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64798965433987 96876936738948 8188763829825 7282657658664 239827643865 9164387611229 7655873837664 98965433987296 76936738948781 88763829825372 825866432398 7643865291643 76173837664798 65433987296876 3673894878188 63798965433987 96876936738948 8188763829825 7282657658664 233982764386 2916438761122 8765587383766 33987296876936 3894878188763 2982537282586 432398276438 5291643876173 37664798965433 37 Área do Euro Evolução das yields Emissões na área do euro A Estratégia de Gestão da Dívida Pública Portuguesa em 28 Objectivos estratégicos Estratégia de financiamento O Mercado Primário da Dívida Pública Portuguesa O mercado das obrigações do Tesouro - OT O mercado dos bilhetes do Tesouro - BT O Mercado Secundário da Dívida Pública Portuguesa Diferenciais de taxas de juro (spreads) Volume de transacções (turnover) Repos de janela 38 38 4 42 42 43 45 45 48 5 5 52 6

Área do Euro Evolução das yields A aversão ao risco, a volatilidade e a falta de liquidez nos mercados monetários, que tinham começado a aumentar em 27, encerrando um ciclo de grande estabilidade nos mercados financeiros, registaram aumentos significativos em 28, com particular incidência no final do ano. A par da descida das taxas de juro em todas as maturidades, assistiu-se a um alargamento expressivo nos spreads de crédito da dívida soberana dentro da área do euro, com os diferenciais entre a Alemanha e todos os restantes soberanos a aumentar muito. Alguns dos países periféricos como a Itália e a Grécia ultrapassaram mesmo os níveis pré-euro. Ao fenómeno de flight-to-quality juntou-se um flight-to-liquidity que beneficiou a dívida soberana alemã, em grande medida também devido à existência de um mercado líquido de futuros. Ao longo do ano, a yield do bund na maturidade dos 1 anos diminuiu 137 pontos base, passando de 4,36 em 2 de Janeiro para 2,934 por cento em 3 de Dezembro de 28. A inclinação da curva swap (2-1 anos) do euro passou de 17 pontos base em 2 de Janeiro para 97 pontos base em 3 de Dezembro de 28, mas a curva esteve invertida entre Maio e Setembro. Em comparação, nos EUA, o spread do título benchmark a 1 anos face ao benchmark a 2 anos, iniciou o ano em 1 pontos base e finalizou-o em 136 pontos base. O spread foi sempre positivo ao longo do ano e atingiu um máximo de 255 pontos base em Novembro. 38

MOVIMENTO DAS CURVAS DE RENDIMENTO: CURVA SWAP % p.b. 5, 4,5 4, 3,5 3, 2,5 2, 1,5 1, -2-4 -6-8 -1-12 -14-16 -18-2 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A 1A 15A 2A 3A Variação em 28 (dir.) 3-12-28 (esq.) 2-1-28 (esq.) Fonte: Bloomberg MOVIMENTO DAS CURVAS DE RENDIMENTO: BUND % 5, 4,5 4, 3,5 3, 2,5 2, 1,5 1, p.b. -1-3 -5-7 -9-11 -13-15 -17-19 -21-23 -25 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A 1A 2A 3A Variação em 28 (dir.) 3-12-28 (esq.) 2-1-28 (esq.) Fonte: Bloomberg 39

Emissões na área do euro O volume bruto de emissões dos soberanos no mercado obrigacionista do euro ascendeu, em 28, a cerca de EUR 654 mil milhões. As emissões obrigacionistas nominais, i.e. excluindo inflation linked bonds 1 (ILB) e CCT emitidos pela República de Itália, representam cerca de 86 por cento desse montante, enquanto que a emissão de ILB representa quase 7 por cento do total. Três emitentes soberanos da área do euro Alemanha, Itália e França foram responsáveis por cerca de 68 por cento do mercado obrigacionista (segmento de títulos nominais) de dívida soberana, apenas ligeiramente menos do que aconteceu no ano anterior. Em 28, do volume bruto de emissões obrigacionistas em euros por parte dos soberanos da área do 2 euro, cerca de 2,5 por cento do total foi emitido pela República Portuguesa, um peso ligeiramente superior ao registado no ano anterior (o qual ascendeu a 1,9 por cento), reflectindo as maiores necessidades de financiamento decorrentes de um maior peso neste ano do que em anos anteriores de amortizações de dívida de médio e longo prazo. EMISSÕES DE OBRIGAÇÕES DE DÍVIDA SOBERANA EM EUROS EM 28 Alemanha - 25,5% Bélgica - 5,6% Itália - 23,% Holanda - 4,5% França - 2,8% Portugal - 2,5% Espanha - 9,7% Áustria - 1,8% Grécia - 5,6% Finlândia -,9% Fontes: IGCP, OEVT No mercado de dívida do euro, a República Portuguesa é um pequeno emitente soberano, competindo não só pelo mesmo mercado, mas também pela mesma base de investidores, com os restantes soberanos, agências e entidades supranacionais, num espaço caracterizado por uma oferta de produtos financeiros 1 CCT, i.e., Certificati di Credito del Tesoro, títulos a taxa variável com maturidade a 7 anos. 2 Excluindo emissões de inflation linked bonds (ILB) e as emissões de CCT por parte do soberano italiano. 4

relativamente homogéneos, emitidos através de procedimentos harmonizados e negociados em infra- -estruturas de mercado eficientes e transparentes. Num enquadramento de crise financeira, são visíveis diferenças importantes nas estratégias dos emitentes em 28. As emissões para prazos entre 2 e 5 anos, inclusive, aumentaram o seu peso relativo de 24,6 para 56 por cento, enquanto que nos prazos de 5 a 1 anos, inclusive, o aumento foi de 26 para 33 por cento. Nos prazos mais longos, as emissões representaram apenas 6,8 por cento do total, contra os 17,4 por cento de 27. EMISSÕES DE OBRIGAÇÕES DOS SOBERANOS DO EURO POR MATURIDADE % 6 5 4 3 2 1 2-5 anos 5-1 anos 1-15 anos superior a 15 anos 23 24 25 26 27 28 Fonte: IGCP, OEVT e websites dos emitentes soberanos da área do euro Em 28 registou-se um volume de emissões indexadas à inflação ligeiramente inferior ao observado em 27. A Alemanha, a França, a Itália e a Grécia continuaram presentes no mercado de obrigações indexadas à inflação, tendo-se assistido neste segmento a um incremento do volume emitido pela Alemanha (+17 pontos percentuais) e uma redução do volume emitido pela França (-13,9 pontos percentuais), comparativamente com 27. No que concerne a técnicas de emissão, o peso relativo dos montantes colocados por sindicato nas emissões totais reduziu-se ligeiramente de 12 por cento em 27 para 1 por cento em 28. 41

A Estratégia de Gestão da Dívida Pública Portuguesa em 28 Objectivos estratégicos A emissão e gestão da dívida pública continuou em 28 a subordinar-se aos princípios de rigor e eficiência definidos na Lei Quadro da Dívida (Lei n.º 7/98, de 3 de Fevereiro), assegurando o financiamento requerido pela execução orçamental e prosseguindo os objectivos de minimização de custos directos e indirectos numa perspectiva de longo prazo e a sua distribuição equilibrada pelos vários orçamentos anuais, prevenindo, também, uma excessiva concentração temporal das amortizações e a não exposição a riscos excessivos. Os objectivos estruturais enunciados na Lei estão traduzidos num conjunto de orientações aprovadas pelo Governo para a gestão da dívida e das disponibilidades de tesouraria, que definiram uma carteira de referência (benchmark) da qual resultam objectivos quantificados para o custo esperado da dívida (líquido do proveito de aplicações) e limites para os riscos que podem ser assumidos pela gestão. Com a integração da gestão da dívida pública directa com a gestão da tesouraria do Estado, cujas diversas fases ocorreram ao longo de 27, o Programa de Financiamento do ano incluiu, como subproduto da estratégia de gestão da dívida pública, duas componentes estratégicas adicionais que resultam dos objectivos da minimização dos custos e limitação dos riscos: uma estratégia de redução dos excedentes de tesouraria e uma estratégia de gestão das aplicações de disponibilidades de tesouraria. Com a redução do saldo de tesouraria conseguiu-se reduzir o aumento do stock da dívida pública, e assim o seu custo. A gestão das disponibilidades de tesouraria teve como objectivo maximizar os proveitos das aplicações dos valores remanescentes após a redução da dívida, que resultaram da impossibilidade de obter um matching perfeito entre o financiamento e as necessidades de tesouraria, sujeito aos limites de risco estabelecidos. Os pilares estratégicos essenciais mantiveram-se ao longo de 28, e o facto da maior parte do programa de financiamento em termos de emissões de OT, se ter realizado antes de 15 de Setembro contribuiu para que não se tivesse sentido necessidade de introduzir alterações significativas. No que respeita à vertente de gestão activa da carteira de dívida, procurou-se por recurso ao mercado de derivados minimizar o custo da dívida e ajustar os riscos da carteira aos objectivos e limites que decorrem das orientações e do benchmark aprovados para a gestão. 42

Estratégia de financiamento A gestão da dívida pública portuguesa assenta numa estratégia de financiamento focalizada na construção de uma curva de rendimentos líquida e completa no âmbito do mercado de dívida soberana do euro, fazendo uso das mais avançadas infra-estruturas técnicas nos mercados primário e secundário. Esta estratégia apoia-se na utilização de técnicas de emissão e instrumentos standard, numa rede de distribuição internacional constituída por um grupo de intermediários financeiros de reconhecida capacidade de colocação e negociação da dívida portuguesa, num mercado secundário dinamizado por um segmento de negociação por grosso entre especialistas apoiado em regras de cotação obrigatória (MEDIP Mercado Especial de Dívida Pública), bem como no marketing activo da dívida portuguesa junto de investidores finais. Em 28, o financiamento voltou a concentrar-se na emissão de OT, apesar do aumento do contributo líquido dos BT para o financiamento da República. Tal como inicialmente previsto, foram lançadas duas novas séries de OT, um novo benchmark a 1 anos e um novo benchmark a 15 anos. As restantes necessidades de financiamento satisfeitas no mercado de OT foram concretizadas pela reabertura, através de leilão, de séries emitidas em anos anteriores. No que respeita ao financiamento através de BT, no final de 28 o saldo vivo deste instrumento ascendia a cerca de EUR 12,8 mil milhões, correspondendo a 6 séries vivas. CURVA DE RENDIMENTOS DA DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA NO FINAL DE 28 yields 5, 4,5 4, 3,5 3, 2,5 2, 1,5 Saldo vivo (EUR milhões) 14 12 1 8 6 4 2 1, BT Jan 29 BT Mar 29 BT Mai 29 BT Jul 29 BT Set 29 BT Nov 29 OT Jul 29 OT Mai 21 OT Abr 211 OT Jun 211 OT Jun 212 OT Set 213 OT Jun 214 OT Out 215 OT Out 216 OT Out 217 OT Jun 218 OT Abr 221 OT Out 223 OT Abr 237 Benchmarks emitidos antes de 28 Benchmarks emitidos em 28 43

Os outros instrumentos não negociáveis certificados de aforro e CEDIC (Certificado Especial de Dívida de Curto Prazo) registaram, no seu conjunto, um contributo líquido negativo para a satisfação das necessidades de financiamento da República. ESTRUTURA DO STOCK DE DÍVIDA POR TIPO DE INSTRUMENTO 1998 27 28 38% OT 21% Retalho (CA) 69% OT 16% Retalho (CA) 69% OT 15% Retalho (CA) 38% Outros 3% BT 7% Outros 8% BT 5% Outros 11% BT As necessidades intercalares de tesouraria continuaram a ser satisfeitas através de instrumentos de muito curto prazo, nomeadamente pelo recurso ao mercado de reportes, uma opção justificada pelas suas vantagens em termos de custo e de flexibilidade. Foram ainda utilizadas linhas de crédito negociadas com os OEVT (Operadores Especializados em Valores do Tesouro) e realizaram-se operações ao abrigo do programa de papel comercial. 44

ESTRUTURA DO FINANCIAMENTO POR TIPO DE INSTRUMENTO % 14 12 1 8 6 4 2 22 98 3 97 25 75 11 3 35 62 5 5 42 48 14 12 12 92 96 4 25 23 82 83-2 -2-1 -4-22 -2-6 -1-4 1999 2 21 22 23 24 25 26 27 28 OT BT (líquido) Repos (líquido) Outros (líquido) O Mercado Primário da Dívida Pública Portuguesa No início de 28 foram divulgadas ao mercado as componentes principais do Programa de Financiamento do Estado para o ano. Em cumprimento das linhas de orientação para o financiamento, inscritas naquele programa, procurou-se dar prioridade à criação de condições para continuar a aprofundar a curva de rendimentos da República e a aumentar a liquidez e eficiência do mercado das OT. Assim, o programa de emissão de 28 centrou-se na emissão de duas novas séries de OT nos buckets dos 1 e 15 anos e no reforço da liquidez em vários segmentos da curva de rendimentos, com o aumento do outstanding de linhas emitidas em anos anteriores. O mercado das obrigações do Tesouro - OT A emissão de OT constitui a principal fonte de financiamento da República. As novas séries de OT são lançadas através de operações sindicadas e o seu montante é posteriormente incrementado através da realização de leilões de colocação. Estes são realizados por recurso a um sistema electrónico de leilões multi-preço (Bloomberg Auction System). Na colocação sindicada é utilizado o sistema de pot no processo de construção do livro de ordens (book building), permitindo ao IGCP intervir na escolha dos investidores, seleccionando os de maior qualidade, susceptíveis de assegurar uma boa performance das emissões em mercado secundário e, dessa forma, facilitar a colocação das tranches subsequentes através de leilão. 45

De forma a assegurar o cumprimento dos requisitos de liquidez no mercado do euro, foi fixada como dimensão objectivo para as novas séries de OT um montante mínimo EUR 5 mil milhões. As novas séries de OT têm sido lançadas com montantes iniciais relativamente elevados (EUR 3 mil milhões), que correspondem a cerca de 5 por cento da dimensão mínima final da série, assegurando-se, desde logo, a negociação em mercado secundário com o estatuto de título benchmark, com obrigações de cotação por parte dos market makers. A cada vez maior importância da liquidez no mercado secundário levou a que, já a partir de 29, se considere como outstanding máximo um montante entre EUR 6 e 8 mil milhões, dependendo da procura de mercado para cada série viva. DIMENSÃO DAS EMISSÕES DE OT Leilões Competitivos (valores médios) Emissões Sindicadas EUR milhões 1 2 EUR milhões 3 3 3 3 3 9 925 963 936 917 2 5 84 6 24 25 26 27 28 2 24 25 26 27 28 No mercado das OT, os OEVT desempenham um papel estratégico enquanto canal de distribuição têm 3 acesso exclusivo ao mercado primário, e preferência na constituição de sindicatos, fornecedores de preços de referência e liquidez em mercado secundário e de aconselhamento da República na definição e implementação da estratégia de financiamento. Têm também um papel central na promoção e marketing da dívida pública portuguesa junto dos investidores finais. No final de 28, o grupo de OEVT 4 era composto por 15 bancos. 3 No mercado primário participa também um segundo grupo de intermediários financeiros os Operadores de Mercado Primário (OMP), grupo que, em final de 28 era composto por 5 bancos: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, Credit Suisse, Dresdner Bank, Millennium bcp e Nomura International. Estas instituições actuam com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento do mercado da dívida pública portuguesa, mas não cumprem todos os requisitos exigíveis aos OEVT. A participação no mercado enquanto OMP constitui um primeiro patamar para o acesso ao estatuto de OEVT. 4 No início do ano, o grupo era constituído por 16 bancos, mas reduziu-se com a falência da Lehman Brothers a 15 de Setembro. 46

OEVT COM MELHOR DESEMPENHO EM 28 * Barclays Société Generale HSBC France Calyon BNP Paribas * Avaliação com base num indicador de performance, que inclui um conjunto de critérios que abrangem as diferentes áreas de actuação dos OEVT no mercado das OT (participação em mercado primário e secundário, nas operações de recompra, assessoria ao IGCP, marketing e alargamento da base de investidores. Em 28, manteve-se a participação elevada de investidores e instituições financeiras não residentes na colocação de dívida em mercado primário. Os investidores domésticos tomaram apenas cerca de 1 por cento do total, o que representa um ligeiro decréscimo do peso relativo face a 27 (11,4 por cento). COLOCAÇÃO DE OT (leilões e sindicatos) PELOS OEVT * % 1 8 6 54,7 27,3 17,2 19,5 21,4 15,5 14,4 11, 11,3 11,4 1, 4 72,7 82,8 8,5 78,6 84,5 85,6 89, 88,7 88,6 9, 2 45,3 1998 1999 2 21 22 23 24 25 26 27 28 Não residentes Residentes * Os montantes tomados por OEVT não residentes em leilões foram usados como proxy para os montantes comprados por investidores não residentes. 47

O mercado dos bilhetes do Tesouro - BT Os BT são colocados através de leilão multi-preço, realizados por recurso ao sistema electrónico Bloomberg Auction System, e têm lugar na primeira e terceira quarta-feira de cada mês, seguindo um calendário trimestralmente anunciado ao mercado. Todos os BT têm o estatuto de título benchmark no 5 MEDIP, pelo que estão sujeitos a obrigações de cotação, assegurando-se, assim, a existência de uma curva líquida de títulos de dívida pública portuguesa também no segmento de curto prazo. Em 28 foram lançadas seis novas linhas de BT com maturidade de 12 meses, através da realização de dois leilões consecutivos, tendo as mesmas sido reabertas quando apresentavam uma maturidade 6 residual de seis e três meses. No final de 28, o saldo vivo de BT ascendia a EUR 12,8 mil milhões. CURVA DE BT NO FINAL DE 28 Saldo vivo (EUR milhões) 4 3 5 3 2 5 2 1 5 1 5 Jan 9 Mar 9 Mai 9 Jul 9 Set 9 Nov 9 Saldo vivo em 31 de Dezembro de 28 Saldo final por linha esperado Tal como no segmento de OT, a proporção de investidores estrangeiros é muito significativa, e tem vindo a aumentar desde 24. 5 Até atingirem uma maturidade residual inferior a um mês. 6 A única excepção a esta regra ocorreu em Abril com a reabertura na maturidade dos 9 meses do BT com maturidade em Janeiro de 29. 48

COLOCAÇÃO DE BILHETES DO TESOURO PELOS EBT * % 1 8 6 4 2 23,4 28,6 76,6 71,4 21,8 19,5 17,4 12,9 78,2 8,5 82,6 87,1 23 24 25 26 27 28 Não residentes Residentes * Os montantes comprados por EBT não residentes em leilões são usados como proxy para os montantes comprados por investidores estrangeiros O acesso ao mercado primário de BT é dado, em exclusivo, aos bancos com o estatuto de Especialistas em Bilhetes de Tesouro (EBT) grupo criado em 23 e constituído por um conjunto de intermediários financeiros com comprovada capacidade de colocação, a nível nacional e internacional. Os EBT comprometem-se a assegurar a liquidez em mercado secundário, através da actuação como market makers no segmento de BT do MEDIP/MTS Portugal, com as suas ofertas a terem que respeitar spreads bid-offer máximos e quantidades mínimas. Têm ainda um papel determinante na promoção e marketing dos BT junto dos investidores. EBT COM MELHOR DESEMPENHO EM 28 * Société Generale Calyon BNP Paribas Citigroup Banco Espírito Santo * Avaliação com base num indicador de performance, que inclui um conjunto de critérios que abrangem as diferentes áreas de actuação dos EBT no mercado dos BT, valorizando a sua participação no mercado primário e secundário, assessoria ao IGCP, marketing e alargamento da base de investidores. 49

O Mercado Secundário da Dívida Pública Portuguesa Diferenciais de taxas de juro (spreads) Ao longo de 28, o custo de financiamento da República Portuguesa evidenciou uma evolução diferenciada: durante o primeiro semestre, o custo absoluto da dívida apresentou uma tendência moderadamente crescente, induzida pela maior restrição das condições monetárias resultante da actuação do Banco Central Europeu, enquanto a partir de Julho o nível de custo absoluto do endividamento se tornou decrescente, fruto da queda das taxas de juro em todas as maturidades. Em termos relativos, verificou-se que a partir de meados do ano o swap spread aumentou para a generalidade dos soberanos, com a única excepção da Alemanha. Este movimento não foi da mesma dimensão para todos os emitentes, e os países mais periféricos foram os mais penalizados, com destaque para a Grécia. Na maturidade dos 1 anos, após a emissão do novo benchmark em Fevereiro, registou-se um embaratecimento, em parte resultante da expectativa dos operadores de mercado de o mesmo vir ainda a ser reaberto até alcançar o limiar mínimo de saldo vivo, inicialmente anunciado, de EUR 5 mil milhões. Em resultado, o spread em termos de asset swap, diminuiu, ainda que num valor reduzido, face à Itália, e aumentou face à Alemanha e Bélgica. Posteriormente, esse valor voltou aos níveis anteriores face à Itália e melhorou significativamente em relação à Bélgica. ASSET SWAP SPREADS - MATURIDADE 1 ANOS p.b. 9 8 7 6 5 4 3 2 1-1 -2-3 -4-5 -6-7 -8-9 Jan 7 Fev 7 Mar 7 Abr 7 Mai 7 Jun 7 Jul 7 Ago 7 Set 7 Out 7 Nov 7 Dez 7 Jan 8 Fev 8 Mar 8 Abr 8 Mai 8 Jun 8 Jul 8 Ago 8 Set 8 Out 8 Nov 8 Dez 8 Portugal Alemanha Bélgica Itália 5

No dia 2 de Junho foi emitido o segundo benchmark de 28, na maturidade dos 15 anos, a OT 4,95% Outubro 223, substituindo neste bucket a OT 3,85% Abril 221, emitida em Fevereiro de 25. O novo ponto representativo dos 15 anos na curva de rendimentos portuguesa apresentou desde a sua emissão um ASW spread superior em relação aos 1 anos. Tal como nas restantes maturidades, a partir de meados do ano verificou-se um alargamento do spread face aos países core. ASSET SWAP SPREADS - MATURIDADE 15 ANOS p.b. 14 12 1 8 6 4 2-2 -4 Jan 7 Fev 7 Mar 7 Abr 7 Mai 7 Jun 7 Jul 7 Ago 7 Set 7 Out 7 Nov 7 Dez 7 Jan 8 Fev 8 Mar 8 Abr 8 Mai 8 Jun 8 Jul 8 Ago 8 Set 8 Out 8 Nov 8 Dez 8 Portugal França Itália No segmento dos 3 anos registou-se igualmente um alargamento significativo do spread face à Alemanha, a partir de Outubro. Até essa data, as variações tenderam a manter as posições relativas, com excepção da relação com o título da Bélgica que cotou nos mesmos níveis de ASW nos últimos meses do ano, ao contrário da Itália que sofreu um embaratecimento muito expressivo. 51

ASSET SWAP SPREADS - MATURIDADE 3 ANOS p.b. 25 225 2 175 15 125 1 75 5 25-25 -5 Jan 7 Fev 7 Mar 7 Abr 7 Mai 7 Jun 7 Jul 7 Ago 7 Set 7 Out 7 Nov 7 Dez 7 Jan 8 Fev 8 Mar 8 Abr 8 Mai 8 Jun 8 Jul 8 Ago 8 Set 8 Out 8 Nov 8 Dez 8 Portugal Alemanha Itália Bélgica Volume de transacções (turnover) O ano de 28 foi desfavorável para o MEDIP, revertendo uma tendência de crescimento e melhoria contínua desde a sua criação em 2. Nos meses de Janeiro e Fevereiro o turnover, tanto no segmento de OT como no segmento de BT, registou valores record, com a média diária em OT em MTS Portugal a atingir EUR 96 milhões e a média em BT a situar-se em EUR 99 milhões. A partir de Março, no entanto, o turnover caiu significativamente, em particular no segmento de OT. A tendência foi a mesma nos restantes mercados locais, ainda que nesses casos tenha havido alguma recuperação a partir de meio do ano, o que não se verificou em MTS Portugal. As razões apontadas para esta situação são essencialmente as dificuldades sentidas pelas instituições financeiras em geral, que afectam a sua capacidade de desempenhar o papel de market makers, o que se torna evidente no alargamento de bid offer spreads que caracteriza o mercado secundário em geral, e não apenas da dívida portuguesa. Tendo diminuído a transparência do mercado e estando mais dificultado o processo de price discovery, voltou a aumentar de importância a negociação por voz, penalizando as plataformas electrónicas que tinham vindo a ganhar muito peso nos últimos anos. Apesar desta deslocação das formas de trading em secundário, é inequívoco que houve globalmente uma redução da liquidez. Em 31 de Dezembro de 28, o saldo vivo das 14 OT admitidas à negociação no MEDIP, todas com estatuto de benchmark, ascendia a EUR 82,4 mil milhões. 52

Na mesma data, o saldo vivo do segmento de BT ascendia a cerca de EUR 12,8 mil milhões (seis linhas outstanding), que compara com EUR 9,4 mil milhões no final de 27 (cinco linhas outstanding). No MEDIP participa um número alargado de intermediários financeiros nacionais e internacionais que, no final de 28, ascendia a 31 instituições de crédito. Destacam-se, em particular, os que actuam no mercado com o estatuto de market maker e, de entre estes, os que beneficiam do estatuto de OEVT e de EBT em mercado primário. No segmento de OT, 17 participantes tinham, no final de 28, o estatuto de 7 market maker e 12 o de market dealer. Por seu turno, no segmento de BT, 13 participantes tinham, em final de 28, o estatuto de market maker e 6 o de market dealer. PARTICIPANTES NO SEGMENTO DE OT DO MEDIP/MTS PORTUGAL A 31 DE DEZEMBRO DE 28 Market Makers Market Dealers Banco Espírito Santo, SA Banco Santander Central Hispano Barclays Bank PLC Bayerische Hypo-und Vereinsbank Milan BNP Paribas Caixa Banco de Investimento, SA Calyon Citigroup Global Markets Limited Deutsche Bank AG Dresdner Bank AG Fortis Bank Goldman Sachs International HSBC France ING Bank, NV Morgan Stanley & Co International Royal Bank of Scotland PLC Société Générale Bank of America Securities Limited Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo CECA Commerzbank AG Credit Suisse Securities (Europe) Ltd JP Morgan Securities Ltd Landesbank Baden-Wurttemberg Millennium BCP, SA Mitsubishi UFJ Securities International Ltd Natixis Nomura International WestLB Fonte: MTS Portugal 7 Market maker participante do mercado que cumpre obrigações de cotação, i.e., mantém preços de compra e venda por título, por um período diário mínimo, em montantes mínimos pré-definidos e com um spread bid-offer máximo. Market dealer participante do mercado sem obrigações de cotação. 53

PARTICIPANTES NO SEGMENTO DE BT DO MEDIP/MTS PORTUGAL A 31 DE DEZEMBRO DE 28 Market Makers Banco Espírito Santo, SA Banco Santander Central Hispano BNP Paribas Caixa Geral de Depósitos, SA Calyon Citigroup Global Markets Limited Deutsche Bank, AG Dresdner Bank, AG Goldman Sachs International HSBC France Millennium BCP Nataxis Royal Bank of Scotland PLC Société Générale Market Dealers Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo Commerzbank, AG Fortis Bank ING Bank, NV Landesbank Baden-Wurttemberg Morgan Stanley & Co International Fonte: MTS Portugal No que diz respeito à negociação em mercado secundário de BT, acentuou-se ao longo do ano a tendência iniciada já em 27 de encarecimento (redução das taxas de juro dos BT e alargamento do seu diferencial face às taxas interbancárias). Durante o primeiro semestre de 28, apesar disso, as taxas absolutas de colocação ainda subiram, dado que o efeito da subida da Euribor foi superior ao da melhoria dos spreads. A partir de Setembro, iniciou-se uma descida rápida das yields dos BT. O turnover médio diário realizado em OT em MTS Portugal diminuiu muito face ao turnover registado em 27, passando de EUR 556,4 milhões para EUR 22,6 milhões. No segmento de BT, o turnover registado em MEDIP foi também inferior ao realizado em 27, passando de uma média diária de EUR 7 milhões para EUR 52 milhões. Considerando os dois segmentos de mercado de OT e de BT, o volume total de negociação no MEDIP cifrou-se em EUR 65,4 mil milhões em 28, o que representa um decréscimo de cerca de 59 por cento face ao volume de negociação registado em 27. Este volume correspondeu a uma média diária de EUR 254 milhões e que compara com EUR 626,4 milhões registados em 27. O mês de Janeiro foi o que registou um turnover mensal superior, EUR 23,3 mil milhões, que correspondeu a uma negociação média diária de EUR 1.59,1 milhões. 54

VOLUME DE NEGOCIAÇÃO MÉDIO DIÁRIO DE OT NO MEDIP E NO EUROMTS EUR milhões 1 2 1 1 1 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Jan 26 Fev 26 Mar 26 Abr 26 Mai 26 Jun 26 Jul 26 Ago 26 Set 26 Out 26 Nov 26 Dez 26 Jan 27 Fev 27 Mar 27 Abr 27 Mai 27 Jun 27 Jul 27 Ago 27 Set 27 Out 27 Nov 27 Dez 27 Jan 28 Fev 28 Mar 28 Abr 28 Mai 28 Jun 28 Jul 28 Ago 28 Set 28 Out 28 Nov 28 Dez 28 Média OT - MTS Portugal Média OT - EuroMTS Fonte: MTS Portugal e EuroMTS VOLUME DE NEGOCIAÇÃO MÉDIO DIÁRIO NO MEDIP EM 28 POR OT BENCHMARK EUR milhões 3 25 2 15 1 5 OT Jul OT Mai OT Abr OT Jun OT Jun OT Set 29* 21 211 211 212 213 OT Jun 214 OT Out 215 OT Out 216 OT Out 217 OT Jun 218 OT Abr 221 OT Out 223 OT Abr 237 * Título que deixou de estar sujeito a obrigações de cotação a partir de Julho 28. Fonte: MTS Portugal 55

VOLUME DE NEGOCIAÇÃO MÉDIO DIÁRIO E SALDO VIVO DE BT Saldo vivo (EUR milhões) 14 12 1 8 6 4 2 Negociação média diária (EUR milhões) 16 14 12 1 8 6 4 2 Jan 26 Fev 26 Mar 26 Abr 26 Mai 26 Jun 26 Jul 26 Ago 26 Set 26 Out 26 Nov 26 Dez 26 Jan 27 Fev 27 Mar 27 Abr 27 Mai 27 Jun 27 Jul 27 Ago 27 Set 27 Out 27 Nov 27 Dez 27 Jan 28 Fev 28 Mar 28 Abr 28 Mai 28 Jun 28 Jul 28 Ago 28 Set 28 Out 28 Nov 28 Dez 28 Saldo Vivo Negociação média diária Fonte: MTS Portugal e IGCP A negociação no mercado à vista é suportada por um mercado de operações de reporte líquido e por uma janela de operações de reporte de última instância disponibilizada pelo IGCP a todos os market makers do MEDIP. Apesar do marcado decréscimo da negociação em MTS Portugal, a negociação por grosso de operações de repos sobre OT nas plataformas electrónicas BrokerTec e EuroMTS atingiu um volume médio diário de EUR 3 528 mil milhões, o que representa um incremento de 6,5 por cento face a 27. O volume médio diário atingido nas plataformas de negociação de repos sobre OT representou quase 14 vezes o turnover médio diário observado no MEDIP, o que compara com um rácio de cerca de 6 para 27. À semelhança de anos anteriores, voltou a destacar-se a participação de investidores internacionais no mercado secundário de dívida pública. De acordo com a informação reportada mensalmente pelos OEVT 8 e EBT sobre transacções realizadas em mercado secundário, cerca de 85 por cento das transacções em OT e 81 por cento das transacções em BT foram realizadas por investidores não residentes. 8 No formato harmonizado adoptado na UE desde Janeiro de 26. 56

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO TURNOVER DE BT EM MERCADO SECUNDÁRIO EM 28 França - 32% Reino Unido - 16% Portugal - 13% Outros - 13% Espanha - 11% Alemanha - 8% Novos UE - 6% Fonte: EBT (Janeiro a Novembro 28) DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO TURNOVER DE OT EM MERCADO SECUNDÁRIO EM 28 França - 25% Reino Unido - 24% Portugal - 15% Outros - 13% Alemanha - 1% Espanha - 9% Holanda - 4% Fonte: OEVT 57

O funcionamento do MEDIP assenta nas características quote driven deste mercado, onde os market makers se comprometem a cotar firme, para quantidades mínimas e spreads bid-offer máximos, durante um mínimo de cinco horas diárias. Desde o seu arranque em 2, assistiu-se progressivamente a um estreitamento dos spreads máximos de cotação e um alargamento das quantidades mínimas por parte dos market makers, o que reflectia o aprofundamento da eficiência e liquidez neste segmento. A partir de meados do ano de 27, a redução das condições de liquidez deu origem a uma degradação significativa da observação da compliance por parte dos operadores do MEDIP, nomeadamente em termos de número de horas de cotação (que em alguns dias se aproximaram de zero por parte de várias instituições) e do alargamento dos bid-offer spreads. Apesar do alargamento dos spreads bid-offer máximos a partir de Maio de 28, com aumentos muito significativos para todos os buckets, a partir de meados de Setembro foi manifestamente impossível à generalidade dos market makers respeitar esses limites, e houve mesmo vários dias em que se registaram períodos de ausência de cotações em MEDIP para uma parte ou para todos os títulos. Desde o início do ano de 29 que estão em vigor novas regras de mercado que avaliam a compliance em função do comportamento da média dos market makers. O spread bid-offer máximo é definido como 5 por cento acima da média, e mantém-se a obrigação absoluta de apresentar cotações num mínimo de 5 horas diárias. Deixou, assim, de haver spreads bid-offer máximos absolutos e pré-definidos. SPREAD BID-OFFER OBSERVADO NO MEDIP - OT 1 ANOS Ticks 2 18 16 14 12 1 8 6 4 2 B/O spread máximo de 5 ticks B/O spread máximo de 7 ticks B/O spread máximo de 3 ticks Jan 7 Fev 7 Mar 7 Abr 7 Mai 7 Jun 7 Jul 7 Ago 7 Set 7 Out 7 Nov 7 Dez 7 Jan 8 Fev 8 Mar 8 Abr 8 Mai 8 Jun 8 Jul 8 Ago 8 Set 8 Out 8 Nov 8 Dez 8 Fonte: MTS Portugal Nota: Elaborado com base na informação sobre o melhor preço de venda (best ask) e o melhor preço de compra (best bid) observados diariamente no MEDIP/MTS Portugal. A linha a bold representa a média móvel de 1 dias. 58

SPREAD BID-OFFER OBSERVADO NO MEDIP - OT 15 ANOS Ticks 2 18 16 14 12 1 8 6 4 B/O spread máximo de 1 ticks 2 B/O spread máximo de 12 ticks B/O spread máximo de 4 ticks Jan 7 Fev 7 Mar 7 Abr 7 Mai 7 Jun 7 Jul 7 Ago 7 Set 7 Out 7 Nov 7 Dez 7 Jan 8 Fev 8 Mar 8 Abr 8 Mai 8 Jun 8 Jul 8 Ago 8 Set 8 Out 8 Nov 8 Dez 8 Fonte: MTS Portugal Nota: Elaborado com base na informação sobre o melhor preço de venda (best ask) e o melhor preço de compra (best bid) observados diariamente no MEDIP/MTS Portugal. A linha a bold representa a média móvel de 1 dias. SPREAD BID-OFFER OBSERVADO NO MEDIP - OT 3 anos p.b. 2 18 16 14 12 1 8 6 4 2 B/O spread máximo de 2 ticks B/O spread máximo de 5 ticks Jan 7 Fev 7 Mar 7 Abr 7 Mai 7 Jun 7 Jul 7 Ago 7 Set 7 Out 7 Nov 7 Dez 7 Jan 8 Fev 8 Mar 8 Abr 8 Mai 8 Jun 8 Jul 8 Ago 8 Set 8 Out 8 Nov 8 Dez 8 Fonte: MTS Portugal Nota: Elaborado com base na informação sobre o melhor preço de venda (best ask) e o melhor preço de compra (best bid) observados diariamente no MEDIP/MTS Portugal. A linha a bold representa a média móvel de 1 dias. 59

SPREAD BID-OFFER OBSERVADO NO MEDIP - BT 1 ANO Ticks 2 18 16 14 12 1 8 6 4 2 B/O spread máximo de 4 pontos base Jan 7 Fev 7 Mar 7 Abr 7 Mai 7 Jun 7 Jul 7 Ago 7 Set 7 Out 7 Nov 7 Dez 7 Jan 8 Fev 8 Mar 8 Abr 8 Mai 8 Jun 8 Jul 8 Ago 8 Set 8 Out 8 Nov 8 Dez 8 Fonte: MTS Portugal Nota: Elaborado com base na informação sobre o melhor preço de venda (best ask) e o melhor preço de compra (best bid) observados diariamente no MEDIP/MTS Portugal. A linha a bold representa a média móvel de 1 dias. Repos de Janela A janela de último recurso para operações de reportes com OT foi criada pelo IGCP em 2 com o arranque do MEDIP e a janela de BT em 23, com o lançamento do programa de emissões de BT. O seu objectivo é ajudar os Primary Dealers a cumprirem as obrigações de market making em MEDIP. Em 28, foram realizadas operações que totalizaram cerca de EUR 1,29 mil milhões (equivalentes a um valor nominal de colateral entregue de cerca de EUR 1,31 mil milhões), sobre OT e BT. 6

REPOS DE JANELA EUR milhões 5 4 3 2 1-1 - 2-3 - 4-5 Jan 8 Fev 8 Mar 8 Abr 8 Mai 8 Jun 8 Jul 8 Ago 8 Set 8 Out 8 Nov 8 Dez 8 Amortizações Emissões Saldo 61