 7413 1 - CI 7404 1 - Gerador de funções 1 - Multímetro analógico ou digital 1 - Osciloscópio 1 - Treinador lógico Procedimento: ligue a saída Z em NL1 do treinador lógico e as entradas A e B nas chaves programas. 2 - Complete a tabela abaixo: A B X Y Z 0 0 0 1 1 0 1 1 Buffers/Drivers, Tri-State. Portas Expansoras, Schmitt-Trigger Página 4

OBS: a) meça com o voltímetro o nível lógico na saída X b) meça com o voltímetro o nível lógico na saída Y c) na coluna Z especifique aceso ou apagado 3 - Responda: I ) O funcionamento do dispositivo tri-state foi compatível com seu estudo teórico? II ) Os níveis lógicos 0 e 1 no dispositivo tri-state são compatíveis TTL? III ) Analise a coluna Z (LED aceso ou apagado) e justifique o porquê da condição aceso ou apagado. 4 - Monte o circuito abaixo: OBS: a) ajuste a freqüência do gerador de funções para 6kHz para uma amplitude de 20Vpp. b) ligue os pontos X e Y em cada um dos canais do osciloscópio. 5 - Verifique as formas de onda na entrada e saída (pontos X e Y respectivamente). 6 - Trace em papel milimetrado A4 as formas de onda de entrada e saída. 7 - Apresente conclusões quanto: a) relação entre o sinal de entrada e saída, caracterizando a histerese. b) base de tempo horizontal com relação aos sinais de entrada e saída. Buffers/Drivers, Tri-State. Portas Expansoras, Schmitt-Trigger Página 5