GAPIC - 13.º WORKSHOP EDUCAÇÃO PELA CIÊNCIA AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DA ADESÃO À TERAPÊUTICA ANTI-RETROVÍRICA Projecto 41 Aluno: José Alexandre Freitas Tutor: Dr. Paulo Nicola Co-tutor: Dra. Milene Fernandes Integrado no projecto ATAR-VIH: Adesão à Terapêutica Anti-Retrovírica em indivíduos seropositivos para o VIH Equipa de investigação: M Fernandes, L Caldeira, P Nicola, P Nogueira, A P Martins, V Maria Instituto de Medicina Preventiva
INTRODUÇÃO Probabilidade de progressão da doença Probabilidade de resistência viral Custos em Saúde Factores sócio-económicos Factores relacionados com a doença Factores relacionados com o paciente Factores relacionados com a terapêutica Factores relacionados com o sistema de saúde
INTRODUÇÃO Registo de dispensa de farmácia Correlacionável com outcomes virulógicos e imunológicos Mais exequível que monitorização electrónica Mais sensível que auto-reporte Consulta do processo clínico Procura de factores associados Percepção médica da adesão 31,3% de não adesão (Porto, 134 doentes no 1ºano de tratamento) estudo de factores condicionantes (sexo, residência, evolução clínica, internamentos e nº de faltas a consultas) 22,3% de não adesão (HSM, 2003)
OBJECTIVOS 1. Determinar a prevalência da não-adesão à TAR 2. Identificar factores associados à não-adesão à terapêutica.
MÉTODOS População: Doentes com pelo menos 2 dispensas de Terapêutica Anti-Retrovírica (TAR) entre 01-01-2005 e 31-12-2008 Amostra aleatória de 320 doentes Os doentes da amostra foram incluídos no estudo se: 1. idade >18 anos no início da TAR 2. >2 consultas entre 1-01-2005 e 31-12-2009 3. >2 dispensas de TAR entre 01-01-2005 e 31-12-2008 4. Não participaram em Ensaio Clínico 5. Iniciaram TAR no HSM 6. Não estavam detidos em estabelecimento prisional 7. Não estavam em instituições sociais 8. Não dependiam de terceiros para a toma de medicação (Após o início da TAR, são critérios de saída de estudo os pontos 4 a 7, acima indicados) 5
ADESÃO À TERAPÊUTICA
RESULTADOS 86 processos consultados 60 incluídos (70,6%) Idade N.º de mulheres n=23 (38,3%) Via de Transmissão Heterossexual Toxicodependência Outra Tempo desde 1ª consulta a início de TAR Caracterização da Amostra média ± desvio-padrão: 32,7±8,9 anos n=20 (33,3%) n=20 (33,3%) n=20 (33,3%) mediana: 2,3 meses (Q 0,25 -Q 0,75 : 0,6-18,6) Ly CD4+ no início da TAR mediana: 283 células/ml (Q 0,25 -Q 0,75 : 163-370) Carga Viral no início da TAR mediana: 115.674 cópias/ml (Q 0,25 -Q 0,75 : 42.956-202.724) Regime TAR em 2005: Não-HAART n=6 (10%) 2INTR+INNTR n=29 (48,3%) 2INTR+2IP n=14 (23,3%) Tempo sob TAR mediana: 129,6 meses (Q 0,25 -Q 0,75 : 82,3-155,1)
RESULTADOS
RESULTADOS Cada participante teve em média 11,4 ±8,9 intervalos com pelo menos um dia sem TAR 5% dos participantes teve dias sem TAR em todos os intervalos 8,3% dos participantes não teve nenhum intervalo sem TAR Distribuição dos intervalos sem TAR em participantes com pelo menos um intervalo sem TAR: Dias sem TAR < 3 dias 3-7 dias 8-30 dias > 30 dias Mediana (nº de intervalos) 3 2 2 0 Mín Máx (nº de intervalos) 0-13 0-17 0-17 0-8
RESULTADOS
DISCUSSÃO Maior do que em estudos prévios em Portugal (22,3% no HSM em 2001 e 31,3% no Porto) Bastante elevada tendo em conta os riscos que acarreta 62,2% dos não aderentes são homens 50% destes tiveram até 2 intervalos com mais de 8 dias sem TAR 50% destes tiveram até 3 intervalos com menos de 3 dias sem TAR Foram encontrados até 8 intervalos com mais de 30 dias sem TAR num só doente 5% teve dias sem TAR em todos os intervalos
DISCUSSÃO / PRÓXIMOS PASSOS Requer a conclusão do estudo (analisando toda a amostra) já que os dados apresentados são preliminares Requer maior número de hipóteses correlacionando não adesão com outros dados (sócio-económicos e clínicos)
AGRADECIMENTOS Equipa do Hospital de Dia de Doenças Infecciosas do Hospital de Santa Maria 13º Programa Educação pela Ciência Patrocínio ao estudo ATAR-VIH: FMSD, sem implicações nos dados apresentados