FACULDADE REDENTOR - ITAPERUNA/RJ INSTITUTO DENTALIS PATRICIA MARTINS LACERDA FRANÇA



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1 FACULDADE REDENTOR - ITAPERUNA/RJ INSTITUTO DENTALIS PATRICIA MARTINS LACERDA FRANÇA MINI-IMPLANTES: AVALIAÇÃO DA ÁREA DE INSTALAÇÃO, ESTABILIDADE E ANCORAGEM TEMPORÁRIA NA MECÂNICA ORTODÔNTICA ITAPERUNA 2012

2 PATRICIA MARTINS LACERDA FRANÇA MINI-IMPLANTES: AVALIAÇÃO DA ÁREA DE INSTALAÇÃO, ESTABILIDADE E ANCORAGEM TEMPORÁRIA NA MECÂNICA ORTODÔNTICA Monografia apresentada para obtenção do título de especialista em ortodontia. Orientador: Prof. Tasso Dorchete. ITAPERUNA 2012

3 DEDICATÓRIA Ao meu marido Edmo e meu filho Enrico, razões da minha vida.

4 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por toda sua providência. Ao professor orientador Tasso Dorchete, pela paciência e dedicação com que me auxiliou neste trabalho. Ao Instituto Dentalis e sua equipe de funcionários e professores, pela atenção e o empenho de sempre. Aos meus familiares e amigos por todo apoio.

5 SUMÁRIO RESUMO 06 1 INTRODUÇÃO 08 2 REVISÃO DE LITERATURA 10 2.1- MINI-IMPLANTES NA ORTODONTIA 10 2.1.1 Instalação 10 2.1.2 Estabilidade 17 2.1.3 Mecânica 24 2.2- CASOS CLÍNICOS DE MINI- IMPLANTES 32 3. PROPOSIÇÃO 38 4 DISCUSSÃO 39 5 CONCLUSÃO 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42

6 RESUMO Os mini-implantes aparecem na ortodontia como uma ótima alternativa temporária de ancoragem. Esses são rosqueados sem qualquer incomodo na maxila ou mandíbula do paciente e podem ser usados como ancoragem, facilitando e agilizando o trabalho do ortodontista. Por serem temporários, não se integram aos ossos, como é o caso dos implantes dentários, e podem ser substituídos ou removidos a qualquer momento sem nenhum desconforto. Este estudo teve como objetivo demonstrar quanto os miniimplantes pode ser úteis para os tratamentos ortodônticos, facilitando a mecânica por meio de um método com custo reduzido, de simples colocação, remoção e com possibilidade de utilização imediata de carga através de uma revisão de literatura embasando-se em vários autores. Concluiu-se que os mini-implantes são indispensáveis para o conhecimento do ortodontista contemporâneo, pois este sistema de ancoragem transitória deve fazer parte do planejamento, ou ser inserido durante a terapêutica ortodôntica, se ocorrer falta de colaboração do paciente ou em casos onde a movimentação dentária necessária para a finalização do tratamento ortodôntico for dificultada, devido aos efeitos colaterais provenientes dos sistemas convencionais de ancoragem. Com isto, o ortodontista consegue obter resultados que dificilmente eram conseguidos, com maior facilidade e menor tempo de tratamento. Palavras-chave: Mini-implante. Tratamento ortodôntico. Mecânica. Carga.

7 ABSTRACT The mini-implantes appear in orthodontics as a great alternative for temporary support. These are threaded without any discomfort in the jaw of the patient and can be used as supporting, facilitating and expediting the work of the orthodontist. Because they are temporary, do not integrate with bones, such as dental implants, and can be replaced or removed at any time without any discomfort. This study aimed to show how much mini-implantes can be useful for orthodontic treatment, easing through a mechanical method with low cost, simple placement, removal and with the possibility of immediate use of load through a literature review, been supporting in various authors. It was concluded that miniimplantes are indispensable for the understanding of contemporary orthodontist, as this anchor system should be part of transitional planning, or be inserted during orthodontic treatment, if there is lack of patient cooperation or in cases where the tooth movement necessary for the completion of orthodontic treatment is difficult, due to side effects from the conventional anchor. With this, the orthodontist can achieve results that were hardly achieved more easily and less treatment time. Keywords: Mini-implante. Orthodontic treatment. Mechanics. Load.

8 1 INTRODUÇÃO Uma das novas tendências da Ortodontia é a utilização de dispositivos transitórios na correção de problemas ortodônticos. Entre esses dispositivos estão os mini-implantes, que são utilizados para fazer a movimentação dentária de modo seletivo, aplicando forças contínuas com mais eficiência e diminuindo o tempo de tratamento. Os mini-implantes são rosqueados sem qualquer incomodo na maxila ou mandíbula do paciente e podem ser usados como ancoragem, facilitando e agilizando o trabalho do ortodontista. Por serem temporários, não se integram aos ossos e podem ser substituídos ou removidos a qualquer momento sem nenhum desconforto (LABOISSIÈRE JUNIOR. 2005). Desde as primeiras publicações a seu respeito, observam-se a grande variedade de sistemas de utilização, tamanho, forma e diâmetro. Além das diversas nomenclaturas: mini-implantes, miniparafusos, microimplantes, microparafusos, ortoimplantes e DAT (Dispositivo de Ancoragem Temporária). Surgiram da necessidade de aumentar a ancoragem nos casos ortodônticos, e em pouco tempo se transformou numa ferramenta indispensável no dia a dia do ortodontista (PONCE, 2007). O mini-implante é uma nova opção para a Ortodontia, geralmente na espessura de 1.2 a 2.0 mm de diâmetro e comprimento variando de 6 mm a 12 mm, confeccionado em Titânio grau 5, que são instalados na maxila e mandíbula, visando a facilitar os movimentos que antes eram considerados difíceis (intrusão de molares superiores) ou até mesmo impossíveis na ortodontia (distalização de molares inferiores), possibilitando melhor controle durante o tratamento ortodôntico em pacientes não colaboradores que necessitavam do uso de elásticos intermaxilares e AEB, desta maneira ampliando o campo de ação dos Ortodontistas e consequentemente o número de tratamentos (MARASSI & MARASSI, 2008). O tratamento com mini-implantes compreende um conjunto de problemas ortodônticos, que vão desde mordida cruzada até distalização de molares e intrusão de dentes incisivos e posteriores, sempre com um resultado mais rápido e que não depende da colaboração do paciente, que normalmente serve de empecilho para alguns tratamentos (LABOISSIÈRE JUNIOR. 2005).

9 Os mini-implantes são colocados com a ajuda de chaves manuais curtas ou longas ou, em alguns casos, chaves mecânicas acopladas a um motor cirúrgico de baixa rotação (20rpm). As chaves mecânicas são mais utilizadas na colocação de implantes em locais de difícil acesso para as chaves manuais, como o palato e a região retromolar. As chaves manuais são mais indicadas porque permitem uma melhor percepção da densidade óssea e da resistência à implantação, que ajudam no diagnóstico da estabilidade primária (MARASSI & MARASSI, 2008). O tratamento para ter êxito dependerá da estabilidade primária do miniimplante. Essa estabilidade pode ser avaliada logo no momento da implantação, através do controle das forças aplicada à chave digital, quanto maior a resistência do local à implantação, maior será a estabilidade inicial no DTA. Para se avaliar a estabilidade após a fixação, pode-se pressionar a cabeça do implante em diferentes sentidos. Em caso de baixa estabilidade, haverá isquemia na região ao redor do implante, o que mostra que é preciso escolher outro local para a implantação ou colocar um implante de maior diâmetro (LABOISSIÈRE JUNIOR. 2005). Podem ocorrer complicações na implantação dos mini-implantes ortodônticos e podem ser reduzidas se o trabalho do profissional for feito corretamente. Como pode acontecer a perda do mini-implante por inflamação periimplantar, temos que informar nossos pacientes sobre todos os cuidados a serem tomados na manutenção do mini-implante na higienização. Após sua instalação, o ideal é que o paciente realize a higienização com gel de clorexedina com escova infantil (super macia), diariamente durante o primeiro mês e faça bochechos noturnos com clorexedina a 0,12% (PONCE, 2007). Os autores neste estudo expõem, baseando-se em experiências clínicas e publicações científicas, diversos aspectos referentes aos mini-implantes ortodônticos, dentre eles: suas principais características, critérios de seleção, procedimento cirúrgico, tipos de movimentação ortodôntica a que se aplicam, associando a função específica aos respectivos locais de inserção para aperfeiçoar sua utilização, remoção e principais problemas e dificuldades em sua utilização.

10 2 REVISÂO DE LITERATURA 2.1 MINI-IMPLANTES NA ORTODONTIA 2.1.1 Instalação POGGIO et al (2006) analisaram as zonas de segurança para o melhor posicionamento do mini-implante entre as raízes dentárias. Extraídas dos prontuários de 2000 pacientes (faixa etária: 20 a 40 anos), foram examinadas imagens tomográficas volumétricas de 25 maxilares e de 25 mandíbulas. Arcos dentários com apinhamento severos, dentes perdidos, ou com sinais radiográficos de doença periodontal foram excluídos do levantamento. Os dados foram obtidos usando utilizando-se o aparelho New TomT (DVT9000) Volume Scanner QRsr1 para a investigação de implante para prótese, que fornece imagens 1/1. Um total de 144 medidas foram anotadas em cada das 25 maxilas, e um total de 104 medidas foram registradas em cada uma das 25 mandíbulas. Cada medida foi tomada no visor do computador com o referido software. Para cada espaço interradicular, o mésio-distal e as distâncias vestíbulo-linguais foram medidos em 2, 5, 8 e 11 mm da crista alveolar. Concluiu-se que, na maxila, quanto mais anterior e mais apical, o local mais seguro se torna. A maior quantidade de osso estava no lado palatal entre os segundos pré-molares e os primeiros molares de 2 a 8 mm da crista alveolar. A menor quantidade de osso foi nas tuberosidades. A maior espessura de osso na dimensão buco-palatal estava entre os primeiros e segundos molares, enquanto o menor foi encontrado nas tuberosidades. Na mandíbula, a maior quantidade de dimensão mésio-distal estava entre os primeiros e segundos pré-molares. A menor quantidade de osso foi constatada entre os primeiros prémolares e os caninos. Na dimensão vestíbulo-lingual, a maior espessura foi verificada entre os primeiros e segundos molares. KURODA et al (2006) avaliaram a proximidade da raiz de um dente com um mini-implante (MI) como um fator de risco para o fracasso e consequentemente a perda do MI utilizado como ancoragem ortodôntica. A amostra foi de 110 pacientes com má oclusão (18 do sexo masculino, 92 do sexo feminino, com idade média de

11 22,5 anos, DP, 8,1 anos) que se submeteram à cirurgia em um hospital universitário para instalação do MI entre novembro de 2000 e novembro de 2005. Antes da colocação, as vantagens e as desvantagens foram explicadas para cada paciente e seus pais quando um MI de ancoragem foi considerado desejável para tratamento ortodôntico. Dois MI de titânio (1 MI AbsoAnchor, [Dentos, Daegu, na Coréia]: diâmetro, 1,3 mm; comprimento 6, 7, 8, 10 e 12mm; cabeça do parafuso de 3 mm; e 2 MI [Gebrüd er Martin GmbH, Tuttlingen, Alemanha]: diâmetro, comprimento 1,5 mm;, 9 mm) foram utilizados para ancoragem esquelética. Os parafusos foram colocados sob anestesia local por um dos dois ortodontistas (SK e T.D.). Nenhuma incisão mucoperiosteal ou retalho foi feita; os furos foram feitos com uma barra de 1,0 mm de diâmetro e uma broca de torção de 500 rpm com o contínuo normal irrigação com soro fisiológico. Os MI foram instalados 5 ou 6 mm no osso alveolar e a cabeça do parafuso foi ajustada pelo menos 2 mm acima da mucosa. Após a colocação, a radiografia dental feita para avaliar a distância entre o MI e a raiz que foram classificados de acordo com a sua proximidade com a raiz. Categoria I, o MI era absolutamente separado da raiz, a categoria II, o ápice do MI parece tocar a lâmina dura e categoria III, o corpo do MI foi sobreposto a lâmina dura. As forças ortodônticas foram aplicadas de 0 a 12 semanas após a colocação do MI. A carga foi aplicada por elásticos ortodônticos ou molas de níquel-titânio fechada, estimada entre 50 e 200g. O resultado do estudo foi que os MI tinham uma alta taxa de sucesso superior a 80%. MI colocados na maxila tinha uma taxa de sucesso muito maior do que na mandíbula. Houve uma significativa correlação entre a taxa de sucesso e da proximidade da raiz. Houve diferenças significativas nas taxas de sucesso entre categorias I, II e III. Os autores concluíram que a proximidade de um MI em uma raiz é um importante fator de risco para a falha do deste, esta tendência é mais evidente na mandíbula. MAINO et al (2007) analisaram os efeitos provocados pelos MI sobre as raízes dos dentes, quando estes se aproximam do MI durante a movimentação ortodôntica. A amostra desse estudo foi feito com dois indivíduos do sexo masculino com 13 anos de idade, que foram encaminhados para o tratamento de biprotrusão, cada plano de tratamento incluiu extração dos pré-molares, foram utilizados MI de 1,5mm de diâmetro e 8 mm de comprimento, foram instalados entre os pré-molares três pela mesial e um pela distal. Nos três espaços onde os MI estavam instalados

12 na mesial, foi usado 150g de força com elástico em cadeia para mover as raízes dos pré-molares contra o MI. No MI instalado na distal uma mola aberta foi colocada entre o canino e o primeiro pré-molar para mover distalmente o pré-molar contra o parafuso, quando se verificou na radiografia periapical que a raiz do dente entrou em contato com o MI,aumentou-se a força da mola para 200g. Após três meses foram retirados os elásticos e molas e manteve-se os MI por mais dois meses no local. Os autores concluíram que os MI causam dano à raiz, mas ocorre reparo através da deposição de cemento, além disso, a utilização de MI de 1,5mm ou menos são seguros para a inserção em espaços entre as raízes de 3,5mm, deixando-se um espaço de pelo menos um milímetro entre o MI e uma raiz de um dente. MATZENBACHER et al (2008) avaliaram os métodos radiográficos utilizados na localização vertical de sítios eleitos para instalação de mini-implantes. A metodologia foi à amostra foi composta de quatro pacientes, nos quais foram estabelecidos 32 sítios interradiculares, na região posterior, para instalação de miniimplantes, sítios estes representados por orifícios preenchidos com guta-percha em moldeiras de acetato (PCg - ponto de contato das coroas dentárias na moldeira de acetato; PIg - ponto de inserção do mini-implante na moldeira de acetato). Foram feitas radiografias periapicais, interproximais e tomografias computadorizadas de feixe cônico, com as moldeiras posicionadas em boca, sendo considerados os seguintes pontos: PC - imagem radiodensa do ponto PCg; PI - imagem radiodensa do ponto PIg; PCx - ponto de contato entre as coroas dentárias, determinado sobre a radiografia. Medidas verticais utilizadas: padrão-ouro - de PCg a PIg; medida 1 - de PC a PI; e medida 2 - de PCx a PI. As medidas foram comparadas através de análise descritiva e do teste t de Student. Os autores concluíram que para a medida 1, foi observada diferença estatisticamente significante, em relação ao padrão-ouro, em 4,1%, 25% e 100% das medidas avaliadas nas tomografias computadorizadas, radiografias interproximais e periapicais, respectivamente. Para a medida 2, foi observada diferença estatisticamente significante, em relação ao padrão-ouro, em 4,1%, 56,2% e 100% das medidas avaliadas nas tomografias computadorizadas, radiografias interproximais e periapicais, respectivamente. Concluíram que a tomografia computadorizada de feixe cônico foi o exame mais preciso na avaliação da posição vertical dos sítios eleitos para instalação de mini-implantes; a radiografia

13 interproximal pode, com reserva, ser utilizada; a radiografia periapical apresentou resultados insatisfatórios, sendo contra-indicada para este fim. KADIOGLU et al (2008) examinaram as superfícies radiculares de prémolares após o contato intencional com os MI. A amostra foi de dez pacientes (cinco do sexo feminino, com idade média de 15,8 anos, variando de 13,5 até 23,2 anos), com dois pré-molares superiores a serem extraídos, como parte do tratamento ortodôntico. Em cada paciente foram colocados dois MI e as raízes dos primeiros pré-molares foram inclinados em contato com os MI, usando-se molas com uma força padronizada. Metade dos dentes experimentais foram mantidas em contato com os parafusos durante 4 semanas e apresentaram reabsorção leve. A outra metade por 8 semanas apresentaram reabsorção severa. Em cinco pacientes os parafusos foram retirados e os outros cinco tiveram as molas retiradas para permitir que as raízes voltassem para a posição original. Os dentes foram extraídos após um período de 4 ou 8 semanas, dois pré-molares com contato direto acidental foram mantidos como controle. Todos os dentes foram preparados e examinados com microscopia eletrônica de varredura. Concluíram que houve reparação nas raízes que foram tocadas pelos MI e após a remoção dos MI houve suave reparação das raízes e após algumas semanas sem a força ortodôntica houve a reparação quase completa. SANTIAGO et al (2009) pesquisaram sobre a importância de se obter um conhecimento prévio da densidade óssea para um correto planejamento e execução de implantes dentários convencionais,onde altas taxas de fracasso têm sido associadas a implantes realizados em osso de qualidade baixa.a amostra constou de 15 indivíduos (com idades variando entre 12 anos e 5 meses e 32 anos e 11 meses) selecionados consecutivamente para o início do tratamento na clínica de pós-graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG, respeitando os seguintes critérios: a idade mínima respeitou um limite de 12 anos de idade, sem, entretanto, estabelecer-se uma idade máxima limite. A idade mínima foi estabelecida conforme orientações da Agência Americana de Administração de Drogas e Alimentos (FDA/ EUA); presença de todos os dentes permanentes irrompidos, exceto os terceiros molares; Ausência de tratamento ortodôntico e/ou ortopédico prévio; boas condições de higiene bucal;

14 presença de má oclusão que justificasse a exodontia de primeiros pré-molares permanentes e necessitasse da distalização dos caninos; ausência de insuficiência renal crônica e distúrbios hormonais (especialmente distúrbios da tireóide, da paratireóide ou das adrenais); não usuário de drogas, como corticosteróides, barbitúricos, anticonvulsivantes e quantidades excessivas de hormônio tireoidiano; não alcoólatras e/ou tabagistas. Para a determinação da altura mínima na região de septo inter-radicular na região entre segundos pré-molares e primeiros molares superiores com quantidade de osso trabeculado suficiente para inserção dos MI, com no mínimo 2 mm de distância entre as corticais, foram realizadas duas radiografias periapicais, lados direito e esquerdo (técnica do paralelismo), nos 15 indivíduos da amostra. Os autores concluíram que as médias de densidade óssea encontradas apresentaram uma distribuição normal, onde os valores obtidos não apresentaram discrepâncias estatisticamente significativas em relação ao padrão observado no grupo, diferença estatisticamente significativa foi observada entre os lados direito e esquerdo. A média dos valores obtidos para a DMO encontrou-se próxima do valor máximo de uma escala considerada normal para a região posterior da maxila, podendo, assim, a região estudada ser considerada uma área segura, em termos de qualidade óssea, para a inserção de MI. PITHON et al (2009) pesquisaram sobre o aumento da espessura da cortical óssea e o torque máximo para inserção e remoção de MI ortodôntico. Foram utilizados cinquenta MI (SIN Sistema de Implante, São Paulo, SP, Brasil) nas dimensões de 10 mm de comprimento total, 8 mm de comprimento de corpo, 6 mm de comprimento de rosca e 1.6 mm de diâmetro de rosca. Previamente essas medidas foram avaliadas e conferidas através de projetor de perfil (Nikon, Tokyo, Japão). Inicialmente os MI foram divididos em cinco grupos (n = 10), de acordo com a cortical onde seriam inseridos, ou seja, grupos 0, 1, 2, 3 e 6. O tecido ósseo utilizado para inserção e remoção dos MI foi obtido a partir de costela suína (Sus scrofa Piau),a qual possui como característica a presença de corticais de diferentes diâmetros no mesmo animal. Após sacrifício, o animal foi dissecado e suas costelas foram removidas e seccionadas em blocos com aproximadamente de 50 mm de comprimento, 30 mm de largura e 30 mm de altura. Após remoção e confecção dos blocos ósseos, os mesmos foram fixados ao dispositivo em forma de garra, estabilizado em suporte confeccionado para estabilização do torquímetro (Lutron

15 TQ-8800, Taipei, Taiwan) digital utilizado para inserção e aferição do torque de inserção e remoção dos MI. Os MI foram inseridos nos blocos ósseos com auxílio de chave de inserção acoplada ao torquímetro digital (Lutron TQ-8800, Taipei, Taiwan). A inserção dos MI foi realizada manualmente, girando o torquímetro no sentido horário até obter inserção completa do miniimplante, onde o valor máximo do torque foi aferido, da mesma forma com movimento no sentido anti-horário, foi computado o valor máximo de contra torque. Os resultados obtidos foram que com aumento da espessura da cortical óssea houve aumento significativo no torque máximo de inserção (p < 0,5). Quanto ao torque de remoção, os valores apresentados foram inferiores aos de torque de inserção. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os grupos 1 e 2 (p > 0,5). Perda de torque ocorreu em todos os grupos e combinações avaliadas, sendo que o grupo 3 perdeu mais torque que os demais grupos seguido pelos grupos 6, 2, 1 e 0. Concluíram com a realização desse trabalho, que com aumento da espessura da cortical óssea ocorre aumento tanto no torque de inserção como no de remoção. BORGES e MUCHA (2010) avaliaram a densidade óssea para instalação de mini-implantes. Além da espessura da cortical óssea e da largura dos espaços interradiculares, a densidade óssea é fator primordial para a eficiência dos miniimplantes usados como recurso de ancoragem. Nesse estudo, pretendeu-se avaliar a densidade óssea alveolar e basal maxilar e mandibular, em unidades Hounsfield (HU). Em onze arquivos de imagens tomográficas computadorizadas Cone-Beam, de indivíduos adultos, foram obtidas 660 medidas das densidades ósseas alveolar (corticais vestibular e lingual), do osso medular e basal (maxilar e mandibular). Os valores foram obtidos através do software Mimics 10.01 (Materialise, Bélgica). Os resultados deste estudo foram: maxila: a densidade da cortical vestibular na faixa de osso alveolar variou de 438 a 948HU, e a lingual de 680 a 950HU; já o osso medular variou de 207 a 488HU; a densidade da cortical vestibular na faixa de osso basal apresentou uma variação de 672 a 1380HU e o osso medular de 186 a 420HU. Mandíbula: a variação do osso na cortical vestibular na faixa de osso alveolar foi de 782 a 1610HU, na cortical lingual alveolar de 610 a 1301HU, e na medular de 224 a 538; a densidade na área basal foi de 1145 a 1363HU na cortical vestibular, e de 184 a 485HU na medular. Concluíram que a maior densidade óssea na maxila foi observada entre prémolares na cortical alveolar vestibular. A tuberosidade maxilar

16 foi a região com menor densidade óssea. A densidade óssea na mandíbula foi maior do que na maxila, e observou-se um acréscimo progressivo de anterior para posterior e de alveolar para basal. ALBUQUERQUE et al (2011) realizaram um estudo para providenciar um mapa anatômico para ajudar o clínico no local seguro para instalação do miniimplante entre as raízes dos dentes. Imagens tomográficas volumétricas de 25 maxilas e 25 mandíbulas foram examinadas. Para cada espaço interradicular, à distância mesiodistal e a vestíbulolingual foram medidas a 2, 5, 8, e 11 mm a partir da crista alveolar. Assim: a medida mesiodistal. Na região posterior do arco maxilar, essa medida foi tomada com dois planos de referência, um do lado palatino e outra do lado vestibular devido à anatomia da raiz do molar. Na região anterior do arco maxilar, do segundo prémolar direito ao segundo prémolar esquerdo. A medida vestíbulo-lingual. A espessura do osso vestíbulolingual da maxila foram medidas 2, 5, 8 e 11 mm da crista alveolar. A ordem dos locais seguros avaliados nos espaços interradicular na maxila posterior foi a seguinte: - no lado palatino, o espaço interradicular entre o 1º molar e o 2º prémolar na maxila, de 2 a 8 mm da crista alveolar; - no lado palatino, o espaço interradicular entre o 2º e o 1º molar na maxila, de 2 a 5 mm da crista alveolar; - ambos os lados vestibular ou palatino entre o 2º e 1º prémolar, entre 5 e 11 mm da crista alveolar; - ambos os lados vestibular ou palatino entre o 1º prémolar e o canino, entre 5 e 11 mm da crista alveolar; - no lado bucal, o espaço interradicular entre o 1º molar e o 2º prémolar, de 5 a 8 mm da crista alveolar; - na maxila, quanto mais anterior e mais apical, a localização se torna mais segura. Os autores concluíram que a utilização do miniimplante é um método de tratamento bem previsível, apresentando resultados estáveis, com um índice de sucesso de 87%. NOVA et al (2011) avaliaram o torque para inserção, remoção e fratura de diferentes mini-implantes ortodônticos de diferentes dimensões, os seguintes fatores: (a) torque de inserção, (b) torque de remoção, (c) torque de fratura, (d) tensão cisalhante, (e) tensão normal e (f) tipo de fratura. Foram utilizados 20 miniimplantes autoperfurantes, 10 da marca SIN e 10 da Neodent com, respectivamente, 8 e 7mm de comprimento, todos com 1,6mm de diâmetro. Dos 10 mini-implantes de cada marca, 5 não possuíam perfil transmucoso e 5 tinham perfil de 2mm, formando

17 4 grupos: SIN sem perfil (SSP), SIN com perfil (SCP), Neodent sem perfil (NSP) e Neodent com perfil (NCP). Todos os mini-implantes foram inseridos em cortical óssea e removidos com micromotor acoplado a um torquímetro. Os mini-implantes foram, também, submetidos ao ensaio de fratura. Os torques de inserção, remoção e fratura, assim como a tensão cisalhante e normal calculadas, foram comparados entre todos os grupos pela ANOVA. O tipo de fratura foi avaliado em microscópio eletrônico de varredura. Resultados: verificou-se que o grupo NCP apresentou torque de inserção significativamente maior que os demais grupos, porém todos fraturaram durante a inserção (n = 2) ou remoção (n = 3). Não houve diferença entre os grupos para o torque de remoção. Para o grupo NSP, o torque de fratura foi significativamente menor do que todos os outros grupos. Todos os mini-implantes sofreram fratura do tipo dúctil. Concluíram que não houve diferença na resistência mecânica de ambas as marcas, variando apenas a forma, conclui-se que a resistência à fratura pode ser afetada por esta variável. 2.1.2 Estabilidade SANTIAGO (2002) avaliaram a estabilidade clínica e radiográfica de 30 miniimplantes em 15 indivíduos selecionados consecutivamente para o início do tratamento (8 homens e 7 mulheres, com idade variando de 12 anos e 05 meses a 32 anos e 11 meses) durante os primeiros 90 dias da distalização de caninos permanentes superiores, buscando correlacionar essa estabilidade com a qualidade óssea do local de inserção, determinada através de Tomografia Computadorizada Mutli-slice. Os mini-implantes foram ativados imediatamente (T1) través de uma mola de níquel-titânio sob uma força inicial de 200g. Na amostra deste estudo, os valores da densidade mineral óssea (DMO) encontrados variaram de +167H a +660,80 H, com um valor médio de + 420,63 HU, dentro do considerado normal em uma escala previamente estabelecida para a DMO da região posterior da maxila, na qual os valores variam de 0 a + 500 H.U. O resultado de teste t para observações pareadas apresentou uma diferença estatisticamente significativa (p=0,450) quando a média das diferenças dos lados direito e esquerdo foi comparada, refletindo o achado em que dos 15 casos estudados, 12 apresentaram a densidade mineral óssea do lado direito da maxila significativamente maior que a do lado esquerdo. O

18 teste de regressão linear revelou também uma baixa correlação entre os dois lados analisados (p=0, 097). Clinicamente, dos 28 mini-implantes observados durante 90 dias (T2), visto que inicialmente 2 mini-implantes foram removidos por presença de inflamação acentuada, o Índice de Sucesso (IC) foi de 100%. Na avaliação da estabilidade radiográfica, não houve diferença estatisticamente significativa entre os pontos N-mi (p=0,278 [lado D]; p=0,111 [Lado E]), Or-mi (p=0,272 [lado D]; p=0,487 [Lado E]) e N-Or (p=0,903 [lado D]; p=0,105 [Lado E]) avaliados através de traçados cefalométricos sobre telerradiografias laterais oblíquas (45º), revelando que os 28 mini-implantes observados durante o período de 90 dias mantiveram-se estáveis ao se comparar as médias das distâncias avaliadas entre os dois períodos da avaliação, T1 e T2. A densidade mineral óssea estando, em todos os indivíduos estudados, dentro da variação de uma escala estabelecida e próxima ao valor máximo desta escala, revelou ser a região entre 2os pré-molares e 1os molares e a região mesial aos 2 pré-molares segura, em termos de qualidade óssea, para a inserção desses dispositivos. KIM et al (2005) pesquisaram sobre MI que foram desenvolvidos para ancoragem. O objetivo do estudo foi avaliar o processo de perfuração e a estabilidade desses mini-implantes ortodônticos. Para a pesquisa foram avaliados trinta e dois parafusos que foram inseridos em mandíbulas de dois cachorros (Beagles), os parafusos foram divididos em 2 grupos de 16: grupo de perfuração com broca e do grupo sem uso de broca. Uma força de 200 a 300 g, utilizando-se molas de níqueltitânio de 1 semana depois após a inserção do MI. Doze semanas após a inserção, a mobilidade foi testada com Periotest (Siemens AG, Bensheim, Alemanha), e os parafusos com o osso circundante foram preparados para avaliação histomorfométrica. Na pesquisa foram encontrados os seguintes resultados, os parafusos do grupo de MI livre sem uso de brocas apresentaram menor mobilidade e maior contato osso-metal, pois eles tinham mais área óssea em comparação com o grupo de perfuração (com uso de broca), apesar de osteointegração osso foi encontrado geralmente em ambos os grupos. A conclusão do estudo foi que a estabilidade primária dos MI auto perfurantes é mais eficaz do que os mini implantes realizados com o uso de brocas para perfurar o osso antes da instalação do MI.

19 SERRA et al (2007) pesquisaram a evolução da fixação óssea de miniimplantes (MI) de titâneo carregados imediatamente, a amostra foi de nove coelhos,com idade aproximada de seis meses e peso de 3kg, em cada animal foram inseridos 4 mini implantes de titâneo grau 5,dos quais 2 foram carregados imediatamente com 1N, os animais foram eutanasiados após 1, 4 e 12 semanas e as amostras foram divididas em seis grupos, sendo 3 grupos carregados e 3 grupos sem carga. Os mini implantes utilizados foram de titâneo grau 5, em forma de parafuso com 2mm de diâmetro e 6mm de comprimento da marca Conexão Sistemas. O preparo dos orifícios para a instalação do MI foram realizados com broca cirúrgica de 1,6mm de diâmetro sob refrigeração constante com soro fisiológico, os MI foram inseridos com o auxílio de uma chave de inserção. Posteriormente após, a eutanásia dos animais, a amostra foi obtida através da dissecação da tíbia esquerda, que foi seccionada em 4 segmentos,com uma serra fita, de modo que cada bloco contivesse um MI e aproximadamente 4mm de osso adjacente. Foi realizado o ensaio de torque de remoção dos implantes e os resultados tratados estatisticamente com o módulo ANOVA e pós teste de Tukey. A conclusão que chegaram foi que os miniimplantes não apresentaram macro deformação ou fraturas durante aos procedimentos de inserção e remoção cirúrgica nas cobaias, o carregamento imediato, unidirecional e contínuo dos mini implantes não alterou a estabilidade primária dos MI após 1 e 4 semanas, o carregamento imediato, unidirecional e contínuo dos mini implantes resultou em menor fixação óssea, em comparação ao grupo sem carregamento, após 12 semanas de cicatrização,contudo não comprometeu a estabilidade. PITHON et al (2007) pesquisaram sobre a estabilidade primária de miniimplantes (MI) ortodônticos inseridos em diferentes regiões da maxila e mandíbula de porcos. Foram utilizados 36 MI (SIN, São Paulo, Brasil) com comprimento de 6 mm e diâmetro de 1.6mm, divididos em seis grupos (n=6). O nome dos grupos baseou-se aos locais onde os mini-implantes foram inseridos, ou seja, grupo incisivo superior (IS), molar superior (MS), sutura (S), incisivo inferior (II), molar inferior (MI) e retromolar (RM). Os MI foram inseridos em maxila de mandíbula de três porcos, adultos, machos, da raça Piau (Sus scrofa Piau), pesando em média 75 Kg com idade de 18 meses. Os animais estavam em ótimo estado de saúde. A área eleita para inserção dos MI foi entre incisivos laterais e caninos: segundo pré-molar e

20 primeiro molar (superiores e inferiores); sutura palatina mediana; e região retromolar da mandíbula como mencionado anteriormente. A inserção dos MI foi realizada com auxílio de guia cirúrgico confeccionado a partir de composto termoativado de resina e borracha sintética CTRBS (Tramontina, Canoas, Brasil), que teve a função de moldar as superfícies oclusais e fio metálico retangular. 019 X. 025 (Morelli, Sorocaba, São Paulo), que serviu para localizar e marcar o melhor local para inserção. A partir do guia cirúrgico, realizou-se a radiografia periapical, de modo que o raio central incidisse paralelo à área interproximal. Após a localização, a área da inserção foi higienizada à base de digluconato de clorexidina à porcentagem de 0,12%. A inserção dos MI se deu com auxílio de chave de torque acoplada ao torquímetro digital, possibilitando, dessa forma, a inserção e mensuração do torque com orientação perpendicular à superfície óssea. Em seguida as maxilas e mandíbulas dos animais foram dissecadas e forneceram blocos ósseos contendo os MI. Concluíram que a região de sutura palatina mediana fornece menor estabilidade primária aos MI e a de molar superior a maior, a estabilidade primária está diretamente relacionada com a espessura da cortical óssea. PINTO (2008) avaliou a influência do laser de baixa intensidade na estabilidade de mini-implantes ortodônticos de dois formatos distintos após serem inseridos em tíbias de coelho e submetidos a aplicação do laser de baixa intensidade. A amostra compreendeu 32 mini-implantes ortodônticos, sendo 16 de forma cilíndrica e 16 de forma cônica. Foram utilizados nesse estudo, oito coelhos da raça Nova Zelândia com idade de dez meses e pesando em média 3000 gramas; divididos em dois grupos de quatro animais cada, denominados como Grupo A (cilíndrico) e Grupo B (cônico). Em cada animal foram instalados dois mini-implantes por tíbia. O lado direito dos animais teve os sítios de colocação dos implantes irradiados com laser de baixa intensidade durante um período de 21 dias, que iniciou no pós-operatório e seguiu-se se respeitando o intervalo de 48 horas entre as sessões de irradiação, totalizando dez até o final do experimento. O lado esquerdo não recebeu irradiação. Após o período experimental de 21 dias com aplicação do laser, os animais foram eutanasiados, as tíbias removidas e os corpos de prova foram utilizados para os ensaios de tração na máquina universal (Emic DL 2000, São José dos Pinhais, Brasil). Os valores de força máxima para tração foram obtidos em N e foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e ao teste de Tukey. Os

21 grupos os quais foram realizadas as aplicações do laser, independente do formato, apresentaram forças médias maiores em relação aos grupos que não foram submetidos a esses procedimentos, demonstrando uma tendência a uma resposta positiva para a aplicação do laser, apesar de não haver diferenças estatísticas entre os mesmos. Concluíram que a aplicação do laser de baixa intensidade na região de instalação dos mini-implantes não promoveu aumento significante em sua estabilidade quando comparados com aqueles que não receberam essas aplicações, muito embora, tenha sido observado uma forte tendência nesse sentido. LIMA et al (2009) investigaram vários fatores relacionados com a estabilidade dos MI para a previsão da taxa de sucesso. A amostra foi um total de 378 MI em 154 pacientes que foram examinados através da revisão dos prontuários, os fatores analisados foram: idade, sexo, mandíbula, maxila, local de instalação, tecido, tipo, comprimento, diâmetro dos MI e o número de operações anteriores. Foram utilizados três tipos de MI: de 1,2mm de diâmetro com 8 mm comprimento; 1,6mm de diâmetro com 8mm comprimento e 1,8mm de diâmetro com 8mm de comprimento. O resultado desse estudo foi o seguinte: indivíduos do sexo feminino apresentaram uma maior taxa de sucesso (85,7%), do que do sexo masculino (79,4%), MI na maxila tem uma taxa de sucesso de 10% maior do que da mandíbula. O local mais comum de instalação dos MI na maxila foi na área de molar na vestibular (total de 227 MI de 378), outro local mais comum foi à área de molares inferiores (um total de 49 MI), seguido de canino inferior (total de 35 MI) entre outras. A taxa de sucesso global foi de 83,6% para todos os MI (316 de 378). Além disso, quanto mais jovem o paciente, mais o MI solta, a probabilidade se sucesso da estabilidade inicial da mandíbula em relação à maxila foram de 0,52. Os autores concluíram que não houve associações estatisticamente significativas nos fatores de risco utilizados nesse estudo, em termos da estabilidade inicial, portanto, não pode ser previsto ou garantido a estabilidade. Por esta razão, qualquer plano de tratamento deve se considerar a possibilidade de falha. PIKARD et al (2010) avaliaram a orientação de perfuração dos mini-implantes (MI) sobre a estabilidade e resistência a falha na interface osso-implante. A amostra dos MI (IMTEC, Ardmore, Okla) foram colocadas em 9 mandíbulas de cadáveres humanos, de 3 mulheres e 6 homens doadores brancos entre 48 e 81 anos de

22 idade. Nenhum dos doadores foram conhecido por ter sofrido de doenças ósseas primárias. Para efeitos de montagem, as impressões foram tomadas de mandíbulas de teste, e os modelos foram vazados. Até 3 acrílico personalizado (metilmetacrilato) bases foram confeccionadas para cada mandíbula teste. A base de acrílico foi adaptada para a superfície da cortical do corpo inteiro e lingual inferior do ramo permitindo rígida fixação da mandíbula para o equipamento de teste. Com o ajuste personalizado cada superfície lingual teve distribuição uniforme das forças de reação durante a aplicação de cargas de ensaio. Os resultados dos MI alinhados em 90 tiveram a maior força de ruptura de todos os grupos, nos testes de cisalhamento, os implantes que estavam inclinados no mesmo sentido que a linha de força foram os mais estáveis e tiveram o maior vigor.os implantes angulados para fora da direção de força foram os menos estáveis e tiveram o menor vigor com o fracasso. Concluíram que quanto mais longo eixo do implante se aproxima da linha de força aplicada, maior a estabilidade do implante e maior a sua resistência ao fracasso. GIGLIOTTI et al (2011) objetivaram em seus estudos avaliar a influência da largura do septo interradicular no local de inserção de mini-implantes autoperfurantes sobre o grau de estabilidade desses dispositivos de ancoragem. A amostra consistiu de 40 mini-implantes inseridos entre as raízes do primeiro molar e segundo pré-molar superiores de 21 pacientes, com o intuito de fornecer ancoragem para retração anterior. A largura do septo no local de inserção (LSI) foi mensurada nas radiografias pós-cirúrgicas e, sob esse aspecto, os mini-implantes foram divididos em dois grupos: grupo 1 (áreas críticas, LSI<3mm) e grupo 2 (áreas não críticas, LSI>3mm). A estabilidade dos mini-implantes foi avaliada mensalmente pela quantificação do grau de mobilidade e a partir dessa variável foi calculada a proporção de sucesso. Avaliou-se também: a quantidade de placa, altura de inserção, grau de sensibilidade e período de observação. Os resultados obtidos demonstraram que não houve diferença estatisticamente significativa para o grau de mobilidade e proporção de sucesso entre os mini-implantes inseridos em septos de largura mesiodistal crítica e não crítica. A proporção de sucesso total encontrada foi de 90 por cento e nenhuma variável demonstrou estar relacionada ao insucesso dos mini-implantes. No entanto, observou-se maior sensibilidade nos pacientes cujos mini-implantes apresentavam mobilidade, e que a falha desses dispositivos de ancoragem ocorria logo após sua inserção. Concluíram que a largura do septo inter-

23 radicular no local de inserção não interferiu na estabilidade dos mini-implantes autoperfurantes avaliados neste estudo MENEZES (2011) avaliou a Influência do padrão de crescimento sobre a espessura da cortical óssea alveolar e sua correlação com uma estabilidade dos mini-implantes. A amostra constituiu de 30 pacientes com 56 mini-implantes inseridos na região posterior da maxila vestibular como recurso de ancoragem na retração anterior. Inicialmente, os pacientes foram divididos de acordo com uma mídia do Angulo FMA, em padrão de crescimento horizontal (grupo GH) e vertical (grupo GV). Como espessuras das corticais ósseas foram mensuradas nos cortes axiais das imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico. Como médias encontradas em cada grupo foram comparadas pelo teste t. A correlação de Pearson foi realizada. Posteriormente, avaliou a Influência do padrão de crescimento sobre a estabilidade dos mini-implantes, estes foram divididos em dois grupos de acordo com o padrão de crescimento: GMI (H) horizontal e GMI (V) vertical. Os grupos foram comparados quanto ao grau de mobilidade e a proporção de sucesso dos implantes pelos minitestes de Mann-Whitney teste exato de EO Fisher. Desses testes e através do Teste Qui-Quadrado foi avaliada uma influência das seguintes variáveis sobre o grau de estabilidade: características do tecido toupeira na região de inserção, sensibilidade, a quantidade de placa, o período de observação e a técnica utilizada para cada dispositivo. Os resultados obtidos demonstraram que uma espessura da cortical óssea alveolar anterior (superior e inferior) e posterior (inferior) foram vestibulares maiores. Houve correlação negativa significante do emprego do FMA e espessuras nas regiões anteriores inferiores (vestibular e lingual) e superior (vestibular). Não houve diferença significante de resultados do Grau de mobilidade e proporção de sucesso dos mini-implantes dos grupos GMI (H) e GMI(V).A proporção de sucesso total foi de 89,29%.No entanto,observou-se maior sensibilidade em pacientes cujo mini-implante apresentava mobilidade e a falha desses dispositivos de ancoragem ocorria logo após sua inserção.

24 2.1.3 Mecânica YAO et al. (2005) estudaram a intrusão molar superior com aparelhos fixos e mini-implante de ancoragem estudada em três dimensões em 22 pacientes com indicação de intrusão do primeiro molar superior. O objetivo do trabalho foi verificar a eficácia do movimento intrusivo por meio de mini-placas e/ou mini-implantes. Todos os pacientes tiveram o aparelho instalado parcialmente na região da intrusão, depois 16 deles realizaram o tratamento com o aparelho em toda a boca. Dezoito pacientes receberam miniplacas por vestibular e mini-implantes por palatino e 4 pacientes receberam mini-implantes por vestibular e palatino. O movimento ortodôntico de intrusão ocorreu no período que variou de 5 a 12 meses. Em casos com necessidade de intrusão do dente adjacente ao primeiro molar superior, a intrusão era realizada com o arco ligando o dente ao primeiro molar, que recebia a força do movimento. Ao total, foram intruídos 26 primeiros molares, 17 segundos molares, 21 segundos prémolares e 11 primeiros pré-molares. Para quantificar o movimento, um digitalizador de modelos em 3D foi ligado a um computador e a obtenção dos dados foi obtida com o software Rhinoceros. Esse método permite avaliar a mudança de posição dentária por meio da sobreposição das pontas das cúspides do molar superior e das rugas palatinas, cujo software apresenta em coordenadas. A média de intrusão dos molares superiores variou entre 3-4 mm. Diante dos resultados, os autores concluíram que a combinação de mini-implantes e aparelhos fixos é um procedimento previsível e eficaz para alcançar a intrusão molar superior DI MATTEO et al (2005) evidenciaram que frequentemente a movimentação ortodôntica exige recursos adicionais de ancoragem. Os mini-parafusos têm-se apresentado como uma possível solução. O propósito deste trabalho foi estabelecer um método para a verticalização de molares inferiores inclinados para mesial, utilizando ancoragem em mini-parafusos colocados na região de linha oblíqua externa da mandíbula. Foram selecionados três pacientes entre 40 a 48 anos (dois do gênero feminino, um do gênero masculino), com molares inferiores inclinados para mesial e distalmente posicionados às áreas edêntulas. Os pacientes foram tratados ortodonticamente durante um período de 6 a 12 meses, com técnica ortodôntica MD3. Mini-parafusos de titânio foram colocados bilateralmente com anestesia local. Uma incisão sobre a linha oblíqua externa da mandíbula, medindo

25 aproximadamente 1cm foi realizada em cada lado, distalmente aos molares inclinados. Após descolamento muco-periosteal, mini-parafusos foram implantados e foram realizadas suturas deixando suas cabeças exteriorizadas. Uma semana após a remoção das suturas, cargas ortodônticas (entre 150 a 200 gramas/força) foram aplicadas através de forças elásticas. Verificou-se que alguma inflamação foi observada ao redor dos miniparafusos, mas foi controlada com procedimentos de higienização. O procedimento cirúrgico é simples, podendo ser realizado pelo ortodontista; as formas dimensionais dos miniparafusos são adequadas e estes são de fácil remoção após uso. Concluíram que o uso de miniparafusos representa uma alternativa efetiva de ancoragem ortodôntica na verticalização de molares inferiores. PARK et al (2005) quantificaram os efeitos do tratamento de distalização dos molares superiores e inferiores, utilizando mini-implantes. A taxa de sucesso clínico e as considerações para a utilização dos mini-implantes também foram avaliadas. O estudo foi avaliado através das radiografias cefalométricas e modelos em gesso de 13 indivíduos que haviam sido submetidos a tratamento ortodôntico e foram tratados sem extrações (com exceção de um indivíduo que tinha sido tratado com extração do primeiro pré-molar superior e distalização dos dentes inferiores). Onze indivíduos tiveram mini-implantes mandibulares para distalizar toda a dentição mandibular. Quatro indivíduos tiveram mini-implantes maxilar, enquanto dois destes quatro indivíduos tiveram ambos mini-implantes. A idade média dos indivíduos foi de 17,9 ± 5,7 anos (máxima: 28 anos e três meses; mínima: 11 anos). Os primeiros prémolares e primeiros molares superiores apresentaram movimento de distalização, sem movimento distal dos dentes anteriores. Os primeiros pré-molares, primeiros e segundos molares inferiores apresentaram movimento de distalização e não houve movimento significativo dos incisivos inferiores. Concluíram que a taxa de sucesso do mini-implante foi de 90% durante um período de aplicação média de 12,3 ± 5,7 meses. Os resultados demonstraram eficácia dos mini-implantes como ancoragem para um grupo de dentes no movimento de distalização. XUN et al (2007) avaliaram a eficácia dos mini-implantes para ancoragem ortodôntica na intrusão dos dentes posteriores em casos de mordida aberta esquelética. Foram avaliados 12 indivíduos (na faixa etária entre 14,3-27,2 anos, média 18,7 anos). Os critérios de seleção para o estudo foram: crescimento do paciente concluído ou parcialmente concluído, face longa com mordida aberta

26 anterior e relação leve Classe II esquelética, não aceitação da cirurgia ortognática e o paciente ter recebido previamente a extração dos pré-molares ou molares. Todos os indivíduos apresentavam um padrão de Classe II esquelética e crescimento posterior mandibular excessivo. Mini-implantes autoperfurantes foram inseridos na região posterior do palato e na vestibular entre os molares inferiores. Barra transpalatina e arco lingual foram usados para evitar o giro dos molares durante a intrusão. Uma força de 150 g foi aplicada aos mini-implantes de cada lado. Duas semanas após o mini-implante, o tratamento de ativação foi iniciado. Teleradiografias laterais de todos os indivíduos foram tiradas antes e imediatamente após a conclusão da intrusão. As radiografias cefalométricas foram mensuradas e comparadas. Os resultados mostraram que a mordida aberta anterior foi corrigida em uma média de 6,8 meses. Os molares superiores e inferiores foram intruídos numa média de 1,8mm e 1,2mm, respectivamente. Os autores concluíram que o ângulo do plano mandibular foi reduzido em 2,3 o que levou a uma rotação antihorária da mandíbula, com uma diminuição significativa da altura facial anterior (média de 1,8 mm). Miniimplante para ancoragem tem as vantagens de ser um procedimento mais simples, pouco invasivo, e requer a cooperação mínima do paciente. GELGOR et al (2007) compararam dois sistemas de distalização apoiados por parafusos intraóssea. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de dois sistemas de distalização apoiados por parafusos intra-ósseos para distalização molar superior. Quarenta indivíduos com má oclusão Classe I e II esquelético foram divididos em grupo 1 (8 meninas, 12 meninos) e grupo 2 (11 meninas, 9 meninos). Uma unidade de ancoragem foi preparada para colocação de um parafuso intraósseo na área do pré-maxilar de cada sujeito. Para aumentar a ancoragem no grupo 2, foi utilizada uma placa de acrílico que se assemelha ao botão de Nance em torno do parafuso. Os parafusos foram colocados e imediatamente carregados para que distalize os primeiros molares superiores ou segundos molares quando eles estavam presentes. Alterações esqueléticas e dentárias foram medidas em cefalogramas, e modelos de gesso foram obtidos antes e após a distalização. Os tempos de distalização média foram de 46 meses para o grupo 1 e 54 meses para o grupo 2. No cefalogramas, os primeiros molares superiores foram distalizados 9,05 no grupo 1 e 0,75 no grupo 2. Foi obtido 3,95mm de distalização no grupo 1 e 3,88 mm no